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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Madeira ao Vivo

CHUVISCOS NO CÉU, TEMPORAL NA TERRA



Céu cinzento depois de mais uma noite de insónia que afectou muitos abastados e benquistos proprietários da Madeira Nova.


Nasceu molhada, embora pouco, a manhã do 26 de Abril, data predilecta para sua excelência o rei das Angústias proceder às suas comemorações políticas, conforme devidamente assumido pelo próprio. Entende-se facilmente porquê: foi o 26 de Abril jardinista que impediu, à força do enxovalho e do estrondo, que o 25 de Abril chegasse à Madeira, conservando-se por cá o espírito e a prática do fascismo implantado em 28 de Maio de 1926 que o dito-cujo tanto defendeu na 'Voz da Madeira'.



Com chuviscos no céu, cá em baixo em terra desenvolve-se a borrasca político-social agravada nos últimos tempos.

- O regime laranja continua sob investigação por suspeitas de corrupção, associação criminosa e fraude fiscal

- O chefe do regime laranja, na sua táctica habitual, ameaça processar a imprensa que noticiou as suspeitas que impendem sobre o baronato compadre do governo

- O chefe do regime, também na sua táctica habitual, trata de distrair o povo da grande embrulhada em que está metido o seu governo dizendo que a investigação se destina a distrair o povo da situação continental

- Entra na dança o chefe dos jotas laranjas, arrogando a propriedade da Madeira para avisar que, se calhar e lhe apetecer, e caso Lisboa insista com as investigações no terreno, o rapaz declara a independência da Madeira e pronto - Lisboa que vá lá investigar o Miguel Relvas, o Vítor Gaspar e demais ministros do Passos Coelho

- Andam na forja várias alterações ao Código de Processo Penal, com a ideia de incutir celeridade à justiça, e então a ministra Paula Teixeira da Cruz quer acabar com prescrições, direitos a recursos para instâncias superiores e por aí fora, enfim, erradicar empecilhos e manobras jurídicas a torto e a direito. E a figura da imunidade parlamentar não será um dos factores de mais peso no atraso do exercício dos tribunais? Sra ministra, convença os seus amigos deputados a determinar o fim da linha na cegada das imunidades, tão usada e abusada na Madeira... quando o processo não tem como arguido José Manuel Coelho, do PTP, evidentemente. Nos casos envolvendo gente da maioria, nunca se levanta a imunidade.
Rapidez, rapidez, reconheçamos em abono da verdade, têm os processos movidos contra o nosso diligente chefe Jardim. Os juízes olham para os quesitos e dizem: Porra, o homem tem o costume de maltratar e perseguir os adversários há muito tempo, logo não existe aqui nada de novo, arquive-se isto com a competente absolvição do arguido. 

- Temos então esta quinta-feira de temporal na tribo insular. É verdade que o sol já tenta brilhar entre as nuvens, mas a borrasca continua instalada nos gabinetes dos inspectores onde se cruzam dados relativos a facturas imperceptíveis, dinheiros evaporados e riquezas súbitas.

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