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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cultura, Culturas



Prof. Raimundo vence 'Prémio Quercus 2012"


O Dr. Raimundo Quintal, que honra e valoriza o 'Fénix do Atlântico' publicando assiduamente reportagens normalmente versando questões ambientais, muito apreciadas pelos nossos Leitores, acaba de ser declarado vencedor do 'Prémio Quercus 2012'.
A notícia foi avançada pouco tempo atrás no TJ da RTP-Madeira.
Pelo importante e merecidíssimo galardão, atribuído por aquela prestigiada instituição que também luta pela defesa do Ambiente, felicitamos efusivamente o Dr. Raimundo.
Fazemos votos para que os Leitores continuem a contar com os importantes trabalhos referidos.
 

Eleições no PPD-Madeira



OS ARTIGALHOS DE SUA EXCELÊNCIA: UM IMPAGÁVEL PAGODE 





Cada cabeça sua sentença: rei da tabanca diz no ex-JM de hoje que este processo de eleições internas é "o período mais triste da história do PSD-Madeira"; e nós a julgarmos que este é o primeiro período interessante daquela fábrica de festas!  
Triste para ele, certamente, que julgava chegar ao fim da carreira sem adversário no ninho de víboras da Rua dos Netos.
Para o ano há autárquicas. Se ele chegar lá no cargo de líder do seu partido, coisa já não tão certa assim, ainda terá mais surpresas para o consumir.


Para encerrar a sua campanha eleitoral interna, muitíssimo mais suada e nervosa do que contava, o rei das Angústias escreve hoje nova peça humorística no seu 'jornal de campanha', ex-JM, a que chama "Concluindo". De facto, este artigalho conclui outros 30 que publicou em Outubro no jornal pago por todos nós.
Nesses 30 arrazoados, o sujeito insultou quantos não dizem 'sim senhor' às suas patacoadas. Fê-lo utilizando nomes vulgares entre a mais baixa ralé, com inspiração - pomos 'o pescoço no picadeiro' - nas reflexões que faz diante do espelho. Pega nos seus defeitos e erros e aplica-os indiscriminadamente aos outros.

Hoje, o homem trata de recapitular muitas das acusações que fez à candidatura rival, nos últimos meses, utilizando a máquina do partido e o próprio governo.
 
Na explanação das diferenças que entende haver entre as duas candidaturas, chefe refere-se à sua ala como a dos "autonomistas social-democratas".
Infelizmente, desde cedo perdeu a noção de que em causa devia estar era a autonomia da Madeira, e não a dos social-democratas.
 
Outra diferença: "os nossos valores e princípios contra o relativismo deles."
"Valores e princípios", o chefe da tabanca a dizer! O descaramento ao menos dispõe bem.
 
Seguem-se as 'nossas' - dele - causas. Para começar, o primado da pessoa humana.
Ele, que passou a carreira política perseguindo e enxovalhando quem ousasse pensar diferente, preocupado agora com a pessoa humana. Só se for a sua pessoa. 
Mais 'trunfos' que o distinguem:
Autonomia evolutiva.
Como se sabe, a autonomia dele evoluiu rapidamente para a morte. Temos um governo que não tem nada para governar, porque os homens de Gaspar fazem o trabalho. E temos um Ventura Garcês que é o único titular de uma pasta de finanças da História do mundo proibido de mexer em dinheiro!
Autonomia evolutiva isto, diz sua excelência.
 
Desenvolvimento integral, aponta o homem. Desenvolvimento integralmente de alcatrão - e hoje não há verba sequer para remendar estradas e 'furados'.
 
Criação de emprego.
Incrível desfaçatez. Que lhe respondam os 23 mil colocados fora de actividade pela política desvairada que ele instalou na Região.
 
Pluralismo na comunicação social.
Bom, aqui precisámos de um intervalo porque a piada é de rebolar às gargalhadas.
 
