MOÇÃO DE JARDIM CONCRETIZA BLINDAGEM DO PPD PERANTE AS 'TRAIÇÕES': MENOS MILITANTES, MAS BONS
A moção com as estratégias de Jardim para, numa palavra, continuar à frente da governação da Madeira, consta do site da sua recandidatura à liderança do PPD. É daí que, uma vez que não nos foi enviado, transcrevemos na íntegra o texto redigido pelo 1.º subscritor, o próprio Jardim.
Ei-lo abaixo, no 'ler mais'.
MOÇÃO "REALIZAR A ESPERANÇA"
Alberto João Jardim
Índice
Índice
..............................................................................................................................................
1
CAPÍTULO
I
....................................................................................................................................
3
VALORES
........................................................................................................................................
3
CAPÍTULO
II
..................................................................................................................................
6
AS
RAZÕES
DO
PERCURSO
DA
AUTONOMIA
......................................................................
6
CAPÍTULO
III
..............................................................................................................................
13
QUE
SOLUÇÕES
PARA
A
CONJUNTURA
PRESENTE
........................................................
13
CAPÍTULO
IV
..............................................................................................................................
24
AS
MUDANÇAS
CONSTITUCIONAIS
NECESSÁRIAS
.........................................................
24
CAPÍTULO
V
...............................................................................................................................
36
MEDIDAS
A
DESENVOLVER
...................................................................................................
36
CAPITULO
VI
..............................................................................................................................
40
POLÍTICAS
CONCRETAS
ATÉ
OUTUBRO
2015
................................................................
40
1.
Assuntos
Europeus
.......................................................................................................................
40
2.
Finanças
e
Plano
............................................................................................................................
41
3.
Administração
Pública
................................................................................................................
42
4.
Administração
da
Justiça
...........................................................................................................
42
5.
Energia
.............................................................................................................................................
43
6.
Transportes
....................................................................................................................................
44
7.
Comércio
..........................................................................................................................................
45
8.
Indústria
..........................................................................................................................................
46
9.
Qualidade
........................................................................................................................................
47
10.
Empreendedorismo
...................................................................................................................
48
11.
Inovação
........................................................................................................................................
48
12.
Incentivos
e
Promoção
de
Condições
Favoráveis
ao
Investimento
e
à
Internacionalização
..........................................................................................................................
49
13.
Turismo
.........................................................................................................................................
50
2
14.
Agricultura
e
Desenvolvimento
Rural
................................................................................
52
15.
Assuntos
do
Mar
.........................................................................................................................
53
16.
Vinho
..............................................................................................................................................
54
17.
Artesanato
e
Bordado
...............................................................................................................
54
18.
Qualidade
do
Ambiente
............................................................................................................
54
19.
Florestas
........................................................................................................................................
55
20.
Parque
Natural
da
Madeira
/
Conservação
da
Natureza
e
Áreas
Protegidas
.........
55
21.
Urbanismo
....................................................................................................................................
56
22.
Litoral
.............................................................................................................................................
56
23.
Acessibilidades
Internas
..........................................................................................................
56
24.
Hidráulica
Torrencial
...............................................................................................................
57
25.
Edifícios
Públicos
.......................................................................................................................
59
26.
Água
................................................................................................................................................
59
27.
Saneamento
Básico
....................................................................................................................
60
28.
Resíduos
Sólidos
.........................................................................................................................
60
29.
O
Estado
Social
............................................................................................................................
61
30.
Emprego
........................................................................................................................................
61
31.
Habitação
......................................................................................................................................
61
32.
Saúde
..............................................................................................................................................
62
33.
Segurança
Social
.........................................................................................................................
62
34.
Educação
.......................................................................................................................................
63
35.
Qualificação
Profissional
.........................................................................................................
64
36.
Investigação,
Tecnologia
e
Comunicações
.........................................................................
64
37.
Desporto
........................................................................................................................................
65
38.
Juventude
......................................................................................................................................
65
39.
Trabalho
........................................................................................................................................
66
40.
Cultura
...........................................................................................................................................
66
41.
Comunidades
Madeirenses
e
Imigração
.............................................................................
68
CAPÍTULO
VII
............................................................................................................................
69
EM
DEFESA
DO
PSD/MADEIRA
............................................................................................
69
3
CAPÍTULO I
VALORES
Os
nossos Valores são inalteráveis, pelo que se transcreve o que propusemos
e
o XIII Congresso Regional aprovou em Abril 2010:
“A estrutura matriz do Partido Social Democrata da Madeira, os
nossos Valores
fundamentais, sintetizou-se sempre em três Pilares: Democracia,
Autonomia,
Socialização, com os conteúdos que os doze Congressos Regionais
anteriores Lhes
atribuíram.
Tudo ordenado em função do primado da Pessoa Humana cujo
processo de
realização é o Trabalho, ao qual se subordinam Capital, Natureza
e Técnica, visando
a concretização do Bem Comum através de um Desenvolvimento
Integral com justa
repartição da riqueza que for sendo assim criada.
Permitiram as escolhas certas nos momentos críticos e
consubstanciaram o
discernimento da élite política que, desses Princípios, soube
vanguardizar as
mudanças sociais, políticas, culturais e económicas no
arquipélago.
Constituíram as estruturas latentes que alicerçaram a nossa
Resistência, impedindo
que o PSD/Madeira fosse debilitado pelos inimigos externos e
internos da Região
Autónoma. Precisamente porque nunca mudámos tais matrizes ao
sabor das
conveniências dos inimigos, sejam estes os obstáculos ao
Desenvolvimento Integral,
o colonialismo, o aparelho repressivo da República Portuguesa
neste território, os
potentados da “Madeira Velha”, a maçonaria, os socialistas e os
comunistas que,
com as forças corporativas, são a “guarda pretoriana”
situacionista e conservadora
do Sistema político-constitucional obsoleto e ilegítimo de 1976.
Hoje, tal como nos momentos mais radicais da I República e na
ditadura que se lhe
seguiu, os controlos sobre o Estado impõem uma destruição dos
Valores pilares da
Cultura e Civilização portuguesa. Fazem-no ante a apatia das
élites universitárias, da
fraca reacção das Igrejas e de umas Forças Armadas
funcionalizadas.
