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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Desmobilização no Laranjal


Número de votantes 
para as directas 
cai para menos de metade




O PSD-M não conseguiu segurar a militância em torno do partido reacendida graças à dinâmica das eleições internas directas em 2014. Pelo contrário: menos de metade dos cerca de 7 mil que votaram há dois anos, na corrida a seis, estão em condições de eleger Miguel Albuquerque esta sexta-feira, na votação da única lista concorrente à comissão política, secretariado e presidente.
A existência de apenas 3.400 militantes com direito a voto é reflexo obviamente da desmobilização geral latente na família laranja. O desencanto com a governação pesa negativamente no espírito de militância, o que é notório à vista desarmada. Tudo agravado por um centralismo partidário mais feroz do que na situação anterior. A marginalização friamente cirúrgica das forças adversárias internas de Albuquerque na fase competitiva de há dois anos é apenas um exemplo desse centralismo afinal desnecessário. 
O resultado do 'espalhanço' do Blue Establishment é uma divisão do PSD-M para já em dois subgrupos: os actuais situacionistas e os marginalizados.
Segundo os números, divulgados hoje pelo Secretariado social-democrata nas páginas do DN, não ultrapassavam os 2 mil os votantes no tempo de Jardim, quando de eleições internas. O que não admira, pelos 40 anos de desgaste e pelo conformismo subjacente à imprevisibilidade de qualquer mudança. Quando Miguel Albuquerque avançou em 2012 para disputar a liderança ao antigo chefe, os militantes regularizaram as quotas para votar, em número de 3.859, comparecendo nas urnas 3.473 - sempre segundo os referidos números.
Na fase seguinte, com 6 candidatos na corrida à sucessão, e apesar de apenas 3 deles (Albuquerque, Manuel António Correia e João Cunha e Silva) terem hipóteses de lá chegar, inscreveram-se nada menos de 7.164 militantes, consequência da dinâmica militante criada, a que não foram estranhos, reconheça-se porém, estratagemas de inscrição apressada movidos por alguns candidatos.
Em todo o caso, e depois da concentração de forças à volta do vencedor Albuquerque, também vencedor das regionais no ano passado por uma unha negra, nota-se agora uma queda para menos de metade de militantes em condições de votar. Justo numa altura em que o líder precisava de cobertura popular para comprometedoras e escandalosas fragilidades no partido e no governo. E quando está prestes a começar o decisivo 2017, ano de eleições autárquicas que prometem rupturas em várias frentes, no PSD e não apenas.
É sintomático fazerem comparações da dinâmica de eleições no antigamente, rotineiras e sem qualquer significado, dada a superioridade interna e no plano regional do então líder, com os tempos actuais, que deviam espelhar as promessas de mudança e salto em frente feitas pelos novos dirigentes. Tão sintomático como considerar favas contadas os aplausos no meio dos licores de Natal hoje à noite, na tradicional festa laranja. 
A verdade nua e crua surgirá nas disputas municipais de 2017, onde o PSD se verá desapoiado por metade do antigo eleitorado. Em quase todos os concelhos. Serão 8 dramas para Miguel Albuquerque, líder que só respirará tranquilidade na Calheta, na Ponta do Sol e em Câmara de Lobos. 
E é bom que comece, como começou ontem, a anunciar devolução de impostos ao longo do próximo ano.
Há partidos da oposição que esfregam as mãos de contentes com essa indesmentível realidade. Mas os eleitores dispostos a mudar a agulha não bafejarão os partidos e os políticos oposicionistas de nome. A menos que os aguardados independentes e os partidos pequenos durmam na forma daqui até lá, faltando à chamada dilacerante da insatisfação que por aí vai.

14 comentários:

Anónimo disse...

Afinal do que é que está à espera aquela gente do PSD.


Vêm aí as eleições autárquicas e ainda estão à espera de testar no jantar de Natal a candidatura da ''miss solidária''?


Abram a lista, a cabeça da lista do Funchal, ao homem dos refrigerantes e das cervejas, ele merece a oportunidade de provar a sua popularidade junto do povo. Aquela coisa de há dois anos estava viciada, o homem vale muito mais do que os cento e tal votos dos militantes com quotas em dia.


Assim acabavam-se as favas contadas do careca e dos demais pretendentes ao lugar.


Não pensem mais senhores ''renovadinhos''. Apresentem o dito (qual ''sem malícia'', qual miss, ou outro ambicioso que sonhe com o lugar) ele é o homem certo para submeter ao voto popular.

Anónimo disse...

Mantenho que no prox ano ha k aproveitar a vaga do Psd nacional e correr com o Passos k so entala diariamente o partido e é un doce para a geringonça e o ajuste contas do Marcelo e cá dar um chuto neste Desgoverno depois das autarquicas. Existe muito melhor no partido que os atuiais engomadinhos que a maioria esta nos locais por taxo.Vamos começar ja a trabalhar setor a setor vendo aqules que tem valor e provas dadas.

