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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Delfins


Elucidativo despacho de um dos nossos colaboradores sobre mais uma situação curiosa na política porto-santense, mais precisamente na área laranja






PORTO SANTO 'A FERRO E FOGO'

   Foram quatro as listas de delegados entregues na sede do Partido Social Democrata na Ilha Dourada!

   À primeira vista pode parecer que a divisão é grande, mas puro engano. Roberto Silva, sem o fulgor de outros tempos, ao sentir que não existia interesse das listas em colocar pessoas do seu cada vez mais pequeno grupo, rapidamente se "fez à estrada" para compor a sua lista com o pupilo Nuno Batista à cabeça. Os apoiantes de Cunha e Silva escolheram a ex-presidente de Câmara Fátima Menezes para liderar a sua lista de delegados, enquanto que, nos albuquerquistas, a escolha recaiu no Professor Fernando Caroto. Por fim, os apoiantes de Manuel António escolheram Cândido Pereira.
   São várias as leituras efetuadas no meio portossantense. Sendo evidente que as listas conotadas com candidatos relacionam-se bem e entendem ser natural a existência das mesmas, sem rivalidades, já a lista feita por Roberto Silva e Nuno Batista, com poucas hipóteses de sair vencedora, demonstra alguma antipatia para com as listas concorrentes. Fala-se que das duas uma, ou Roberto Silva quer medir forças com a crescente oposição interna, ou, lançando Nuno Batista, quer de uma vez por todas, assumindo a derrota, afastá-lo de outras corridas futuras. Uma coisa é quase certa, a vitória deverá decidir-se entre a lista de Fátima Menezes e de Fernando Caroto, deixando Roberto Silva e Nuno Batista numa posição muito frágil.

Sendo o Porto Santo uma das Freguesias com menos militantes, estranha-se que seja, provavelmente, uma das freguesias com mais listas de delegados. Talvez seja um prenúncio para as próximas eleições da Comissão Política de Freguesia do Porto Santo. Quem sabe?

7 comentários:

Anónimo disse...

Porto Santo tem cerca de 300 militantes....Não são assim tão poucos comparativamente com outros concelhos.

Anónimo disse...

Obrigado Roberto Silva pelo esclarecimento. Têm 300 militantes. Obrigado

Anónimo disse...

PORTO SANTO: Idiossincrasias de um processo eleitoral

Correção: O número de militantes em condições de votar no Porto Santo é de 233. Fazer estimativas de voto no Porto Santo é tarefa bem difícil.
Trata-se de um microcosmos singular onde a lógica dita “normal” raramente tem aí lugar.
A decisão de votar, neste ou naquele candidato, nesta ou naquela lista, nada tem a ver com o que os militantes consideram ser o melhor líder ou a melhor lista de delegados. É uma decisão idiossincrática, algo envergonhada e nunca assumida com a argumentação real.
Trata-se antes de uma decisão alicerçada em alegadas vantagens pessoais que a “Nomenklatura” ainda instalada no gamelão do poder (Delegação do GR e dependências, Junta de Freguesia, Comissão Política de freguesia) faz agitar nas consciências dos pobres militantes de base, prometendo-lhes algumas benesses ou ameaçando com represálias aos próprios ou a familiares, através da estrutura prepotente da cadeia hierárquica da Administração (quem é que no Porto Santo não tem um familiar próximo que trabalhe para a Administração Regional ou Local?).
Se a decisão de voto de cada um desses 233 militantes estivesse alicerçada na lógica racional dita normal, dificilmente qualquer um dos candidatos governantes teria um voto que seja.
Ninguém dotado de um mínimo de inteligência iria votar em alguém que nos últimos 14 anos integrou um governo ludibriou o povo escondendo um buraco financeiro de mais de mil milhões de euros, que foi o responsável direto e indireto pela bancarrota regional que levou à assinatura de um PAEF humilhante e que se mostrou desastroso para a Região e em especial para o Porto Santo, que promoveram obras inúteis e sem retorno – Campo de jogos de praia em estado de completo abandono; bares no Penedo do Sono que nem no pico do verão são rentáveis; uma fábrica de “caldo verde” (algas) que nunca produzirá energia suficiente para ser economicamente sustentável e onde se gastou mais de 50 milhões de euros para nada; um mercado na Praça do Barqueiro que foi tão bem planeado que nunca funcionou como mercado e que teve de ser adaptado a outra finalidade; uma piscina que atualmente nem funciona, uma estrada que começa em lugar nenhum e termina em nenhures, enfim, elementos integrantes de um governo que permitiu, com uma série de políticas erradas, o fecho inevitável de unidades hoteleiras com as consequências ao nível do emprego que se conhecem, etc. etc.
Aqui no Porto Santo não vislumbro nada suscetível de elogio a este governo que integra Cunha e Silva e Manuel António Correia. É, sem, dúvida o pior e mais incompetente governo de sempre da Autonomia, autor direto pela atual desgraçada crise que, sobretudo aqui no Porto Santo, nos abala a esperança e corrói a vida – a pobreza estrema, a miséria, e a indigência passou a constituir paisagem social da outrora Ilha Dourada.
Se a decisão de voto fosse racional os porto-santenses não votariam em candidato/governantes responsáveis por esta atual catástrofe coletiva. Não votariam em candidatos que representam o que de pior constitui o Jardinismo caduco e decrépito da última década. Só que, pelo sim pelo não, e para evitar represálias dos ainda poderosos, fico-me por um sorriso amarelo que pretende transparecer um aparente apoio a candidatos/governantes.

Anónimo disse...

O comentário das 15h23 parece do nosso presidente da Câmara Municipal. Para além de jogar candy crush nas horas vagas, também comenta a atualidade docial democrata! (isto quando não pensa em nomeações)

Anónimo disse...

Muito bem escrito e muito bem dito.
Nada mais verdade!

Anónimo disse...

Os Porto-santenses vão votar no Albuquerque que é um pau mandado do Jaime Ramos e do filho? Com Albuquerque o Porto Santo será governado por Gregório Pestana e Bernardo Caldeira. Já conhecemos esse filme.

Anónimo disse...

O comentário das 15:23 só pode ser o Presidente da Câmara do Porto Santo Filipe Menezes. Este que já foi e ainda deve ser um apoiante de Miguel Albuquerque. Em 2012 o Presidente Menezes Oliveira estava com Miguel Albuquerque. Será que já deixou de o apoiar?