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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Madeira ao Vivo




Entretimento a fazer muralhas e muralhinhas


O mar só embraveceu um pouco, açulado pela ventania. Mas foi suficientemente explícito na mensagem sobre aquilo de que é capaz se continuarem a desprezar as suas forças, julgando-o velho.
Homens e máquinas em serviço no aterro nada puderam adiantar hoje daqueles projectos do presidencialato que ainda ninguém percebeu. Limitaram-se ao trabalho inopinado de pegar em rocha e montar uma defesa diante das fozes das ribeiras que eles querem unir.
Os crânios do projecto - sua excelência e seus comissários - não querem, para já, que o cidadão viaje de lancha pelo Pelourinho acima até ao Mercado e ao Campo da Barca.

"Cuidado que a preia-mar das 22.30 pode obrigar a trabalho extra", diz-nos entretanto um quadro experiente e estudioso destas matérias, que seria útil não apelidarem de borda d'água.
Esperemos que o pessimismo embata de encontro às rochas que as máquinas estão a juntar para defender aquele exposto bocado à frente da 'Casa da Luz'.
Mas, como diz o nosso especialista, todos os cuidados são poucos.


As atenções dos trabalhos estão voltadas para um paredão de rocha que detenha os ânimos do Atlântico. Dois dias de dinheiro da Lei de Meios para brincar, parafraseando o Prof. Raimundo, com 'enxutas para baixo, molhadas para cima'.

É que a chuva cai forte, como rezam as ribeiras...

...a despejar lameiro até à Pontinha.

Ali, naquele espaço onde morou a demitida estátua da Autonomia, operam camiões e, lá mais abaixo, as máquinas das 'enxutas e molhadas'.

Tudo isto, claro, com a confusão gerada na antiga Avenida do Mar.

Mais perto do cais, a maquinaria parou, com o mau tempo, a ver onde o caso vai dar.



No meio da refrega mar-terra-mar, uma estátua como que manda parar, não sabemos se dirigindo-se ao cruel oceano ou aos incompetentes que imaginaram entreter o povo com obras que não interessam a ninguém.



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