4
A massificação que se estende da comunicação social cúmplice do
estado de coisas
presente, ao débil e medíocre sistema educativo, pretende
estupidificar o Povo, a fim
de torná-Lo mais e melhor instrumentalizável pelos que dominam o
actual regime
político-constitucional.
A destruição sistemática e crescente da classe média via sucessivos
aumentos de
impostos para engordar e reforçar o Estado-polvo, procura
neutralizar os sectores
populacionais que, ao longo da História, foram sempre a garantia
cívica do
pluralismo democrático.
Portugal nas mãos de gente ao serviço do capitalismo selvagem,
que também o é de
Estado, desta forma procura criar uma nova classe dirigente,
mista de altos
funcionários-gestores e de grandes capitalistas privados,
sobretudo na área financeira
e ante a agonia da Economia nacional. Do outro lado, uma enorme
classe dirigida,
empobrecida ou desempregada, como tal facilmente dependente da
referida nova
classe dirigente.
Daí a razão de assistirmos à destruição das Pequenas e Médias
Empresas, espinha
dorsal que são da existência de uma classe média garante do
pluralismo
democrático.
A perda do poder de compra individual está premeditada como
processo de ajudar
a restringir o Direito e o hábito de optar, um Direito
Fundamental da Pessoa
Humana.
Nos nossos inimigos, uns são de uma incapacidade intelectual
absoluta e de um
gritante vazio cultural, ao ponto de nem sequer entender o que
se passa no mundo e
em Portugal, nessa boçalidade indo ao ponto de atacar os
autonomistas sociaisdemocratas
da Madeira, só para fazer o jogo imbecil daqueles cujos
interesses é que
são precisamente o contrário dos Princípios que tal ingenuidade
diz subscrever.
Mas, outros nossos inimigos estão clara e conscientemente ao
serviço de um
projecto de Estado sob um neo-liberalismo maçónico, são os
agentes implacáveis do
projecto de “governo mundial”.
Falhou o optimismo cego do século XIX que acreditou na bondade
do Homem e no
materialismo simplista da existência de leis naturais absolutas.
A decadência
europeia fossilizou em discursos políticos vazios,
contraditórios e sem explicação
5
para a razão existencial do Cidadão.
A parasitação do Estado destrói a Cultura, criando assim
entraves à liberdade
criativa, esta sujeita a critérios político-partidários de
inteligência obscena. A
legitimação genérica e indiscriminada em termos de qualidade,
faz qualquer um
poder ser considerado “artista”. Enquanto concepções bizarras e
snobes de uns
patetas que desta forma ganharam “direito de cidade”, tudo
consideram
“Património”, o que acaba por ser nada.
Hoje, faltam parâmetros para fixar valor àquilo que deve
realmente ser Arte e
Património. Por isso a Cultura se anedotizou e o Património
definha e se perde.
Ora, o Partido Social Democrata da Madeira foi sempre oposição a
este processo
que decorreu em Portugal após a imposição da Constituição de
1976.
O que significou a coragem de remar contra tudo e contra todos
os que nos
trouxeram ao actual colapso político nacional.
Tal denúncia é a razão do grande investimento sempre posto
contra nós, em todos
os meios de propaganda do regime ainda vigente, quer em Lisboa,
quer no Funchal.
Ciente de que teve e tem razão, como os tempos presentes
demonstram, o
PSD/Madeira sente orgulho na sua Resistência, a qual obrigou os
nossos inimigos a
um dispêndio de dinheiro em propaganda contra nós, extremamente
para além do
que justifica a dimensão do arquipélago e a proporção da
respectiva população.
E temos a certeza de que os nossos inimigos vão continuar a nos
usar para manobras
de diversão política.
Vamos continuar a lutar contra a Situação na República
Portuguesa.
Precisamente porque não podemos ficar dependentes de tal
República, no plano dos
Valores, sendo os nossos que têm de se impôr, dado o sufrágio
democrático do Povo
Madeirense.
Precisamente porque o futuro da Madeira e do Porto Santo só pode
ser o que o Povo
Madeirense quiser, e não o que outros nos impuserem”.
6
CAPÍTULO II
AS RAZÕES DO PERCURSO DA AUTONOMIA
1.
Quatro momentos foram financeiramente decisivos para as transformações da
Madeira
nos últimos trinta e quatro anos:
a)
Em 1978, constitucionalmente as verbas de que a Região dispunha, eram as
resultantes
das receitas fiscais próprias. Mal davam para pagar as despesas
correntes,
não permitiam qualquer investimento.
Havia
que tomar uma opção entre manter o arquipélago no atraso económico,
social
e cultural que tragicamente então se vivia, ou recorrer à Banca, à dívida
pública,
e transformar a Madeira e o Porto Santo, criando mais Emprego e
travando
a emigração. Foi esta a escolha que fizemos, e bem.
b)
Quando em 1985 Portugal adere à União Europeia, são postos Fundos
Europeus
à disposição do País, também da Região Autónoma, dinheiro de
graça.
Mas,
para aproveitar estes Fundos, é sempre necessário entrar com uma
percentagem
nacional que, no caso, compete ao Orçamento Regional.
A
escolha que se ponha, era entre não aproveitar o dinheiro europeu de graça,
porque
a Madeira não tinha o suficiente para pagar a quota nacional
obrigatória,
ou então de novo recorrer à Banca, aumentando a dívida pública.
Foi
esta a nossa opção, e bem, pois teria sido criminoso desperdiçar dinheiro
que
era de graça e não continuar a mudar a Madeira, quer
infraestruturalmente,
quer social, quer culturalmente.
c)
Temos, depois, o governo Sócrates que rouba dinheiro ao Povo Madeirense,
em
benefício dos cofres de Lisboa e dos Açores.
7
O
objectivo de Sócrates e dos seus colaboracionistas locais (CDS incluído), era
fazer
parar os investimentos e mesmo a actividade pública no arquipélago,
paralisação
que levasse ao abater do Partido Social Democrata da Madeira.
