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segunda-feira, 20 de abril de 2015

NOVA MADEIRA NOVA


Nova era na Madeira perfumada com Mandela e Gandhi. 


MUDANÇA DE ESTILO 
TRAZ ESPERANÇA NO REGRESSO 
À NORMALIDADE REGIONAL


A serenidade desta cerimónia encheu as medidas e deve ter causado pasmo nas gerações recentes que só conheceram a crispação quotidiana cá na Região. Mas há pela frente problemas bem graves para enfrentar. Ora, como toda a gente sabe, 'casa onde não há pão...'


Mudança da noite para o dia.
Miguel Albuquerque, ao tomar posse esta tarde como presidente do governo regional, começou por evocar a sua educação apoiada num homem de causas, que lutou pelos direitos do povo da Madeira: seu avô, tenente Ernesto Machado, lutador de 1931 pela democracia e pela autonomia da Madeira. Albuquerque citou ainda Nelson Mandela e Ghandi. Mestres que inspiram "o compromisso com a tolerância e a liberdade".
Confirmava-se que a nova liderança do PSD decidiu erradicar o clima de crispação permanente destes anos: as guerras da Madeira com o exterior; políticos contra políticos; instituições contra instituições; cidadãos contra cidadãos. Esse pão nosso de cada dia que comemos durante 40 anos.
Os madeirenses conhecem Miguel Albuquerque e não esperavam outro comportamento da sua parte. Os gestos democráticos ao longo das eleições internas no PSD e nas legislativas regionais deram créditos ao antigo presidente do Funchal. 
Estava claro que a derrota de Jardim acelerou quando os eleitores concluíram que não conseguiam aguentar mais o estilo caceteiro e malcriado do famoso 'obrador de obras'.

O ambiente no edifício da Assembleia Legislativa, esta tarde, cheirava e soava diferente. A crispação dava lugar à cordialidade e ao bom humor, de tal modo que o próprio presidente cessante, causador de divisões entre madeirenses que ainda levarão tempo a tratar, teve de se adaptar ao ambiente reinante no Salão Nobre e nos passos perdidos. 
Dignificar a casa-mãe da Autonomia; credibilizar as instituições; normalizar relações com o Estado, dissipando quaisquer mal-entendidos; lançamento de pontes de entendimentos com os outros partidos; saudação aos irmãos açorianos (o governo regional dos Açores sempre foi convidado); cumprimento afável ao executivo cessante, na pessoa de Jardim; simplificação da linguagem política; Miguel Albuquerque mostrou no seu discurso que está sinceramente disposto a trabalhar diferente.
Mas, como ele bem sabe e reconheceu esta tarde, "não basta fazer discursos convencionais". Há o gravíssimo problema dos desempregados para resolver. Há os pais sem alimentação para dar aos filhos. Os jovens obrigados a partir da sua terra. Pobreza. Idosos indecisos entre comprar o pão ou o remédio. 
O novo presidente cita Gandhi: "Temos de ser a mudança que queremos ver nos outros." Então, o governo deve ser interventivo em tudo. Para esbater desigualdades. Acorrer às famílias em dificuldades. Mas não em subserviência ao dinheiro. Não basta o crescimento económico para corrigir as desigualdades, relevou.

Mais palavra menos palavra: o momento histórico que vivemos exige responsabilidades de todos. O líder e os membros do governo estão ao serviço das populações e da Madeira.
"Teremos humildade para ouvir os outros. Mas imunes a pressões ilegítimas. Tomaremos as decisões necessárias, mesmo as mais impopulares, para bem da Madeira.
Mais: Temos de acreditar em nós mesmos, na nossa força e capacidade de trabalho, na disposição para o fazer. Contando com a nova geração.
Albuquerque aludiu à reforma do sistema político. À sustentabilidade das finanças públicas. Turismo. Redução da carga fiscal. Transportes. Solidariedade social. Ambiente. Cultura. Entre outras, áreas a privilegiar no futuro. Mas tudo num quadro de defesa de uma Autonomia eficaz. Propósito que mereceria aplauso do próprio presidente cessante, em declarações depois da cerimónia - ele que seguiu com aparente apatia o discurso de Miguel. Mas Albuquerque não só não escondeu como pôs em evidência o trabalho de Jardim no desenvolvimento da Madeira, que será sempre reconhecido pelas populações. Ele mesmo, novo presidente, conheceu a estratificação social da velha Madeira, o analfabetismo, a pobreza ancestral. A Madeira já não é esse passado, entende.
Acrescenta que todos trabalharam pela Madeira, mas que há mais para fazer.
Com a coragem construir todos os dias um novo começo.
"Há muitas montanhas ainda para subir", cita Mandela.

