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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Notícias do Apolo

VOLTANDO À 'BURRINHA FRIA' DO DR. MARCELINO

Com o seu glorioso emblema na lapela, o nosso homem parece preparado para assistir ao esperado derbi deste sábado Marítimo-Nacional... nem que seja pela TV.

Compromissos são compromissos. Vamos então ao ponto da situação a respeito do Dr. Marcelino, que ontem era apontado pela cidade como um dos muitos turistas madeirenses embarcados para algures nesta Páscoa... sem data certa de regresso. Pois.
Não encontrei o conhecido médico nas últimas horas, porém, conforme já dito, não seria aquele avantajado corpo a deixar o Funchal em vésperas de jogatana tão importante do nosso Marítimo (que os adversários perdoem a fraqueza do jornalista) diante do grande rival da Choupana, o Nacional, confronto que explode neste sábado ao fim da tarde.
Aposto, pois, em como o esculápio que tratou dos ossos reais de sua excelência, torcidos e retorcidos à conta da rasteira que o malandro Johnnie Walker pregou nele, 'rei das Angústias' Alberto João Jardim, numa festa do Chão da Lagoa que ficou célebre - aposto como o homem se encontra entre nós.

Merecia condecoração

Obviamente que as orelhas lhe ardem a toda a hora. Sou testemunha do que os incendiários andam a fazer.
Ontem, numa mesa de 'pesos pesados' da sabedoria funchalense, onde por sorte aterrei estou para saber como, o tema Dr. Marcelino veio à tona.
"Ele devia era ser condecorado!", afirmou alguém, só não reecebendo 'apoiados' por desconfiança dos presentes no conviva 'pára-quedista', ou seja, eu. Condecorado porquê? Por ter recebido dinheiro indevidamente sem que os dadores pudessem ou quisessem evitar a suposta traquinice do médico.
Receber na junta de freguesia de Santo António e ao mesmo tempo no hospital... Três anos como médico da Casa da Luz sem sequer ir lá de visita... Como na Câmara e mais não sei onde... E a receber... Bom, não vi nada disto, não me dão papéis a mostrar as alegadas malandrices... Mas o Tribunal de Contas conseguiu tudo isso. Daí o Dr. Marcelino ser chamado a entrar em despesas, para repor o que lhe pagaram indevidamente.
E então? Condecorado pelas patifarias?
Não - disse o da ideia, repetindo o raciocínio - É que quem devia entrar nessas despesas é quem lhe pagou, distraidamente ou então de propósito.

Um caso parecido que se deu na Câmara

Alguém muito por dentro dos tribunais veio pôr ordem à mesa da esplanada. Dizendo: sim senhor, quem paga indevidamente é que deve ser responsabilizado. O que aliás já aconteceu no Tribunal de Contas. E narrou: um sujeito que era pago por avença da Câmara do Funchal foi detectado e quem teve de pagar foram o presidente da dita câmara, o tesoureiro, salvo erro, e o vereador que assinou o papel. Cada um dos três chamado a pagar 500 euros.
O presidente da Câmara pagou, o tesoureiro pagou e o vereador não, porque se recusou e deixou que fosse o tribunal a desfazer o quiproquó. Entendeu que assinou porque era um hábito que vinha de trás, logo nada tinha a ver com a irregularidade.
Por coincidência, o irmão do técnico recebedor do dinheiro indevido estava na mesa. E ainda se revolta quando tocam no assunto: "Meu irmão, depois disso, pagou aos da câmara que entraram com a despesa. Mas não tinha de pagar. Ele fez efectivamente o serviço. O Marcelino é que não, recebeu sem trabalhar." 
Coincidência das coincidências, aparece na esplanada o vereador que se recusou a pagar os 500 euros. A quem o tribunal acabou por dar razão. "O técnico, irmão deste cavalheiro aqui, andou por aí a dizer que pagou a todos os que foram obrigados a entrar com o dinheiro exigido pelo Tribunal de Contas... mas a mim não pagou nada. Isso ficou claro. Nem precisava de o fazer. Eu recusei-me a dar dinheiro e a juíza deu-me razão."

Quando Marcelino quis ser cônsul

Lá retomaram o assunto do Dr. Marcelino, que parece com pano para entreter o povo mais uns dias.
Já no fim da tarde desta sexta-feira, noutra esplanada concorrida, o assunto ressurgiu. Ninguém acredita que o homem se tenha evaporado, deve andar por aí. Enfim, teve azar e o governo regional mais o PSD, a páginas tantas, deixaram-no cair.
Quando soube que não ficaria na Junta de Freguesia de Santo António - ao serviço da qual várias barracadas deu em dias eleitorais - quando soube que não seria mais candidato, que raio de ideia teria o nosso esculápio senão tornar-se cônsul do palop Moçambique?!
Quem vem contar o episódio é um dos mais abalizados especialistas da intriga madeirense: "O Marcelino andou por aí a pagar uns jantares a moçambicanos da construção civil, a formar onda... mas depois a Embaixada em Lisboa, ou coisa que o valha, deixou morrer o assunto, até por ter encontrado alguma frieza no governo regional."
Histórias para todos os gostos, portanto.

Resta agora saber como é que Marcelino pagará montantes tão incómodos como os exigidos pelo Tribunal de Contas. Terá de de puxar pela cabeça e pelos bolsos. Esteja onde estiver. Aqui na Madeira, como dizem alguns. Num destino religioso qualquer, Jerusalém, Copacabana ou algo parecido, como já especulam outros. Ou no Porto Santo, como imaginam os veraneantes que nos repreenderam ontem, baseando-se no simples facto de terem visto por aqueles caminhos calcários a burrinha e a carroça que o Dr. Marcelino lá tem.

Insisto no meu palpite: o Dr. Marcelino Andrade não perderá o derbi deste sábado Marítimo-Nacional, às 18h30 no Caldeirão. Nem que seja pela televisão.

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