Tínhamos
de escolher. Ou nos rendíamos, ou de novo se recorria à Banca,
subindo
a dívida pública. Foi esta, e também certa, a nossa opção, uma atitude
de
Resistência que triunfou, pois os socialistas foram corridos do Governo da
República
e Sócrates passeia-se por Paris, depois do que os seus ministros e
secretários
de Estado fizeram ao Povo português, em particular aos
Madeirenses
e aos Portossantenses.
d)
Os socialistas trouxeram Portugal à bancarrota, o que implicou o País ter que
se
entregar a ficar colocado sob administração estrangeira, uma autêntica
vergonha
para o regime político saído da Constituição de 1976.
Mediante
esta administração estrangeira, com perda de soberania a trôco de
ajuda
financeira, ficaram disponíveis verbas internacionais visando a tentativa
de
o País ainda poder recuperar.
Ora,
a Banca estava e está esgotada. A situação na União Europeia é má,
nomeadamente
sob o ponto de vista de disponibilização de crédito e de
fundos.
Por
tudo o acima narrado, a dívida pública da Madeira atingira um montante
que
poria em causa a própria liquidez da tesouraria regional.
Foi
então que o Governo Regional tomou a opção certa de, na lógica de o
arquipélago
ser também território nacional, beneficiar da assistência financeira
a
Portugal.
O
acordo foi feito com a República Portuguesa e não com os administradores
da
intervenção estrangeira, garantiu a sobrevivência da Autonomia Política
8
constitucional,
obteve a liquidez monetária que faltava e não veio para cá
alguém
de fora administrar o nosso território autónomo.
2.
As negociações para este Acordo com a República Portuguesa foram
extremamente
difíceis porque:
a)
Portugal encontra-se sob administração estrangeira à qual tem de obedecer
financeiramente,
bem como não tem meios disponíveis. Também no acordo
com
a Madeira, a República teve de se submeter às exigências da “troika”
(União
Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
b)
A governação madeirense do PSD/Madeira sempre foi oposição ao regime
político
da Constituição de 1976, no que o tempo nos deu razão porque
Portugal
mergulhou na vergonha de estar sob administração estrangeira.
Sempre
os autonomistas sociais-democratas denunciaram que Portugal era
uma
partidocracia – diferente de Democracia – que desbancava (e desbancou)
numa
plutocracia – poder político dos ricos – sob a influência crescente do
poder
da maçonaria, presente, em força, nos três Partidos da situação, o PSD, o
PS
e o CDS.
Sempre
denunciámos que esta falta de transparência que é o poder das
sociedades
secretas, enganava o Povo que vota nos Partidos e julga estar nestes
o
Poder.
Ora,
fazer oposição em Consciência ao regime político de Lisboa, seus
interesses
instalados e daí comandados, acarreta-nos a hostilidade dos que
dominam
Portugal e têm ao seu serviço quase toda a comunicação “social”.
Daí
as campanhas e a má-vontade contra a Madeira.
9
c)
Depois, tudo isto é simultâneo com um ataque cirúrgico dos poderes de
Lisboa
contra os três pilares da Economia regional, a Zona Franca, o Turismo e
a
Construção Civil.
Na
Zona Franca, não foi só a tentativa dos socialistas para extingui-la, mas é
também
o comportamento neste processo dos membros do Governo, do CDS,
nomeadamente
o Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Secretário de Estado
dos
Assuntos Fiscais, para já nem falar das habituais atitudes farisaicas do CDS
local.
A
verdade é que não se sente o processo andar, por parte da República.
Quanto
ao Turismo, para além dos efeitos das políticas erradas que estão a
ser
impostas na Europa pela plutocracia financeira, o “politicamente correcto”
do
Governo central para com as greves nos sectores Transportes anula os
sacrifícios
que estão a ser pedidos a todos os Portugueses, Povo Madeirense
inclusive.
E
o baixo tecto de investimento imposto à Madeira, contribui para um
importante
aumento do desemprego, dada a redução da actividade na
construção
civil.
d)
Finalmente, a maçonaria através do seu controlo da plutocracia, percebeu a
fragilidade,
a incompetência e a inutilidade dos oito Partidos políticos da
Oposição
madeirense. E, pela primeira vez, lançou uma tentativa de
enfraquecer
o PSD/Madeira, mas por dentro, através de processos de divisão
interna
com repercussão na Opinião Pública. Para o efeito mobilizando o
capitalismo
da “Madeira Velha”, a comunicação social e o CDS, bem como
explorando
as motivações de ressabiados por terem sido justamente afastados,
de
gente em pânico por serem candidatos a “desempregados políticos” e dos
habituais
e conhecidos casos patológicos da opinião publicada.
10
Isto
precisamente num momento de graves dificuldades em que o PSD tem de
fazer
uma Resistência com êxito às situações internacional e nacional actuais,
o
que significa, da parte dos divisionistas, deslealdades impensáveis, autênticas
facadas
nas costas a que o Partido, pela via estatutária de eleições internas,
terá
de pôr termo drasticamente, doa a quem doer, antes de se entrar no ano
de
eleições autárquicas.
3.
Mas, a verdade é que a República Portuguesa não se comportou com a Região
Autónoma
da Madeira, como um Estado de Direito.
A
Constituição da República considera que a Saúde e a Educação são encargos
do
Estado em todo o território nacional, não excepcionando qualquer parcela
deste.
Desde
a Autonomia, a Madeira despendeu na Educação e Saúde, despesas
correntes
e investimentos, mais de nove mil milhões de euros, integralmente
pagos
pelo Povo Madeirense e nunca pela República.
Ora,
a nossa dívida pública ronda os seis mil milhões de euros, o que significa
que
se a República fosse um Estado de Direito e a Justiça funcionasse, a Região
Autónoma
não tinha dívida.
4.
Porém, para além de não honrar a Constituição, o Estado português não pagou
qualquer
investimento importante na Madeira, limita-se a suportar as despesas
com
as instituições que nos vigiam e com as Forças Armadas.
O
Estado cumpliciou as campanhas mentirosas que, no Continente, nos
apresentavam
como vivendo à custa dos Portugueses de lá.
Agora,
para além de caloteiro na Saúde e na Educação, o Estado português
colocou
o Povo Madeirense a suportar, sozinho, a dívida que necessitou de
11
contrair
para chegar aos patamares de desenvolvimento europeu. No que a
República
nunca se esforçou.
