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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LARANJAL


NASP ESCLARECE: 
"SÉRGIO NÃO CRIOU CLIENTELAS 
A QUEM SE JUSTIFICAR" 


* Apoiantes de Sérgio Marques registam insinuações e insultos provocados pela notícia da candidatura

* Sérgio foi às Angústias, de facto, mas para, antes de avançar, colocar o seu lugar na comissão política à disposição


 NASP diz que não responderá na mesma moeda aos atacados de "nervosismo", porém não se abstém de esclarecer 




O NASP-Núcleo de Apoio Sérgio à Presidência inteirou-se das reacções que o lançamento da nova candidatura à liderança do PSD-M provocou, "registando sem surpresa os insultos e as insinuações". Segundo fonte próxima da candidatura, que também constatou entusiasmo em algumas áreas do PSD pelo avanço de Sérgio, não haverá resposta a quantos reagiram com "nervosismo", por não ser assunto que interesse aos militantes de base ou aos madeirenses em geral.
Propostas, projectos, ideias e um caminho que ajude "a sair da situação onde todos estamos enclausurados", isso é que está no centro das atenções do antigo eurodeputado, que anunciou a sua candidatura logo aos primeiros minutos desta quarta-feira, em comunicado posto numa página do facebook para o efeito criada.


Apesar de quererem evitar a polémica, fontes ligadas ao NASP contra-atacam os tais 'nervosos' anti-Sérgio, dizendo que "não vale a pena criticar, como muitos fazem, o estilo do presidente do partido se, logo à aparição do primeiro 'challenger' com peso, se repete a fórmula". 

Primeiro 'challenger' com peso. Só pode ser farpa com destino a Miguel Albuquerque. E é. Porque a mensagem dos apoiantes do novo candidato asseguram que "com o desvendar das propostas programáticas de Sérgio Marques, cedo se perceberá que essas propostas vão muito além do que qualquer coisa, e não foi muito, que já se tivesse anunciado como programa". 
Mais ainda: "Sérgio não criou dependências à sua volta, portanto não tem clientelas a quem se justificar."

Os "nervosos" do lado do ex-presidente da Câmara ficam com este esclarecimento. Mas todos quantos especularam sobre a visita de Sérgio Marques à Presidência do Governo, antes de anunciar a sua candidatura, também ouvem. Do esclarecimento que nos fazem as fontes do NASP, deduzimos que o antigo deputado regional e europeu quis, dentro da ética política, informar o líder social-democrata da decisão de avançar e, em face disso, colocar à sua disposição o lugar que ocupa na comissão política regional, presidida exactamente por Jardim.
Todavia, a frontalidade e a coragem de Sérgio levaram a que o líder resolvesse renovar-lhe a confiança e mantê-lo na comissão política - segundo nos revelam as fontes da candidatura. Sem que, ressalvam, tenham ficado dúvidas sobre as enormes diferenças que separam um do outro, aos níveis de estilo e projecto.
Os mesmos informadores sublinham que Sérgio "sempre falou frontalmente a Jardim das suas discordâncias quanto às opções que iam sendo tomadas". Além disso, fê-lo "sem se escudar em terceiros, no anonimato ou em 'bocas' de jornais".
Sobre a posição de alguns barões de retaguarda que defendem o salto geracional para um candidato à liderança do PSD mais novo do que os já perfilados, elementos próximos do NASP entendem que quem alimenta legítimas aspirações deve avançar, se tiver coragem para isso, mas que, se possível, "não comece a lançar delfins dos delfins, sob pena de todo um processo que se quer refundador se transforme numa desengonçada farsa, expondo o partido ao descrédito". 

Finalmente, os adeptos próximos da nova candidatura recordam o comunicado de lançamento na parte em que Sérgio rejeitava, liminarmente, "ajustes de contas, caça às bruxas e revanchismo". As energias estarão centradas no futuro, é ponto assente.



