CHEFE DELIRA DIANTE DOS MILITANTES
"ALBUQUERQUE RESOLVEU CANDIDATAR-SE NO DIA EM QUE SOUBE QUE EU TINHA SOFRIDO UM ATAQUE DE CORAÇÃO"
A campanha eleitoral interna do chefe das Angústias começou nivelada por baixo, com os ataques mais soezes a quem se atreveu à "ingratidão" de lhe disputar a liderança no PPD-Madeira. Mas o velho inquilino dos Netos e do 'centro de dia' instalado na Avenida Infante arranjou artes para fazer descer ainda mais o estilo, à medida que a data fatal se aproxima.
Além das acusações as mais das vezes infundadas que faz diariamente ao adversário, no seu jornal de campanha - o JM -, o recandidato andou de freguesia em freguesia, de sede em sede, a despejar tudo o que lhe veio à cabeça para denegrir a concorrência.
...Tal como sempre fez nos 36 anos de poder laranja relativamente aos rivais da Oposição.
Tão depressa o homem se derrete numa plangência chorada aos pés dos militantes para que não permitam a Miguel Albuquerque da Câmara "correr" do partido quem deu 45 vitórias ao laranjal, como bate na mesa da reunião para apontar o dedo aos "traidores" presentes na sala.
Isso mesmo aconteceu no comício à porta fechada em Santa Cruz, por estes dias.
Chefe rogou aos "patas rapadas" que fossem pagar as quotas a fim de lhe poderem dar o voto, dia 2 de Novembro. Mas não se esqueceu de enxovalhar os filiados simpatizantes da outra candidatura. O santacruzense Sidónio Fernandes ouviu recados por alegadamente apoiar Albuquerque depois de ele, chefe Jardim, lhe ter dado lugar no parlamento.
Chefe não só teceu as críticas de forma altamente desagradável como, ao perceber que Sidónio por qualquer motivo manuseava o telemóvel, o desafiou a gravar a conversa para depois a mostrar ao "outro" (Albuquerque).
Perante o pasmo dos presentes, o recandidato à liderança do PPD foi mais longe, afirmando ter conhecimento de que o seu adversário Albuquerque decidiu abrir uma luta pela liderança do partido ao tomar conhecimento de que ele, Jardim, tinha ido para o hospital com um ataque de coração.
Pela sua delicadeza, tal acusação evidentemente caiu mal nos presentes, que no entanto não se manifestaram.
"Estão todos aterrorizados com as ameaças que ele (Jardim) faz aos militantes no meio dos apelos ao voto", diz-nos um dos presentes na reunião de Santa Cruz. "Não podemos tornear a verdade. Os tempos estão mais difíceis do que nunca e ninguém está interessado em perder o emprego."
A declaração do chefe do PPD e do governo, pela sua gravidade, não podia passar sem contraditório. Tratámos de saber da parte do próprio Miguel Albuquerque se alguma atitude sua poderia ser interpretada como aproveitamento da doença do seu actual adversário.
Albuquerque respondeu-nos, esta sexta-feira, que tal "acusação gratuita" do chefe do partido o deixava "naturalmente indignado", mas que, "no meio de tantas ofensas do género", continuará sem alimentar "o ambiente de polémica baixa procurado pela outra candidatura".
O presidente da Câmara, que viajaria pouco depois para o Continente a fim de tomar parte este sábado no congresso extraordinário da Associação Nacional de Municípios, em Santarém, também não se mostrou surpreendido com a inclusão de Bruno Pereira, vice-presidente da Câmara, na lista de Jardim para a comissão política regional.
Até certa altura subsistiu certa expectativa quanto ao caminho que Bruno escolheria - diz Albuquerque -, mas tudo ficou esclarecido depressa.
Nem por isso Miguel Albuquerque esconde a convicção de que vencerá as eleições internas. "Não sei se na outra candidatura alimentam esperanças de vitória, mas, se por acaso alimentam, tenho cá para mim que apanharão uma grande surpresa no dia 2 de Novembro", assume o candidato.
O pretendente à chefia do PPD-M já não valoriza muito as dificuldades levantadas a militantes que tentaram regularizar o pagamento de quotas no partido, a fim de poderem votar. Desde que não fossem comprovadamente apoiantes de Jardim, o aparelho do partido enchia-se de dúvidas.