Agora,
ao fim de tudo o que se passou, cabe o Povo Madeirense se interrogar
legitimamente
sobre a utilidade do Estado português no arquipélago.
5.
De qualquer maneira, colocamos a questão à Consciência de todos os
Madeirenses
e Portugueses bem-formados. Se não tivéssemos adoptado a
estratégia
certa que adoptámos, o que teria sido do Povo Madeirense, como
estaria
a Madeira neste momento?
Se
não tivéssemos aproveitado as oportunidades que a Banca e a União Europeia
então
ofereciam, era agora, nesta situação de crise internacional, que o Povo
Madeirense
poderia sonhar com o desenvolvimento que entretanto alcançou?
Se
tivéssemos dado ouvidos à obstrução a tudo, que a Oposição sempre fez no
arquipélago
com o apoio da “Madeira Velha”, como viveria o Povo Madeirense
neste
momento?
Mesmo
as obras que ainda não puderam ser acabadas, um dia sê-lo-ão, o que
não
sucederia se não tivessem sido começadas.
6.
No momento presente, temos de ser realistas.
O
que é absolutamente necessário para resistirmos a este ciclo negativo, até o
seu
fim.
Não
vale a pena embarcar nas mentiras da Oposição, nas suas desvairadas
“reivindicações”,
nas vergonhosas contradições deles entre o que ontem diziam e
hoje
debitam. Tudo isto ao serviço de um capitalismo selvagem e tradicional –
vejam
também a hipocrisia situacionista de vários “sindicalistas” profissionais!... –
o
que entronca nos desejos de controlo mundial pela maçonaria. Toda essa gente
12
pensa
nas grandes negociatas que a crise pode proporcionar ao poder financeiro
que
detêm, também aqui na Madeira.
Há
que ter o realismo de perceber que o nosso arquipélago e o nosso País não
são
o centro do mundo, a este estamos sujeitos.
O
nosso programa é Resistir.
Promessas,
nas presentes circunstâncias, serão sempre mentiras.
Há
que viver com a Estabilidade e a Determinação necessárias para Resistir o
melhor
possível a este fim de ciclo do capitalismo, cultivando uma Resistência e
uma
cooperação com tudo e com todos que nos possam trazer a uma sociedade
post-capitalista,
de verdadeiro Estado Social e de Direito, diferente do liberalismo
e
do marxismo, os dois grandes fracassos desde o século XIX.
É
preciso ajudar a mudar a Europa, caminhando para o federalismo europeu,
politicamente
descentralizado e rigorosamente solidário, combatendo a
plutocracia
e o poder da maçonaria, colocando os meios financeiros ao serviço
dos
agentes económicos produtivos e não de agiotas e especuladores.
É
preciso lutar pela mudança do sistema político-constitucional português, regime
que
nos trouxe a estarmos sob administração estrangeira e que os situacionistas
deste
regime, contrariando a História e a Ciência Política, ainda insistem na
utopia
de ser capaz de recuperar Portugal.
13
CAPÍTULO III
QUE SOLUÇÕES PARA A CONJUNTURA PRESENTE
Quatro
soluções, necessárias e simultâneas, se apresentam para podermos
sair
desta situação, à qual nos arrastou a crise de Valores na Europa.
Crise
de Valores que se repercutiu em crise económica e social, trouxe Portugal a
estar
sob administração estrangeira e levou o Estado central a impôr um ajustamento
económico
e financeiro à Madeira, em troca da sobrevivência da Autonomia
Política
e de uma nossa disponibilidade de liquidez monetária.
Estas
quatro soluções, necessárias e simultâneas, insisto, são:
I – Mudança da actual política europeia
II – Passagem a um modelo de sociedade post-capitalista
III – Mudança do actual regime político português
IV – Uma maior Autonomia Política para a Madeira
I – Mudança da actual política europeia
1.
Com a queda do Muro de Berlim e o desaparecimento do efeito dissuador dos
movimentos
apoiados pela defunta União Soviética, o capitalismo passou a se
movimentar
da forma mais especulativa e selvagem do que até então se tinha
visto
neste modelo. Instalou-se a Plutocracia dominada pela maçonaria.
Estes
poderes assenhoraram-se dos principais meios de comunicação social e
hoje
orientam e formam a Opinião Pública.
14
2.
A par disto, está a se descambar para a construção de um novo “Estado policial”
sob
capa institucional democrática, a montagem do “big brother” através de
legislação
que vai permitindo ao poder político de apossar ou interferir nos
dados
pessoais de cada cidadão, sua vida privada e seu património.
3.
Tudo isto sucedeu porque simultaneamente à queda do Muro de Berlim, os
Estados
ocidentais, principalmente na Europa, viram os seus Partidos políticos
serem
tomados por uma nova geração culturalmente menos bem preparada,
bastando-se
no superficialismo e no facilitismo do relativismo dito pós-moderno.
E,
sobretudo para conseguir as suas ambições, entregando- -se, rendida, nas
mãos
do poder do dinheiro.
4.
Esta má preparação e formação das gerações políticas mais recentes, levou a
que
os Estados caíssem sob o domínio de tecnocratas sem sensibilidade social e
subordinados
aos desígnios da Plutocracia.
5.
Para se sair desta situação, impõem-se oito medidas:
a)
Têm de ser mais alargados os prazos estabelecidos para o
cumprimento
das obrigações decorrentes das dívidas soberanas,
descidos
os respectivos juros o mais possível, tudo isto tendo apenas
como
limite a salvaguarda dos depósitos confiados às instituições
financeiras.
b)
Tem de haver mais Estado. O Estado deve intervir na disciplina dos
mercados
e das instituições financeiras.