O POLÍTICO E ADVOGADO QUE AOS 56 ANOS QUER CONCRETIZAR UM SONHO ANTIGO








A candidatura de Sérgio Marques à liderança do PSD-M não é mais do que a realização de um projecto antigo. Aos 56 anos, o antigo eurodeputado avança com uma ideia que começou a ganhar forma não muito depois da sua entrada no partido, em 1981. É que Sérgio cedo se impôs internamente como um quadro credível, subindo na carreira metro a metro, à custa do trabalho desenvolvido nas áreas onde actuava.
Quando entrou na política, tinha terminado a licenciatura no curso de Direito, em Lisboa, no ano de 1980, a que se seguiu a pós-graduação em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Cumprida a tropa, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, em Julho de 1981, começou no estágio para exercício da advocacia, entrando normalmente em actividade. Entretanto, desempenhava funções de consultor jurídico e adjunto de gabinete na então Secretaria Regional do Equipamento Social.
De 1984 a 2000 - 4 mandatos -, representou o PSD na Assembleia Legislativa Regional, chegando a vice do grupo parlamentar e presidente de várias comissões especializadas.
Mas, entre Março de 1989 e Julho de 1990, exerceu o cargo de director regional de Planeamento, reportando ao vice do governo regional, que era Miguel de Sousa - com quem deverá bater-se também nesta corrida rumo à liderança do partido. Sérgio participou, pois, na elaboração e na coordenação de programas que ficariam famosos como a OID-POP/M, base do boom de fundos estruturais europeus que permitiram à Região abalançar-se ao desenvolvimentismo que é marca do regime jardinista. 
De 1990 a 1999, foi consultor e gestor de empresas do ramo dos transportes marítimos e operações portuárias. E é esta antiga ligação profissional ao desde sempre polémico grupo Sousas que, como já percebemos pelas primeiras reacções à sua candidatura, os adversários utilizarão nos debates. Mas, neste capítulo de suspeitas e envolvimentos, Sérgio Marques, julgamos, ganha distanciado à concorrência, pelas características das suas actividades políticas e profissionais, pelo menos as visíveis. Ou outros têm andado muito mais na brecha.
Antevemos, de facto, dois argumentos na campanha eleitoral interna que o ex-eurodeputado terá de fazer desintegrar depressa e com muita clareza: o tempo de consultor e gestor em barcos e portos; e a proximidade que possa manter com chefe Jardim.  

Em Julho de 1999, Sérgio Marques foi eleito para o Parlamento Europeu. Depois, reeleito para um segundo mandato. Até que um desentendimento com Jardim, à passagem para o terceiro, o levou a desistir da lista, entrando Nuno Teixeira para o seu lugar.
Foi nessa altura que Jardim criou a expressão 'único importante' [no PSD] com que se baptizou a si próprio para desvalorizar a decisão radical de Sérgio.
Não chegaríamos ao dia de hoje sem outro episódio do qual Sérgio não saiu muito bem tratado: a nomeação em falso para candidato social-democrata à Câmara do Funchal, nas últimas autárquicas.

Hoje, apesar desses incidentes de percurso, Sérgio Marques está muitíssimo distante de ser uma figura desgastada dentro do chamado Laranjal. Também por isso, é naturalíssimo que ele entenda ser hora de voltar à política activa. Fá-lo concorrendo à presidência da comissão política do partido, apesar de se preverem muitos concorrentes na disputa. 
Agora ou nunca. Acompanhamos o processo da sucessão desde sempre e sabemos que o sonho de Sérgio nasceu há muito, criando paulatinamente raízes à medida da inteligência, perspicácia, saber político e sentido democrático que se lhe reconhecem. Só que sempre fugiu ao alarde.

16 comentários:

Anónimo disse...

Grande homem, gostei de tomar conhecimento do seu experiente curriculo! conta cmg com pessoas assim vale a pena acreditar!

Anónimo disse...

É natural que os Miguelistas não queiram esta candidatura pois é a unica que rouba militantes a todas.. O Sergio fez a maior surpresa dos ultimos tempo ninguem acreditava nesta candidatura e agora é apelidada de Cafofo do psd e de Obama.. Estou a gostar de ver

Anónimo disse...

Desafio ao jornalista Luís Calisto: por onde andava, que cargos ocupava e quanto ganhava o dr. Sérgio Marques quando há 24 anos foi criado o monopólio portuário do Grupo Sousa?

Anónimo disse...

desafio o jornalista Luis Calisto a averiguar as despesas da empresa da frente mar e um numero de contratos leoninos que foram feitos com a camara e certos indivíduos e empresas ligadas ao albuquerque?

Luís Calisto disse...

Meus caros
Não sei como poderei corresponder aos desafios.
Quanto ao primeiro caso, e sem querer ser parcial, o currículo de Sérgio Marques responde - é questão de o ler no 'Fénix'. Só falta o quanto ganhava SM, mas isso nem nós nos lembramos do nosso ordenado há 24 anos.
No segundo desafio é que são elas, na medida em que, achamos nós, não há nada escrito sobre os contratos leoninos, a existirem.
Bom, vamos tentar.

Anónimo disse...

