2 de Março 2019
Lugar
de Cláudia na lista do PE
ameaça provocar guerra interna
ameaça provocar guerra interna
Barões
do Laranjal
desconfiados
com Rio
Depois de um processo atabalhoado que deixa muitos cabos soltos susceptíveis de serem explorados pelos adversários quando a campanha eleitoral aquecer, o PS-M arrumou por agora a questão da lista europeia. Os estrategos da Praça Amarela criaram sem necessidade um problema ao resolverem não recandidatar Liliana Rodrigues, falharam a primeira escolha de candidata, uma Juíza de Direito, e solucionaram a questão indicando uma médica desconhecida, sem currículo comparável a outras potenciais candidaturas ao lugar.
Pelo que se tem assistido à desesperada tarefa dos jornais afectos à vaga PS-Cafofo de puxarem pelas qualidades de antiga nadadora da escolhida à última hora para justificar a chamada. Sem conseguir contudo neutralizar o desagrado que cresce em figuras prestigiadas que de há muito se distanciam do partido.
Mas está resolvido, por agora.
A verdade é que o PSD-M vive piores dias. O 6.º lugar que António Costa distribuiu à candidata-surpresa do PS-M, Sara Cerdas, veio pressionar os dirigentes social-democratas madeirenses. Tudo o que seja lugar abaixo do 6.º será para Cláudia Aguiar um início de corrida com cheiro a derrota. Porque seria uma campanha à sombra da rival socialista e, muito pior ainda, em risco de não ser eleita.
Rui Rio já prometeu a Miguel Albuquerque o 6.º lugar, na pior das hipóteses. Mas os barões da Rua dos Netos não escondem a desconfiança que o líder nacional lhes inspira. Não dão como certo o cumprimento da promessa. Admitem, em pânico, que Rui Rio acabe por se deixar vencer pelas fortíssimas pressões que está a sofrer por parte das distritais mais importantes do Continente. Cada qual exigindo um lugar elegível. Se não conseguir resistir, a corda rebentará pela ponta mais fraca: a insular. O que para o PSD-M, que se confronta com três desafios de vida ou de morte, seria o princípio do fim.
Os mesmos barões do Laranjal garantem que, a dar-se tal hecatombe, Rui Rio pode contar com uma guerra sem quartel. Ao que nos garantem, o próprio chefe Albuquerque está muito receoso de uma fragilidade em Rio que lhe estrague os planos regionais.
Já não chegava o problema das imposições às ilhas: para a lista tem de ser mulher. O que, para começar, significa que as mulheres das Ilhas só podem chegar aos lugares políticos de maior responsabilidade graças às leis da paridade.
E depois porque é legitima a interrogação: porquê serem as Ilhas a debater-se com restrições?
Quanto ao PS, já se percebeu: nos Açores há um 5.º lugar "para homem" porque o filho de Carlos César precisa de chutar para longe a sombra de quem tem pela frente, um deputado-homem, a fim de tomar conta da chefia parlamentar regional. É graças a César que há um 5.º lugar para os Açores "modelo homem", e à frente da Madeira, "modelo mulher", apesar de ser o PS-M que este ano disputa eleições regionais.
No lado PSD as coisas complicam-se porque o jogo arrasta-se sem cartas à vista. E o próprio Albuquerque anda a dormir mal.
Vamos a ver se o nosso Blue suspira de alívio a breve trecho ou se haverá regresso aos tempos do contencioso com o próprio partido nacional.
6 comentários:
E é a isto que está reduzida a Política Regional: a luta por um tachinho entre Bruxelas e Estrasburgo! O diminutivo não é porque seja mal pago mas pela dimensão do que chega ao Povo (que os elege) no fim das contas.
6 Lugar? Vai ser complicado e se for será pelas pelinhas.
Já estou a ver a Monteiro de Aguiar ficar na Ilha a ver navios!
Não esquecer que o Partido Aliança do Santana Lopes vai tirar muitos votos ao PSD.
A filha do Sr Monteiro Aguiar quando entrou há 5 anos atrás tinha currículo politico? Deveriam candidatar era a Raquel essa sim com várias provas dadas.
Vês mal, ó das 11.24.
Será mesmo o 6. lugar. E é muito importante que as RUP tenham o maior número de deputados possível.
Não é questão de tacho ou tachinho.
Quanto ao Aliança, não sei quantos votos tirará ao PSD e CDS. Mas as últimas sondagens não são muito animadoras.
Quanto à Raquel, as provas dadas são pouco interessantes. Para além do populismo e demagogia com que está na política, resta pouco.
13.06
Gostei dessa da Raquel. Vendida por um vendida por mil porque a partir de Setembro vai ficar na porta da assembleia regional.
A Cláudia Monteiro Aguiar já era Deputada da Assembleia da República desde 2011. Não digam mal sem ao menos saberem a realidade dos factos. Experiência política com certeza já teria muito mais do que alguma vez terá a candidata do PS.
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