15
c)
Tem de haver mais massa monetária em circulação, consignada a mais
investimento,
logo mais Emprego, logo maior volume de trocas, logo
mais
receita fiscal e menos despesa com o desemprego, maior o
Produto
Interno Bruto. Não há que recear pagar o preço de uma certa
inflação
controlada, se tal for necessário para reacender a Economia.
d)
É necessário romper com o modelo liberal e proteger os produtos da
União
Europeia, e aplicar ainda taxas fiscais sobre todos os capitais
que
saiam para fora do espaço europeu.
e)
A disciplina democrática tem de ser uma realidade. O Direito à Greve,
porque
não é um Direito absoluto, porque não pode pôr em causa a
sobrevivência
dos Cidadãos, nomeadamente quando Estes fustigados
com
tantos sacrifícios como agora, o Direito à greve tem de ser revisto
em
termos de se definir as áreas laborais e os momentos em que a
defesa
do Bem Comum impõe limitações a tal Direito.
f)
Tem de ser mantido e defendido o Estado Social. Mas tal não é
compatível
com a continuação da distribuição de benesses
dispensáveis,
que se faz à sua sombra. O Estado Social só pode
subsistir
se apenas acorrer àquelas carências que constituem absoluta
necessidade
e sem alternativas de solução possível.
g)
Torna-se imperativo reformar o Estado, desburocratizá-lo e torná-lo
célere,
operativo e disciplinado, nomeadamente desde a Justiça à
Administração
Pública.
16
h)
É preciso travar as actuais tendências centralizadoras e descentralizar
os
Estados. Nas alturas de crise não se centraliza. Antes se
descentraliza,
a fim de mobilizar a capacidade de iniciativa e o poder
criativo
em cada comunidade, desde as Freguesias às Regiões.
II – Passagem a um modelo de sociedade post-capitalista
1.
Os principais modelos experimentados nos séculos XIX e XX falharam. O
liberalismo
transformou-se no poder dos ricos, em oligarquias de plutocratas. O
marxismo
revelou-se em ditaduras sangrentas, com o enriquecimento da
nomenclatura
do partido único, tão oligarca como a do capitalismo liberal.
2.
A perda de Valores nas Democracias, descambando em crises económicas e
sociais,
deveu-se ao Relativismo que nega a objectividade do Conhecimento –
nada
está cientificamente seguro – e põe em causa o valor absoluto da Verdade.
A
Verdade passou a existir, ou não, à medida dos interesses de cada um.
3.
Assim, quer o capitalismo liberal, quer o capitalismo de Estado comunista,
ambos
ruíram as concepções capitalistas, colocando-as agora em fim de ciclo e
podendo-se
prever um modelo post-capitalista, com as seguintes sete
características:
a)
A imprescindível manutenção dos Direitos, Liberdades e Garantias da
Pessoa
Humana.
b)
O direito à propriedade privada e a liberdade dos mercados
económicos
e financeiros, mas sujeitos à disciplina e ao
intervencionismo
do Estado.
17
c)
Um novo modelo educativo, assente na exigência do Conhecimento,
na
formação cultural, na meritocracia e no culto da disciplina
democrática,
tudo com articulação à força de trabalho.
d)
Fim de qualquer forma de autogestão corporativa, com o
desaparecimento
de excepções à democracia representativa, em lógica
com
a soberania do Povo.
e)
A estabilização do Estado Social, rigorosamente adstrito às missões
para
com efectivos desfavorecimentos, e com particular focalização na
unidade
familiar. A dinamização, em termos de repercussão
económica,
das áreas ligadas ao crescendo do número de pessoas na
Terceira
Idade, bem como um rigoroso respeito pelas pensões
derivadas
dos descontos feitos pelos respectivos contribuintes.
f)
Descentralização dos Estados e federalização da União Europeia.
g)
Responsabilização dos meios informáticos e dos de comunicação
social,
através de leis adequadas.
III – Mudança do actual regime político português
1.
O regime político da Constituição de 1976, desde logo uma partidocracia, que
não
democracia, e tendo evoluído para uma plutocracia gerida por tecnocratas
sem
sensibilidade social, arrastou Portugal para uma situação de estar sob
administração
estrangeira.
18
É
absolutamente impensável, que alguém de bom senso, acredite na capacidade
deste
regime para regenerar Portugal, até porque não se conhece, na História,
qualquer
sistema político que tenha desgraçado um país, o acabasse por
recuperar.
O
regime mantém-se graças à sua enorme clientela e graças à subserviência dos
partidos
à plutocracia, dominada pela maçonaria, plutocracia detentora dos
meios
de comunicação que camufladamente fazem a apologia e a propaganda
do
sistema político.
2.
O carácter programático da Constituição do regime, é antidemocraticamente
limitativo
da soberania do Povo português. O Povo soberano, periodicamente,
não
pode escolher os Programas que soberanamente entenda ser os mais
adequados
para Portugal, visto que tudo tem de estar subordinado ao
programático
da Constituição.
O
Povo soberano está impedido antidemocraticamente de exercer a sua
soberania,
ao Lhe ser proibido referendar qualquer norma da Constituição, a
qual,
aliás, também não referendou.
O
Povo soberano só pode votar em cidadãos propostos pelos Partidos políticos,
nas
eleições para a Assembleia da República e para as Assembleias Legislativas
das
Regiões Autónomas.
O
Povo soberano, por causa do mecanismo da limitação de mandatos, imposto
pela
partidocracia, está impedido de eleger quem muito bem entender para a
titularidade
de vários cargos políticos.
19
O
regime político clientelar desdobra-se em despesismos com o excesso de
titulares
em várias instituições, que não acrescentam valor, por exemplo
parlamentos
nacionais e regionais, bem como assembleias autárquicas, assim
como
o Estado português, em todo o sector público, se vem revelando incapaz
de
emagrecer o necessário e o indispensável.
Despesista
e absurdamente, o regime alberga, por exemplo, algo como o
tribunal
constitucional, a entidade reguladora para a comunicação social e a
comissão
nacional de eleições, todos com uma forma de composição, um
passado
e uma permanência que os permitem considerar como não abonatórios
de
um regime democrático.
IV – Uma maior Autonomia Política para a Madeira
1.
Chegou-se a uma situação em que o Parlamento da Madeira, maioritariamente,
já
não aceita o actual modelo restritivo de Autonomia, colonialmente imposto
por
Lisboa, porque não é isto o que é nosso legítimo Direito desejar.
Repudiamos
essa mentira constitucional de afirmar Portugal como “Estado
unitário”
que não aceitamos ser, quando há nos Açores e na Madeira também
poder
legislativo e quando tal mentira só serve para orquestrar decisões
ilegítimas
do Estado, sobre as Regiões Autónomas.
2.
Na Madeira, o Povo Madeirense pagou ou está a pagar todos os investimentos.