Além disso, as mensagens sms e as pressões porta-a-porta continuaram pelo menos até ao fim do prazo para pagamento de quotas, esta sexta.
Mas nem todos se deixam manipular pelo assédio feito pelos caciques de Jardim. Por exemplo, militantes do Imaculado, contactados pelo presidente da comissão de freguesia para comparecerem na reunião desta sexta com candidato chefe, trataram muito mal o mensageiro. Alguns afirmaram não querer saber mais nada sobre o seu partido e proibiram quem telefonava de tornar a fazê-lo.
O nervosismo instalou-se não apenas na cabeça do chefe Jardim, mas dos que, como ele, consideram "traição" alguém disputar a liderança do partido.
Um barão já batido nas andanças do laranjal fez questão de acusar a 'Fénix' de parcialidade no tratamento do processo eleitoral em curso na Rua dos Netos.
No entendimento desse jardinista, deputado e membro da comissão política regional, o nosso trabalho aqui consiste num "ataque sistemático a Jardim", logo ao PPD e seus fiéis intérpretes.
Perguntou-nos por que razão ainda não aventámos o dever que Albuquerque tem de se demitir da Câmara caso perca o acto eleitoral no PPD.
"O dr. Alberto João disse que sai da política se perder", recorda o barão. "Ora, se o Miguel perder, também deve sair da Câmara, porque não se admite que ele continue na presidência quando foi escolhido por dirigentes partidários que agora combate e de quem perdeu a confiança política."
Este barão continua jardinista, apesar de reconhecer que, hoje por hoje, o chefe é contestado silenciosamente por elementos que com ele trabalharam toda a vida - quer no governo quer no PPD.
"Não percebeu por que é que o Bruno suspende o mandato até às eleições?", interroga-nos o dito barão laranja. "Se o Miguel ganhar, o Bruno tem de pensar no que fazer. Mas se o Miguel perder, é ele quem tem de subir à presidência da Câmara, porque é o vice."
Um elemento da candidatura de Albuquerque, a quem colocámos a questão, rejeitou liminarmente a sugestão em causa. "O presidente foi eleito pelo povo e não pelo partido", justificou.
Voltando ao barão PPD, ouvimo-lo repetir uma acusação formulada por Jardim desde há muito: "Já reparou que os ressabiados estão todos com o Miguel? Este era deputado e saiu, aquele estava na câmara de Machico e saiu, o outro..."
Fizemos ver ao barão que, inversamente, os apoiantes de Jardim são deputados aqui, secretários acolá, directores acoli, enfim, estão todos à sombra de Jardim.
O barão concordou: "Sim, no fundo é uma questão de interesses, de um lado e do outro. Até me admirei de ouvir o Miguel Albuquerque dizer que iria para eleições regionais, se ganhasse no PSD. Ora, ficou logo com os actuais deputados contra, porque ninguém está disposto a perder o seu lugar."
Em síntese, o barão em apreço deixa a mensagem final: "Todos nós devemos a carreira ao Alberto João e o mesmo acontece com o Miguel, por isso penso que há neste processo muita ingratidão..."
Outro alto quadro do PPD, próximo de Jaime Ramos, afirmou-nos que o apoio do secretário-geral a Jardim "não podia deixar de ser".
Além de achar errada a opção do Miguel nesta altura, Jaime tinha de estar com o seu líder de quase 40 anos, acrescenta. "Mas ao menos ele confessa-se amigo do Miguel, quando Jardim se confessa inimigo."
Os barões PPD acompanham o nervosismo de Jardim face ao que possa resultar das eleições de 2 de Novembro. Indesmentível. Há muito em jogo.
Sabe-se que o JM será palco para manifestação de alguns já na próxima semana. A palavra de ordem é atacar Miguel Albuquerque. Atacar e atacar.
Há lugares públicos para defender...
...E há uma convicção na área do jardineirismo que um dos muitos interessados deixa para finalizar esta deambulação política: "Oxalá que o Miguel Albuquerque não ganhe as eleições, porque, se ganhar, a Madeira vai ficar ingovernável!"
Este nosso amigo barão lá sabe...
Chefe rogou aos "patas rapadas" que fossem pagar as quotas a fim de lhe poderem dar o voto, dia 2 de Novembro. Mas não se esqueceu de enxovalhar os filiados simpatizantes da outra candidatura. O santacruzense Sidónio Fernandes ouviu recados por alegadamente apoiar Albuquerque depois de ele, chefe Jardim, lhe ter dado lugar no parlamento.
