UMA ÁREA VERDE NO CORAÇÃO DA CIDADE
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01 - Rotunda à saída do Porto do Funchal
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No dia 13 de maio escrevi uma nota intitulada “PORTO DO FUNCHAL - IMAGEM DEPRIMENTE”. Fi-lo, porque senti ser deprimente a primeira imagem oferecida a quem chega à Madeira num navio de cruzeiro. Fi-lo, porque a agonia das plantas secas e a paisagem degradada provocaram-me uma enorme tristeza. Fi-lo, porque o Funchal, a única cidade portuguesa a quem foi atribuído o “Galardão de Ouro das Cidades e Vilas Floridas da Europa” (no ano 2000) tem o dever de receber os visitantes com flores, com as muitas flores que gostam de cá viver e que apenas exigem um pouco de água e de sensibilidade.
Quase dois meses após esse meu alerta, o governo regional, que alargou a avenida Sá Carneiro e construiu a rotunda à saída do porto, a praça do Mar e um edifício mastodôntico, nada fez para melhorar a qualidade da paisagem da mais cosmopolita entrada da cidade.
A imagem é cada vez mais deprimente para quem sai do molhe da Pontinha e se dirige para o centro histórico do Funchal, como provam as fotografias.
Entretanto, quem não é capaz de mandar regar um pequeno jardim, continua a esbanjar o dinheiro da solidariedade nacional nas obras megalómanas que estão a desfigurar a face do Funchal, a insultar quem manifesta indignação e a anestesiar a populaça com cartazes enormes, onde se pode ler: “Para sua segurança. Uma área verde no coração da cidade”.
Uma mentira repetida muitas vezes pode passar a verdade, mas sem água, falta de sensibilidade e ausência de jardineiros competentes, vai nascer mais um matagal no coração da cidade.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
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02 - Rotunda à saída do Porto do Funchal
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03 - Rotunda à saída do Porto do Funchal
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04 - Edifício degradado da Direção Regional das Pescas
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05 - Avenida de Sá Carneiro - árvores de raiz aprumada (Agathis robusta) plantadas sobre uma plataforma de betão.
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06 - Edifício da nova Praça do Mar, ainda não usado mas já degradado
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07 - Jardim da Avenida Sá Carneiro
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08 - Jardim da Avenida Sá Carneiro
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09 - Jardim da Avenida Sá Carneiro
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10 - Não há dinheiro para a manutenção dum pequeno jardim, mas continuam as obras megalómanas
para desfigurar a face do Funchal
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6 comentários:
Na zona é habitual haver mau cheiro...
Sei de pessoas que recentemente procuraram chamar o dr. Raimundo para assumir responsabilidades públicas no Funchal, pois reconhecem-lhe virtudes e capacidades que seriam úteis neste momento tão difícil da Madeira. Mas ele armou-se em 'senhora' fina e mandou-as passear. Por isso, se ele não está disponível para dar um contributo activo à sociedade porque é que vem para aqui lançar bitaites, qual velho dos marretas????????
O dr. Raimundo Quintal faz lembrar o refrão daquela música dos anos 80 dos Peste & Sida:
«Ao trabalho, ao trabalho, ao trabalho, ao trabalho. Vão vocês, vão vocês, vão vocês, vão vocês, vão vocês».
Para ver se os madeirenses, colectivamente, abrem os olhos. Alem disso os partidos que enquadram a vontade colectiva, por norma, roem a corda aos voluntariosos a quem tentam enquadrar.
Porque as lojas do edifício vermelho não são alugadas ?
A renda que pedem é cara? ou existe outra razão?
Pela pertinência do problema e pela lucidez da denúncia, vai merecer a devida referência no Ondas3.
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