"Eles mentiram, atribuindo-me a intenção de expulsar alguém do partido", escreve o homem.
Nova gargalhada. Saiu-lhe ao contrário tal ameaça e, como sempre que comete erros de palmatória, trata de endossar aos outros as responsabilidades que lhe cabem.
Ameaçou de expulsar (Miguel Albuquerque) sim senhor, e mais de uma vez.
A prova disso está no próprio texto de hoje.
Ele diz que será passada uma esponja logo no dia 3, mas desbobina o seguinte: "Só não poderão continuar no PSD-M aqueles que persistem em destruir o partido por dentro."
Ora, quem é o juiz que decide se um sujeito quer destruir o partido? Ele, o monarca. E que tem dito o monarca sobre o rival? Que quer destruir o partido por dentro. Logo, ele está com ideias de fazer força para expulsar Miguel. E sabe-se que, quando o chefe quer, uma criatura é presa por ter cão ou por não ter...
Mas é injusto. Mesmo que Miguel quisesse destruir aquilo, não poderia, porque já não existe nada inteiro no ninho de víboras dos Netos. Escaqueiraram até um certo dinamismo alimentado por quem procurava tacho. As coisas mudaram e até os jagunços estão fartos do chefe.
Não demora nada que o perceberá na prática.
 
O texto ataca, como de costume, os elitistas.
O que ele visa são as pessoas que ele queimou em duas gerações, aqueles que lhe podiam fazer sombra. Ele quer é bases, das que se contentam com um espeto de carne e um bolo do caco. Assim como inclui na comissão política e no governo apenas bons rapazes que nem sequer gostam de se meter em política.
E se alguma vez falam em política é depois de ouvirem a posição de cima.
 
Chefe reclama para si um republicanismo constrastante com a facção do rival, que diz monárquica.
Republicano? Com a ira escatológica que dedica à I República, aquela que derrubou 7 séculos de monarquia? Hum...
 
E, claro, chefe distingue-se do adversário por constituir um obstáculo à maçonaria que pretende assaltar o PSD-M. Uma pessoa parece que estala de riso, só de ouvir esta baboseira delirante. Há 30 anos que ele agita o papão da maçonaria e nunca alguém viu sombra de alguém dessas sociedades secretas com a menor influência cá na tabanca. Bom, os fantasmas são invisíveis...
Para se fazer importante, ele cria inimigos importantes - e já chegou à Trilateral, a Bush... que nem sequer fazem ideia de quem seja este feiticeiro da tabanca nem da banda desenhada.
O senhor leu um livreco sobre aqueles movimentos e interiorizou naquela desequilibrada cabeça que andam a perseguir a Madeira.
Ironizamos. A leitura do livreco deu-lhe foi para tentar ser falado, a ver se alguém lhe respondia. Três décadas depois, nada. E ele insiste em não largar o avental.
 
Mais uma vez, afirma no texto de hoje que tem mais 3 anos e tal de mandato pela frente e portanto não faz sentido sair.
Pois agora é que faz todo o sentido recolher à Pedro José de Ornelas. Não está a cumprir programa votado nas eleições, porque em vigor está o programa da troika, e o remédio é fazer novas eleições. Não foi isso que alegou em 2007?
 
Enfim, estão à porta as eleições do Dia de Fiéis Defuntos, que se pode transformar em Dia dos Infiéis Defuntos.
Chefe treme.
Independentemente dos resultados, um recorde já perdeu: o de chegar ao fim da carreira sem ninguém lhe fazer frente dentro do PPD.
Acabou-se o unanimismo que ele só não azucrina quando se trata dele próprio. Não acontece mais ser eleito líder por 99% (o 1% era de algum militante já com um grão na asa e que inutilizou o voto).
 
Isto é dentro do seu partido. Devia era sair por aí abaixo e sentir as ganinhas da sociedade para lhe oferecer um bilhete expresso. Ida.
 

Lusitânia ao Vivo



ORÇAMENTO PASSOU

Guilherme Silva, sem intervir hoje, conseguiu assinar 'o momento de humor'



Tal como se previa, o Orçamento do Estado para 2013 recebeu aprovação da maioria na Assembleia da República. Há minutos.
PSD e PP votaram a favor, a oposição contra. O deputado popular madeirense Rui Barreto também votou contra, conforme anunciado. E enfrentando as ameaças de processo disciplinar no PP nacional com 'direito' a expulsão.
José Manuel Rodrigues furtou-se à situação deixando a Rui Barreto esse presente envenenado?
É uma graça que se diz, que diacho, Amigo Zé.
Mas o melhor humor foi o de Guilherme Silva. Depois de tantas e tão exacerbadas críticas do PPD-M ao governo de Passos Coelho, também pela boca do pré-histórico deputado, este pediu a palavra no plenário após ter votado favoravelmente o Orçamento... para anunciar uma declaração de voto!
Gargalhada em São Bento.
Aquilo é que é uma coragem!
 

