PCP DIZ QUE PARA ALÉM DA SAÚDE
HÁ UM PROBLEMA DE GOVERNO
Os deputados comunistas entendem que os espaventosos desenvolvimentos na Saúde, reveladores de que há um problema governativo de fundo na Região, justificam a apresentação de uma moção de censura. Atendendo à correlação de forças no Parlamento, a moção não conseguirá derrubar o governo. Mas, dizem os proponentes, irá denunciar o 'desgoverno'.
Moção de Censura
1- Mais do que uma questão da Saúde, há um problema de Governo!
As novas convulsões na Saúde, e as mais recentes demissões no sector, assumem um alcance político e um especial significado que não podem ser abafados nem minimizados. Mais do que um problema isolado ou limitado a uma determinada forma de administração de áreas da Saúde, mais do que uma questão de jeito ou estilo de alguém na administração dos serviços, o que está em causa é um problema de Governo.
Sem que possa, em nosso entender, ser encarado como um problema do sector da Saúde, e bem mais grave e bem mais amplo do que o responsável pela Secretaria Regional da tutela, está em questão o óbvio problema da governação regional.
Depois da demissão do anterior Secretário Regional, Manuel de Brito, e já com o actual titular da pasta da Saúde, em lugar do prometido “novo ciclo político”, em vez da pacificação do sector da Saúde, hoje há o desnorte, o descrédito, a confusão, quando faltam medicamentos, quando se agravam os problemas no acesso aos cuidados de saúde, quando cresce o descontentamento popular face ao desgoverno, quando alastra o desagrado de diversos sectores socioprofissionais.
O descontentamento público de agora não corresponde a um problema sectorial, é um problema da política regional.
2- Descredibilização do Governo de Miguel Albuquerque
O PSD de Miguel Albuquerque justificou-se a partir de propósitos de mudança e procurou legitimidade na base do compromisso de que originaria um novo ciclo político. Para ter maioria no Parlamento regional, o PSD de Miguel Albuquerque beneficiou do crédito inicial de muita gente que desejava uma nova governação.
Se Miguel Albuquerque chegou ao Governo Regional a partir da ideia de mudança, a realidade apresenta-se pantanosa, tal a quantidade de demissões, de contradições, de desorientações.
Se Miguel Albuquerque chegou ao Governo Regional na base do anúncio de um novo ciclo político, de novo só se destacam pelo acumular dos erros em tão curto espaço de tempo.
Se Miguel Albuquerque propagandeou que iniciaria um tempo de pacificação, do diálogo e da acção responsável, pelo contrário, a vida demonstra a mais desastrosa e velha acção da clientela PSD, de um antigo e bem conhecido ciclo, em que outros personagens apenas ocuparam as cadeiras do poder, para prosseguimento da natureza da antiga política, a dos interesses dos senhorios.
Hoje, como a vida o comprova, não existe um novo governo; com um outro governo persiste, isso sim, a descontrolada acção, sem projecto para a Região.
Como a história recente o demonstra, a ideia de mudança não passou de um slogan da propaganda. A tão anunciada renovação não passou de um bluff. Agora, como a realidade o confirma, toda a acção do actual Governo Regional está condicionada pela única máxima de Miguel Albuquerque: “o que importa é anunciar…”. Portanto, se há marca a destacar no actual Governo Regional é a de ser pródigo no prometer, no fazer propaganda, e o ser inconsequente no agir.
3- Moção de Censura ao Governo de Miguel Albuquerque
O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia Legislativa regional decidiu avançar, imediatamente, com uma Moção de Censura ao Governo Regional.
A Moção de Censura é um importante instrumento de acção política. Constitui um meio especial para o confronto político. E tem por objectivo central dar voz ao protesto contra o Governo.
