BRANQUEAR , BRANQUEAR... ATÉ ESTOIRAR
Em dia de crise suprema na Saúde, com demissões em bloco, Miguel Albuquerque deu a cara e assumiu-se como primeiro responsável. Já Faria Nunes, secretário do sector, deixou que o berbicacho sobrasse para o colega... do Turismo e Economia!
Já se calculava o estrondo que o 'saco de gatos' nos corredores da Saúde estava para fazer troar. Porque isso é o que acontece quando se tenta manter o lixo tóxico e explosivo debaixo do tapete em lugar de enfrentar as situações incómodas e partilhar uma informação séria com as populações.
A tal onda recuperadora no Sesaram - prenhe de médicos e mais médicos contratados para reforçar o plantel regional, cheia de equipamentos e fármacos que agora estariam à mão de semear, mais todas aquelas tretas oficiais 'noticiadas' para tentar intoxicar a opinião pública - essa onda recuperadora transformou-se na bomba que acaba de estoirar nas mãos dos cabecilhas do Blue Establishment. Como não podia deixar de ser.
Mais preocupante é que já cheira a mais lixo debaixo do tapete, noutras áreas da vida pública. Falhas com efeitos na (falta de) qualidade de vida do cidadão. Mas esses assuntos serão certamente 'tratados' em peças de comunicação oficial e artigos de opinião que não opinam sobre assunto nenhum, antes constituem manifestos de propaganda pessoal e do pelouro de quem os escreve.
Nesse capítulo, para quem gosta de pesadelos cor-de-rosa, a coisa não vai mal.
O que nos traz aqui é um problema de forma. O presidente do Governo, Miguel Albuquerque, apareceu hoje, em plena crise, a dar a cara como primeiro responsável, assumido, da situação extrema consumada na demissão em bloco na Saúde, assunto que dominou o dia informativo regional... pelo menos em algumas plataformas, claro.
Com enormes culpas no gravíssimo problema, Miguel Albuquerque apareceu. Disse-se responsável n.º 1 e anunciou que a vida não pára, que a solução já estava escolhida. Isso não disfarça a sua falta de pulso para meter a Saúde na ordem, mas o gesto ficou-lhe bem.
Só que depois... faltou mais uma vez o raio daquele clique na táctica do executivo azul. Esta quinta-feira foi dia de plenário do Governo Regional. Onde o tema da crise na Saúde infalivelmente seria tratado. Tal como aconteceria depois na divulgação das conclusões à Comunicação. Ora, sabendo-se disso tudo, que a Saúde estaria em foco também na conferência de imprensa, quem é que aparece diante dos jornalistas? Terá sido Faria Nunes, o secretário responsável dos responsáveis pelas situações caricatas numa área tão delicada? Não, senhores. Quem enfrentou os media foi o secretário da Economia e Turismo, Eduardo Jesus. Para, compreensivelmente, meter os pés pelas mãos a justificar o mau sabor de uma caldeirada que não fora urdida na sua cozinha.
Então e o secretário da Saúde? Foi à casa de banho na ocasião?
Sim, esta é uma questão de forma. Ou será mais um indício de que aquele sector decididamente está entregue à bicharada e tem já certidão para entrar numa gaveta lá para as catacumbas do Hospital?
18 comentários:
Os barões da medicina não são para brincadeiras.
O problema da saúde é falta de cheta. Ponto.
O problema é que a economia está bloqueada pelos grupos de sempre, e Miguel Albuquerque não percebe que vai sobrar para ele.
Armas zero, avião cargueiro zero, Portos zero, Porto Santo zero x 2, continuo ou chega??
Faria Nunes , não diria que foi a aposta errada , foi sim a aposta que nunca deveria ter sido feita , Com os problemas que a Saude atravessa e quando precisava-mos de uma gestão eficaz que identificasse os mesmos e delineasse uma linha de atuação , foi o GR escolher um garoto que usa o nosso dinheiro para pagar uns favores aos amigos da classe medica. Sabe que dentro de dias estará na rua e quer poder dizer aos colega , quando estive lá eu é que te mandei pagar ,.
Etá como é obvio a tratar do seu futuro e a se marimbar para a nossa saude , Infelizmente pelas razões já expostas a nova administradora não terá caminho facil , vai continuar a assumir as responsabilidades , das decisões que ilegitimamente um imbecil toma .
Convém perguntar uma coisa: Falta de medicamentos? Então e o feito especialíssimo do GR que pediu à FAP para trazer medicamentos nos aviões deles? ahahahah... governo faz de conta!
A grande responsabilidade de Albuquerque foi escolher um incompetente para secretário regional. Um antecipadamente reconhecido incompetente, reconhecido entre os seus pares, que nem falar sabe.
De seguida, Albuquerque deixou-se ficar refém do secretário das finanças ao deixar ser este a escolher a presidente do Sesaram. E, Albuquerque persiste no erro, ao deixar outra escolha das finanças para o novo conselho de administração. É tentar corrigir um erro com outro erro.
Tinha de Albuquerque uma outra impressão. Achava-o ponderado e acertivo. Mas tem sido uma completa desilusão. São erros de palmatória, com uma total falta de visão. É uma péssima gestão politica.
Não perceber que para ter o Sesaram nos eixos, isto é, os médicos nos eixos, é necessário um dos seus pares para falar de igual com eles, é não perceber nada do que se passa no Sesaram.
