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ILUMINAÇÕES NO FUNCHAL
AO ESTILO D. MERKEL
Encontram-se em fase de instalação as estruturas das iluminações de Natal e fim-de-ano. Na Estrada da Pontinha, por exemplo, já podemos ver uns cubos como que filigranados que encherão praças e aterros de luz e magia. Lá mais para diante, ao passarmos à noite lá por baixo, não teremos a certeza se estamos na Madeira ou na Alemanha.
Assim:
A ideia dos motivos ornamentais, que bafejará o Funchal inteiro, havendo para o efeito postes especiais lançados no cais, Fernão de Ornelas, Largo do Chafariz e outros sítios, a ideia leva-nos a evocar o carinho germânico pela quadra de Natal.
Repare-se:
Não, senhores, não se trata de nenhum ensaio da iluminação na Estrada da Pontinha ou na Fernão de Ornelas. Estas são imagens do Natal em Berlim... o ano passado. Aquela cidade iluminou-se a partir de um projecto do atelier Brut Deluxe, que bem poderia ser o mesmo atelier convidado para o Funchal, tão semelhantes são o produto alemão de 2013 e o nosso deste ano.
Digamos que os alemães, que fazem de Berlim e cidades afins um excelente mercado gerador de turismo para a Madeira, ficarão deliciados ao admirarem as nossas iluminações, na quadra que aí vem. Sem dúvida que eles, sobretudo os berlinenses, se sentirão em casa. Não seria má ideia trazer a sra Angela Merkel, a patroa de ferro que aliás já esteve com um pé na Pérola do Atlântico.
Ela já disse mal de nós, mas desta vez não poderia criticar a nossa iluminação. Para isso, investimos 98 mil euros só na concepção do projecto com sabor alemão. Ya!
6 comentários:
"Quando um homem tem a liberdade de proceder como quer, em geral imita os outros."
Eric Hoffer - Filósofo americano, 1902- 1983
Porra e pagam-se milhares para este copy past? Vºão mas é todos pró....
Seria importante contextualizar toda a produção deste trabalho, concretamente como foi atribuído por ajuste directo, em forma de remédio para o interminável muro de lamentações que este arquitecto de renome é prolífico.
A equipa de concepção foi composta por 5 elementos do atelier, e 3 consultores externos para sistemas luminosos, interactivos e dimensionamento de estruturas tendo desenvolvido o projecto durante dois meses.
O facto torna-se relevante, quando vemos a composição legal da empresa que labora com a totalidade dos seus elementos em regime de falsos recibos verdes, no dobro da carga horária permitida por lei, e sem qualquer custo associado aos encargos fiscais, operando assim em concorrência desleal. De facto apenas uma trabalhadora tem contracto de trabalho, a senhora da limpeza, fundamental ao funcionamento em alto desempenho de um atelier de arquitectura.
Destes 5 elementos 3 nunca receberam um único cêntimo, uma colaboradora estrangeira ao abrigo de um protocolo de estágios e dois arquitectos em estágio que não receberam qualquer pagamento, a não ser a magnificente honra de partilhar o mesmo ar que o ilustre arquitecto respira. A estes 3 elementos adicionamos outro estagiário a ser comparticipado em 65% do seu ordenado pelo IEM, e finalmente um colaborador pago em recibos verdes normalmente.
A contratualização verbal dos consultores, serralheiro, engenheiro iluminação e consultor para sistema interactivo,foi realizada como forma de obter a informação técnica necessária dando a crer que as respectivas empresas realizariam o trabalho sem qualquer tipo de concurso e sendo-lhes mesmo solicitado um orçamentos. O pagamento dos seus serviços foi igualmente uma bela dose de ar, à tentativa dos mesmos para regularizar a situação, o silêncio foi a solução encontrada.
Como é possível constatar pelo portal Base dos Concursos Públicos além do contracto de 98 000 euros, surge um de 150 000 euros para "Aquisição de Serviços para Conceção do Projeto de Remodelação do Edifício sito à Rua do Bom Jesus, n.º 13, Funchal", e um trabalho que só agora terá arranque e terá sido pago no continente de 135 mil euros.
Como é de fácil constatação a margem de lucro é enorme, e inversamente proporcional ao sentido ético, moral e profissional. Assim como aos valores pagos, quando pagos, aos seus colaboradores.
A sustentação em referências de outros colegas e empresas é transversal na sua obra, assim como a dedicação da sua equipa constantemente em renovação por motivos claros que fazem desta pessoa o nome que é hoje.
Aguardo curiosamente o efeito luminoso recuperado das nossas memórias, que é a iluminação nas fachadas dos edifícios. Uma vez que as mesmas em grande parte são domínio privado, logo sujeitas a aceitação por parte dos proprietários. De certo que daqui a dois anos com a remoção dos sistemas de fixação das fachadas, teremos toda a baixa do Funchal pintada de fresco, com o alto patrocínio da Secretaria Regional do Turismo, ou então serão pintadas a ar previamente inalado.
Uma coisa é certa, se as iluminações forem do agrado da população, a autoria será sua, se as coisas correrem mal, foi culpa dos seus colaboradores que não seguiram as suas orientações e claras referências ou da equipa de montagem, ou do tempo, em ultima instância se houver críticas a culpa será da Brut Deluxe.
Não é de admirar o que aconteceu. É um arquitecto do regime, sempre beneficiado por trabalhos ganhos sem concurso. Foi-se governando à custa do talento de jovens arquitectos que contratou e muito mal pagou, a quem tudo prometeu e depois nada deu. À custa disso ganhou um prémio, mas existe entre ele e os arquitectos portugueses premiados uma grande diferença: é que Siza, Souto Moura, Carrilho da Graça, Manuel Mateus, etc. todos tem obra construída no estrangeiro, este não. Já perguntaram porquê? Porque na Europa não são papalvos e sabem distinguir entre o original e a cópia. Na Madeira parece que não...Desta vez foi longe demais, Brut Delux já foi avisado do plágio, é bem possível que venha a ter de gastar grande parte do que ganhou ilicitamente em tribunal.
Calixo vai dizer mal da PQP.
Dois posts bastantes esclarecedores e uma virgem ofendida logo abaixo
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