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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Politicando




ELE DIZ QUE GARANTE A ESTABILIDADE POLÍTICA...


O homem acabou o Dia da Região no Pico dos Barcelos, a gozar com o 'povo superior' agora despromovido a 'pata rapada'. A presença ali de Miguel Mendonça, se não é para mandar a polícia carregar sobre algum adversário ruidoso, é para medir a tensão ao chefe e mantê-lo dependente até à lista de 2015. Nem que seja a lista para a comissão de Natal no asilo do Lazareto. 


O homem não pára de se divertir à custa do antigo 'povo superior', actual 'povo pata rapada'. Na noite de domingo, depois das conturbadas comemorações do Dia da Região, lá foi ele ao Pico dos Barcelos auto-denominar-se de "garante da estabilidade política e da defesa dos madeirenses", de quem continua troçando cinicamente.

A sessão em S. Vicente do Dia da Região não apanhou apenas um boicote da Oposição, mas também do povo em geral, que deixou a barraca parlamentar montada nos Juncos sozinha  mais Deus, entre a falésia e o mar.
- E ele fala em estabilidade política.

Um deputado eleito pelo povo foi escorraçado da cerimónia, por forçar uma acção política, e arrastado para longe às mãos da polícia de choque, mandada pelo presidente Miguel Mendonça.
- E ele, o chefe, vai falando em estabilidade política.

O próprio rei-chefe, na cerimónia dos Juncos, ainda tremia com as ameaças de bomba, na véspera, em redor da festa de 'anos do João', no 'Lagar', que o levaram a fingir que tinha sono para zarpar mais cedo rumo à Pena - ou às Angústias, ou aos Ilhéus, ou às Desertas, quem sabe!
- Ele fala em estabilidade política.

O homem passou o dia de domingo em cerimónias, para aqui e para ali... sempre guardado por carros e motos carregados de bófia armada, como se se estivesse a guardar o Obama numa visita a Teerão.
- Pois ele continua dizendo-se o garante da estabilidade política.

Durante a tarde, a brigada de minas e armadilhas da polícia correu ao 'Lagar', tal como os bombeiros (um dia depois do 'João'), para desactivar um engenho suspeito encontrado num caixote. Um pandemónio tremendo.
- Ele fala de estabilidade política.

O discurso no Pico dos Barcelos deu-se dois dias depois do conselho regional do PPD, no qual o homem prometeu criar um temporal de chuva grada, raios e coriscos para, de uma vez, aniquilar quem agita as águas com candidaturas no laranjal antes do tempo e jantares para rebentar o partido por dentro - reconhecendo assim a 'rebaldaria' que vai no seu próprio covil partidário. É a guerra com Albuquerque e capangas.
- Ele fala em estabilidade política.

Lisboa cortou-lhe o pio financeiro e fiscaliza-o com tal rigor que tanto ele como os serventuários do sector estão proibidos pelos troikianos de mexer em dinheiro, vivendo a Madeira um período negro de falta de liquidez na praça, desemprego e pobreza crescentes, insuportáveis por mais tempo.
- Ele tem o descaramento de falar em defesa dos madeirenses.


Enfim, mais um discurso carregado de demagogia nos Barcelos, com o conspícuo presidente parlamentar Mendonça à ilharga, que nem num dia em que se aconselhava algum distanciamento, enquanto presidente parlamentar, não só mandou espancar deputados como não perdeu a ocasião de engraxar o chefe até ao fim da rábula autonomista - se calhar alegando a conveniência de medir a tensão ao patrão.
O rei das Angústias continua perdido de gozo, toureando a plebe, a rir, a rir.

Não será o último a fazê-lo.

2 comentários:

jorge figueira disse...

O grande drama é a confusão instalada há anos que não permite, com nitidez,saber-se onde acaba o PPD/PSD/M Partido da Autonomia (hoje da Anatomia simbolizada da estátua da EM)e começa o GR. Morre-se de paludismo a quem devem queixar-se? O GR não sabe de nada! Falta dinheiro nas escolas silêncio de igreja do GR. Bate-se à porta do partido?

Luís Calisto disse...

...Onde acaba o PSD e começa o governo...
Bom: e quando é que acabam ambos?