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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Círculo vicioso



ATÉ QUANDO VÃO ENGONHAR
COM A LIGAÇÃO MARÍTIMA?



Acabamos de ouvir a presidente da ACIF voltar a 'chover no molhado' relativamente à famigerada ligação marítima de passageiros Madeira-Continente, que continua por retomar. 
Diante de empresários e da ministra Assunção Cristas, Cristina Pedra, na apresentação do projecto de 'documento estratégico para o mar', hoje, descobriu que é preciso estudar bem a relação custo-benefício de um navio a fazer aquela operação.
Mas qual estudo, qual quê! Seja lá qual for a relação custo-benefício, a Madeira precisa dessa ligação e ela tem de ser estabelecida!
Cristina Pedra fez mais um número do faz-que-anda-parado que se arrasta na Madeira desde há uns anos, um círculo vicioso que nos amarra aqui à babugem da Madeira, sequestrados sem poder ir lá fora, no que diz respeito às pessoas que não podem andar de avião.
Obviamente que a relação custo-benefício de uma ligação marítima de passageiros como a que reivindicamos é deficitária e bem deficitária. Qual a dúvida? Se fosse uma operação lucrativa, o grupo amigo da presidente da ACIF já a tinha monopolizado com unhas e dentes!
É deficitária, sim. E daí? Não se trata de um serviço público de decisiva importância? No terceiro milénio, os madeirenses, neste aspecto, ficam pior do que os antepassados, que sempre tiveram ligações por mar para todo o mundo?
Deficitária! Deficitárias são tantas actividades que nos levam o dinheiro e não nos dão retorno absolutamente nenhum, e não nos façam falar.
Não vemos qual a dúvida quanto à obrigação que o Estado tem - com o governo regional metido pelo meio - de nos garantir o pretendido navio. Nós pagamos menos impostos do que um cidadão de Bragança? De Castelo Branco? De Borba? De Vila Real de Santo António?
Os nossos compatriotas continentais, além das estradas intra-regionais, dispõem de boas vias rápidas para todo o lado. O flaviense tem permanentemente ao seu dispor as ligações internas lá da zona, mas também o caminho-de-ferro para algures e nenhures, tal como espectaculares infra-estruturas viárias para o Porto, Espanha, e sul do país. É encher o tanque, fazer-se à estrada e deixar a terreola para trás, sem ofensa. Pode ir de carro até Moscovo ao volante da viatura, se quiser. E não lhe faltam aviões à mão de semear.
Pois a nossa estrada libertadora, além dos ares, é o mar. O Estado não gasta um cêntimo a fazer vias alcatroadas que nos liguem a Portimão, Porto, Lisboa, Canárias, Açores e por aí fora. Então, que pague o défice de uma operação marítima que nos resolva um problema absurdo. Os impostos que pagamos chegam para isso.
Bem, se se chegar à conclusão de que a operação vale a pena, então é preciso avançar com ela - concedeu com certa candura Cristina Pedra, mais palavra, menos palavra. Mas... é preciso fazer uma formação para perceber que a operação é importante e que vale a pena? Ainda agora?! 
Sim, sabemos que os parceiros económicos fazem muitos estudos, nomeiam comissões para escalpelizar os problemas...
...Ponham o raio de um navio de passageiros a navegar para o Continente! Não há mais estudos nem comissões para inventar!
Estaremos atentos ao que farão ou não farão as novas autoridades regionais nessa matéria, que não pode ser diferente do que foi prometido nas campanhas eleitorais.
Alô presidente Miguel, alô número dois Sérgio!
Adiar, adiar com explicações gagas... não se cansem. Estamos fartos de nos enrolarem num círculo vicioso que é capaz de esticar até rebentar, um dia.

13 comentários:

Anónimo disse...

Sérgio tá lá metido até aos dentes...Ele não foi lá dar o seu ponto de vista? Encolheu-se agora?

Anónimo disse...

Esta menina é filha do célebre Pedra dos Portos, conhecem os socios? derepente surge diversos interessados na linha. Presidente do GR cuide-se pois ainda vão vendê-lo.

Anónimo disse...

Um assunto para injectar no programa "xarope madeira" (barómetro madeira) com o engInheiro químico Caldeira e o dono disto tudo Sousa. Ah povo enganado...

Anónimo disse...

Cristina Pedra fez o seu papel: o de "ponta de lança" do grupo Sousa.
A tal relação custo-benefício a ser estudada prende-se com o transporte de carga rolante no ferry.
E isso beliscaria os interesses do maior operador marítimo.
Que ninguém tenha dúvidas, se a operação fosse lucrativas, por subvenções estatais ou de fundos comunitários, já tínhamos "os do costume" com um navio recalchutado proveniente de uma Grécia falida ou dos países nórdicos

Anónimo disse...

Desculpe a ousadia, uma achega que julgo pertinente. Muito obrigado, Chien Jardim.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=368892283299087&set=a.110634335791551.1073741825.100005349551480&type=1&theater

paulo disse...

O partido mais votado foi o PSD, o povo assim quis, com uma ou outra cara diferente, os abutres seram os mesmos!
O povo despachou o AJJ, colocou no poder o monarca, no condicao de tudo ficar na mesma, o Madeirense e assim que fazer, siga a festa.

