ACABAR COM A ABERRAÇÃO

REPRESENTANTE NOMEADO

PODE EXPULSAR ELEITOS

DE UM ESPAÇO MILITAR?

Belém e seu fiscal em São Lourenço agora deram em expulsar eleitos madeirense de instalações militares, do Estado!

Não nos passa da ideia o regougo do inquilino de São Lourenço bramido aos ouvidos da polícia para que a delegação de um partido com assento parlamentar fosse posta na rua lá dos aposentos. Está bem que devem ser efeitos da convivência com Rei da Tabanca nas tertúlias bafientas da brigada do reumático madeira-novense. Mas há limites para tudo.

Possivelmente, o Palácio de São Lourenço está sob tutela do sujeito, na qualidade de representante da República. Mas, no campo prático, um bocado do espaço está afecto à tropa. Sem dúvida que há uma dependência militar instalada ali. Ou o cavalheiro julga que as sentinelas estão à porta de armas para lhe fazerem 'ombro arma' ou 'apresentar arma' quando ele entra e sai?

Pergunta-se, pois: há um representante da República com autoridade ética para mandar a polícia pôr na rua deputados eleitos pelo povo madeirense, quando esses políticos se preparam para fazer declarações à comunicação social?

Pode ser que o titular do aberrante cargo tivesse adivinhado que a delegação do PND se dirigia lá com a ideia de atacá-lo mais uma vez por intermédio da comunicação social antes de voltar as costas ao palácio, deixando o dignitário a reunir-se sozinho no sofá para falar consigo próprio acerca do novo governo. Mas, ainda assim, o homem, mesmo que não o seja, deveria mostrar-se superior, em nome do cargo, e ignorar a encenação provocatória dos elementos da Nova Democracia.

O homem é adivinho?

Fosse em que circunstâncias fosse, o sr. Ireneu, que tão bem recebe atrás das ameias certos políticos fora de prazo, bem como o bispo das 4 fontes, oferecendo-lhes banquetes para nós pagarmos, fosse como fosse o homem não tinha que dar ordem à polícia para correr com eleitos pelo povo madeirense, que têm o direito de tomar as suas posições políticas dentro do estilo que entenderem, desde que dentro das fronteiras democráticas.

O homem também julga que o palácio é dele. Pois reze bastante para os espanhóis, que já olham as Selvagens com indisfarçável cobiça, não se lembrarem de que têm a sua quota parte na construção de São Lourenço. E reze para os madeirenses não pedirem renda do espaço onde esse castelo peninsular foi construído, se calhar sem licença da câmara - porque o calote da renda já vai em 4 séculos. Às tantas, é ele a ser corrido lá de dentro. 

Faz-nos confusão também como é que a grave atitude passa impune, apenas denunciada aos microfones, quando o PND até contou com juristas na delegação vilipendiada. Uma queixa formal nas instâncias próprias só faria bem ao cavalheiro Barreto.

Quem tem culpa destas incidências latino-americanas de tratar com desdém deputados eleitos são uns autonomistas que conhecemos bem, que falaram, falaram, mas deixaram ficar aí um fiscal de Belém capaz de fazer cenas assim, próprias de um regedor de antanho! 

Se o homem tivesse agido ao nível que lhe é exigido, nós ouvíamos os políticos a reclamar mais uma vez na TV e a vida continuava. Assim, com a sua prepotência eticamente ilegítima, dá-nos maçada com mais este artigalho. Ainda com cheiro a fim-de-semana!

Fiscais da República! Falta muito para acabarem com tal aberração?