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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Carpe Diem!






Cerca de 700 finalistas do Liceu cumprem o ritual 
da Bênção das Capas



Há momentos memoráveis na vida dos estudantes. O ritual da Bênção das Capas é um deles a assinalar o fim de um ciclo, o ensino secundário. Foi assim esta tarde, na Escola Secundária de Jaime Moniz, com os finalistas do 12.º ano de escolaridade a actualizarem a tradição.
Após dias de preparação da festa, eis que os estudantes se apresentam na porta principal do Liceu, acompanhados dos respectivos familiares. Trajados a rigor, com as fitas dos respectivos cursos e pine da Escola à lapela, num misto de contentamento e orgulho. Depois, o abraço à madrinha da festa, a professora Fátima Marques que, de braço dado com o presidente da Comissão de Finalistas, Francisco Maria Pereira, prepara o cortejo rumo à Sé Catedral.
Estudantes e familiares “apoderam-se” da Rua dos Hospital Velho e do átrio principal da ESJM. Disparam os flashes e nunca o telemóvel foi tão usado como o dia de hoje. Tudo para mais tarde recordar.
O presidente do Conselho Executivo faz as honras da casa, recebe os estudantes e respectivos acompanhantes, e, ao princípio da tarde, a porta principal do tradicional Liceu é um mar de gente a posar para a fotografia. Ao longo de sucessivas gerações, a tradição repete-se com os jovens estudantes a fazerem já a rodagem para a vida universitária, numa espécie de estágio prévio.
Toda a comunidade escolar pára para ver os seus estudantes, pois daqui a poucos meses abraçam outros voos. 
O cortejo até à Sé Catedral é outro momento significativo. A cidade acompanha com o olhar a caminhada orgulhosa e firme destes rapazes e raparigas, que assim dão outra vivacidade ao dia.
Na emblemática Sé Catedral, o momento da cerimónia religiosa, também este previamente preparado pela Igreja junto dos estudantes, através da Comissão de Finalistas. Postura correta e atenção às leituras bíblicas e ao seu significado. O Bispo da Diocese do Funchal preside à cerimónia e dirige aos jovens palavras elogiosas pelo dia que se cumpre mas também faz um forte apelo à vivência com valores éticos e morais destes estudantes num tempo de mudanças aceleradas.
Capas no chão da Sé Catedral. D. António Carrilho passa por elas e dá a sua bênção aos estudantes, num momento emotivo para toda a assembleia.
Terminada a cerimónia religiosa, o momento da intimidade com o jantar em família. Depois, outro ponto alto do dia: o tradicional e tão esperado baile de finalistas para mais tarde recordar, animado por um DJ de renome para apimentar a festa.
Um dia que é para aproveitar porque sexta feira há aulas e os estudantes bem se recordam da lição do poeta Ricardo Reis, “Carpe Diem”, aproveita o dia.
Sem o mediatismo desta festa, na Escola Secundária Jaime Moniz, estudantes de outras eras, regressam para descerrar placas alusivas  ao seu tempo de finalistas, aqueles que comemoram os 50 anos, depois o grupos dos 40 anos e, por fim, os 25 anos de setimanistas. Um ato simbólico que deixa impresso nas paredes do Liceu o tempo de finalistas de homens e mulheres bem adultos, que um dia passaram por esta Escola e dela guardam saudosas memórias.













Texto e fotos: Liceu 

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