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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Madeira ao Vivo

OBRAS NA ESCARPA DA CALHETA ANDAM POUCO




A primeira fase da obra foi adjudicada há um ano e três meses: estabilizar a escarpa sobranceira à estrada marginal da vila da Calheta. Mas os trabalhos são morosos. O panorama mostra-se conforme a fotografia, tirada poucas horas atrás. Guindastes ao alto, redes no rochedo abrupto e muita tensão no desenvolvimento dos trabalhos. Quando andam.
O objectivo é tornar a estrada marginal transitável e sem perigo para carros e pessoas, no âmbito das obras destinadas a estabilizar e consolidar falésias e taludes em vários locais da ilha.
Na altura das adjudicações, o então secretário do Equipamento Social, Santos Costa, referiu-se ao "forte investimento em obras de protecção às populações que, para além da estabilização e limpeza de taludes, incluem as canalizações de ribeiras, a construção de túneis rodoviários e de enrocamentos marítimos".
No caso específico da Calheta, e em resultado da evolução natural e erosão de muitos anos, haviam-se registado vários casos de desprendimentos de blocos e fragmentos rochosos e terrosos da escarpa. Os trabalhos de estabilização tiveram de arrancar, incluindo "a escavação do terreno em bancadas, a execução de ancoragens, pregagens, colocação de redes metálicas e aplicação de betão projectado".
Fatalidade actual, todas as obras estão pendentes da reacção à crise, que na Madeira é dupla: a conjuntural nacional-europeia e a regional, agravada por medonhas dívidas debaixo do tapete.
Um pormenor pertinente: a estrada marginal, para quem vai do lado da vila para leste, interrompe-se no início da marina, logo a seguir ao Onda Azul, portanto não se pode passar para o lado da Ribeira da Serra de Água (a da Calheta, óbvio).

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