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terça-feira, 10 de julho de 2012

Madeira ao Vivo



RTP-M: 'FRACTURA INTERNA' EM SESSÃO CONTÍNUA



Pelos diversos sectores da casa lamenta-se a 'caça às bruxas' decretada e o divisionismo provocado... para reinar  



Depois da fase de descontentamento geral que levou a uma deliberação de mexer na direcção, necessária mas operada ao arrepio da filosofia de contenção financeira, já que em vez de encurtar alargou quadros com mais um director, o mal-estar continuou. Foi a 'despromoção' de Gil Rosa e a contratação de Miguel Cunha. E o mal-estar continuou, com mil peripécias em escassos dois meses, até à ruptura que levou à demissão em bloco da estrutura de Informação liderada por Virgílio Nóbrega.
A estratégia para ultrapassar esta última crise assentou, como se sabe, no divisionismo da redacção: quem acabou por abandonar a estrutura foi apenas o chefe, porque os coordenadores que se haviam solidarizado voltaram atrás para continuarem nos lugares - com Paulo Jardim a subir mesmo para o posto vagado por Virgílio Nóbrega.

O caso não se ficou por aí. Nem podia ficar, já que o centro da Levada do Cavalo teima em atentar contra si próprio.

Na ressaca das 'trocas e baldrocas', alguma fonte da casa passou recado a um jornal da Região justificando o atentado à solidariedade perpetrado pelos coordenadores - Paulo Jardim, Tânia Spínola e Paulo Almada - como estratégia para evitar os 'perigos' da escolha de antigos chefes de um "passado recente de má memória" - ataque gratuito de colegas contra colegas agravado pela 'caça às bruxas' a quem teria protagonizado fugas de informação, como as que o recadeiro presumivelmente transmitiu ao referido jornal.


Verrina lambe-botas na 'rádio carpete'

Pelos corredores da casa, fala-se dessa 'caça às bruxas', lamentando-se a divisão provocada entre profissionais da RTP, ainda por cima de um sector nevrálgico como é o da Informação televisiva.
Há revolta contra um coordenador que primou nas mais recentes estruturas por incensar os responsáveis e depois desfazer-lhes a imagem na poeira da 'rádio carpete' assim que as via pelas costas - e desse modo agradar às estruturas seguintes.
Outros elementos temerosos do 'passado recente' - diz-se pelos diversos departamentos da casa - devem a esses tempos a sua entrada para os activos da RTP. "Ou será que esses nossos colegas 'de má memória' o grande erro que cometeram foi meter nos quadros estes agora armados em críticos?" - arrasa uma figura respeitada na Levada do Cavalo, extra-Informação.


...E ainda há o perigo do predador Miguel Relvas

Com efeito, a vida no centro continua de mal a pior, quando, ainda esta terça-feira, o fogoso ministro Miguel Relvas anunciava novos cortes da sua política predadora, já em fase de análise, para delapidar as finanças da RTP-M e da RTP-A, além da privatização de um canal nacional.

Por aqui na ilhota, há privados com os olhos postos nas potencialidades de uma televisão para defender projectos empresariais e políticos.
Que os responsáveis actuais da Levada do Cavalo arranjem as necessárias defesas para o serviço público e os trabalhadores... a não ser que saibam mais do que pensamos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Com muitas saudades da minha Madeira, ontem andei pela internet a fazer pesquisas e encontrei o seu blog, fantástico. Quero lhe dar os parabéns.
Contudo fico triste, por ver o quanto a crise afecta a minha terra, quantas lojas que eu julgava estarem a funcionar, encontrarem-se encerradas, ver uma população que vive cada vez com menos e uma sociedade que se declina para as tascas.
Só tenho 25 anos e por via da crise, após concluidos os estudos superiores tive de sair do país, hoje estou melhor que muitos colegas que para aí voltaram, mas a esses apenas lhes importa os arraiais e a mesada dos pais ao fim do mês.
No meu ponto de vista, e quando chego à Madeira ao fim de um ano fora, olho para a minha terra mais com o olhar de um turista, e nesses momentos vejo tudo de outra forma. Posso lhe dizer que ao fazer uma comparação de entre os destinos que conheço, a Madeira cada vez mais se parece à America Latina. Quando olho para as zonas altas de S. Roque e vejo casas amontoadas, quando vejo a forma cada vez mais exagerada como as mulheres gostam de andar vestidas, quando vejo a "alegria de pé descalço".
Enfim, havemos de voltar À Madeira que os meus pais me falam, a Madeira da epoca deles, em que só saía para férias quem era rico, em que muitos não tinham casa propria e o dinheiro era escasso, pena é que já ninguém está preparado para ter de voltar a cavar para ter o que comer, cresceram vivendo à grande....

Parabéns pelo blog, será acompanhado desde França