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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Politicando

MANUEL ANTÓNIO ACUSADO DE PRESSIONAR PRESIDENTES DE JUNTAS DE FREGUESIA


Apoiantes de Albuquerque dizem que no tempo de João Dantas é que a Quinta das Angústias geria a Câmara pelo telefone




Os apoiantes da candidatura de Miguel Albuquerque à liderança do PSD-Madeira mostram-se indignados com aquilo a que chamam "uma vergonhosa pressão" de Manuel António Correia, outro candidato, exercida sobre presidentes de juntas de freguesia social-democratas do concelho do Funchal.
"É uma chantagem psicológica inqualificável para evitar mais apoios ao Miguel Albuquerque dentro do PSD", acusam colaboradores do edil funchalense.
Segundo nos disseram elementos afectos ao actual presidente da câmara, o titular governamental do Ambiente, a mando do chefe Alberto João Jardim, tem convidado autarcas das freguesias da capital para "tomar café" no último andar do edifício da Secretaria, junto do Golden Gate. Diligência com o fito de alertar os convidados para o "interesse do partido" em evitar "aventuras" de Miguel Albuquerque contra a linha oficial conduzida pelo presidente do PSD-Madeira.
Ao mesmo tempo, trata-se de causar divisões no seio da actual equipa laranja municipal - dizem os mesmos elementos -, de tal forma que a Quinta das Angústias volte a ter mão no executivo camarário. "Há muita gente ansiosa pelo regresso do 'mamanço' nesta cidade, e isso só será possível se acabarem com a autonomia que a equipa do Miguel conquistou para a câmara", diz um deles. "Por isso, é da máxima importância que o Funchal não volte aos tempos como o de João Dantas, porque nessa altura a câmara era comandada por telefone, a partir da presidência do governo."
"Eles bem tentaram fazer o mesmo com esta vereação, mas depois aborreceram-se com as negas e deixaram de telefonar", complementa o apoiante de Miguel Albuquerque.

Jardim quer mandar em Bruno Pereira

Para estes elementos anti-centralismo das Angústias, o presidente do governo regional já desautorizou aquele a quem diz ser o candidato do PSD à câmara, Bruno Pereira: Jardim anunciou-o como cabeça de lista mas já com nomes consumados para vereadores, casos de Rubina Leal e João Rodrigues, o que pressupõe o afastamento de outros. "O Bruno terá de se demarcar desta situação de sequestro logo à partida, se quiser manter a sua dignidade pessoal e política", dizem-nos as mesmas fontes. "Ou o Bruno se impõe já ou será um pau mandado como outros são actualmente, na esfera do poder." 
Ao fim do dia de terça-feira, os municpais alimentavam expectativa à volta da reunião da Comissão Política do PSD marcada para o início da noite. Certamente que novidades estavam para de lá sair relacionadas com a situação da câmara do Funchal - actual e futura. Mas, apesar de Manuel António ter sido porta-voz da reunião para as declarações à imprensa, escolha cirúrgica da parte de Jardim, o candidato informou que os desenvolvimentos no partido ligados à sucessão e às autárquicas ficaram fora das paredes dos Netos. Um mistério a pedir averiguação.
Outro motivo de expectativa entre os funchalenses laranja da câmara reside no papel que Jaime Ramos decida assumir no processo da sucessão no PSD. Os apoiantes de Miguel Albuquerque acham que o secretário-geral do partido é muito próximo do edil, porém só com provas concretas concluirão se Jaime quer mesmo manter essa ligação político-partidária, contra a vontade expressa de Jardim obviamente.
Impossível, prenunciamos nós.

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