A
nossa dívida pública, contraída para arrancar com o Desenvolvimento Integral
logo
após a Autonomia, contraída para aproveitar os Fundos Europeus cuja
comparticipação
nacional é o Povo Madeirense que paga, e contraída para
20
resistir
durante o último Governo socialista português, é substancialmente
inferior
ao devido pelo Estado só no não cumprimento da Constituição da
República
em matéria de Saúde e de Educação, onde o respectivo volume total
de
despesa ronda os nove mil milhões de euros, sendo a nossa dívida directa e
indirecta
somadas, à roda de seis mil milhões.
3.
Por tudo isto, é inaceitável a campanha contra o Povo Madeirense, movida ou
consentida
pelas mafias aqui denunciadas, caluniando-nos junto dos restantes
Portugueses,
ao mentir que viveríamos à custa Deles. Campanhas deste tipo, só
nos
fazem desinteressar de pertencer à mesma comunidade nacional.
4.
Mais a mais que as três principais fontes de rendimento regional, vêm sendo
vítimas
de um ataque cirúrgico. O turismo anda à mercê da indisciplina laboral
nos
transportes, consentida por políticos que governam conforme a
comunicação
social. A Zona Franca foi colocada na presente situação de
tremendas
dificuldades, pelo Governo socialista e pelas normas orçamentais
vigentes,
que já deviam ter sido revogadas, tendo tudo isto sido possível por ser
colonialmente
recusada autonomia fiscal à Madeira. A construção civil e o
Emprego
que gera, estão limitados pelos restritivos tectos de investimento,
impostos
pelo Plano de Ajustamento Económico e Financeiro.
Trata-se
claramente de um temor colonial de Lisboa, ante o que possa suceder,
com
uma Madeira mais desenvolvida do que o restante País.
5.
E não fosse a actuação do Governo Regional junto do sector privado, hoje
teríamos
menos cinco mil empresas e menos quinze mil postos de trabalho, não
21
se
teria mantido, como se manteve, a formação de mais empresas no nosso
território
do que as extintas no mesmo período.
6.
A tempo, enquanto havia dinheiro na Banca e disponibilidade de Fundos
Europeus,
e não havia o actual modelo europeu errado, se não tivéssemos
materializado
as nossas políticas infraestruturantes, sociais e culturais, em
contra-relógio
e contra tudo e todos, a Madeira hoje estaria como há trinta anos
e
a pagar as dívidas do Estado português.
7.
Mas a política desenvolvida nos últimos três decénios só teve sucesso, porque
se
baseou
em Causas. A Madeira desenvolveu-se porque abraçou seis Causas:
a)
O primado da Pessoa Humana
b)
A Autonomia Política evolutiva do arquipélago
c)
O Desenvolvimento Integral – simultaneamente económico, social e
cultural,
com a ousadia das mudanças necessárias a estes sectores.
d)
A criação de Emprego como alternativa à Emigração.
e)
A construção de uma grande área financeira autónoma no Atlântico, a
que
se vem chamando a “Singapura no Atlântico” e da qual não
desistimos.
f)
O pluralismo antimonopolista na comunicação social escrita e
audiovisual.
Não
há qualquer razão fundamentada para substituir estas seis Causas, por outra
coisa
qualquer, e muito menos por absurdos “contra natura”.
22
As
Causas movem a vontade livre de cada um e conduzem à acção. As Causas
favorecem
o pleno crescimento da Liberdade, ao proporem objectivos superiores
e
suscitarem motivações de agir para o Bem.
8.
Porque os últimos mais de trinta anos assentaram em Causas, logicamente que
conduziram,
em todo este tempo, a uma bipolarização política, traduzida em
autonomistas,
num polo, e integracionistas noutro.
Traduzida
num partido hegemónico, de um lado, que acaba sempre por atrair as
élites,
e numa dispersão em muitos partidos por outro lado, pouco atractiva para
as
élites. E isto é assim em termos de Ciência Política, porque as Causas dão
lógica
ao desenvolvimento de uma Política, o que não sucede na dispersão.
Pelo
que não há razão para ser abandonada a conduta bipolarizante.
9.
É preciso utilizar uma metodologia constitucional diferente. A Constituição da
República
só tem de dizer quais as cinco áreas de competência do Estado, neste
território
madeirense:
a)
As matérias de Direitos, Liberdades e Garantias.
b)
Política externa.
c)
Defesa Nacional e Segurança Interna.
d)
Tribunais de recurso.
e)
Sistema nacional de Segurança Social.
No
resto, a competência deve pertencer aos poderes eleitos, fiscalizados pelo
Povo
Madeirense. Menos do que isto, os Autonomistas não aceitam.
23
E,
assim, proporemos na Assembleia Legislativa da Madeira uma nova
Resolução
conforme, a qual, uma vez aprovada, se pedirá aos Deputados pela
Madeira
na Assembleia da República que, em devido tempo, a transformem
num
Projecto de Revisão Constitucional.
E
desafiamos o Estado português para, em caso de dúvidas, ter a coragem de
assumir
uma decisão democrática e permitir um Referendo na Madeira que, de
uma
vez por todas, demonstre a vontade do Povo Madeirense, reforce a coesão
nacional
e finalmente encerre o “contencioso da Autonomia”.
Estas
são as quatro saídas, todas necessárias, que temos para a presente situação.
Resta
saber se há a grandeza histórica para adoptá-las.
24
CAPÍTULO IV
AS MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS NECESSÁRIAS
1.
Com a publicação da Lei Constitucional nº 1/2004, em 24 de Julho de 2004, a
Assembleia
da República retomou os seus poderes ordinários de revisão
constitucional
a partir de 24 de Julho de 2009.
Foi
precisamente tendo em mente o início deste prazo para a apresentação de
projectos
de revisão constitucional que a Assembleia Legislativa da Região
Autónoma
da Madeira entende por bem aprovar, por Resolução, as bases de um
projecto
de revisão constitucional, com particular enfoque na parte das Autonomias,
e
solicitar aos Deputados pelo Círculo da Madeira a sua apresentação na
Assembleia
da
República.
Depois
de 36 anos de Democracia constitucional e de Autonomia Regional, chegou
a
hora de se fazer uma reavaliação global acerca do funcionamento do sistema
político-constitucional
português, nada impedindo que se admitam diferenças na
organização
de cada uma das duas Regiões Autónomas.
