VERDADES E MENTIRAS
Ontem, por acaso,
assisti ao programa da RTP/M Prolongamento. Foram ali ditas grandes verdades.
Não faltaram também algumas mentiras.
A
primeira grande verdade foi a de que a fase dos saudosos e avultados subsídios
para os três clubes fazia parte de um projecto político. Morto e enterrado o
"Império do insulto" - lembram-se do elegante termo
"CUBANOS" - temos novas realidades. Assinada a insolvência, era
inevitável que faltasse o dinheiro.
Noutra
verdade insofismável lá produzida, reconheceu-se que o Estado Português não
parece ser Pessoa de Bem. No decurso do programa, certas perguntas e respostas
sobre remunerações dos dirigentes, trabalho pro bono e negócios envolvendo o
futebol, confirmam a afirmação, pois a justiça ignorará tudo aquilo que lá foi
insinuado. São tiques de um poder político que treme perante o futebol
amedrontado com a perda de votos.
A
terceira verdade foi a constatação de que os três clubes estavam de acordo em
voltar ao tempo do dinheiro abundante. Acham isso da mais elementar
justiça.
A grande
mentira foi, tentar separar os pagamentos aos clubes da despesa pública
suportada pelos impostos. Nós pagamos impostos e o Estado, por critérios que
podemos criticar, distribui por vários lados. Uma fatia maior leva à diminuição
doutra. Esta e outras mentiras mais pequenas, procuraram legitimar a enorme
despesa com o futebol.
Dois
dogmas, habilmente introduzidos, levam-nos a aceitar que o Governo deve abrir
os cordões à bolsa. Falo do estudo que dizem garantir que os clubes pagam mais
impostos do que recebem em ajudas e do retorno económico, por via indirecta,
dos investimentos no futebol. Nunca ninguém viu tais estudos! Onde podemos
consultar e discutir essas enormidades?
Habituem-se a viver com pouco, como muitos dos nossos conterrâneos que
dormem pelas ruas. A grande verdade é: NÃO HÁ DINHEIRO!
Gaudêncio Figueira
23 comentários:
Muito bem!
Os leitõenzinhos quando são arrancados da teta da porca também guincham, que parece que o mundo vai desabar! Também se passa o mesmo com certos dirigentes do futebol, quando a teta (dinheiro dos nossos impostos) começa a secar! Vão guinchando...que não me perturba nada!
O que tem que ser dito pelo Governo a esses clubes de futebol é:não há dinheiro para a saúde, pelo que, enquanto não houver para isso, não há para mais nada !!!
e falaram que os admnistradores do Nacional que so reunem uma vez por semana têm ordenado? Uma vergonha.
Apoiado!
Quem não tem dinheiro não tem vícios. No que me diz respeito, passo muito bem sem futebol.
Fernando, já agora deixe que lhe diga que foi essa a resposta de Mota Amaral quando, nos Açores, quiseram montar um esquema semelhante.
Não há dinheiro para o desporto. Vais meter os jovens onde? A formação no desporto não é importante? Para muitos o que importa é ver infelicidade nos outros porque em si não abunda.
Apoiar o desporto amador. O profissional fica a cargo dos patrocinadores.
Caro anónimo das 17:24
Há vida para lá do desporto e o desporto não é só futebol. Não me parece no entanto que os jovens madeirenses tenham carências de imaginação. O que lhes faltará, por vezes, é vontade de trabalhar...
Mas uma coisa é o desporto entendido como tal e outra é o "desporto" profissional. Se o primeiro poderá ser subsidiado pelo Estado, já que se destina a fazer parte do sistema educativo, ou como forma de entretenimento salutar, o outro terá de ser pago pelo mundo dos negócios ligados ao futebol.
E no mundo empresarial só pode ter grandes empresas quem dispuser de muito dinheiro. Os restantes terão de se contentar com um pequeno negócio, já que o Estado não lhes dá dinheiro para mais.
É a vida!
Meus caros,
Eu tenho um filho que joga golfe. Dizem que o golfe é coisa de ricos. Estranho porque eu não sou rico. Vivo do meu trabalho, mas custeio esta pratica desportiva do meu filho, porque me parece que o golfe é um desporto salutar, em contacto com a natureza, e porque me dizem que o rapaz tem jeito, e na verdade vai fazendo bons resultados.
