UM HINO CONTRA A INTRIGA BARATA
Intragável peixeirada naquela praça de cafés e esplanadas nesta quinta-feira de bisbilhotice variegada quanto aos temas cacarejados. Bola e mais bola. E actos cobardes, entre espancamentos e subornos. Pois, o caso do sr. Cardinal. As últimas e novas indicam que, se a tentativa era envolver o Marítimo num 'caldo' para o fazer desistir do 4.º lugar, os autores do pueril enredo foram à lã e regressam tosquiados.
O assunto mais actual é o da agressão que vitimou cobardemente o Eng.º Rui Alves, como ouvi nos magotes com que me cruzei. As histórias começam a insinuar-se nas mesas. Mas percebe-se que ninguém dispõe de dados além das habituais especulações baseadas no imaginoso diz-se diz-se. Entretanto, o sentimento é comum: deliberada revolta pelo espancamento, sejam quais forem os seus motivos, se é que os há, sequer.
Na mesa onde caímos, caiu também um famigerado depósito de 2 mil euros em notas que teria sido colocado na conta de um sujeito, um tal José Cardinal, que estava destacado para o Sporting-Marítimo em Dezembro passado, a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal. O homem tinha uma bandeirinha para trabalhar nesse jogo e, pelo veneno que descarregavam há bocado uns anti-maritimistas conhecidos da praça, parece que a Direcção de Carlos Pereira e uns 120 mil simpatizantes têm lugar marcado na Cancela.
Alguém lembrou que o Sporting, de há uns tempos para cá, encontra motivos de peso para se intrometer na vida do Marítimo. E que os lagartos continuarão com os mesmo motivos, apesar de momentaneamente senhores do 4.º lugar. Todos os que combatem o Marítimo contam, aliás, de há uns tempos a esta parte, com preciosas ajudas do 'papa do norte'...
Dória e a expulsão de Sousa nas Antas
Aconteceu porém que, ainda com pouco tempo de jogo, o médio Sousa, impante no seu azul-e-branco apoiado por 50 mil tripeiros, se lembrou de insultar com nomes feios alguém que, sem culpa nenhuma, a essa hora tinha pacatamente ido à comida para dar á vaquinha, no cenário bucólico de São Roque do Faial. O juiz madeirense, que não é de muitas palavras, puxou um dos cartões que tinha no bolso e pô-lo diante do nariz de Sousa, que ficou tão vermelho como o dito cartão. E lá foi o médio internacional tomar banho ainda antes do intervalo.
Quando chegou à cabina para o descanso, Teixeira Nóbrega e os seus auxiliares repararam que os relógios oferecidos se haviam evaporado.
Magia papal.
Albino Rodrigues nos pelados!
Ao ouvir essa história, lembrei-me do sacramental tormento dos árbitros madeirenses para se imporem no plano nacional. O grande Albino Rodrigues, por exemplo, era mandado para campos da segunda divisão nacional, à época pelados, com o argumento de que os árbitros internacionais precisavam de rodar e se treinar apitando jogos em campos relvados. Das anedotas mais curiosas que conheço do futebol.
E salta mais um desportista com nova história. Falou de outro árbitro madeirense que rubricou uma carreira brilhante pelos campos desse país, a qual seria porém abreviada, tal como acontecera antes com Teixeira Dória, pelos arranjos do 'papa do norte', que o atirou injustamente para o 'rabo da lancha' da classificação. Através dos seus ponstas-de-lança na arbitragem, é evidente. E como foi isso? O desportista conta o que sabe.
O papa do norte 'comidinho'
Depois de uma derrota nos Açores, o 'papa' resmungou para o árbitro madeirense que acabara de fazer o seu trabalho: 'Fomos comidinhos no penálti, mas no fim da época alguém também vai ser comidinho!'
Percebi que não precisava de ouvir o resto da história para lhe conhecer o final, pelo que zarpei rumo ao aterro, com a ideia de desopilar e sorrir sozinho, a pensar: que raio havia um maritimista qualquer de querer da parte de um fiscal-de-linha destacado para um jogo dos quartos-de-final de uma Taça de Portugal?
Aliás, as investigações começam agora é a montar o cerco lá para os lados de Alvalade. Os inspectores da polícia faziam, há bocadinho, buscas às instalações dos lagartos e até na empresa do vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão. Porquê? Porque há suspeitas de que montaram uma armadilha ao tal fiscal-de-linha Cardinal. E ao Marítimo, claro. E agora?
Dois mil euros, aliás, dava jeito era para remediar os 16 meses de atraso no pagamento aos árbitros da AFM, relativamente aos jogos das camadas mais jovens. Esta bicada, já contra Rui Marote, foi a última que ouvi enquanto pedia ao empregado para pagar o café no fim do mês... se a troika mandar atempadamente mais uma tranche.
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