JSD-M SAI AOS SEUS
Laranjinhas pouco imaginosos limitaram-se a recriar no congresso a balbúrdia que destrói o partido sénior. Pedro Pereira acabou por falhar o boicote, mas ameaça fazer ainda das suas aos moderados que tomaram conta da malta
O congresso dos laranjinhas insulares, realizado este fim-de-semana, decorreu sem surpresas. Pelo contrário, reflectiu a derrapagem que leva o partido sénior para o colapso anunciado. Os trabalhos constituiram fiel projecção daquilo que será o belicoso congresso sénior previsto para o fim deste ano, opondo chefe Jardim a Miguel Albuquerque.
Com a maioria dos 'jotinhas' a querer desmantelar literalmente o passado, escolhendo novos dirigentes, naturalmente que a linha marginalizada vai para umas semanas, liderada por José Pedro Pereira, compareceu na magna reunião com ideias de boicotar o andamento normal dos trabalhos.
Numa palavra, a missão visava impedir a eleição de nova estrutura e reinstalar no poder a facção radical de Pereira, alinhada por Jardim, Cunha e Silva e, em última análise, por Manuel António Correia.
As sessões do fim-de-semana confirmaram a peixeirada que se adivinhava, a começar pela declaração de hostilidades pelo líder afastado, logo no começo dos trabalhos - avisando o rapaz aqueles que lhe espetaram umas 'facadinhas nas costas' para a vingança quando regressar, um dia.
O atrevimento não correu mal a Pedro Pereira. Os seus apoiantes pegaram no ataque e deram-lhe continuidade, na tentativa de invalidar ou impedir as eleições para os órgãos da JSD.
A meia tarde, neste domingo, nem o próprio Jardim sabia se haveria sessão de encerramento, já que muitos julgavam cancelados os trabalhos do congresso. "Se houver, lá irei discursar", disse o chefe, impaciente no desejo de que o seu fanático amigo Pereira conseguisse travar efectivamente os moderados - quem sabe se não apoiantes do perigoso Miguel Albuquerque.
O sr. João das Eiras já repete às vacas o discurso de Jardim
Abreviando, digamos que a JSD-M sempre elegeu corpos dirigentes, sob a liderança de Rómulo Coelho (Coelhos para todos os gostos, hoje em dia). E Jardim lá foi debitar a inevitável discursata, mesmo na situação menos apetecida.
Falou durante um bom bocado, repetindo teorias de Singapura, do injusto programa de ajustamento, das deslealdades do PSD nacional, da urgência em mais Autonomia, da fraca Oposição, de revisão constitucional, enfim, essas coisas que o sr. João das Eiras, apesar de analfabeto e à força de ouvir telefonia, já vai repetindo enquanto deita comida às vacas, nas Achadas.
Pouca inspiração do chefe, mas natural em quem se safara pouco antes, por milagre, de um 'engasganço' em Santana, quando, esfomeado, quis comer maçarocas, bolo do caco e espetada tudo de uma vez. Oportunidade para o comandante dos bombeiros da zona brilhar, salvando a nossa vedeta das Angústias, e com o prazer de lhe tratar da saúde com uns murros aplicados com vontadinha no peito, para fazer saltar o material engasgante, de forma que o homem voltasse a respirar, como voltou, para alívio de todos nós.
Entretanto, Pedro Pereira ameaçava que o assunto do congresso não ia ficar assim, pelo que a JSD continuará viva, irreverente e malcriada, democraticamente dividida e apostada em participar activamente na salutar pancadaria caseira dentro do partido, que já tem agenda marcada - entre pelotões liderados por Miguel Albuquerque e Jardim.
Notas da 'Fénix':
1. Depois do passeio ao Norte, talvez Jardim tenha regressado mais sensibilizado para as reivindicações da classe de bombeiros, homens que avançam quando os outros fogem.
2. Felizmente, os pirómanos não engataram ontem para fazer faísca no Norte.
3. Jamais ouviremos Jardim relatar que os bombeiros nada de útil fazem quando não há incêndios, ou que as corporações têm gente a mais, ou que aquilo é uma carga de 'patas rapadas'. O fogo ensina.
1. Depois do passeio ao Norte, talvez Jardim tenha regressado mais sensibilizado para as reivindicações da classe de bombeiros, homens que avançam quando os outros fogem.
2. Felizmente, os pirómanos não engataram ontem para fazer faísca no Norte.
3. Jamais ouviremos Jardim relatar que os bombeiros nada de útil fazem quando não há incêndios, ou que as corporações têm gente a mais, ou que aquilo é uma carga de 'patas rapadas'. O fogo ensina.
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