DEMASIADA DOUTRINA PARA UMA SÓ EDIÇÃO
Esta segunda-feira pouco rendeu aos cidadãos que não são inimigos da Madeira e por isso dedicaram várias horas a 'beber' a doutrina plasmada em doses industriais na edição do ex-JM.
Trabalho, ainda por cima no dia do mestre, que se dane. Primeiro as lições dos anciãos da tribo.
E é justamente por isso que estamos aqui a pedir à nomenclatura do reumático, em nome da já debilitada economia produtiva regional, que mande publicar espaçadamente os tratados doutrinários como os de hoje. Um 'lençol' por semana já chega para quem realmente estuda conscienciosamente as teorias das figuras mais gradas da tabanca.
No caso de hoje, os leitores do ex-JM, panfleto ainda sob sequestro dos comissários das Angústias e por isso tardando em voltar às mãos dos jornalistas da casa, publicou mais uma entrevista com o mestre de cerimónias do parlamento (na feliz expressão de Jaime Ramos). Trata-se de proporcionar a Miguel Mendonça nova oportunidade para repisar na ideia de que a 'Operação Cuba Livre', com a possível acusação dos governantes insulares, não é mais do que uma "campanha dirigida contra o presidente do governo regional" - e "com vários agentes e interesses em jogo".
Achamos que falam demais tanto os anunciadores de uma acusação ainda desconhecida como os que badalam para a desmentir. Mas uma vez que o sr. Dr. Mendonça disserta sobre o assunto, pois não podemos perder a sua teoria.
Só que o texto não devia ser publicado no mesmo dia em que também o 'Meio Chefe' surge com uma página de Opinião aí com uns 700 ou 800 mil caracteres a dissecar, com profundidade, a necessidade da revisão constitucional sem a qual não haverá reforma do Estado.
Para que lado se volta o leitor, perante tanta informação?
Como se os dois 'estenderetes' de suas excelências não fossem por si sós um atentado contra a produtividade laboral do cidadão, eis que temos, umas páginas depois, a doutrina do bispo das 4 Fontes a pregar fé, mais fé e mais fé aos católicos sem um 'tusto' na carteira para deixarem na caixa do supermercado.
Enfim, 3 peças de fundo que exigem muito tempo de reflexão, perante as quais solicitamos que as publiquem distanciadas no tempo umas das outras, para darem tempo aos estudiosos da Madeira Nova.
Viesse nesta edição mais um daqueles pensamentos eruditos e desenvolvidos do representante da República Ireneu, desovados quando se mete em visitas pela Região não se sabe a que propósito, e então, caros Leitores, o melhor seria decretar uns 3 dias de tolerância de ponto para o povo estudar tão copiosa chuva de preceitos em forma de letra.
2 comentários:
Realmente parece ser doutrina em excesso. Podemos no entanto encarar as coisas de uma maneira que tudo se enquadre. O poder político criou muitos pobres há que fazê-los entender que o céu está ao seu alcance com muito mais facilidade que os ricos. O Bem do Povo está garantido
Isto já faz lembrar a velha táctica de futebol 'cada um ao seu e fé em Deus'.
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