Madeira ao Vivo



Mobilização geral




As lutas por melhores condições de vida continuam e todos os meios são usados para as divulgar. No caso, a própria estátua de Sá Carneiro, na baixa, ostenta um cartaz com apelos à mobilização.
Ao lado, acontece o mesmo com o monumento ao trabalhador, mas aí já se aceita o caso como normal. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Madeira ao Vivo




DINHEIRO QUE O MAR LEVA
 
Não sou bruxo, muito menos arauto das desgraças ou borda de água, como maldosamente os responsáveis pelo desgoverno político, económico e ecológico da Madeira insistentemente me têm apelidado. Apenas e tão só, estudo há muitos anos as leis da Natureza e esforço-me por interpretar o funcionamento dos ecossistemas destas ilhas atlânticas.
E foi à luz dessa interpretação, que ontem terminei a nota intitulada “Madeira – porta aviões à deriva no Atlântico”, com o seguinte parágrafo:
Entretanto, as retroescavadoras e os camiões continuam, a um ritmo alucinante, atirando terra e pedra para o mar, que, provavelmente, amanhã voltará a intervir na empreitada.
Neste momento não tenho vontade de voltar a escrever sobre a Baía do Funchal. Peço-vos que comparem as fotografias que hoje vos envio com as de ontem.
Até quando um povo, corroído pelo desemprego e pela fome, vai continuar resignado?
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
 
 




 

Madeira ao Vivo




Manobras difíceis
 

As operações esta manhã no porto do Funchal exigiram muitos cuidados, devido à ondulação e ao vento - conforme as imagens documentam.



 




Madeira ao Vivo


 
MADEIRA - porta aviões à deriva no Atlântico





Escrevi na semana passada que a Madeira me parecia um porta aviões à deriva no Atlântico. O comandante continua a gritar e a gesticular, sem consciência de que perdeu o poder de fogo e que a tripulação já está à fome. A situação agrava-se a cada dia que passa perante a resignação dos esfomeados, a inação do chefe supremo das forças armadas de Portugal e o olhar hipócrita dos comissários europeus.
Desde 11 de Setembro a Avenida do Mar, no Funchal, está vedada para impedir que os indígenas e os turistas observem livremente a loucura que para ali vai. São camiões atrás de camiões a transportar terra, areia, cascalheira e blocos rochosos para construir uns pontões, já duas vezes destruídos pela ondulação.
Os pontões em causa têm por objetivo criar novas praias artificiais até à Fortaleza de São Tiago. Mais. O aterro criado após as cheias de 20 de Fevereiro de 2010 já foi parcialmente esvaziado e os materiais transportados para os tais pontões e para um novo aterro a leste da Ribeira de João Gomes. O que é que isto vai diminuir os riscos das cheias repentinas das ribeiras?
Porque no depósito de inertes junto ao cais não há blocos rochosos em quantidade e volumetria suficientes para proteger os pontões e as projetadas praias, então já começou uma correria de camiões transportando grandes blocos de basalto da Ribeira Grande de Santo António. Só depois de retirados muitos milhares de metros cúbicos de pedra e da ribeira ficar transformada numa perigosa pista para os caudais lamacentos, é que começarão a construir os açudes para retenção de materiais. Em que é que isto aumenta a segurança do Funchal e dos funchalenses?
As empreitadas com o objetivo de unir os troços finais das ribeiras de João Gomes e Santa Luzia, de desmantelar o aterro e preparar a construção dum cais para navios de cruzeiro, de construir e reconstruir pontões para praias artificiais, começaram a 11 de Setembro com dinheiro da Lei de Meios.
Já muita terra e pedra tinha sido levada pelo mar, quando surgiram indícios que esta loucura também seria financiada pelo QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) 2007-2013 (http://www.povt.qren.pt/tempfiles/Convite_POVT_eIV_%20RAM_final_28_set_12.pdf).
E como na União Europeia as empreitadas têm de ser feitas com programação e muita transparência, o Governo Regional encomendou já este mês à empresa de consultoria QUATERNAIRE, por 24.500€, um estudo sobre o custo / benefício (Diário de Notícias – 27.10.12) das obras iniciadas há mais de um mês com dinheiro da Lei de Meios, mas que devido às sucessivas intromissões do Atlântico vão necessitar de dinheiro do QREN.
É provável que os técnicos da QUATERNAIRE tenham uma visão da interação ribeiras / baía do Funchal diferente da minha e demonstrem que os 80.000.000€ do QREN são fundamentais para manter o porta aviões “MADEIRA” à deriva mais dois anos.
Entretanto, as retroescavadoras e os camiões continuam, a um ritmo alucinante, atirando terra e pedra para o mar, que, provavelmente, amanhã voltará a intervir na empreitada.
               