No contexto parlamentar da actual maioria absoluta do PSD, como se verifica nesta Região Autónoma, a Moção de Censura poderá não derrubar o Governo Regional. Mas, certamente, constituirá a mais forte ocasião para a denúncia do desgoverno actual e para a exigência de uma alternativa política. Portanto, esta Moção de Censura ao Governo de Miguel Albuquerque significa, para nós, um instrumento de pressão política que visa confrontar o Governo Regional com o descontentamento, a indignação e o protesto que estão a alastrar na sociedade, face às erradas políticas e às falsas promessas. Este confronto com o Governo Regional, através do recurso à Moção de Censura, se eventualmente não derrubar este actual executivo governativo, seguramente dará voz ao protesto e à contestação existente na sociedade em relação ao PSD de Miguel Albuquerque.
Se o Governo Regional já está a ser alvo de expressões públicas de censura política da parte de tantas pessoas lesadas pelas erradas e injustas políticas em curso, constitui nosso dever levar ao Parlamento regional este sentido de censura pública e de censura política ao Governo de Miguel Albuquerque.
Assim, o nosso Grupo Parlamentar apresentará a Moção de Censura ao Governo Regional, em conformidade com os artigos 199.º, 200.º e 201.º do Regimento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, estando em causa a execução do Programa de Governo e assuntos de relevante interesse regional. Naqueles termos, o debate em questão iniciar-se-á no oitavo dia parlamentar subsequente à apresentação da Moção de Censura.
Funchal, 03 de Junho de 2016
12 comentários:
Este governo perde em duas frentes: a da política, uma nulidade, e a da comunicação política, outra nulidade a dobrar
Miguel Albuquerque ou faz remodelação urgente e deixa-se de tontices expressas nestes independentes tontos que levou para o governo e que não dão votos e apenas tratam da sua vidinha e fazem currículo, ou vai perder eleições. Já se esqueceu que tem maioria absoluta por um deputado? Quer exemplos, ou 6, de que fez uma péssima escolha? O jardinismo? Mas alguém como Albuquerque e Sérgio foram protegidos pelo jardinismo? Que carreira política fizeram? Que tachos tiveram? Não foi tudo à custa do jardinismo? Aprendam com o António Costa e os seus "medos" do socratismo... Governar é política.
quem devia mandar na saúde era o Roberto Almada que o mais capacitado dos politicos
Lembram-se de um grupo de activistas políticos nas últimas eleições ter dito que não mudava nada? Que isto tinha sido um golpe palaciano do sr. Jaime Ramos, e que tudo iria continuar na mesma? Metam isto na cabeça: Quem manda na madeira são os lobbies dos portos e transportes marítimos encabeçado pelo sr. Luís Miguel Sousa, o lobbie da hotelaria e turismo, encabeçado pelo sr. Dionísio Pestana, o lobbie da construção civil e betão, pelo sr. Jaime Ramos e Avelino Farinha, e o lobie da saúde, encabeçado por alguns médicos que encaminham os seus doentes para as clínicas privadas! O sr. Miguel Albuquerque e os outros "tropas" são umas marionetas nas mãos destes senhores e obedecem ao que eles dizem! Mas se o povo não quer ver estas evidências, não há nada a fazer! Vota PPD!
Já se impõe uma remodelação governamental, até porque já houve secretários a apresentar a demissão, recusada pelo presidente.
E já agora é tempo do presidente varrer uns acessores tontos que lá tem, e que vieram com ele da câmara. Ser acessor não é abrir portas do carro. Há trabalho politico a fazer, e aqueles acessores são uns incapazes. Umas autênticas abencerragems.
Pode-se juntar este assunto ao desgoverno:
http://www.runwaynews.pt/news/aviao-cargueiro-para-os-acores-com-concurso-para-breve/#.V1GPf--37Tg.facebook
Já não há Partidos Comunistas na Europa . Isso é uma velharia reumática.
Não vão a lado nenhum.
O Comunismo é que é um desgoverno
Entao o homem nao soube gerir uma quintinha com rosas, vai saber gerir um Governo?
Edgar Silva que vai dar lerias ao Maduro
Então o Faria Nunes paga os copos no restaurante O Chaparro aos camaradas comunistas todos os dias e agora eles dão de troco uma moção de censura!!!
Lindoooooooo
Censura!!! Um governo que desrespeita tudo e todos merece ser disolvido .O elo mais fraco...rua, rua, rua, adeus para sempre.
Será que a deputada Carolina irá fazer estremecer os alicerces do Governo?
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