Tive a curiosidade de fazer uma pequena investigação sobre os jovens jogadores de golfe da região e, salvo raríssimas excepções, verifico que as familias destes jovens são gente que vive do seu trabalho, alguns até com profissões que poderemos considerar modestas.
Mas este desporto não tem apoios aos jovens praticantes. E até temos um jovem que já está na seleção nacional, vive e estuda em Lisboa no centro de estágio da seleção.
Diz-me quem percebe do assunto que há mais 2 a 3 jovens que também lá poderiam chegar, se houvesse algum apoio, porque as famílias, falo por mim, não têm essa possibilidade.
E, quem fala do golfe jovem, fala de outras modalidades.
Mas só se fala do futebol que custa balurdios e que não passa da cepa torta. Uma ou outra participação na taça Uefa. Tal como o rali vinho madeira que se deixou ultrapassar pelos Açores, e que está mais do que visto nunca mais recupera o lugar no campeonato da europa. Mas custa-nos 300.000 € para consumo nacional.
Continue-se a investir assim.
a única pessoa de bem é o Roberto Almada e alguns camaradas do Bloco
Acho todas as opiniões válidas. Embora actedite que investir no desporto é investir em saúde. Ora vejamos:
Já pensaram no número de jovens que fazem um exame médico gratuito graças ao desporto? Quantos médicos, clinicas e profissões no sector criam? Já imaginaram o benefício para os jovens inerente a esta prática?
Já contabilizaram o número de visitantes que a nossa Ilha recebe através do desporto?
Já viram quantas vezes a madeira é "falada" na comunicação social nacional graças ao desporto?
Pensem. A sério pensem.
Já viram quantos postos de trabalho o desporto cria?
Vem um tipo aqui de cima deitar areia para os olhos dizendo que o desporto (futebol profissional) é para apoiar os jovens?! Quais jovens, o que interessa é contratar brasileiros e outros estrangeiros para se ganhar dinheiro, porque os jovens futebolistas da Madeira não têm direito a levantar cabeça nem oportunidade para jogar nas equipas principais.
Rali dos solteiros e casados.
Quantos ferries por semana para o continente poderia haver com os subsídios atribuídos ao futebol?
Caro anónimo das 23:28
Bingo!
Ao contrário do que dizem o desporto apenas despende 1% um por cento do orçamento regional. O desinvestimento no desporto não será a solução para a Madeira e não pagará nenhum crédito bancário da Região.
Ainda não vi um argumento a rebater o comentário do anónimo das 22:32.
Se tirarem todo o dinheiro do desporto a Madeira não terá melhor saúde, melhor educação e mais empregos. Sabem porquê? Porque as despesas em saúde e educação custam 800 milhões de euros e o desporto 12 milhões de euros.
Doze milhões de euros não dão para um Ferry, para um novo hospital e para mais empregos. A Função Pública custa à Região 130 milhões de euros portanto esta despesa vai ser reduzida e nunca aumentada.
Uma vez mais digo,
ENGANAM-SE OS QUE PENSAM QUE TIRAR O DINHEIRO DO DESPORTO DÁ MAIS EMPREGOS, EDUCAÇÃO E HOSPITAL
O Nacional tem bons valores nos JUNIORES COM CAPACIDADE PARA SUBIREM. Meia dúzia de bons reforços chegavam...Mas se calhar contratar empresários dá boas comissões...
A resposta ao anónimo das 22:32 foi dada pelo Fernando Vouga às 17:24.
A sua argumentação é mesma ainda que apareça com palavras diferentes.
Para um mais completo esclarecimento sugiro-lhe a leitura do texto, hoje, postado logo acima. Não se esqueça de uma coisa que está difícil de entrar nas cabeças dos dirigentes desportivos:O DINHEIRO DOS IMPOSTOS ANDA TÃO ESCASSO QUANTO NAQUELES TEMPO.
tudo será resolvido com os Milhões que o Rui Alves falou dos Chineses e Indianos que estão de olhos na SAD
https://www.facebook.com/FiaEuropeanRallyChampionship/?pnref=story....
Video no Êurosport
O Governo devia acabar com as Mordomias dos Presidentes dos Clubes Limitar a dois três mandatos no respetivo Cargo Limitar número de Estrangeiros nas equipas retirando às Subvenções um valor por cada estrangeiro a mais inscrito.
Enviar um comentário