Não
obstante os enormes benefícios que foram trazidos pela opção da criação das
Regiões
Autónomas no sistema político-constitucional português, ideia original do
Partido
Popular Democrático na Assembleia Constituinte, a verdade é que o tempo
tem
vindo a dar razão àqueles que defendem uma radical mutação nas disposições
constitucionais
de concretização dos poderes regionais e de outros, tendo as
disposições
referidas àqueles sido sistematicamente interpretadas e aplicadas de um
modo
contrário ao seu espírito, para não dizer que têm sido objecto de intervenções
25
centralizadoras
e estatistas, assim reduzindo drástica e ilegitimamente a margem de
liberdade
que é imperioso reconhecer aos povos regionais.
É
por isso que nos parece absolutamente necessário apresentar um projecto de
revisão
constitucional.
2.
Uma das centrais alterações que se pretende ver introduzida, é a da
possibilidade de
haver
partidos políticos regionais. Esta tem sido uma proibição incompreensível no
contexto
actual de diversificação dos mecanismos de participação democrática dos
cidadãos,
quando constante e crescentemente se preferem vias alternativas de
melhor
expressão da vontade popular.
Num
contexto em que também propomos candidaturas independentes para a
Assembleia
da República e para as Assembleias Legislativas das Regiões Autónomas,
não
faria sentido manter a proibição dos partidos regionais, os quais igualmente
reforçam
a democracia partidária no sentido de definir uma linha de acção
autónoma
em relação aos partidos nacionais e, também como estes, levando à
prática
a consecução de objectivos diferenciados das populações das Regiões
Autónomas,
em perfeita articulação com um poder político autónomo, como é o
poder
regional.
3.
A fim de superar as características dos primeiros de cada um dos dois mandatos
do
Presidente da República, marcados por uma certa retracção ou indefinição, a
pensar
no segundo mandato, em termos de plena realização do cargo e da
estabilidade
inerente à natureza da função optamos por um mandato só, de dez
anos.
26
4.
Traduzindo o sentimento popular e face à situação em que o Estado mergulhou,
reduz-se
o número de Deputados na Assembleia da República e nas Assembleias
Legislativas
das Regiões Autónomas.
Nestas
todas, deixa de haver o monopólio dos Partidos políticos na apresentação
de
candidaturas, monopólio de décadas que se tem revelado asfixiante da
manifestação
de Valores que não conseguem expressão nos tradicionais
caminhos
partidários.
Para
a Assembleia da República adopta-se um círculo nacional e círculos
uninominais
em todo o território português.
Consagra-se
para estas três instituições parlamentares, face à lacuna
constitucional
existente e prevenindo a repetição de certas situações
inadmissíveis,
o regime de medidas adoptadas pelo Parlamento Europeu em caso
de
violação de regras de conduta.
5.
Considera-se como magistrados, apenas os juízes, não podendo estes e os agentes
do
Ministério Público permanecer mais de três anos em cada uma das comarcas
de
primeira instância, a fim de reforçar a respectiva independência e distância no
meio
onde operem.
O
Conselho Superior de Magistratura estende a sua competência também aos
agentes
do Ministério Público, sendo por isso integrado por representantes
destes,
todos ocupando já a mais elevada categoria profissional de juízes
conselheiros
e de procuradores-gerais-adjuntos.
27
6.
Alteração constitucional de maior magnitude, que se pretende introduzir, diz
respeito
à
extensão do poder legislativo regional.
O
actual desenho constitucional de repartição de competências legislativas entre
o
Estado
e as Regiões Autónomas foi o produto de uma profunda mutação que
ocorreu
na revisão constitucional de 2004, tema que já tinha sido objecto de
múltiplas
revisões constitucionais anteriores, igualmente profundas e sensíveis neste
domínio.
No
entanto e até agora, a prática é muito decepcionante, resultado que se fica
sobremaneira
a dever a intervenções centralizadoras e estatizantes do Tribunal
Constitucional,
que insiste particularmente em não perceber o alcance da revisão
constitucional
de 2004, sendo que a vulnerabilidade político-partidária que o
Tribunal
Constitucional tem revelado, leva a que se proponha a sua extinção e a
criação,
em sua substituição, de uma Secção Constitucional do Supremo Tribunal
de
Justiça.
Com
as mudanças sugeridas, assume-se o objectivo de clarificar a amplitude das
competências
regionais.
Entendemos
que para superar todos estes problemas, a solução é a de definir as
competências
do Estado nas Regiões Autónomas – Direitos, Liberdades e Garantias;
política
externa; Defesa Nacional e segurança interna; Tribunais de Recurso; e
Sistema
Nacional de Segurança Social, deixando às Assembleias Legislativas dos
Açores
e da Madeira a restante competência legislativa.
28
Embora
se admitindo regimes diferentes para os Açores e para a Madeira, de
acordo
com o que for o entendimento da Assembleia Legislativa daquele
arquipélago.
Noutra
perspectiva, extingue-se o instituto das autorizações legislativas regionais,
até
agora nunca usado e com pouco impacto do ponto de vista da ampliação das
competências
legislativas regionais.
7.
A revisão constitucional de 1997 veio consagrar a possibilidade de convocar
referendos
regionais, assim correspondendo à necessidade paralela de ter, no
sistema
político-constitucional regional, a expressão de um mecanismo de
democracia
semi-directa, em igualdade de circunstâncias com os mecanismos já
previstos
de referendo local, trazido pela revisão de 1982, e de referendo nacional,
trazido
pela revisão de 1989.
O
certo, porém, é que o regime adoptado para este novo referendo regional, a
despeito
de ser vinculativo, não corresponde minimamente às exigências de
operacionalidade
de um verdadeiro referendo regional, uma vez que não é
convocado
pelos órgãos regionais, mas sim pelo Presidente da República.
Eis
um regime altamente insuficiente e que se pretende reformular: estabelecer a
possibilidade
de o referendo regional ser sempre convocado dentro do sistema
político-constitucional
regional, sem interferências de órgãos estranhos, como são
os
órgãos de soberania do Estado, e sobretudo permitir que as matérias sobre as
quais
o mesmo seja convocado, respeitem a domínios políticos e legislativos de
interesse
regional, podendo elas ser da competência das Regiões Autónomas ou
29
mesmo
do Estado.