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
 
Baía do Funchal


Baía do Funchal


Baía do Funchal


Ribeira Grande - Santo António


Baía do Funchal


Baía do Funchal


Avenida do Mar
 

sábado, 27 de outubro de 2012

Cultura, Culturas



MAIS 600 PLANTAS


Cabeço da Lenha.



Trinta e dois voluntários da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal estiveram hoje empenhados na erradicação de plantas invasoras – giesta (Cytisus scoparius) e tojo (Ulex europaeus) – e na plantação de espécies indígenas da Madeira no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha, na Achada Grande e no Pico do Areeiro.
Ao fim do dia, no maciço montanhoso central da ilha da Madeira ficaram cuidadosamente colocadas no solo mais de 600 plantas, de sete espécies indígenas: - loureiro (Laurus novocanariensis); sabugueiro (Sambucus lanceolata); massaroco (Echium candicans); piorno (Teline maderensis); goivo-da-serra (Erysimum bicolor); cabreira (Phyllis nobla); aipo-do-gado (Melanoselinum decipiens).
A chuva, prevista para os próximos dias, encarregar-se-á de ajudar as jovens plantas, vindas do viveiro da Associação, a adaptar-se à sua casa definitiva.
A próxima plantação está programada para 10 de Novembro.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
 
 
Cabeço da Lenha.

Cabeço da Lenha.

Cabeço da Lenha.

Cabeço da Lenha.

Cabeço da Lenha.

Cabeço da Lenha.

Achada Grande.

Achada Grande.

Pico do Areeiro.

Pico do Areeiro.
 

Madeira ao Vivo


Gaspar tem 10 agentes a fiscalizar a tabanca?
 
 

Quem nos transmitiu a informação anda por dentro da matéria. Mas fazemos um grande esforço para não acreditar. Queremos que seja mentira.
Victor Gaspar mandou à Madeira 10 agentes para impedirem os desterradeiros do jardineirismo de fazerem mais broncas financeiras?
Ao que nos asseguram, os cavalheiros das Finanças já estiveram a ver papelada no Hospital, em serviços da Educação... E não se trata daquelas visitas de rotina!
Será mesmo verdade?
Queremos crer que não. Pois se os fulanos da governança não se cansam de cantar loas à Autonomia da Madeira!
Triste gente, alapada à rocha com apoio dos patas rapadas!
 


Comentários sabotados

Em mais uma situação estranha cá no 'Fénix do Atlântico', estamos praticamente impossibilitados de publicar os comentários enviados pelos Leitores.
Procedemos correctamente no accionar das mensagens, porém elas não aparecem na página.
Curioso. Só conseguimos fazer passar um comentário lá de quando em vez...
Embora sem 'culpas no cartório', pedimos desculpa aos Leitores.
 
Pior ainda é bloquearem-nos o blogue, como aconteceu já várias vezes.

E isto para não falarmos sequer da peça com uns 15 mil caracteres que se eclipsaram ontem quando escrevíamos directamente na página de texto... 
 

Política das Angústias / SÁBADO



EX-JM MARGINALIZA 2 GOVERNANTES

Ou será chefe Jardim a indiciar remodelação?
 
Primeira Página do Jornal da Madeira
 
Sentimos hoje a inalienável obrigação de confrontar com algumas dúvidas os comissários destacados no antigo 'Jornal da Madeira', transformado em 'jornal de campanha' de chefe das Angústias.
Vamos directamente ao assunto, supondo, numa primeira abordagem, que sua excelência não deu atenção cabal ao serviço na redacção, ontem.
Falamos na condição de accionista da empresa, contribuinte que somos com os impostos em dia.
 
