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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Viagens nas terras deles



SÉRGIO CRIA 'CENTROS INTERPRETATIVOS'
DA DÍASPORA MADEIRENSE
E RUI ABREU É QUE VIAJA COM MIGUEL!












A Tabanca das Angústias anda num rebuliço. O sr. Chefe vai de abalada no sábado para a África do Sul e os preparativos são sempre aos gritinhos e com as dificuldades de mobilidade nas instalações cor-de-rosa, porque a Sissi aparece em todo o lado e ai de quem pisar o rabo da bichinha.
Para mais ajudas, esta manhã passou-se um par de horas à procura do chefe de gabinete lá da Casa, porque é ele quem destina tudo e não se sabia se as Finanças de João Machado já tinham enviado as ajudas de custo para os estóicos viajantes, e se essas importâncias iam em dinheiro vivo e em notas de 500, como na anterior situação presidencial, ou se entravam na conta pessoal dos 'visados', para o caso de ser preciso pagar uma bebida durante a excursão - o que não será o caso. 
Na ausência do chefe de gabinete, também não havia modo de se saber as cores dos fatos que a organização da viagem programou para o presidente usar nas almoçaradas e nos cocktails do itinerário. Até que, segundo o nosso K-Arara 2, o próprio Albuquerque chegou ao emprego e mandou parar aquela histeria toda, informando que Rui Abreu já se encontra lá em baixo, em solo sul-africano, acompanhado pelo chefe da organização do tour - organização que como se sabe é privada - a fim de ultimar, 'in loco', pois claro, os pormenores do programa de visita. 
Missão espinhosa, como se calcula. 
Não é nada, é só que, depois de uma viagem de noite, a começar no próximo sábado, a comitiva 'oficial' - digamos assim - desembarca às 10 e tal de domingo em Joanesburgo no Aeroporto Internacional Oliver Tambo para, uma vez largada a bagagem no módico Michael Angelo Hotel, apanhar logo com um daqueles cansativos almoços na Casa Social da Madeira, mas em Pretória, o que exige uma viagem de carro com alguns km.
Como se esse primeiro embate não bastasse, segue-se uma tarde omissa em matéria de programa. E depois uma noite de incerteza. Ainda bem que os dignitários viajam 'amarrados curto' para não passarem o tempo a olhar para anteontem.
Segunda-feira, dia 7, eis a embaixada 'oficial' - como chamá-la? - numa audiência com um tal sr. David Makhura, que é nada menos do que o 'premier' de Gauteng - qualquer coisa por aí. Mas o dia não está fechado: ao fim da tarde, pregaram a Miguel Albuquerque com uma visita a um lar dinamizado pela Sociedade Portuguesa de Beneficiência, para uns abraços e mais uns trocados de oferta com a bíblica sentença de Miguel: "Mais gestos e menos conversa". Oferta com o nosso dinheiro, está bom de ver. Isso para além das tradicionais promessas aos velhos emigrantes internados, daquelas que incham e depois passam - a que se associa a já compendiosa frase de Miguel: "Os compromissos com os emigrantes são para cumprir". Não se diz é quando.
Missão completa na segunda-feira? Nem por isso. Então e o cocktail com o pessoal da Câmara de Comércio? É aí que Albuquerque pode prestar declarações a dizer que está a demonstrar a "atractividade" da Região Madeira, em busca de investimento oriundo das comunidades.
Terça-feira - da semana que vem, pois - há viagem aérea de Joanesburgo para... a ver como se escreve isto... Bloemfontein. Com acomodação no Hotel Protea. Nessa localidade, há mais um ataque a novo 'premier', o do Free State.
Lá para as 7 da tarde, um merecido jantar com a comunidade da zona, a ocorrer no Bloemfontein Hotel... and Spa. Vem a calhar.
Quarta-feira, nova estirada de avião até ao Cabo e às suites do Hotel Table Bay. 
O nosso K-Arara, que surripiou estas informações num gabinete temporariamente abandonado na Tabanca das Angústias, não soube precisar a hora da audiência prometida pelo ministro das Finanças - assim mesmo - da província do Cabo.
Para quinta-feira, a organização já conseguiu umas entradas no Parlamento daquela Região, pelo que o programa fala pomposamente de uma visita às instalações do dito. Houvesse lá um presidente de parlamento com a simplicidade de Tranquada Gomes e, sabendo que a RTP Espetada estará presente, já que nós, contribuintes, pagamos 6 mil euros pela deslocação de cada um dos dois profissionais da Levada do Cavalo, fosse Tranquada a mandar naquilo e Albuquerque teria direito a recepção parlamentar. Mas, daqui lá... 
Depois de todas estas andanças, a embaixada terá uma sexta-feira livre, que já não será sem tempo. Livre, vamos indo, porque à noitinha toca a levantar rodas do chão e regressar à Europa.
Pedimos aos maçadores cá da Tabanca que não arranjem baboseiras para o nosso presidente visitar ou inaugurar no fim-de-semana. Segunda-feira é dia de trabalho. 

