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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

LARANJAL


MANUEL ANTÓNIO CHAMA 
CASAS DO POVO AO GOLDEN


A convocatória do secretário do Ambiente dá-se quando Jardim deambula pelas comissões de freguesia do PSD e Brazão promove um encontro dos TSD



Casa do Povo do Caniço, um dos pólos ligados à Secretaria do Ambiente.

Não será propriamente para coordenar os torneios de pião ou criar uma festa do tremoço que Manuel António Correia mandou convocatórias a todas as freguesias da Região convocando as direcções das Casas do Povo para um encontro, esta quarta-feira, na Secretaria Regional do Ambiente.
A diligência do governante nada teria de especial se não se vivesse a fase político-partidária que a Madeira vive e não houvesse outras iniciativas compagináveis com essa.
Jardim anda de freguesia em freguesia para falar aos militantes de cada uma delas, não sendo difícil perceber que o chefe social-democrata utiliza o mote das autárquicas com o destino de mobilizar o partido rumo às próximas eleições internas do PSD em Dezembro de 2014 - ou antes, se vingarem os pedidos já expressos.
Às sete e meia da tarde da próxima quinta-feira, por exemplo, Jardim estará na sede laranja de uma freguesia que lhe tem causado muitas dores de cabeça - quer nas internas do ano passado quer nas eleições de 29 de Setembro: São Martinho.
Enquanto decorrem estas recorrentes actividades do líder, Brazão de Castro, antigo secretário dos Recursos Humanos e 'eterno' presidente dos TSD, convocou os trabalhadores militantes do seu partido para uma reunião esta quinta-feira pelas seis e meia da tarde. Não sabemos que ordem de trabalhos aparece na convocatória, nem tal formalidade interessa para alguma coisa. O momento indicia uma sensibilização por parte do conhecido governante dos consensos sociais para um apoio à linha Jardim, quando chegar a hora da luta pela posse do partido.

Manuel António Correia tem utilizado as casas do povo para conseguir angariar militantes que o ajudem nas referidas eleições do próximo ano, candidato assumido que continua no plano da sucessão de Jardim. Um trabalho não apenas através das estruturas rurais em causa, mas também pela mão de profissionais do governo às suas ordens, que costumam deambular por aí com fichas de inscrição dentro de envelopes.
Trata-se de uma boa altura para Santo António conseguir que o governo liquide a dívida de 125 mil euros da sua Casa do Povo, segundo a verba que nos apontam. Com esta observação: "Mas ele que não venha prometer aqueles milhõezinhos que nunca chegam."
Insistimos: Manuel António Correia não deverá chegar às urnas quando das eleições no PSD, porque Jardim, mais uma vez, invocará uma unidade partidária que só ele consegue - na sua distorcida visão, evidentemente.

O facto é que Jardim nunca brincou à política e muito menos o faria quando já sente o fresco da porta de saída entreaberta. O seu trabalho é intensivo e o objectivo claro: continuar a mandar na Rua dos Netos e na Madeira.
Sem esquecer uma alternativa que, se não foi criação sua, caiu dos céus: a queda do governo regional, que depois da passagem de Pedro Pereira a independente ficou presa por um voto no Parlamento. É só fazer um sinal a Miguel de Sousa, Ana Serralha, a um deputado qualquer, e lá vai Jardim a eleições regionais antecipadas à cabeça do PSD, deixando os delfins a apitar.


Jardim dava um excelente... eurodeputado

Miguel de Sousa não dorme, porém os seus movimentos continuam presos da estratégia do chefe. Manuel António, como dizemos, poderá ir a votos, mas nesse caso encontraria pela frente... o seu falso patrono Jardim. 
João Cunha e Silva jamais enfrentaria o chefe, mas, pelo sim pelo não, mantém as suas jovens tropas unidas num almoço periódico.
Miguel Albuquerque declarou finalmente aceitar a situação de guerra aberta com aquele que o chefiou partidariamente mais de duas décadas. A estrutura miguelista está montada, mas o presidente cessante da Câmara do Funchal terá muitas dificuldades para impedir os artifícios que Jardim tão bem sabe meter na engrenagem eleitoral, quando necessário. Como se viu nas eleições internas de 2012.

Para sermos realistas e sérios, devemos fazer ver a chefe Jardim, depois da experiência que tem da vida em Bruxelas e cidades da UE na generalidade - e até da terra do Pai Natal - que bom eurodeputado daria! Há eleições para o PE no próximo ano e, por mais que possamos vir a sentir a falta do líder de 40 anos, o seu labor naquelas bandas seria decisivo. Nem que fosse para impedir os yuppies de Bruxelas de mandar para cá os 844 milhões que o vice João tão dificilmente arranjou para o período 2014-20, porque, é certo e sabido, quem estará então no governo regional serão os actuais 'comunas' da oposição.
Bem sabemos que a lista para o PE será conjunta, no que respeita à coligação PSD-PP. Mas certamente Passos Coelho o colocaria num honroso 1.º lugar da lista. Paulo Portas faria 'focinho', mas Zé Manel entraria em campo com um empurrãozinho, salvo seja. 
Atenção, sr. Jardim: se seguir o conselho de fugir a este inferno e procurar refúgio dourado na Europa, exija mais um lugar para o PSD-Madeira, porque Nuno Teixeira tem feito bem o lugar e não tem culpa do trapiche em que tornaram esta terra. 

1 comentário:

Anónimo disse...

o PSD não aprende e caminha rapidamente para a sua destruição . um dos melhores exemplos é o Dr Brazão d eCastro ser presidente dos trabalhadores Social Democratas . um individuo que fez toda a sua carreira como membro do governo que é que sabe das ansias dos trabalhadores ? e os restantes membros da estrutura?
se não ouver juizo vai ser um baralho de cartas.