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terça-feira, 19 de março de 2013




O Bloco e a "boa execução" do PAEF

"Dizer que as coisas estão a correr bem
é uma ofensa aos madeirenses que passam fome"


O Bloco de Esquerda passou parte da manhã desta terça-feira em contacto com os desempregados junto do Centro de Emprego do Funchal, para, segundo Roberto Almada, recolher opiniões e aferir das suas dificuldades. Numa altura em que o governo regional  propagandeia com alegria a "boa execução" na Madeira do programa de ajustamento económico e financeiro, "perguntámos a estes desempregados se acham de facto que o programa está a ter uma boa execução", explicou Almada.
O líder do Bloco apresentou o resultado da diligência: "Essa não é a opinião dos desempregados. Pessoas que perderam o desemprego e têm dificuldades para pôr todos os dias alimentação para os filhos na mesa."
Na óptica do BE, um governo regional que se enche de contentamento ao ouvir a troika e o ministro das Finanças dizerem que o PAEF está a ser bem executado "é um governo de elevada insensibilidade social", que "não tem a noção dos dramas por que passam inúmeros madeirenses".
Roberto Almada acusa o executivo de ignorar os problemas, numa situação em que "todos os dias há pessoas a entregar casas ao banco e a enfrentar graves dificuldades para ir ao supermercado comprar com que matar a fome."
"Este programa de ajustamento, a que chamamos programa de asfixia dos madeirenses, pode estar a ter uma boa execução dos pontos de vista administrativo e formal, mas está também a ser uma bomba-relógio, uma cruz que a maioria dos madeirenses carregam todos os dias e que lhes impõe uma vida desgraçada."
Em síntese, "dizer que as coisas estão a correr bem é uma ofensa aos madeirenses que todos os dias passam fome" - arremata Roberto Almada.

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