Mal-estar nas Secretarias

O nosso informador infiltrado na Tabanca diz que já chegou aos ouvidos de Albuquerque um certo mal-estar que perpassa pelos mórbidos corredores da Junta Geral. Os colaboradores de Sérgio Marques não entendem como é que, sendo Sérgio o governante das comunidades, não viajou com o presidente à Venezuela nem vai agora ao sul de África.
Quando este 'vice', ou coisa parecida, até anunciou criar um científico 'centro interpretativo da diáspora', que não se percebe o que quer dizer mas cuja importância a complexidade do nome torna indiscutível, e quando o homem promete organizar fóruns e mais 'conselhos da diáspora madeirense', como é que, na hora de pegar na malinha e nos óculos escuros para rumar a destinos de sol, quem vai no avião é o chefe de gabinete do presidente?
Há dias, Albuquerque desautorizou Sérgio por causa da Escola do Porto Santo. Agora, isto!
Miguel também resmungou esta manhã ao saber que até para os lados da Economia circulam umas carrancas agastadas por causa das viagens às comunidades. Essas iniciativas destinam-se, é um dizer, a promover economicamente a Madeira como terra que vive uma "situação estável, credível e dinâmica". A mandar umas dicas sobre as vantagens de investir na Região. Ora, essas são funções que deviam caber ao secretário Eduardo Jesus e não a Albuquerque ou ao seu chefe de gabinete. 
"Se é para ir às comunidades incentivar os emigrantes a mandarem abaixo-assinados a exigir mais viagens aéreas ao governo português, como o patrão foi a Caracas fazer, o nosso secretário também é capaz disso", protestou um quadro do Turismo num e-mail despachado para a Tabanca das Angústias, ao qual mail o nosso K-Arara 2 teve acesso. "Ou vocês aí em cima, seus snobes do c..., acham que o secretário vai ficar até ao fim do mandato a ir à Calheta, ao Porto Moniz e por aí fora falar com uns tesos de uns empresários, que nem o almoço pagam a uma pessoa, na treta de explicar a estratégia de aproximação do governo ao tecido empresarial?"
Foi este ambiente de tensão que se viveu esta manhã nas Angústias, com tendência para um agravamento de tal ordem que já aconselhámos o nosso agente infiltrado a dar parte de doente e fugir para casa. Aquele Blue Stablishment é muito polido e todo falinhas doces, mas, quando as coisas desaparafusam, não queira o Leitor estar por perto.
Para despistar, perguntámos lá para cima o porquê de a antiga dupla da CMF ir sempre junta, agora no governo, como fazia quando havia visita municipal às comunidades. Por que não vão os secretários das áreas supostamente envolvidas? Aquilo é só excursão?
A resposta surgiu com lógica: "Isso é lá com a organização, o presidente do governo regional não manda nada nisso porque não é agente de viagens. Pagamos as nossas passagens e hotéis e embarcamos. A organização é que faz os convites, mais nada. Se não convidam os secretários... E a coisa funciona. Já foi assim quando da constituição do governo, porque praticamente o novo presidente não se meteu em nada dessas chatices - e não estamos arrependidos. O JM também nos contactou agora, com os 6 mil na mão, pronto a integrar a excursão, mas remetemos aquela gente para a organização, não sabemos se sempre vão ou não."
Da parte do Fénix, demos o nosso melhor para perceber como é que um presidente de governo vai 'oficialmente' numa digressão organizada por uma entidade particular. Mas, como se vê, ficámos na mesma. Mistérios da Tabanca e dos seus feiticeiros da tribo. Só esperamos que, nos próximos acontecimentos, a organização torne a convidar o presidente. Mesmo pagando a sua parte, não é líquido. Que Miguel não caia em desgraça, pois.

