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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cultura, Culturas




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Notícias do acutilante blogue "Jornalismo nas Américas"


* O repórter Alfredo Jiménez Mota, do jornal mexicano 'El Imparcial', desapareceu há 7 anos. Familiares e responsáveis do periódico voltaram a pedir às polícias que regressem à investigação do caso. No México, não é novidade fazerem desaparecer jornalistas incómodos a certos políticos e a certos negócios. No caso, as autoridades acharam isso tão normal que dois anos depois voltaram às 'rancheras' e à 'tequilla' esquecendo a tragédia do desaparecimento de um jovem com apenas 25 anos que se entregara ao mundo da informação. O profissional desapareceu na cidade de Hermosillo.

* O jornalista argentino Hernán Lascano, de 'La Capital', abalançou-se a uma investigação sobre o tráfico de efedrina, substância usada no fabrico de doping. Pois chovem as mensagens anónimas ameaçando inclusive a filha do repórter com apenas um ano. Muito à latinoamérica. O caso desenrola-se na cidade argentina do Rosário.

* O Brasil decidiu bloquear a proposta da ONU favorável à segurança dos jornalistas, o que desencantou os profissionais de informação daquele país que se exige democrático. Ao lado da representação brasileira posicionaram-se contra tal proposta... quem mais, senão a Venezuela, a Índia e o Paquistão?!

* Instituições governamentais especializadas entraram por diversas estações de rádio com forças policiais e encerraram as emissões, escaqueirando tudo ao menor sinal de resistência. A justiticação é simples: se não se tratar de falta de licença (dificultada pelo governo aos meios radiofónicos desalinhados), então é simplesmente porque as rádios favorecem a oposição, ou os ianques, ou... E a pressão vai ao ponto de o governo cortar a publicidade institucional aos órgãos que não elogiam o presidente, ou seja, que são 'traidores à pátria'. Obviamente que isto se passa na América Latina, especificamente na Venezuela.

* Aquele governo ataca diariamente o jornal que não lhe apara o jogo anti-democrático. Avisa os empresários para não darem publicidade ao dito jornal. Depois, persegue o jornal cortando todas as assinaturas das instituições oficiais. Em seguida, corta toda a publicidade institucional e enxovalha os jornalistas do referido jornal. Porque as edições continuam a sair, o governo torna gratuito o jornal que chamou a si, pagando-o com dinheiros públicos. Estabelecendo essa concorrência desleal, desvirtua o mercado, asfixia o jornal perseguido e provoca despedimentos de chefes de família diversos.
Obviamente que isto se passa... não sei bem onde. Só sei que é na América Latina, mas lá para um lugarejo recôndito dos Andes, ou coisa que o valha.

1 comentário:

jorge figueira disse...

Nos meus tempos de aluno secundário, já lá vão 50 anos,tinha um professor ao abordar alguma questão de pendor mais delicado no domínio político-social logo localizava o assunto em terra distante nunca para cá da Abissínia. Mudam-se os tempos mantêm-se as vontades... os tempos não estão para poesia.