Chefe não só teceu as críticas de forma altamente desagradável como, ao perceber que Sidónio por qualquer motivo manuseava o telemóvel, o desafiou a gravar a conversa para depois a mostrar ao "outro" (Albuquerque).
Perante o pasmo dos presentes, o recandidato à liderança do PPD foi mais longe, afirmando ter conhecimento de que o seu adversário Albuquerque decidiu abrir uma luta pela liderança do partido ao tomar conhecimento de que ele, Jardim, tinha ido para o hospital com um ataque de coração.
Pela sua delicadeza, tal acusação evidentemente caiu mal nos presentes, que no entanto não se manifestaram.
"Estão todos aterrorizados com as ameaças que ele (Jardim) faz aos militantes no meio dos apelos ao voto", diz-nos um dos presentes na reunião de Santa Cruz. "Não podemos tornear a verdade. Os tempos estão mais difíceis do que nunca e ninguém está interessado em perder o emprego."
Albuquerque indignado com acusação, mas não comenta...
A declaração do chefe do PPD e do governo, pela sua gravidade, não podia passar sem contraditório. Tratámos de saber da parte do próprio Miguel Albuquerque se alguma atitude sua poderia ser interpretada como aproveitamento da doença do seu actual adversário.
Albuquerque respondeu-nos, esta sexta-feira, que tal "acusação gratuita" do chefe do partido o deixava "naturalmente indignado", mas que, "no meio de tantas ofensas do género", continuará sem alimentar "o ambiente de polémica baixa procurado pela outra candidatura".
...Assim como não se surpreende com Bruno Pereira
O presidente da Câmara, que viajaria pouco depois para o Continente a fim de tomar parte este sábado no congresso extraordinário da Associação Nacional de Municípios, em Santarém, também não se mostrou surpreendido com a inclusão de Bruno Pereira, vice-presidente da Câmara, na lista de Jardim para a comissão política regional.
Até certa altura subsistiu certa expectativa quanto ao caminho que Bruno escolheria - diz Albuquerque -, mas tudo ficou esclarecido depressa.
Nem por isso Miguel Albuquerque esconde a convicção de que vencerá as eleições internas. "Não sei se na outra candidatura alimentam esperanças de vitória, mas, se por acaso alimentam, tenho cá para mim que apanharão uma grande surpresa no dia 2 de Novembro", assume o candidato.
O pretendente à chefia do PPD-M já não valoriza muito as dificuldades levantadas a militantes que tentaram regularizar o pagamento de quotas no partido, a fim de poderem votar. Desde que não fossem comprovadamente apoiantes de Jardim, o aparelho do partido enchia-se de dúvidas.
Além disso, as mensagens sms e as pressões porta-a-porta continuaram pelo menos até ao fim do prazo para pagamento de quotas, esta sexta.
Mas nem todos se deixam manipular pelo assédio feito pelos caciques de Jardim. Por exemplo, militantes do Imaculado, contactados pelo presidente da comissão de freguesia para comparecerem na reunião desta sexta com candidato chefe, trataram muito mal o mensageiro. Alguns afirmaram não querer saber mais nada sobre o seu partido e proibiram quem telefonava de tornar a fazê-lo.
"Albuquerque deve sair da Câmara se perder eleições no PSD", exigem os barões
O nervosismo instalou-se não apenas na cabeça do chefe Jardim, mas dos que, como ele, consideram "traição" alguém disputar a liderança do partido.
Um barão já batido nas andanças do laranjal fez questão de acusar a 'Fénix' de parcialidade no tratamento do processo eleitoral em curso na Rua dos Netos.
No entendimento desse jardinista, deputado e membro da comissão política regional, o nosso trabalho aqui consiste num "ataque sistemático a Jardim", logo ao PPD e seus fiéis intérpretes.
Perguntou-nos por que razão ainda não aventámos o dever que Albuquerque tem de se demitir da Câmara caso perca o acto eleitoral no PPD.
"O dr. Alberto João disse que sai da política se perder", recorda o barão. "Ora, se o Miguel perder, também deve sair da Câmara, porque não se admite que ele continue na presidência quando foi escolhido por dirigentes partidários que agora combate e de quem perdeu a confiança política."
