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quarta-feira, 22 de abril de 2015

NOVA MADEIRA NOVA


O Eng.º Rui Vieira, praticamente sozinho, tomava conta dos problemas da Madeira, mas os tempos são outros. Torna-se cada vez mais difícil governar 250 mil, mesmo com 9 ministros. 

SYRIZA DE ALBUQUERQUE
COM ENTRADA DE LEÃO

Depois do desfile 'nouvelle vague' com transmissão em directo no parlamento, a parada de estrelas ontem nas Angústias veio provar que o charme da primavera miguelista é para continuar

Levou hora e meia o beija-mão que se seguiu à tomada de posse do executivo 'new wave', segunda-feira no parlamento. Estava instalado novo regime impregnado de cremes dondocas e fatos de marca para entrar em acção ontem, com os últimos retoques nos gabinetes e o plenário de executivos. Os quais, verdade seja dita, arribaram ao pátio das Angústias em pose, não de banais secretários, mas de autênticos ministros. Mesmo que tenham chegado amontoados em carros de segunda classe, para dar o exemplo de contenção.
Sem dúvida que, em imagem, Miguel Albuquerque é o Alexis Tsipras do Syriza que tomou conta da Grécia. Por necessidades práticas, Miguel meteu o nosso Varoufakis na Educação, evitando assim libertar o Victor Gaspar ilhéu do diabólico pelouro financeiro.

Os fantasmas andam por aí...



O incrível dos incríveis é que ontem nem sequer faltou nas Angústias... o fantasma do inquilino há poucas horas corrido do Palácio pela nova realidade Laranja. A pretexto de dar boleia a um 'cubano' do partido, um tal de Marco António Costa, Jardim caiu no terreiro real como uma alma penada, sendo milagrosamente captado pelas objectivas dos profissionais que por acaso faziam a cobertura dos envernizados acontecimentos da Nova Madeira Nova.

Coronel Morna passou revista às instalações do Ambiente

Não foi apenas Jardim a fazer uma incursão no futuro para matar saudades do passado. Também o Coronel Morna esteve ontem no prédio do ex-Equipamento Social para se certificar de que tudo estava em condições de receber sua filha, dra. Susana Prada, que ali exercerá o mandato de secretária do Ambiente.
Segundo nos garantem, o nosso Amigo e antigo comandante de unidade Ramiro Morna já lá estivera para uma primeira vistoria às características do edifício. Por sinal, não acabou a revista sem tecer algumas observações pouco abonatórias sobre uns cinzeiros colocados à entrada do prédio espelhado.
Portanto, Ambiente, atenção: toca a marchar a toque de caixa, de contrário há rapa de cabelo e fim-de-semana à Benfica. 

Sessão fotográfica nas Angústias, com as novas vedetas Rubina Leal e Susana Prada.
O homem que vem do norte pôr-nos
a cavar e a pescar. 
Albuquerque meteu o Varoufakis madeirense na Educação...

...E, por ordem de Maria Luís, deixou ficar
Gasparzinho a tomar conta do cofre vazio.

Saúde: os médicos ressabiados estão
em pulgas para o reencontro. 
Eduardo Jesus preocupado: vai ser preciso retribuir
o 'empurrão' quando houver dinheiros europeus...

O número 2 Sérgio Marques vai ter de
aguentar o barco muitas vezes, porque
Miguel não parece talhado para ficar
grandes temporadas à porta.


Susana Prada, sublinhe-se, chegou às Angústias ao volante de um carro modesto, com Rubina Leal a seu lado.
Sérgio Marques, número do presidente, obviamente esteve no plenário entre os novos companheiros. Tem de se habituar às ausências de Miguel, que muito precisa de viajar se quiser vender a imagem da 'Madeira cosmopolita'. Porém, no próximo fim-de-semana não contem com Sérgio para trabalhar. Parece que há convívio 'comido e bem regado' lá para os lados dos Prazeres, onde o ex-Delfim e Alfredo Fernandes agradecerão o apoio dos militantes durante a corrida interna. 
Há fantasmas que convém manter vivos, porque a vida são dois dias, o mundo dá muita volta e nunca se sabe.

