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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Delírios da Madeira Nova





JARDIM EXIGE A LISBOA OBRAS QUE CONCEIÇÃO ESTUDANTE DEIXOU CAIR
 
 
 
Sabe-se que os secretários regionais não falam uns com os outros. Não sabíamos que também não mantêm o chefe informado e que, pelo contrário, deixam que se espalhe ao falar do que desconhece. Ele clama pela repavimentação da desgraçada pista no aeroporto porto-santense. Conceição Estudante nada fez na assembleia geral da ANAM para pressionar as obras. Mais: o caso esteve no parlamento; o PPD remeteu-o para o caixote do lixo.


O furo no pneu de um avião acordou chefe ilhéu para a urgência de obras na pista do Porto Santo.  O diacho do pneu evidenciou também a total desarticulação do executivo regional... entre governantes e com o parlamento.


Sábado, no Conselho Regional do PPD, chefe das Angústias blasfemou contra o mundo, em particular Portugal, por causa do mau estado da pista no aeroporto do Porto Santo.
O homem estava traumatizado com o caso do pneu furado num avião que aterrara lá na ilha.
 
Ora: Conceição Estudante não informou a presidência de que o assunto foi tratado  em assembleia geral da ANAM, aliás mais de uma vez, e ela própria contribuiu para sucessivos adiamentos das obras?

A secretária do Turismo votou contra a forma de rever o contrato de concessão dos aeroportos, mas, no caso da pista... 

A desorientação naquele desgoverno supera as aparências. Depois de célebres contradições entre secretários e o chefe, com ridículos desmentidos e explicações posteriores, temos aqui um caso que deve merecer atenção aos executivos, para se evitar desgraças no pouco tempo que lhes resta em funções.
 
 
 
Está tudo em acta, na ANAM
 
 
Ora, na Assembleia Geral Universal de Accionistas da ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira S.A., realizada em Março deste ano, tratou-se da política de investimentos onde se incluía precisamente o "reforço e reperfilamento dos pavimentos betuminosos e demais trabalhos complementares" para o Aeroporto do Porto Santo.
Sobre o assunto, o representante da accionista ANA, S.A., Guilhermino Rodrigues, lembrou que se tratava de investimentos superiores a 5% do capital da sociedade, o que exigia autorização da assembleia ali reunida, no Aeroporto de Santa Cruz. Acrescentando ele que a Assembleia Geral, caso autorizasse os investimentos, devia indicar a forma do seu financiamento, já que a sociedade não poderia assumir so custos. Impossibilidade que se  manteria - prognosticou - mesmo com as alterações previstas no contrato de concessão, processo em curso.
 
A representante do accionista Estado, Luísa do Rosário Roque, remeteu então essas matérias  para discussão no âmbito da renegociação do contrato de concessão.
Ou seja, protelava-se, indefinidamente, como se imagina, tal recuperação da pista do Porto Santo.
Como reagiu Conceição Estudante, que representava a Região no plenário de accionistas? Reconheceu a importância dos investimentos aventados (extensivos ao Aeroporto da Madeira), mas subscrevendo a posição do Estado: aguardar pela revisão do contrato de concessão.
"Não podemos deixar de estar de acordo com o Estado...", pronunciou-se a secretária regional.
 
Quanto à urgência do "reforço e reperfilamento" da pista porto-santense, essa urgência tinha que ver, sim, na visão da governante, com as "posições dos Ministérios da Economia e da Defesa sobre o assunto, para que uma decisão possa ser definitivamente tomada".
Grande preocupação manifestada por Conceição Estudante era que o Orçamento do Estado assumisse os custos do investimento.
 
 
Demora nas obras é gravosa, dizem... de Lisboa
 
Quem saltou em defesa efectiva da urgência das obras nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo acabou por ser o eng.º Guilhermino Rodrigues. Em defesa dos seus interesses, mas... 
"A não deliberação pelos accionistas, nas assembleias gerais de 11 de Abril de 2011 e de 26 de Março de 2012, do ponto relativo à revisão do Contrato de Concessão, com a consequente não deliberação do ponto sobre a política de investimentos, comporta riscos muito elevados para a empresa", disse o representante da ANA, pedindo que as suas afirmações ficassem lavradas em acta, como ficariam. "Com efeito, a não realização tempestiva do reforço e reperfilamento das pistas dos aeroportos do Porto Santo e da Madeira pode, no limite e a prazo relativamente curto, conduzir à necessidade de interromper operações naqueles aeroportos, com consequências muito gravosas para a acessibilidade à Região e para a actividade da ANAM."
Não havia dúvidas da urgente necessidade do reforço das pistas. Mas esse ponto da assembleia geral ficou por aí. Sem que a Madeira, longe disso, manifestasse com a veemência que se impunha uma prioridade às obras no terreno. Falava-se era nas responsabilidades quando chegasse a hora de pagar.
 
 
Que 'bandalheira' governativa é essa?
 
Agora vem o chefe do executivo, no espavento de outras ocasiões, azucrinar o mundo porque reparou, afinal, nos perigos da pista do Porto Santo.
Não sabe que a Madeira, como accionista da ANAM, participa em assembleias gerais onde esses assuntos são tratados? Está de relações cortadas com a secretário do Turismo? O chefe anda com os pés na ilha e a cabeça onde? Que raio de descoordenação nesse desgoverno em assuntos tão delicados?
 
Enfim, o homem caiu na realidade: a pista do Porto Santo está perigosa e vulnerável a um azar qualquer - o Diabo seja surdo. E lá foi ele para o Conselho Regional de sábado ameaçar com cartas e mais cartas  responsabilizando toda a gente lá fora pelo que possa dar-se de trágico no aeroporto em questão!
 
Foi preciso saber do pneu furado numa aeronave que aterrou no Porto Santo.
Curiosamente, garantem-nos que o pneu já se avariara antes de tocar na pista.
O chefe anda mesmo mal informado.
 
Mal informado e muito esquecido.
 
Ainda em Abril deste ano, portanto um mês depois da assembleia geral da ANAM acima referida, o caso da pista do Porto Santo foi levada pelo PCP ao parlamento.
Tratava-se de uma recomendação "pela urgente necessidade de reparação" de 600 metros naquele alcatrão.
Que fez a comissão parlamentar de Equipamento Social? Tranquada Gomes explicou a posição da decisiva maioria laranja: rejeitar - nem mais - essa tal de recomendação porque o assunto está pendente de Lisboa, por causa dos financiamentos, então depois fala-se nisso, até outra.
Lastimável. O estado da pista porto-santense e o espectáculo desta minoria de votos ainda no poder.





2 comentários:

Anónimo disse...

caro luis Calisto em primeiro lugar deixe-me fazer um agradecimento por trazer a publico algo que essa senhora escondeu como todas as outras asneiras que fez nomeadamente a negociação dos custos das passagens aereas onde os Madeirenses foram brutalmente prejudicados ,vindo agora a senhora armada em virgem pura reclamar contra a republica escondendo as suas culpas.

jorge figueira disse...

Vá lá alguém imaginar a luta que foi criar a ANINHAS (havendo a ANA de âmbito nacional havia que criar uma coisa pequenina para satisfazer grandes egos)para se conquistar a "anatomia total". Agora de modo despudorado brincam com coisas sérias arranjem confusões com os aviões e depois que a maçonaria anda influenciar os pilotos.