Este clima de pontes lançadas em todos os sentidos, dizemos nós, apanhará seguramente com frentes adversas quando for preciso atacar o défice, pagar o serviço da dívida, criar empregos, esbater a pobreza, estancar a emigração. Miguel Albuquerque falou de tudo isso, como dissemos acima. Mas dentro em pouco, quando se esfumarem os ecos dos aplausos destes momentos de glória, o povo quererá saber de soluções. Da parte de um governo seguro, competente - diferente da 'maralha' social-democrata que caiu em tantas situações de indefinição nestes preliminares.

Quanto à sessão de hoje: importante, muito importante, decisivo, muito decisivo, foi o constatar que a Madeira entra numa fase normal da sua vida, passado o foguetório de arraial espaventoso que foi marca do jardinismo.
Depois desta sessão solene, lembrámo-nos de um desfado em voga que diz qualquer coisa assim: "que saudades de (não) ter saudades."
É isso.

Tempo dos hinos.

Momento para a história de Albuquerque e, quem sabe, da Madeira.

Dissipar equívocos com Lisboa, mas sem abrandar na Autonomia.


Tranquada Gomes apelou para os partidos: menos radicalismo. José Manuel Rodrigues (à esquerda) está atento.

Miguel de Sousa com Pedro Calado.

Fotos GREGÓRIO CUNHA

11 comentários:

Anónimo disse...

só uma duvida,..
nos tempos de Alberto João Jardim a bandeira madeirense ficava a direita da Portuguesa como se vê na imagem, http://www.dn.pt/storage/DN/2011/big/ng1716353.jpg?type=big&pos=0 agora passou para a esquerda como se vê na foto de hoje http://2.bp.blogspot.com/-g1bAGKKKf1w/VTVFgmCuFXI/AAAAAAAAsIQ/4luSCDP8GWk/s1600/M%2B2.PNG afinal qual posição correta

Anónimo disse...

Muito pó resolverá tudo ...vergonha esta regiao...

Anónimo disse...

Ainda vamos ter muitas saudades do Alberto João Jardim. Este senhor aqui nas fotos é muita fantochada!

Anónimo disse...

O Calado fica muito bem na assistencia!

Anónimo disse...

Só conversa para encher chouriços! Será mais do mesmo, com uma leve mudança na fragrância!

Anónimo disse...

Regresso? Quando foi a última vez que houve normalidade?

Anónimo disse...

O Jardinismo contínua, porque o jardinismo não é o Alberto João. O Jardinismo é esta gente, as pessoas dos tachos, do compadrio, da roubalheira (como diz o coelho).
Espero viver até ao dia em que esta gente vai toda presa.

Profeta Afiado disse...

Não se sabe é o futuro dos políticos do porto santo (Jocelino Roberto silva Gregório pestana o analfabeto do idalino, a presidente Merde etc .... Quem sai quem entra

Augusto Trindade Pereira disse...

Sr. Calisto, você pensa que sabe tudo, mas não sabe. Conte-nos a história, a verdadeira, da não ida do bluf Calado (lembra-se do descalabro financeiro da CMF?) para o governo onde seria vice-presidente com economia e finanças? É capaz disso?

Mao Tse Tung disse...

Não são estes senhores, deputados e membros do governo, que estão obrigados a enviar declaração de bens e rendimentos para o Tribunal de Contas ou coisa do tipo? Estou desejando que o façam para ver se conseguimos perceber certas histórias patrimoniais, roseirais e outras. As dívidas à banca constam dessas declarações?

Anónimo disse...

...oh Pedro controla aí bem o Grupo da Calheta ...não pode continuar a ser controlado pela "madeira nova" ... agora passa a ser controlado pela "madeira renovação".