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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Politicando



CHEFE REGRESSA, EXPLICA VIAGEM DE TRABALHO E DESARMA DETRACTORES



Ditosa Região que tal malacueco tem. Os espertalhões da tabanca falaram, falaram, e afinal o homem andou no meio dos lapões à procura do Pai Natal e a tratar de 'economia legal' nas reuniões de Dubrovnik


Obviamente, esta foto é de arquivo (presidência). O encontro na Lapónia com o Pai Natal foi vedada a repórteres de imagem. 


Não há dúvidas de que o pretenso doutor das Angústias viajou por essa Europa quase duas semanas no mais descontraído gozo de 'balda' presidencial.

Obviamente que, mais uma vez, sua excelência desatou a voar por aí além com as despesas todas pagas, por conta de dinheiros públicos - e mesmo que a Europa contribua na 'vaquinha' para cobrir o passeio, no fundo somos todos nós a pagar.

Não há discussão quanto à frieza do rei das Angústias quando resolve encomendar um programa turístico com voos em classe executiva, hotéis de 5 estrelas e mesa e cama do melhor que existe, sabendo que deixa nas ilhas conterrâneos à fome, no desemprego, na pobreza envergonhada e rendidos à maldita emigração.

Mais do que certo é que tal indivíduo, que por azar caiu em rifa indesejável a duas ou três gerações de madeirenses, festeja por essas europas lá com as companhias que leva, se é que leva, amigos ou amigas, e troça quantos cá na tabanca ainda têm trabalho para lhe pagar as extravagâncias de quarta idade.

Mais do que certo ainda é o gozo dele ao construir a nota informativa da presidência do governo que dá conta - evidentemente 'a posteriori' - das suas andanças consideradas, pelos bonecos que ele despeja diariamente no JM, 'visita de trabalho oficial'.



Se se diverte, parabéns, mas que não seja com dinheiro do povo que ele arrastou à desgraça!


Ora, ninguém - muito menos nós - deve arrogar-se o direito de questionar a vida que o homem faça, cá na ilhota ou lá fora. Pelo contrário, ele merece os mais efusivos parabéns se por acaso se diverte em todos os momentos dos roteiros turísticos que o levam para longe (felizmente) quase todos os meses. Parabéns, sim senhor, mas se for com o seu dinheiro, e não às custas de uns desgraçados que perderam subsídio de férias e de Natal e descontam na reforma para um sujeito de tal quilate andar a passear e a troçar da plebe, como o tal rei que só tem um olho.

No comunicado provavelmente parido no avião, para ser difundido à chegada, o homem escrevinha sobre ele próprio: "O Presidente do Governo Regional da Madeira, na semana passada, participou numa reunião da Comissão de Recursos Naturais do Comité das Regiões, da qual é membro, que decorreu na cidade de Rovaniemi, Finlândia."
E que faz ele a seguir? Larga uma gargalhada na executiva, onde prepara o comunicado com aquela letra de meio metro, abate meio uísque do aperitivo para a refeição quente a que a classe dá direito, e diz para o lado: "O que tenho de passar para entreter aquelas tonteiras da tribo!"


Mandar bugiar os ignorantes
Como o voo de regresso à Madeira é azul e o charuto tem de ficar apagado, o homem mordisca sabemos lá o quê e vai escrevinhando: "Na ordem de trabalhos, o Fundo Europeu para os Assuntos Marítimos e Pescas, os mecanismos de Protecção Civil na União Europeia e o desenvolvimento de uma estratégia marítima para a região atlântica." Nova gargalhada: "Isto é suficientemente ambíguo para aquelas nódoas ficarem na mesma. Região atlântica? Podem perguntar que região é esta. Mas deixa ficar assim, chamo-os ignorantes, mando-os bugiar e lá vão eles todos contentes."

Atacado pelo riso, ele a custo raciocina: "Preciso de complicar mais o comunicado. Ora, como posso...? Isso, vamos falar de qualquer coisa como 'desafios do envelhecimento activo nas zonas de fraca densidade populacional' e 'cuidados de saúde e assistência social transfronteiriça', acho que era disso que a ordem de trabalhos falava."


Paga, povo superior!

Nova risada prolongada. "Ahn? Assistência social transfronteiriça?! Venham agora os comunas dizer que não precisamos de prestar atenção às fronteiras da Madeira! Ah ah ah!"
E tomem com mais esta: "Decorreram visitas de trabalho ao Instituto de Investigação e Educação para o Turismo da Lapónia, bem como aos cuidados geriátricos e à rede de reabilitação do Hospital Central da Lapónia."

Ele, que do apelidado 'melhor sistema de saúde mundial' (e talvez dos arredores) fez a desgraça que temos na Cruz de Carvalho e dependências baldias, ei-lo a visitar unidades de cuidados geriátricos! Para não falar na investigação e educação para o turismo da Lapónia, porque aí podia o homem dar aulas aos lapões, se por acaso eles pretendem fechar hotéis e similares para arruinar o sector enquanto o diabo esfrega um olho.

Gozo supremo deve ter posto o homem das Angústias em êxtase ao descrever os temas de uma tal reunião na cidade croata de Dubrovnik. Ele meteu esses temas no comunicado publicado há pouco, depois do seu regresso à quinta que este povo superior lhe deu há 34 anos: 'desenvolvimento da capacidade administrativa aos níveis regional e local'; 'transparência e obrigação de informar'; 'nova estratégia para o financiamento da acção externa da União Europeia'; 'protecção da economia legal'.
Como não sabemos em que área dessas é mais desastrado e incompetente o quase doutor das Angústias (não é advogado porque não fez estágio), imaginamos o que ele, consciente dessa realidade, não esmoreceu de riso ao 'esgalhar' esssas linhas do comunicado!


O povo superior que, por acaso, passar os olhos no comunicado, é capaz de comentar: "E andaram estes maldizentes a criticar durante duas semanas a viagem do homem, que afinal andava tratando de assuntos nossos lá fora!"

Pois bem, povo superior: já agora, é ficarem todos à espera dos resultados para a Madeira desta viagem que eles, eles,  fizeram à terra do Pai Natal e a outros pólos turísticos.
Ele vem superpreparado para dizimar o desemprego, a pobreza e a fome.
Para já, o chefe, com o comunicado que pôs a circular sobre a 'viagem de trabalho', mostrou ter aprendido a 'transparência e a obrigação de informar'.
Fê-lo 'a posteriori', depois de passados os factos, mas o povo superior é compreensivo.

Paguem e não discutam!


2 comentários:

jorge figueira disse...

ARREPENDIDO por não ter obtido a confissão do Pai Natal (grande responsável por trinta anos de prendas no sapatinho facto de que s.exa. não tem culpa nenhuma) domingo pedirá perdão ao Altíssimo pelo insucesso. Coisa que nele é difícil se não impossível. Patas rapadas pagai a conta para expiardes os vossos pecados neste mundo.

Anónimo disse...

Foi à Lapónia e não montou a rena (pelo menos não há registo disso)?!?

É como ir às Galapagos e não montar uma tartaruga, ou como viver na parvonia e não comer anona, ou como ter barco e não atracar na marina!!