Como dizemos na abertura da peça, o novo executivo aterrou com um rugido de leão. É para trabalhar, é para trabalhar.
O presidente e os ministros (não os vemos como secretários, que fazer?) cederam umas frases de circunstância para os media e logo se percebeu que, à semelhança do que aconteceu nas secretarias, a decoração do Palácio das Angústias não é para descurar. Miguel inspeccionou aquilo tudo, acompanhado pelo donairoso Francisco Clode (lembra-se do que conversámos nos preliminares de governo, Leitor?). Qualidade assegurada. O novo monarca, atarefado, mal ouvia meia frase das secretárias que lhe queriam dar as boas-vindas, voltava-lhes as costas, deixando-as a falar sozinhas.
Foi uma iniciação com classe e nível alto, mas intenso. Muitas câmaras, muitos flashes. Sorrisos tranquilos. Sentido da responsabilidade e dos espinhos que há pela frente no roseiral da vida. Tudo a prenunciar que nada será como dantes. 
Mas a trabalheira não acabara. Depois da parada de estrelas, convinha ir um bocado à sala de plenários, porque os jornalistas fiscalizavam a estreia. 
Quem pagou foi a Direcção de Pescas, que, por necessidade de se preencher um comunicado final, viu antecipada a já antes anunciada transferência para Câmara de Lobos. 
Quem pagou também foram as dachas que Jardim tinha no Porto Santo para gozar o Verão à borla: vamos lá vender aquela chatice, porque cheiram a mofo. E é verdade. Nem só de conteúdos vive um governo, a forma é importante. A mudança de estilo, que já elogiámos, precisava dessa medida.
Esperamos, contudo, que Albuquerque tenha mandado medir a largura do areal, a ver se as casinhas de férias do regime anterior não ficam dentro dos 50 metros a contar da preia-mar. Há o perigo de as casotas serem inalienáveis, até porque não parecem ter escritura feita antes de mil oitocentos e troca o passo, como impõe a lei quando se quer vender património dentro do domínio marítimo.
Mas evidentemente que esta é uma preocupação sem cabimento. Os homens lá de cima sabem o que fazem.
Julgamos que terá sido Eduardo Jesus a levantar a lebre no plenário: se sou eu a transmitir as conclusões aos jornalistas, então quero pelo menos uma deliberação que faça sentido, enquadrada na conjuntura. Foi então que alguém se lembrou: podemos deliberar que as entidades nacionais deliberem evitar a greve dos pilotos.
E foi debaixo desta pressão toda que terminou o dia inaugural da 'nouvelle vague' executiva laranja.
Para as próximas semanas há mais. Se calhar, abordarão o problema do desemprego, porque, quando começarem a sair as estatísticas, será preciso explicar o porquê de o descalabro continuar. Na minha modesta opinião, era de fazer como em Lisboa: culpar o governo anterior e a maçonaria, pronto. Chiça, maçonaria, não. O opus dei.
Se calhar, terão de ver também o que se passa com a pobreza extrema e o escoamento de jovens em busca de emprego noutras paragens.
Se faltar assunto, pode este governo helenista equacionar o tal navio para o Continente e o fim da situação pró-monopolista dos portos. 
Enfim, aquelas coisas prometidas nas campanhas. Devem ter isso tudo pra lá no arquivo morto.

Jardim só não adivinha a sorte grande

O ex-Meio Chefe bem vilipendiado era sempre que prenunciava o seu fim: com beijos de Judas e facas nas costas. Veja-se como foi mesmo a passagem de testemunho, segunda-feira. Tranquada Gomes até se arrepiou.







11 comentários:

Anónimo disse...



Essa tá boa , A Patuscada dos Prazeres....antes era a da Europa!!!!!

Anónimo disse...

A Madeira não gera riqueza suficiente para pagar a estrutura política-administrativa (GR, ALR, municípios, etc.) que tem atualmente. Este modelo autonómico está esgotado. Foi bom enquanto durou. E por mais idiossincrasias e descontinuidades que existam é preciso não esquecer a absoluta necessidade de existir um saldo minimamente aceitável e sustentável entre os custos do modelo autonómico e os ganhos que ele induz. Esta situação autonómica, esta narrativa inculcada pelo jardinismo, está ao serviço dos "coronéis da Madeira", que querem certificar-se que deixam as sua linhagens bem encaixadas nos patamares da única estrutura que tem ganhos garantidos: a política. Cabe na cabeça de alguém que o progenitor de alguém faça inspeção a bens públicos??? Como bem refere o Luís Calisto, se o Eng. Vieira despachava o serviço, como é que se explica que sejam necessário uma mega-estrutura de poder para fazer o mesmo, com piores resultados globais? Sim, piores, convém não esquecer que existe uma dívida de 6.000.000.000€ para pagar e não é aquele secretariozinho (ou ministrinho) das Finanças que ajudou a escondê-la que agora vai pagá-la. E quanto à estrutura de poder da autonomia, se é verdade que os tempos são outros, não é menos verdade que os instrumentos e a tecnologia também são outros. Vendo bem só a classe política desta aldeia permanece absolutamente imutável. Por favor, leiam Darwin.

paulo disse...

9 Secretarios para 250 mil habitantes, mais directores , assessores, aqui a que deveria comecar a dar exemplo de mudanca, mas em vez de reduzir, aumentou! E vamos la ver as sociedades de desenvolvimento, ha que arranjar muintos tachos.

Anónimo disse...

A continuar assim vamos ter novo paef no próximo orçamento

Anónimo disse...

Parabéns Amigo Calisto pela análise

Anónimo disse...

A partir de Setembro quando o Costa ganhar, com o Pereira louco para mostrar serviço, não sei para que lado o Miguel se vai virar... não sei não... ainda por cima com o JFR e a sua quadrilha infiltrada... não sei não...

Anónimo disse...

"Susana Prada, sublinhe-se, chegou às Angústias ao volante de um carro modesto,..."

Se a "bomba" (um moderníssimo Mercedes Benz)da Susana Prada passa por "carro modesto", então o que dizer do velhinho Toyota de 2ª mão do Alberto João ?

Luís Calisto disse...

Tem carradas de razão, Caro Leitor. Só temos uma desculpa e esfarrapada: de tão habituados a ver os brilhantes BM's pretos do governo, a 'bomba' de Susana Prada saiu ofuscada na TV.
Quanto ao Toyota de 2.ª mão do Alberto João, coitado da lata, está jogado para cima de um passeio na Pena, guardado por um polícia.

Anónimo disse...

Nos Açores existem 130 freguesias enquanto aqui para os mesmos nem chega a 50 mais aqui é que se gasta

Anónimo disse...

São todos muito modestos espero bem quando saitem do governo nãs estejam destros...

Anónimo disse...

Compare com carga fiscal dos Açores e depois faça a sua apologia das capoeiras, que lhe garante ocupação e... rendimento.