Entretimento a fazer muralhas e muralhinhas
O mar só embraveceu um pouco, açulado pela ventania. Mas foi suficientemente explícito na mensagem sobre aquilo de que é capaz se continuarem a desprezar as suas forças, julgando-o velho.
Homens e máquinas em serviço no aterro nada puderam adiantar hoje daqueles projectos do presidencialato que ainda ninguém percebeu. Limitaram-se ao trabalho inopinado de pegar em rocha e montar uma defesa diante das fozes das ribeiras que eles querem unir.
Os crânios do projecto - sua excelência e seus comissários - não querem, para já, que o cidadão viaje de lancha pelo Pelourinho acima até ao Mercado e ao Campo da Barca.
"Cuidado que a preia-mar das 22.30 pode obrigar a trabalho extra", diz-nos entretanto um quadro experiente e estudioso destas matérias, que seria útil não apelidarem de borda d'água.
Esperemos que o pessimismo embata de encontro às rochas que as máquinas estão a juntar para defender aquele exposto bocado à frente da 'Casa da Luz'.
Mas, como diz o nosso especialista, todos os cuidados são poucos.
É que a chuva cai forte, como rezam as ribeiras... |
...a despejar lameiro até à Pontinha. |
Ali, naquele espaço onde morou a demitida estátua da Autonomia, operam camiões e, lá mais abaixo, as máquinas das 'enxutas e molhadas'. |
Tudo isto, claro, com a confusão gerada na antiga Avenida do Mar. |
Mais perto do cais, a maquinaria parou, com o mau tempo, a ver onde o caso vai dar. |
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