MANUEL ANTÓNIO TENTA METER HOMEM DE CONFIANÇA NO DESPORTO
Jardim recusou-se a receber Jorge Carvalho e o indigitado director do Desporto não chegará a sê-lo. Mas há quem diga que, nas últimas horas, Carvalho foi mesmo às Angústias, independentemente da consumação da 'demissão'...
Francisco Gomes ao ataque ganha apoios para a Direcção do Desporto. |
Espalhou-se pela capital: Jorge Carvalho, que anunciou não aceitar sequer ascender ao cargo de director regional do Desporto, no âmbito da crise sobre os subsídios às modalidades profissionais, admitiu subir esta segunda-feira à Quinta das Angústias a fim de esclarecer com o presidente do governo aspectos ainda obscuros do problema.
Não chegou a lá entrar. Demitiu-se das funções, está demitido - fez saber Jardim, através do secretário da Educação.
Em todo o caso, Jorge Carvalho estava irredutível: não queria começar funções mesmo e a hipótese da reunião com o chefe do governo nada iria modificar nesse pormenor.
Uma informação cruzada conta, porém, que Carvalho acabou por visitar Jardim já no fim da tarde, independentemente de o seu afastamento não voltar atrás.
Confirmações, precisam-se.
Em todo o caso, Jorge Carvalho estava irredutível: não queria começar funções mesmo e a hipótese da reunião com o chefe do governo nada iria modificar nesse pormenor.
Uma informação cruzada conta, porém, que Carvalho acabou por visitar Jardim já no fim da tarde, independentemente de o seu afastamento não voltar atrás.
Confirmações, precisam-se.
Barões do PSD já previam que não haveria inversão de marcha. Porque o chefe supremo, na reunião da Comissão Política de sexta-feira, desabafara: em 30 e tantos anos, nunca continuou a trabalhar alguém que apresentasse a demissão.
A propósito, tem-se recordado o caso de Crisóstomo Aguiar, antigo secretário da Economia e líder parlamentar do PSD. Em 1981, Aguiar declarou à rádio que, dadas as circunstâncias da altura, tencionava sair. Depois, numa cerimónia que se seguiu, perguntou a Jardim se ouvira o seu anúncio.
- Que anúncio?
- Que eu estava a pensar em me demitir.
- Aceite - despachou Jardim, virando as costas ao 'demissionário'.
Manuel António prefere Francisco Gomes
Ainda na reunião de sexta-feira, nos Netos, conhecidas as intenções de Jorge Carvalho, os conselheiros leram qualquer coisa na escolha de Jardim para porta-voz da noite. Dirigindo-se a Francisco Gomes, da nova vaga laranja e dirigente desportivo na área do basquetebol, atirou de repente o chefe:
- Para não serem sempre os mesmos, hoje você é o porta-voz.
E assim foi.
Os barões do partido fazem as suas ligações. Francisco Gomes, no debate de quarta-feira à noite na RTP-M, incensou a política redutora do governo em matéria de subsídios ao desporto. Ficou bem visto pela nomenclatura laranja.
No JM, o mesmo elemento elogiou de uma forma impressionante a prestação de Manuel António Correia na entrevista de fundo à RTP-M.
E agora juntam-se os esforços que Manuel António andará hoje aplicando para que o futuro director regional de Juventude e Desporto seja o mesmo Francisco Gomes.
Rui Anacleto, o desejado
Podemos avançar que tal ideia azeda dirigentes destacados dos principais clubes, que consideram estar perante um caso de 'pior a emenda do que o soneto'.
Entre esses, alguns anseiam pela escolha de Rui Anacleto, ex-director regional da Educação, figura consensual entre todos os clubes - o seu, que é o Marítimo, e os restantes.
Com Jorge Carvalho afastado, resta esperar pelo nome do quadro que se segue.
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