Senhores comissários do PPD no ex-JM: que primeira página é esta que nos apresentam neste sábado? É que o governo está quase todo escarrapachado ali com fotografias e tudo.
Grande chefe aparece em vários títulos.
O vice Cunha e Silva lá está, sorridente, relevando a 'qualidade' em que o governo apostou (e que não se vê, pelo menos a olho nu).
Conceição Estudante, com ar sério, refere qualquer coisa do 'dengue', embora jamais tenha ouvido falar dessa fantasia.
Ventura Garcês, o único titular do mundo de uma pasta de finanças proibido de mexer em dinheiro, aparece em manchete na sua tradicional pose de fluente orador, a garantir que 'o Plano [de Ajustamento] está a ser cumprido", julgando nós que ali está uma pequena gralha - puseram lá 'cumprido' em vez de 'comprido'.
Manuel António Correia não falta, numa foto dominada por ele e pelo seu chefe.
É aqui que, enquanto accionista, confrontamos os comissários do ex-JM: que critério é esse de se encher uma primeira página com o chefe do desgoverno, o vice, a secretária do Turismo, o secretário das Finanças e o secretário do Ambiente? Onde estão Jardim Ramos e Jaime Freitas, da Saúde e da Educação?
Os senhores discriminam, queimando uns e promovendo outros, e depois atacam os analistas que especulam sobre a sucessão!
 
Isto a considerar que sua excelência se baldou um pouco ao serviço da redacção, a pretexto de um compromisso oficial, esta sexta-feira.
Conforme a devida divulgação, chefe deslocou-se ontem ao Caniço, onde acusou a classe política nacional de recear dar "saltos audaciosos". Uma crítica pertinente sobretudo pelo exemplo que o homem dava na ocasião, inaugurando audaciosamente um poio para fruta e flores na simpática localidade.
Agora, se estamos enganados e afinal o chefe regressou ao Funchal a tempo (a idade não permite aquelas boémias das antigas inaugurações com pousada marcada para curar a ressaca), se o homem veio trabalhar na edição para hoje, o alcance daquela primeira página, sendo idealizada por ele, é mais profundo, tem um peso a ponderar.
Reservar três títulos para si próprio na frente nada tem de especial, porque se tornou corriqueiro. É questão de se variar - como hoje. Um título fala em 'Jardim', outro no 'líder do PSD-M' e o terceiro no 'presidente do governo'.
Já dirigir o foco para o vice e alguns secretários, deixando fora Jardim Ramos e Jaime Freitas, pode constituir um sinal para que ambos os marginalizados se preparem para a remodelação do mês que vem, se o chefe conseguir vencer Albuquerque no Dia dos Fiéis e dos Infiéis Defuntos.
 
A edição de hoje do ex-JM acaba por resultar também numa lição para Jaime Ramos, que no 'Madeira Livre' é um custo para falar em nomes do partido. Aquilo são notícias de Jardim e do próprio secretário-geral, e os outros que se contentem se crescer espaço.
O ex-JM deste sábado é essa lição porque, além da primeira página em que só entra desgoverno, a página 2 mete militantes numa sala em diálogo com o líder. Recorde-se que, no PPD, dialogar com Jardim é ouvi-lo falar.
Na página 3, há uma relativa mudança de actores, já que o chefe aparece de novo nas peças de cima a baixo, com 2 fotos, mas na qualidade de presidente do governo.
As páginas 4 e 5, normalmente ocupadas por aqueles enchidos sacados ao frigorífico para mostrar serviço, vão outra vez para a seita da maioria - Conceição e TSD na 4, Manuel António e Jaime Freitas (aleluia!) na 5, com o contrapeso Rui Moisés, de Santana, a dizer que precisa de falar com a ministra Assunção Cristas (esperemos que a espevitada moça do PP leia o ex-JM).
6 e 7, secção de opinião, dominada evidentemente pelo folhetim eleitoral do chefe, já no episódio n.º 27. Uma história de cordel insultando e apontando defeitos a tudo e todos que o homem escreve, pomos o pescoço no picadeiro, à frente do espelho.
Na página 8 aparece então Jaime Freitas, a solo, referindo-se também a uma invisível "Educação de qualidade". Página essa em que o MPT se manifesta em meia dúzia de linhas a uma coluna e Jaime Leandro do PS é esmagado ao fundo, sob o peso do enorme espaço oferecido ao secretário da Educação.
Folheamos a caminho da 9, e damos de caras com vice João, nosso Amigo pessoal, a dar ênfase às jornadas da Qualidade, o que acende um farol de esperança pelo menos a metade dos sem-abrigo funchalenses, desempregados e pobres que crescem a galope nesta fase da crise.
Nem de propósito a pegar na deixa, surge-nos na página 11 o das 4 Fontes a pregar 'optimismo na evangelização', o que dá muito alento à outra metade dos que apontámos atrás. Mas é página para virar a todo o vapor, por causa do cheiro a incenso deteriorado e pegajoso.
 