Anónimo disse...

Este Psd renovado pela negativa é constituído por um grupo , muito próximo do chefe, de gente arrogante, de nariz no ar e com uma estaca nas costas, que são incapazes de chegar ao povo e às bases do partido.

Como militante, que acreditei neste chefe, porque representava uma lufada de ar fresco e uma nova dinâmica política , hoje claramente estou revoltado comigo por ter-me deixado enganar por gente com esta formação intelectual.

O novo renovado chefe rodeou-se dos mais próximos, alguns amigos de faculdade e outros de noites de convívio , acreditando que os mais amigos nunca lhe traiam e esqueceu-se que os seus melhores aliados deviam ser os tecnicamente mais capazes e mais competentes. Estes estariam sempre consigo porque o que os iria mover era a sua competência e a lealdade técnica.

O resultado desta formação e aposta política foi um governo de pessoas que se promovem pessoalmente e procuram, através das suas relações pessoais, melhorar a sua condição financeira.

Será interessante analisar e ver a evolução e crescimento financeiros destes secretários , antes em situação de devedores ao estado e agora ........

O poder pelo poder de ganhar é terrível.

Estamos piores do que estávamos. Isto é já uma verdade a La Palisse.

As eleições autárquicas vão trazer uma derrota a todos os níveis a este psd e nem Ponta de Sol está assegurada porque se o candidato não for quem o atual Presidente indicou a derrota será uma realidade.

Neste momento e porque é natal o pedido de presente seria para nos livrarem destes arrogantes e aproveitadores pessoais.

Mas como já não acredito no pai Natal vou ter que comer o pão que eu ajudei a amassar.

Até um dia.

Boas festas

Mateus

Anónimo disse...

o mordomo andou por aqui......

Anónimo disse...

Isto ta negro, mau mesmo. O desgoverno nao acerta e em todas ss areas e uma desgraça. Hoje no dito jantar ja vamos dar um sinal de mudança e mais nao digo.

Anónimo disse...

Na atual situação ninguém faria melhor.
Há um erro de casting em certas áreas que poderá ser ajustado agora depois do congresso e cumpridas algumas promessas.
Nas autárquicas o PSD vai renovar com credibilidade .
A Oposição é ZERo.
O Cafofo é só sorriso.
O JPP é só choradinho.
O Pererinha é só arrogância e só pensa em Lisboa

Anónimo disse...

Anónimo de 7 de dezembro de 2016 às 13:19
..."Na atual situação ninguém faria melhor" - Faria Nunes dixit?

Anónimo disse...

Psd aqui esta como o psd nacional. Aguarda.se que bata fundo e depois reconstruir alternativa. Para ja dar o palco a quem tinha tudo estudado. Vamos aguardar sereno e dar a tacada no momento certo no próximo ano. Muita tranquilidade.....

Anónimo disse...

E se soubesse como os 3400 capazes de votar é só metade então é que lhe dava um chilique. estava uma vergonha e deram um jeito na secretaria.

Anónimo disse...

o presidente da camara de são vicente votou?

Anónimo disse...

O Secretariado do PSD, através da secretária Elda Chaves e o assessor Miguel Silva da presidência do Governo Regional andaram a pressionar os militantes funcionários públicos a pagar as quotas sob ameaças. Até estavam disponíveis a enviar funcionarios do partido ao local de trabalho, de modo a aligeirar o processo do pagamento. O partido só tinha 2000 militantes que pagaram as quotas mas devido às constantes ameaças e ao perdão de muitas quotas acabaram por chegar aos 3400 militantes regularizados. Já ninguém acredita que o Dr Miguel Albuquerque chegue ao Natal de 2017.

Anónimo disse...

O PSD Madeira tem aproximadamente 17,000 militantes, se só estão disponíveis 3,400 militantes para votar é muito mau! É sinal de descrédito e desmotivação

Anónimo disse...

Houve concelhias que pagaram as cotas aos militantes.

O melhor disto foi ontem o jantar de natal ter 1500 pessoas, mas o pessoal da jsd andou a distribuir convites a malta, ate a nazaré estava lá em força, mas para comer e beber. Para terem a noção a jsd tinha perto de 200 convites, estou a falar no Funchal, cuitados daqueles que pagaram 10 euros so para comer e ouvir o albuquerque, nem musica teve.

Anónimo disse...

Tanta desmobilização que há pessoas supostamente influentes que estão a sair do partido e a assumir candidaturas por sua conta e risco como independentes!! Independentes só de nome!!! Só se desfiliam do partido prq este não lhes quer atribuir tacho!! Refiro- me ao Castro no Porto Santo, obviamente....
E ainda têm a lata de dizer que a política não é para políticos de aviário!!!!! Dizei-me o que é essa personagem se não é um pinto sem asas a cantar de galo!!!! Ahahahaha....