GUILHERME SILVA INCENTIVA À CONCENTRAÇÃO DE TROPAS NA HERDADE
Guilherme Silva, um dos mais batidos dinossauros da Assembleia da República, saiu da Madeira vai para uma eternidade. Só vem cá trocar umas ideias no programa da televisão ou em ocasiões solenes. Pois apesar de tantos anos a conviver em meios grandes, evoluídos, o parlamentar eleito pelo PSD-M, quando quer, consegue usar o discurso de um vogal da mais insignificante comissão de freguesia do laranjal ilhéu: papagueia o discurso gravado pelo seu chefe há 30 anos e dali não sai.
Esperávamos melhor gosto do barão social-democrata, cuja inteligência não pomos em causa, pelo contrário. Mas que diabo, Dr. Guilherme, o povo civil da Madeira evoluiu um pouco, já não vive totalmente manietado nas malhas tecidas pelo poder troglodita que lhe dá o ganha-pão, poder partidário esse, aliás, actualmente nas mãos da comissão liquidatária.
Para que não relatem sempre que estamos de má vontade e que algum trauma esquisito de infância nos faz incompatibilizar com a cor laranja, reproduzimos aqui um trecho da entrevista que o Dr. Guilherme concedeu ao JM esta segunda, 13 de Julho. Para que vejam com os próprios olhos.
O homem interpretou às mil maravilhas a ordem de Jardim para mobilizar o povo à festa da Herdade, no domingo, e tão bem o fez que o surreal diálogo deu manchete no prestigiado matutino...
Muito a sério, Dr. Guilherme: nós aqui crescemos um pouco. E o senhor, embora bem conservado, também não é um pequeno: fez hoje, dia de publicação da entrevista, 69 anos!
Os nossos parabéns. Mas não nos estracinhe a pouca ou muita inteligência que nós tentamos manter saudável, num ambiente de meia dúzia de perturbados com a mania de Napoleões.
Vejamos então o tal excerto:
JM - Até que ponto há motivos para as pessoas se mobilizarem para esta festa?
GS - Mais do que nunca, há motivos redobrados para uma ainda maior mobilização dos madeirenses e porto-santenses para a “Festa” do Chão da Lagoa.
A Madeira tem sido objecto, nos últimos tempos, dos mais descabelados ataques dos inimigos da Região, infelizmente, com a conivência de madeirenses que, num sectarismo partidário cego, não sabem fazer oposição ao PSD, sem atacarem a Autonomia, ou seja, a Madeira, atento o papel histórico e continuado do PSD na implantação e consolidação da Autonomia e dos benefícios e progressos, que as últimas décadas nos trouxeram.
Quanto maior for a guerra à Madeira, mais razões existem para nos mantermos coesos, fazendo do Chão da Lagoa uma grande manifestação de unidade.
A Festa do Chão da Lagoa é de todos e para todos. No que respeita à Autonomia e à Liberdade, o PSD considera que todos são bem-vindos.
Não é preciso ser militante do PSD, mas madeirense e militante da Autonomia!
JM – Vai estar presente? O que mais aprecia neste evento?
GS - Vou estar, acima de tudo, exactamente como “militante da Autonomia”, que é um denominador comum que nos une, aos madeirenses que não pactuam com os adversários da Região.
O que mais aprecio é a espontaneidade, a alegria e o entusiasmo com que todos nela participam. É o povo que, ano após ano, cerra ali fileiras à volta daqueles que têm sido intransigentes na defesa da Região e da Autonomia.
Ao Chão da Lagoa, não vão, felizmente, os “Migueis de Vasconcelos!”
Um retrato institucional destes não joga com as banalidades demagógicas da entrevista |
Nota: Palavra que não inventámos este naco de entrevista, isto foi publicado hoje, segunda-feira. O Dr. Guilherme quis mesmo dizer que a resistência popular aos perigosos inimigos da Madeira passa inevitavelmente por uma concentração popular na Herdade - e se for no dia 22 do corrente, melhor ainda.
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