Este barão continua jardinista, apesar de reconhecer que, hoje por hoje, o chefe é contestado silenciosamente por elementos que com ele trabalharam toda a vida - quer no governo quer no PPD.
"Não percebeu por que é que o Bruno suspende o mandato até às eleições?", interroga-nos o dito barão laranja. "Se o Miguel ganhar, o Bruno tem de pensar no que fazer. Mas se o Miguel perder, é ele quem tem de subir à presidência da Câmara, porque é o vice."
Um elemento da candidatura de Albuquerque, a quem colocámos a questão, rejeitou liminarmente a sugestão em causa. "O presidente foi eleito pelo povo e não pelo partido", justificou.
"Ressabiados" contra "tachistas"
Voltando ao barão PPD, ouvimo-lo repetir uma acusação formulada por Jardim desde há muito: "Já reparou que os ressabiados estão todos com o Miguel? Este era deputado e saiu, aquele estava na câmara de Machico e saiu, o outro..."
Fizemos ver ao barão que, inversamente, os apoiantes de Jardim são deputados aqui, secretários acolá, directores acoli, enfim, estão todos à sombra de Jardim.
O barão concordou: "Sim, no fundo é uma questão de interesses, de um lado e do outro. Até me admirei de ouvir o Miguel Albuquerque dizer que iria para eleições regionais, se ganhasse no PSD. Ora, ficou logo com os actuais deputados contra, porque ninguém está disposto a perder o seu lugar."
Em síntese, o barão em apreço deixa a mensagem final: "Todos nós devemos a carreira ao Alberto João e o mesmo acontece com o Miguel, por isso penso que há neste processo muita ingratidão..."
Dizem os barões: se Miguel ganhar, a Madeira torna-se ingovernável
Outro alto quadro do PPD, próximo de Jaime Ramos, afirmou-nos que o apoio do secretário-geral a Jardim "não podia deixar de ser".
Além de achar errada a opção do Miguel nesta altura, Jaime tinha de estar com o seu líder de quase 40 anos, acrescenta. "Mas ao menos ele confessa-se amigo do Miguel, quando Jardim se confessa inimigo."
Os barões PPD acompanham o nervosismo de Jardim face ao que possa resultar das eleições de 2 de Novembro. Indesmentível. Há muito em jogo.
Sabe-se que o JM será palco para manifestação de alguns já na próxima semana. A palavra de ordem é atacar Miguel Albuquerque. Atacar e atacar.
Há lugares públicos para defender...
...E há uma convicção na área do jardineirismo que um dos muitos interessados deixa para finalizar esta deambulação política: "Oxalá que o Miguel Albuquerque não ganhe as eleições, porque, se ganhar, a Madeira vai ficar ingovernável!"
Este nosso amigo barão lá sabe...
5 comentários:
O senhor, para ser coerente, deve agora escrever um post a opinar sobre a alta traição cometida pelo Bruno Pereira.
Vá, estamos à espera....
O AJJ pode ate perder as eleicoes no partido para MA, mas nas urnas de uma eleicao para Presidente do Governo, MA nunca ganhara a AJJ, isto ainda vai ser coisa para o PSD se dividir Em dois, o que seria engracado.
Caro Comentador
Sem dúvida que seria incoerência da nossa parte não analisarmos os últimos desenvolvimentos relacionados com Bruno Pereira.
Tencionamos pegar no tema, enlaçado a novas informações de que dispomos sobre o vulcânico processo en curso dentro do PPD.
Para já, com a "Política das Angústias" em fundo no blogue, deixamos os Leitores respirar um pouco.
Mas já lá iremos.
Bruno Pereira o verdadeiro desempregado político. Se lhe tiram o ordenado na CMF ele fica com o quê?!?!? Ahhhhh....esperem lá, a mulher tem um bom emprego, leia-se tacho, no aeroporto arranjado com a língua dele. Sim, a língua serve para várias coisas, o que o Bruno faz com a sua já todos sabem: Lambe.
Já agora, se ele suspende o mandato, a panaquinha não faz como ele porquê?
Caro Calisto: Troque de captchas porque estes são como o Bruno, difíceis de perceber e quando pensamos que estão certos dá erro. :)
Cumprimentos,
Tabaibo
Oh Calisto, anda a fazer censura? Que raio, pus um comentário e não aceitaste....
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