PS 1 - É escusado lá por cima na Tabanca andarem a investigar quem é o nosso agente infiltrado. No tempo da velha senhora, em vão gastaram anos a tentar o mesmo. Alguns diziam que era uma arara. Como se as araras enviassem mails. Outros, fanáticos leitores de romances policiais, diziam que era o mordomo, o que seria demasiado evidente. Afinal era a Dama, podemos informar hoje. Gritarão: já sei, agora é a Sissi. Mas não. Seria demasiado elementar, meu caro Watson.

PS 2 - Ainda nisto de desconsiderações, acrescentamos a história do sucedido à porta de armas do Palácio de São Lourenço no dia em que Cavaco foi lá almoçar, a convite do Representante, durante a recente visita presidencial. Os carros com os convidados iam entrando no QG. Até que um automóvel foi barrado pela polícia. Alto lá e marcha a trás. Quem era? Pois era o ex-presidente do governo regional com a mulher, no carro da Fundação SD. Dá-se uma troca de palavras entre o ex-chefe e a polícia, com os mirones a assistir. Mas nada: toca a inverter a marcha. Então, saem os ocupantes da viatura e tomam caminho pelo empedrado, entre os sentinelas, até ao interior da fortaleza filipina. Houve quem não gostasse de ver a desfeita. O anfitrião do Palácio sabia quem tinha convidado e portanto devia ter dado as suas ordens de etiqueta. Logo ele, que nalgum tempo se desfazia em vénias quando o político agora desconsiderado lhe aparecia pela frente!
Logo a seguir à desnecessária cena, entraram tranquilamente e sem obstáculos o Mercedes com o presidente do governo e mulher. E depois o carro da Assembleia Legislativa com Tranquada e o seu fato engomadíssimo.
Os tempos mudam. Mas a má educação persiste. 

11 comentários:

Anónimo disse...

Delicioso!

Anónimo disse...

Malpec Investimentos.

Anónimo disse...

Gonçalo Nuno Santos no seu melhor.

Jorge Figueira disse...

Quando fala que os polícias impediram a entrada do dr. Alberto João no Palácio de S. Lourenço, julgo que terá sido a PM.
Uma dúvida paira no meu espírito. O Exército ter-se-á arrependido da medalha que lhe atribuiu dia 12 de Maio?
A razão da minha dúvida baseia-se nos factos contidos no texto abaixo
http://funchalnoticias.net/2015/05/23/da-ficcao-a-realidade/

Luís Calisto disse...

Não, caro Doutor. Foi mesmo a PSP. Podem é ter sido elementos vindos do Continente na cobertura ao PR.

Anónimo disse...

Finalmente o fenix está de volta já estava farto da monotonia!!!

Anónimo disse...

Os K agentes têm informações como se dos próprios se tratassem, julgo a fim de saber apenas o julgamento das más línguas. Às vezes o tiro sai pela culatra.

Anónimo disse...

Calisto, eu estava lá e vi. O Dr. Alberto João quis entrar a pé na fortaleza para o povo assistir de maneira a medir a popularidade. Alias ele faz sempre isso no prédio que nunca conseguiu conquistar. Isso é mais um "fait-diver" das angustias de quem está com as costas quebradas de tanta asneira...
PS - Paulo Cafofo também entrou a pé...uma estratégia concertada naquelas reuniões de ex-adversários e ex-professores de história !!!

Jorge Figueira disse...

Posta de parte a ideia do Exército não ter reconsiderado a atribuição da medalha acho que terá razão na sua hipótese de serem polícias continentais. Eu acrescentaria a maçonaria ou, em alternativa, algum caso mal resolvido naquelas confusões dos gratificados pagos tarde e a más por "erro do computador".

Anónimo disse...

QUE PAPEL TEM O CENTRO DAS COMUNIDADES MADEIRENSES LIDERADO PELO TÉCNICO SUPRIORE GONÇALO SANTOS SE O PROBLEMA E IMFORMATICA É IR A DTIM E TIRA O CURSO OU O ADJUNTO DE SERGIO MARQUES (O SR. DA ARCADA)DA-LHE UMAS DICAS JÁ QUE GANHA MUITO BEM O DOBRO DO QUE NA CAMARA DO CENTRO DO PAIS.

Anónimo disse...

Ese tal de Gonçalo tem o quinto ano ,! Nem tem idade para estudar .