A FLOR DE HONG KONG
O género Bauhinia agrega cerca de 300 espécies de árvores, arbustos e trepadeiras, de folha persistente e de folha caduca, indígenas das regiões tropicais e subtropicais.
O nome foi escolhido por Lineu para perpetuar o trabalho de dois botânicos suíços, os irmãos Johann (1541-1613) e Caspar (1560-1642) Bauhin, que produziram uma obra notável nos séculos XVI e XVII. Todas as bauínias têm folhas bilobadas, uma característica que esteve na origem da escolha dos dois irmãos para identificar o género.
As bauínias são cultivadas pela beleza das suas flores perfumadas e que, à primeira vista, revelam alguma semelhança com as das orquídeas. Daí que os ingleses as conheçam como “Orchid tree” (árvore orquídea).
A Bauhinia x blakeana é um híbrido. Parece que resultou do cruzamento da Bauhinia variegata com a Bauhinia purpurea. Raramente produz frutos e como é um híbrido a multiplicação faz-se bem por estaca e por alporquia. É muito sensível às temperaturas baixas, exige uma boa exposição solar e tem preferência por solos férteis e bem drenados.
Foi descoberta na China em 1908 e chama-se blakeana em homenagem a um grande amante da botânica Sir Henry Blake, que foi governador de Hong Kong entre 1898 e 1903.
As folhas das árvores cultivadas na Madeira são persistentes, embora a literatura diga que é uma árvore semicaducifólia, e maiores que as da progenitora Bauhinia variegata, mais frequente nos nossos jardins.
As flores ligeiramente perfumadas desabrocham entre dezembro e abril. A corola é formada por 5 pétalas rosa- avermelhadas com as partes superiores mais escuras.
A flor da Bauhinia x blakeana é o emblema de Hong Kong desde 1965.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
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