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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O que vai na Praça



GOVERNO ADQUIRE TELEMÓVEIS TOPO DE GAMA EM TEMPO DE CRISE


Já todos sabemos quais os temas que dominam os antros da cavaqueira maldizente. Não, não são os azares dos clubes lusos pela Europa, já não são as peripécias do 'nacional de futebol'.
Crise, crise, aterro, crise, aterro, eleições no PPD, aterro, passeios de sua excelência o enorme UI, troika, Gaspar, aterro, sua excelência...
Claro que as histórias contadas à mesa do café têm credibilidade limitada. A única verdade segura é que elas, as conversas, são reais.

Se tudo falha nesta terra, logo a austeridade haveria de acertar!

Esta manhã de quarta-feira, antes de fugirmos da baixa funchalense em nome da saúde cerebral, ouvimos umas quantas historietas:

- O governo, sem dinheiro para luz, papel higiénico e sabão, requisitou 10 telemóveis topo de gama, última geração, cada qual custando mais de 700 euros.

- Em tempo de crise, com o desemprego a disparar lá para cima, o chefe dos hospitais não tem muito que se queixar, já que vê familiares seus entrarem em fila para trabalhar na Cruz de Carvalho.

- Fala-se em cortes financeiros, mas como é que pode haver cortes quando se extinguem duas ou três direcções para criar dez lugares de administrador?!

- O secretário do Ambiente quis dar o exemplo, cortando carros a quadros sob sua tutela. Para sermos mais precisos, o secretário quis dar a ideia de exemplo, e não praticá-la, já que afinal de contas apenas cortou um carro.

- O dito secretário e delfim do chefe das Angústias, Manuel António, é citado nos meandros do governo como o 'Milhãozinho', por ter como passatempo andar a prometer mais um milhão para a cenoura, mais um milhão para tanques de rega, mais um milhão para a cebola. Então como é que, em tempo de crise, ele pode...? Pois aí está o segredo: ele promete mas sem agravar o défice. Pura e simplesmente, os potenciais beneficiários ouvem falar dos milhões, vê-los é que não. Portanto, o 'Milhãozinho' continua com muito capital para... prometer.

- Há um nome sonante da praça que recebe 2 ou 3 mil euros mensais do governo sem nunca lá pôr os pés - nem na Secretaria do Ambiente nem na da Educação, para onde transitou. O seu trabalho é comparecer no Dia da Região a dar a cara no protocolo, recebendo suas excelências no relvado da Praça da Autonomia. A tal figura preenche o tempo ao serviço de uma entidade privada, cumprindo ordens de um tubarão do regime. E, quanto ao Dia da Região, talvez o referido sujeito se livre desse bocadinho de incómodo protocolar, já que a estátua da Autonomia, graças às obras obradas pelo chefe das Angústias, "jaz actualmente no meio dos escombros do aterro", ou seja, a Autonomia jaz "entre a maquinaria dos senhores que determinaram o seu fim", como diz noutra peça deste blogue o Dr. Raimundo Quintal.

4 comentários:

jorge figueira disse...

Já não se pode usar os pontos para comprar telemóveis? Com se possuem GRANDES PONTOS compram-se telemóveis última geração.

Luís Calisto disse...

Tem toda a razão, Doutor. Uns pontos daqueles merem tudo!

Anónimo disse...

Um pontos mereçem eles levar na testa pars não espatifarem o dinheiro do povo

Anónimo disse...

Será que tão a comprar sabendo que tão de saída e quem vier que pague?