Porque é que acham que o Dr. Miguel Ferreira fez "inimigos" entre alguns colegas, digo alguns porque a maioria apoiava-o. Porque pôs na ordem gente que falava mas não trabalhava, que só queriam levar para o privado aquilo que devia fazer no publico como era sua obrigação. Porque acabou com uma teia de interesses existentes. Vejam o que no último ano tem sido feito a estragar tudo o que já tinha sido conseguido.
Mas agora segue-se novo erro de casting no Sesaram, com alguém que até estava a fazer um bom lugar nas sociedades de desenvolvimento.
Este governo está como a câmara do Funchal. Não governa. São tantos tiros nos pés que até assusta. Tem é a sorte de a oposição ser um zero também.
Sabendo como os médicos, enfermeiros e demais classes da área da saúde são, juntando-se a isto as intrigas e conflitos mais que habituais entre colegas à falta gritante de recursos básicos, o Faria Nunes não é assim tão culpado. Como é que se pode ajudar um sector que não quer ser ajudado? Quando se implementa um sistema de controlo de assiduidade para os profissionais irem lá meter o dedo e saírem para a sua vida?
Não há reconhecimento de quem efectivamente trabalha e preocupa-se com os utentes, metade dos profissionais quer é laurear a pevide ganhar o seu e ir ganhar mais para o privado paralelamente etc.
Quantas pessoas mais irão morrer até isto estar resolvido?
Volta Jardim Ramos estás perdoado, o Alberto João e o Miguel Ferreira já não te fazem mal.....
Só há uma forma de concretizar a assunção de respondabilidades - a demissão.
Horrivel a noticia que vem hoje publicada de um jovem de 19 seropositivo, de 19 anos sem medicaçao para o HIV à tres meses, chocante e terceiro mundista. Como é possivel isto?
Volta Jardim Ramos ? Para isso já lá está o Faria Nunes !
Faria Nunes, amigo do peito do Presidente é gritante a sua falta de competência no cargo e mais grave ainda a sua incapacidade pessoal para saber lidar com estas situações e explica-las. O homem não sabe falar PONTO FINAL
Jardim ramos e Miguel Ferreira tinham o sistema a funcionar e a população andava mais tranquila. No tempo destes as brigas eram com os médicos que querem estar no privado a faturar ao mesmo tempo que deviam estar no publico
É aceitável ter médicos a entrar de manha no hospital e durante a manhã já estão a dar consultas no privado
Isto estava a acabar.
Faria Nunes está a fazer o tempo voltar à velha senhora fascizante.
parabéns PCP pelo voto censura.
Macedo, escreve uns comentários a elogiar o governo e a dizer bem do queque ou pede já o Jaiminho!
Nem a Tania vem para aqui escrever a defender o secretário. Também não há nada a defender, e a moça lá se vai aguentando com a mudança de secretários. São muitos anos a assar frangos.
Eu, em Dezºde 2012,publiquei, na Opinião do DN, o texto cujo link segue abaixo. Alertava para a inconcebível morte de um cidadão madeirense regressado de um País Africano, onde trabalhara, e, contraíra malária. Malária que, tratada à moda do SESARM em 2012, teria dizimado a nossa tropa nos tempos da guerra colonial.
Havia algo de errado no ar. Escrevi. Os responsáveis em funções na altura ficaram cegos, surdos e mudos. Coisa estranha, em quem gostava reagir. Convosco, o texto:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/329498-a-pena-de-pavao
Hoje no blogue anónimo "renovadinhos" lemos isto:
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Lá foi a dona ''gere tudo''.
Foi posta a andar. Nem as ajudas do ''mosca'' do DN com as páginas e fotografias de promoção interesseira, serviram para alguma coisa. Finalmente terá oportunidade de voltar à ''sua zona de conforto'', ou seja arrumada a um canto.
Nem os ''dinheirinhos anunciados pelo ''ruizinho das finanças'' em abril (será que chegaram ao destino?) a salvaram.
Mas a coisa é muito séria, e não merece brincadeiras.
A pergunta que se coloca agora, é muito simples. E ao incompetente responsável máximo da coisa não chega nada?
O ''novo chefe'' admitiu a existência de falta de diálogo (evitou falar de outras faltas bem mais dramáticas- medicamentos, material hospitalar etc...) assumiu responsabilidades, disse que não é preciso dramatizar, mas como sempre ficou-se pelas palavras.
Ó homem ouça outra gente, saia da teia em que se encontra enredado.
Lidos os dois textos uma dúvida fica a pairar no espírito. Quem efectivamente serão estes abomináveis anónimos escondidos por detrás deste blogue com menos de um ano de vida? Serão eles inimputáveis crianças sem memória sobre 2012? Passaram quatro anos, como é isto possível? Em alternativa podemos estar perante adultos cobardes, incapazes de dar a cara. Gente que, apostada no quanto pior melhor, não hesita em cavalgar a onda da desgraça que alguém deixou sobre todos nós. Não, cobardes "renovadinhos", este desastre por mais que branqueiem não se faz num ano.
E vai todo o Conselho de Administração ou apenas a cabecilha?
Vai sendo tempo de toda a equipa ser responsabilizada, pois caso contrário passa a ideia que nada fazem ou fazendo, estão contra o seu presidente...
Mas esse secretário da Saúde só percebe de próstatas.
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