Anónimo disse...

Sérgio Marques está a ser uma desilusão. Mantém diretores que muitos suspeitam que são corruptos. Esses diretores conhecem as obras, os processos, as pessoas envolvidas, o Arquivo e talvez até a lei. O que é que o Sérgio Marques tem para não ser enganado por eles? Nada! No máximo tem a capacidade de ler e concordar com as opiniões publicadas neste blog.
Quase que aposto que Sérgio Marques nem sequer telefonou para o Expediente para saber se os Serviços que dirige estão a receber cartas da PJ.
Será que ele percebe que seu futuro politico é enterrado se algum dos seus diretores for detido?

Anónimo disse...



O custo benefício da Pedra é o seguinte: os custos são para os indígenas os benefícios não sei para quem são, talvez Ela saiba explicar .Uma coisa é certa o ilhéu paga o transporte mais caro do Mundo ......A culpa é do AJJ .!

Cidadão Informado disse...

O problema nem é o transporte de passageiros, isso é apenas usado como bode expiatório. O problema aqui prende-se com o transporte de carga porque é nesse sector que há realmente concorrência. E quem é que domina o sector de transporte de carga marítima? O grupo Sousa.

Depois, há a questão da descarga na Pontinha. Uma coisa é descarregar no Caniçal, outra será descarregar no Funchal. Ficam mais próximos do centro, deixam de utilizar o armazém que o Grupo Sousa abriu, é uma situação de lose-lose.

Fosse apenas o transporte de passageiros em causa, estava resolvido. Não é e, por isso, vai demorar mais algum tempo a ser resolvido. O Grupo Sousa quererá ser ressarcido dos investimentos que fez, com o porto de carga no Caniçal, é menos verba que entra.

Não tenhamos dúvidas, assim que o Armas, ou outro armador, passe a transportar passageiros e carga, pelo porto do Funchal, os empresários, as pessoas em nome individual, vão preferir este meio, ao invés o do Caniçal, pelo Grupo Sousa. Desde logo, está em causa o.. preço. É mais barato pelo armador Armas, ou outro qualquer, que pelo Grupo Sousa.

Ainda está também a discussão, o preço das taxas a pagar. Ora, todos sabemos que o Porto do Funchal pratica das mais altas taxas portuárias e isto é um problema para qualquer que seja o armador escolhido. Este ponto é sensível, baixam ou não as taxas para ter esta linha? Há fundamento para isto? Contribuirá ou não para a economia madeirense? É isto que é preciso pensar e ponderar. Se o Governo pode baixar nas taxas e ganhar no IVA, por exemplo, então é de fazer negócio. Isto traz benefícios para os cidadãos, logo, nem se devia hesitar tanto.

O cidadão devia estar sempre acima do grupo empresarial, sempre. Pena que isso cá não acontece, demasiados interesses instalados e não esqueçamos quem patrocinou esta ascensão do Miguel ao poder.

Anónimo disse...





Dr. Calisto , fiquei confuso, gostava que me explicasse : o que fazia a Ministra da Pecuária em Santana , acompanhada pelas chefias do PP Madeira? Qual o papel do Secretário das Pescas ? A reunião foi partidária ou politica? Se souber explique-me?

Luís Calisto disse...

Caro Comentador das 11.21: tirou-me a palavra da boca. Estou a tratar de fazer formalmente essa pergunta ao Dr. Ricardo Vieira, através do Fénix. Também fiquei perplexo com a iniciativa governo-partidária em que meteram Assunção Cristas.

Anónimo disse...

A relação custo/benefício da Dra. Pedra, traduz-se em termos simples de uma forma: quanto é que o estado (governo da república ou regional) está disposto a pagar a quem quiser ficar com a operação ferry.
É evidente que a componente transporte de passageiros será deficitária na maior parte do ano. Só no verão poderá ter impacto positivo.
Ponham o ferry a fazer ligação com Lisboa, Setúbal ou até Sines, alterando as regras que vigoraram anteriormente para o transporte de mercadorias com o Armas. Deixem cair a questão da carga rodada, permitam o transporte de contentores sem trela, de automóveis novos por matricular dirigidos aos concessionários (colocados na origem por camião reboque e retirados à chegada pelo mesmo meio), etc,etc. Verão o custo do transporte de mercadorias baixar.
É certo que o custo de operação de um ferry é superior ao de um mono-casco de mercadorias. Transporta passageiros, logo obriga a mais pessoal, por lei obriga a dois motores contra apenas um, logo maior custo em combustível. Mas o maior problema é que o sucesso do transporte de mercadorias no ferry, será o insucesso do transporte de mercadorias nos mono-casco. Quem é que fica a perder ?
Daí a pergunta da Dra. Pedra. Quanto é que estão dispostos a pagar. Mesmo ganhando menos, é melhor do que não ganhar ou até
perder.
Porque o que não falta neste mundo são ferry's para vender ou alugar. De todos os tamanhos, para os interessados !

Anónimo disse...

Se é assim tão célebre,deve ser pelas aldrabices e roubos que sempre cometeu