Notícias do acutilante blogue "Jornalismo nas Américas"
* O repórter
Alfredo Jiménez Mota, do jornal mexicano 'El Imparcial', desapareceu há 7 anos.
Familiares e responsáveis do periódico voltaram a pedir às polícias que
regressem à investigação do caso. No México, não é novidade fazerem desaparecer
jornalistas incómodos a certos políticos e a certos negócios. No caso, as
autoridades acharam isso tão normal que dois anos depois voltaram às 'rancheras'
e à 'tequilla' esquecendo a tragédia do desaparecimento de um jovem com apenas 25 anos que se
entregara ao mundo da informação. O profissional desapareceu na cidade de
Hermosillo.
* O
jornalista argentino Hernán Lascano, de 'La Capital', abalançou-se a uma
investigação sobre o tráfico de efedrina, substância usada no fabrico de
doping. Pois chovem as mensagens anónimas ameaçando inclusive a filha
do repórter com apenas um ano. Muito à latinoamérica. O caso desenrola-se na cidade argentina do
Rosário.
* O Brasil
decidiu bloquear a proposta da ONU favorável à segurança dos jornalistas, o que
desencantou os profissionais de informação daquele país que se exige
democrático. Ao lado da representação brasileira posicionaram-se contra tal proposta...
quem mais, senão a Venezuela, a Índia e o Paquistão?!
* Instituições
governamentais especializadas entraram por diversas estações de rádio com
forças policiais e encerraram as emissões, escaqueirando tudo ao menor sinal de
resistência. A justiticação é simples: se não se tratar de falta de licença
(dificultada pelo governo aos meios radiofónicos desalinhados), então é simplesmente porque as
rádios favorecem a oposição, ou os ianques, ou... E a pressão vai ao
ponto de o governo cortar a publicidade institucional aos órgãos que não
elogiam o presidente, ou seja, que são 'traidores à pátria'. Obviamente que
isto se passa na América Latina, especificamente na Venezuela.
* Aquele governo ataca
diariamente o jornal que não lhe apara o jogo anti-democrático. Avisa os
empresários para não darem publicidade ao dito jornal. Depois, persegue o
jornal cortando todas as assinaturas das instituições oficiais. Em seguida, corta
toda a publicidade institucional e enxovalha os jornalistas do referido jornal. Porque as
edições continuam a sair, o governo torna gratuito o jornal que chamou a si,
pagando-o com dinheiros públicos. Estabelecendo essa concorrência desleal,
desvirtua o mercado, asfixia o jornal perseguido e provoca despedimentos de
chefes de família diversos.
Obviamente
que isto se passa... não sei bem onde. Só sei que é na América Latina, mas lá
para um lugarejo recôndito dos Andes, ou coisa que o valha.



1 comentário:
Nos meus tempos de aluno secundário, já lá vão 50 anos,tinha um professor ao abordar alguma questão de pendor mais delicado no domínio político-social logo localizava o assunto em terra distante nunca para cá da Abissínia. Mudam-se os tempos mantêm-se as vontades... os tempos não estão para poesia.
Enviar um comentário