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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Televisão / Rádio



E ELES A DAREM-LHE!

Dentro em pouco, teremos tempo de antena ininterrupto na programação daquela casa.


Senhores ouvintes da RDP-Madeira!
Certamente já se aperceberam do que está a ser a emissão de hoje no centro regional da rádio oficial: programação dependurada na onda lisboeta e, quanto a intervenção da terra, apenas alguns noticiários.
Pois claro! Nem sequer o público se preocupa já com o que está no ar, tanto na RTP-M como na RDP-M.
E porquê? Apenas por causa da concorrência, que aumentou desenfreadamente nos últimos anos?
Um pouco. Mas o motivo principal do trambolhão reside no trabalho político-partidário de sapa começado há muito. O qual, no entanto, não alcançaria os espectaculares resultados à vista (RTP-M nas mãos de Jardim, RDP-M com encerramento à vista) não fora os quadros chamados a dirigir as malfadadas casas preocuparem-se mais com os seus lugares (fugazes, ainda não perceberam?) do que com a consistência dos projectos que lhes puseram em mãos.
Para se manterem nas cadeiras, os cavalheiros cedem em tudo, e o 'tudo' inclui a vertente editorial, que é a que interessa aos consumidores de rádio e televisão. 


Contas de mercearia

Voltemos ao exemplo desta terça-feira: emissão transmitida desde Lisboa com pequenas interrupções para informação regional. Ao que nos dizem, são os gestores a recusar pagar 25% aos trabalhadores em dia feriado e uns míseros 4 ou 5 euros por hora aos colaboradores externos. 
Para quê? Para tentarem agradar ao sr. Alberto da Ponte, presidente da administração RTP/RDP. Nesta base: eles abdicam do produto que justifica a existência da rádio, que é a programação/editorial, para insinuar um cretino pedido de clemência pessoal a favor da manutenção dos seus cargos.

Que resultados conseguem eles? Já se conhecem as consequências, desde ontem. Os cabecilhas da política podem dizer - e dizem - que, afinal, a rádio oficial pode muito bem ser fechada que ninguém dá por isso... e o país faz grande poupança. 
É isto o que consegue quem se agarra ao poder.
Ironia da p. da vida, eles serão as primeiras vítimas da traição que cometem espetando a faca nas costas de quantos se entregaram profissionalmente à causa da televisão e da rádio.
Serão os primeiros a zarpar da Levada do Cavalo. Os novos patrões da RTP/RDP - os governantes - nem querem ouvir falar de Martim e de Miguel. 
Lembram-se do que o chefe romano respondeu aos bandoleiros que pediam recompensa por  covardemente haverem  assassinado Viriato? 

Depois das notícias que apresentámos aqui ontem sobre a transferência da RTP-M para as mãos de Jardim e o encerramento da RDP-M, só fazemos votos para que as oposições se mexam, sobretudo o PP, que tem responsabilidades na governação nacional.
Ou então que daqui a pouco acordemos daquilo que afinal não passou de pesadelo ruim. Oxalá!

PS - Neste momento (13h25), temos a frequência da RDP-M a transmitir para o auditório madeirense uma interminável reportagem sobre as hortas comunitárias de Santarém - com muitas favas, alho, coentros, morangos...
Somos uma autonomia e pagamos taxa para isto.
Desculpem lá, mas... Pqp!

2 comentários:

jorge figueira disse...

Meu Caro Calisto
Espero que nas hortas de Santarém também cultivem tomate, apesar de não o referir. É um produto e com boa cotação nos mercados hortícolas.
Confesso que, conhecedor das interferências do poder na comunicação social, desde há muito que optei pela TSF. Tenho pena que, infelizmente, não cubra toda a região.

Anónimo disse...

Muito bem visto. E olhe que não sou admirador dos seus comentários. Mas este... tiro-lhe o chapéu.
A comissão liquidatária da RTP/RDP, formada por Martim e Miguel Cunha estão se marimbando para os trabalhadores da casa, porque o patrono, Luís Miguel Sousa, já lhes garantiu o futuro. PQP.
Roma não pode pagar a TRAIDORES.