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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Opinião


OITENTA ANOS DEPOIS

Santo André evangelista escreveu este epitáfio à Pecuária da RAM

terça-feira, 28 de junho de 2016
O metade, metade, o tal que se divide entre o Porto Santo e São Vicente, persiste no logro de se considerar um homem inteligente. Que tristeza nos saiu este. Anda a dizer mal dos seus colegas de partido que serviram o governo da Região, dando o seu contributo para o desenvolvimento da Madeira.

Agora acaba de produzir uma nova bacorada. Disse que a pecuária vai fazer crescer a nossa economia, mas ignora (pelos vistos não gosta de estudar os dossiers) que as crias vêm dos Açores e que o número de vacas que a Madeira manda para abate não chega a 1%, do consumo regional.

Fala de agricultura, como motor da economia, mas esta só emprega ''meia dúzia de pessoas''.

Nas pescas é o desespero que se sabe. Pescadores no Caniçal e em Câmara de Lobos na miséria  e no desemprego.

Uma coisa é certa, com ele quem enriquece são os Sousas e o homem do Pingo Doce.

           

Em 1936 Hitler assustava a Europa. O comunismo, terror do Mundo, revelava-se a Churchill, um bom aliado para derrotar Hitler. A Península Ibérica, em Espanha, assistia à Guerra Civil e em Portugal o Dr. Salazar punha em marcha o Estado Novo. A Grande Depressão ocorrera havia pouco tempo.
A Madeira, de 1931 a 1936, protagonizou situações cuja responsabilidade os madeirenses, colectivamente, imputam ao Estado Novo. O Decreto-Lei 10634 de 20MAR 1925, e dec. 26655 de a 4JUN 1936 foram dois diplomas com consequências terríveis para os madeirenses. O dec-lei fez a reestruturação do sistema financeiro. As tenebrosas influências locais junto de Salazar, levaram-no a decidir pela falência a Casa Bancária Henrique Figueira da Silva. O dec. foi a génese da Revolta do Leite.

Entre Julho de 1936 e Maio de 1937 “o diabo andou à solta” nesta terra. Houve 7 mortos, muito feridos e 557 presos. Tudo, consta, obra do Estado Novo. Nada mais errado, tudo isto foi obra de madeirenses que, pensando nos seus interesses pessoais, manipularam cidadãos ingénuos. Gente, em altos cargos, incentivou as populações à criação de cooperativas de produtores tendo depois entregado os nomes dos “comunistas” à PVDE Foi essa polícia que, recorrendo “a intérpretes”, concluiu pela inferior mentalidade da maioria da população “grande consumidora de álcool”. Pacificada a situação o Estado Novo manteve a aposta no sector até ao 25Abril.
O recém-criado poder regional instala um projecto de poder que, aproveitando “os medos” gerados 40 anos antes, ao mesmo tempo que inventa o “povo superior” e os “cubanos” aproveita a inferior mentalidade e a falta de preparação da maioria para entender a nova realidade. Manipula-a, na TV e jornais, para assim obter votos. A Europa fez o resto. O dinheiro comunitário, usado ao serviço de obscuros interesses não colectivos, reduz produções e aumenta dependências externas. Até tivemos um BANIF que pede meças à Casa Bancária Henrique Figueira da Silva naquilo que respeita às interligações entre gente graúda.  

Regressámos à procela de há 80 anos. Num Mudo em ebulição que futuro nos estará reservado? Estamos muito mais vulneráveis que nos anos 30, é a conclusão a tirar. A “culpa” é, exclusivamente, nossa. A Europa mandou dinheiro, Lisboa deixou-nos em Paz. Por isso, queixemo-nos de nós próprios e não nos admiremos se a fome se agravar ainda mais nesta terra.  

Gaudêncio Figueira 

5 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem.

Fernando Vouga disse...

Há vozes que não chegam ao céu...
Qual é a importância e a credibilidade de um escriba que nem sequer tem a coragem para chamar os nomes aos bois e, pior ainda, não assina por baixo?

Jorge Figueira disse...

Este evangelista esconde-se e não assina, coisa indigna como muito bem refere o Fernando.
Muito mais grave, em minha opinião,é a mensagem subliminar do senhor que imputando a terceiros os seus próprios erros procura branquear os erros clamorosos cometidos ao longo de 37 anos. Isso deve ser desmascarado.

Anónimo disse...

Muito bem escrito e a comparação com a passagem dos renovadinhos está perfeita.

Parabéns pela comparação.

Merece um Plano Estratégico.

Anónimo disse...

O Humberto montou em S. Vicente um grupo de " bufos". A sua insegurança é atroz e por via disso precisa de informadores.
- Manga
- João da padaria
- Alcino
- Carvalho
A equipa do SIS desse secretário.