Seguem-se, em mais esta bem-aventurada edição, o Desporto, os anúncios a preços da troika e os funerais.
Mais páginas para trás e chega-se à  penúltima, que os criativos do ex-JM chamam 'penúltima'. Neste caso, umas fotos sociais com os intérpretes da câmara laranja de Câmara de Lobos.
Para fecho com chave de ouro, o jornal apresenta Garcês na última página em conferência de imprensa, acusando o 'cumprimento' das medidas do Plano - nova gralha, porque se trata de 'comprimento', como já dissemos.
A surpresa agradável aparece nas duas derradeiras colunas: uma fotografia da primeira figura da Autonomia (agora que a estátua foi jogada no parque de máquinas do desgoverno), ou seja, o Dr. Miguel Mendonça, recebendo o embaixador da Geórgia.
Segundo a prosa do ex-JM, o diplomata estrangeiro "elogiou o parlamento e a Autonomia da Madeira".
O homem devia inteirar-se da realidade dos locais que visita, para evitar ridículos tão gritantes.
 
Não passamos de um só accionista do ex-JM, sem mandato dos outros contribuintes que pagam os 11 mil euros diários para manter o gratuito de 10 cêntimos. Mas achámos de deixar aqui um reparo à forma como os comissários e o próprio rei das Angústias fazem cada edição.
Se querem aumento, digam. Mas trabalhem de maneira a não dividir ainda mais o covil de víboras dos Netos e das Angústias.
 
AVISO - As páginas que reproduzimos a seguir não são recomendáveis a pessoas de estômago débil. Só as reproduzimos porque muitos cidadãos que se recusam a pegar no ex-JM nos acusam de delirar quando contamos o que vem naquelas edições. Aí fica tudo devidamente documentado. 
 
 
Página 2 - Tratamento igual aos dois candidatos no PPD, com a cobertura à campanha do grande chefe e uma pancada dos bonecos em Albuquerque para compensar a falta de meios de cobertura à campanha do pretendente.

Página 3 - Jardim exige mudanças em Bragança e Vila Viçosa, para resolver os problemas dos esfomeados sem-abrigo, desempregados e pobres da sua Madeira Nova.

Página 4 - Sumo de laranja bichosa por todos os lados.

Página 7 - Chefe confunde-se com o PPD, como se confunde com a Madeira. Depois de tantas tentativas de tratamento, é melhor não contrariar.

Página 8 - Jaime Freitas é recambiado para o interior, misturado com a oposição. Hum...

Vice João é raro sair do gabinete, mas, quando sai, é com qualidade, ao contrário da realidade que o rodeia.

Página 11 - Quanto mais depressa virar a folha de frei 4 Fontes, melhor.

Representação autárquica laranja na edição de hoje, fora Albuquerque no 'boca pequena'.

Quando começávamos a gostar da edição...
 

Madeira ao Vivo



Estátua da Autonomia está mesmo no Parque de Máquinas

A foto foi obtida a certa distância, mas vê-se a base da estátua.

Dissemos com alguma reserva que a triste e maltratada estátua da Autonomia, com a degradação que simboliza, foi atirada para o parque de máquinas do governo regional, na Cancela.
Depois de inaugurada na ex-rotunda do aeroporto, junto à cabeceira oeste da pista, ela foi transferida para junto da Casa da Luz, no Funchal. Agora, por causa das obras no calhau, deitaram-na lá para o meio dos escombros no aterro, onde ficou a jazer alguns dias. Para não agravar a imagem degradada, levaram-na lá para a Cancela, onde se encontra jogada para lá, no meio do chão.
Tal como a Autonomia propriamente dita, a estátua vale cada vez menos do que um chavo.
A nossa espionagem captou a imagem do 'boneco' lá no parque, entre dois camiões.
Haverá compadres e jagunços do regime com viagem marcada também para a Cancela?