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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Jobs de 'interesse público'



Governo com muitas maneiras de 'matar pulgas'


As situações verificam-se com mais evidência em algumas direcções regionais e em alguns institutos públicos. E a suspeita levanta-se: mais uma maneira de o governo regional arranjar jobs para girls e boys filhos do sistema?
O artifício oficial chama-se 'Acordo de cedência de interesse público' e consiste em a entidade executiva, ao abrigo da Lei 12-A/08, de 27 de Fevereiro, contratar junto de empresas privadas elementos interessados em migrar para as delícias dos quadros públicos, a fim de um dia conseguirem a efectividade. E a progressão na carreira, sempre com a cor do poder em pano de fundo, como se comenta naqueles meios.
Para quem está inseguro e sem estatuto num emprego privado, nada melhor.
Dá-se até a circunstância extraordinária de os contratados pela via do 'interesse público' ganharem acima dos trabalhadores já efectivos, a exercer as mesmas funções no governo, aberração muito mal recebida nesses institutos, direcções regionais e empregadores do Establishment afins. Justificação: os contratados têm de receber o que recebiam no emprego de onde chegam. Inventa-se, pois, uma divergência de tratamento entre os que entraram por concurso e os contratados pelo 'interesse público', com vantagem para estes.
A leitura de quem anda lá por dentro é que dificilmente se poderá travar este novo autocarro para o emprego público, como metaforizava Eça. Tudo muito bem feito. O 'reforço' fica no novo trabalho (oficial) até surgir a oportunidade para passar a efectivo. Os concursos depois são cirurgicamente encomendados, para tapar os quadros com elementos "de confiança e merecedores", inviabilizando assim a abertura de vagas nos quadros e a renovação pela via da competência. As novas gerações sucedem-se às anteriores gerações do sistema. O resto emigra.

Uma vez que o Governo Regional tem sempre resposta para tudo, seria útil enviar-nos, entidade a entidade, os números dos elementos admitidos ao abrigo do 'acordo de cedência de interesse público' com as justificações da inevitabilidade das contratações. De contrário, continuam por aí as dúvidas e as suspeitas sobre aquisições opacas e sem concurso. O que deixa mal as próprias pessoas envolvidas na transferência.

8 comentários:

Anónimo disse...

Junte.se isto ao recente diploma em que nao ha concursos para DRs e que o vetusto representante assinou pir baixo (diploma de manifesta ilegalidade) e temos o el dorado regional.

Anónimo disse...

Sera o merito que o Miguel apregou, isto e a confiança nos quadros do Governo que afirmava existirem , ou foi conversa de campanha e discurso para as tertúlias para malhar no AJJ?

Anónimo disse...

O que se está a passar nesta ilha é uma vergonha, e um atentado a quem trabalha arduamente 30 dias mês para cumprir com as suas obrigações. Os níveis de impostos atingiram valores insuportáveis, acrescem ainda os custos administrativos para quem tem uma micro ou média empresa. É um estado irresponsável, impostos altos para sustentar está maldita máquina partidária que domina por completo o estado. Este país assim nunca mais vai para a frente, acreditem que é mesmo assim.

Anónimo disse...

Acreditem a administração pública está completamente desmoralizada. Agora até obrigam a ir a jantares de Natal. A vergonha não tem fim.

Anónimo disse...

Nessa nao entro. So vai quem quer. E preciso ter o mínimo de dignidade e nao entrar numa de lambe....

Anónimo disse...

Tenho duas no meu serviço, uma delas arrogante que me vai fazer mudar de serviço e outra que pediu para lhe aumentarem o ordenado no emprego da privada dizendo que devolvia o dinheiro a mais para poder apresentar um ordenado maior na entrada para o governo. Tem um ordenado maravilhoso e nós do quadro somos uns bardamerdas. O PSD vai cair, é preciso ter paciência. É uma vergonha aquilo que se passa no governo, não há respeito pelas pessoas, uma selvjaria.

Anónimo disse...

É uma vergonha o que se passa nesta terra! Tanta gente com cargos inúteis auferindo rendimentos elevadíssimos, não pelo trabalho que executam, mas pela quantidade e/ou qualidade das cunhas que essa pessoa tem...
É degradante ver tanta gente competente desempregada, gente bem formada posta de lado, enquanto outros sem competência são colocados nestes "jobs"...
Que vergonha!!!
Que tristeza ver o meu país degradar-se assim...

Anónimo disse...

Veja-se o que se passa na associação de promoção. Os que foram do turismo têm o ordenado da função pública. Os que vieram do privado recebem mais.