Nunca percebi a fidelidade canina do autor deste Blog em relação ao Albuquerque. Nunca disse a verdade sobre o anterior presidente de câmara. Aliás não fala sobre as ligações a Jaime Ramos. Fala que Sérgio foi à Quinta Vigia. E o Albuquerque que janta em Lisboa com o Jaime Ramos o seu maior apoiante? De facto não há homens livres...

Anónimo disse...

Vou arranjar-lhe dinamite com 24 anos mas que ainda explode e faz barulho.

Luís Calisto disse...

Caro Comentador das 23.06
Ou eu expliquei-me mal ou o senhor entendeu menos bem.
Não percebo como se deduz daquilo que escrevi qualquer fidelidade, canina ou leonina, ao anterior presidente da Câmara.
Mas vou tentar corrigir a minha parte.
O que eu pretendi dizer foi que Sérgio Marques tem o jogo todo à vista. De tal modo que as insinuações do outro sr. Comentador têm resposta directa no currículo de SM - que aqui reproduzi.
Ou seja, o próprio CV do mais recente candidato, divulgado sem complexos, esvazia os ataques que lhe são feitos.
E pretendi dizer que, já no caso da Câmara, não consigo esvaziar nada, porque quando há negócios leoninos nada fica escrito para o povo ver.
Ora, eu a pensar que seriam os miguelistas a vir zurzir-me os ouvidos, eis que apanho com esta!
Já agora, se o Sr, Comentador me conhecesse saberia que não tenho nem nunca tive fidelidades a político nenhum ou outrem, muito menos canina, que essa então nem à cara metade.
Sobre as propaladas ligações a Jaime Ramos, quantas vezes aqui as referi!
Bom, mas não seja por isso.
A minha preocupação maior, de momento, chama-se Sporting CP, que se atravessa no caminho do Glorioso.
Quanto à política, tanto se me dá como se me deu.
Só mais esta: quanto a não haver homens livres... se me conhecesse, saberia que há pelo menos um.
LCalisto

Luís Calisto disse...

Bom, volto a terreiro para uma confissão:
Agora, depois de reler o meu primeiro comentário, reconheço que fui eu a não me explicar bem. Às tantas, parece-me estar ali o contrário do que queria dizer.
Se assim é, as desculpas da ordem.
LCalisto

Luís Calisto disse...

Cavalheiro anónimo enviou-nos um comentário que, excepcionalmente, activei - mas que não entrou cá na arena, não sei porquê.
Por isso o reproduzo:
"Vou arranjar-lhe dinamite com 24 anos mas que ainda explode e faz barulho."
Não sei se a risível ameaça tem por destino aqui o autor do blogue ou o outro comentador. Num caso ou noutro, note-se o carácter do biltre: covarde anónimo e aspirante a terrorista!
Com gente dessa estirpe não vale a pena a guerra.
E esta guerra acabou da minha parte, porque não se podem esgrimir argumentos com fantasmas. O fantasma sabe que bate e não pode ser atingido.
LCalisto

Anónimo disse...

Penso que andam a levar o S.M. ao colo teve uma pagina inteira no DN e este blogue anda sempre a pô-lo é verdade que se candidatou agora mas não me sinto bem com esta situaçao.

Anónimo disse...

Vamos Albuquerque não tens rabos de palha!

Anónimo disse...

Caro Luís Calisto, releia os comentários e chegará à rápida conclusão que a dinamite com 24 anos não tem nada a ver consigo mas sim com o enésimo candidato à presidência do PSD.

Anónimo disse...

Noto mais nervosismo em algumas figuras do PS (assumidas e não assumidas) do que nos chamados Miguelistas.

Um candidato 'simpático', com pouco desgaste político e poucos ou nenhuns rabos-de-palha - ao contrário do Miguel Albuquerque - não é propriamente o adversário desejável para o líder do PS, que nunca conseguiu ganhar simpatias e respeito fora do partido, e que apenas tem hipóteses se for o 'último recurso'.

Luís Calisto disse...

Caro Comentador (da dinamite)
Precipitei-me ao insistirem em matar o mensageiro que só pretende noticiar a guerra.
Já vamos há quase 40 anos nisto e, para desilusão minha, a nova geração não renova mentalidades, imita a velhada.
E este vício é transversal, da direita à esquerda, com a maioria pelo meio em destaque. Quanto maior é a nau...
Caro Comentador, tantos importantões tentaram calar esta pena e depois de décadas continuo por cá, de gargalhada à flor da pele.
Fica a minha retractação pelos defeitos de interpretação.

Anónimo disse...

Não há como jogar com uma tripla, não é verdade "senhor dono da madeira"? O pior é se registar o boletim errado.