8.
Constitui uma aspiração legítima dos cidadãos insulares, desde que em 1976 a
Constituição
o impôs à revelia do sentimento das populações, o desaparecimento
de
um representante do Estado, residente na Região e dotado de poderes
constitucionalizados.
Trata-se
de uma criação institucional jamais aceite, nem vivencialmente assimilada
pelas
populações.
Se
com os “ministros da República” que insolitamente integravam o Governo
central,
fatalmente a situação redundara em desnecessários, mas inevitáveis,
conflitos
políticos ou jurídicos, é verdade que o Representante da República que
lhes
sucedeu, já sem qualquer ligação ao Governo e apesar da cooperação e boavontade
demonstradas,
não evitou impasses inconvenientes, estimulados pela
conhecida
jurisprudência restritiva do Tribunal Constitucional.
Em
todo o caso, as preocupações que nos animam são de natureza exclusivamente
institucional
e em nada afecta a consideração pessoal pelos actuais titulares do
cargo,
tanto na Região Autónoma da Madeira, como na dos Açores.
A
agravar a situação, considera-se discriminatório em relação aos arquipélagos
portugueses,
a instituição em causa ser uma originalidade do sistema constitucional
português,
na medida em que tal figura, ou similar, não existe na União Europeia
nem
noutros países democráticos, nos territórios de natureza sub-estatal dotados de
poder
legislativo.
30
Não
tem qualquer sentido recusar às Regiões Autónomas, uma representação do
Estado
idêntica ao restante território nacional, titulada nos Órgãos de soberania,
preferindo-se
manter um resquício colonialista, herdado do passado, de colocar nas
Ilhas
um enviado da capital do Império para obediente e permanente memória dos
insulares,
o que não é compaginável com a unidade do Estado que defendemos.
Do
exposto, e dada a natureza das funções do Representante da República, opta-se,
pois,
por uma situação similar a outras regiões da Europa democrática, tal como a
Madeira
e os Açores dotadas de poder legislativo próprio.
9.
Outra alteração sensível, é a do aperfeiçoamento dos órgãos regionais, para
além da
extinção
do Representante da República, passando-se a prever a nomeação e
exoneração
do Presidente do Governo Regional pela Assembleia Legislativa.
É
uma importante medida para colocar a verdade formal de acordo com a verdade
real
do sistema político regional: não faria sentido fazer intervir o Representante
da
República
numa matéria alheia à República, como é a designação do Chefe do
Governo
Regional e dos seus membros, resultante dos resultados eleitorais
regionais.
10.
Propõe-se a extinção do Tribunal Constitucional, porquanto, em especial a
propósito
da apreciação preventiva da constitucionalidade, tem revelado uma
particular
vulnerabilidade político-partidária que não dignifica a Justiça
Constitucional.
Assim,
propõe-se a transferência das actuais competências do Tribunal
31
Constitucional
para uma Secção própria do Supremo Tribunal de Justiça (a Secção
Constitucional),
ficando, assim, a cargo de magistrados de carreira, ao mais alto
nível
– Juízes Conselheiros – a Justiça Constitucional, como, aliás, acontece noutros
países
em que as questões de constitucionalidade estão atribuídas à jurisdição
comum.
11.
Propõe-se também a extinção da Entidade Reguladora para a comunicação social,
na
medida em que, no estádio actual da nossa Democracia e da maturidade que é
suposto
ter atingido a Comunicação Social e os seus agentes, não faz qualquer
sentido
a existência de uma Entidade Administrativa com competências de
intervenção
num sector essencial à livre informação, ao pluralismo e expressão de
ideias
e opiniões que não pode, nem deve, ser tutelado, como actualmente a
Constituição
prevê.
Os
direitos dos cidadãos que possam, por excessos e por inobservância das regras a
que
a actividade de comunicação social está subordinada, ser preteridos ou postos
em
causa, e a responsabilização por tais comportamentos, deve caber única e
exclusivamente
aos Tribunais.
Dever-se-á
ainda assegurar que tais situações sejam objecto de processos céleres
para
que a reparação de eventuais ofensas possa ser efectiva e não diluída no
tempo
que, qualquer intermediação administrativa, tornaria ainda mais prolongado.
Iguais
razões fundamentam a extinção da Comissão Nacional de Eleições, dado o
carácter
acentuadamente partidário resultante da sua composição, para além do
combate
ao despesismo que ambas extinções concretizam.
32
12.
Sendo estas as principais alterações ao articulado da CRP que importa referir,
não se
deixa,
nesta exposição de motivos, de mencionar outras questões que igualmente
se
sugere alterar no texto da Constituição da República Portuguesa:
-
a menção, em todo o texto constitucional, às Regiões Autónomas com letra
maiúscula,
assim melhor se assinalando a sua dignidade institucional;
-
a eliminação da alusão ao facto de o Estado Português, possuindo Regiões
Autónomas,
ser “unitário”, evitando-se gerar um possível equívoco
linguístico
de contradição entre o art. 6º da CRP e o reconhecimento
efectivo
das autonomias regionais com os respectivos poderes legislativos;
-
o esclarecimento de que a Democracia não deve tolerar comportamentos e
ideologias
autoritárias e totalitárias, sejam de Direita, sejam de Esquerda,
assim
se justificando a alteração proposta ao art. 46º, nº 4, e no art. 160º,
nº
1, al. d), da CRP;
-
a necessidade de se consagrar, nas normas constitucionais sobre o
Orçamento
de Estado, o sistema fiscal próprio das Regiões Autónomas e a
sua
especificidade orçamental e financeira, em termos de a autonomia
regional
ter uma idêntica expressão financeira no Orçamento do Estado,
nomeadamente
em matéria de transferências financeiras, assim se
acrescentando
o nº 5 ao artigo 105º da CRP;
-
o reforço da superioridade hierárquica dos Estatutos Político-
Administrativos
das Regiões Autónomas, verdadeiras “Constituições
33
Regionais”,
em relação aos demais actos legislativos ordinários, do Estado
ou
das Regiões Autónomas, assim se propondo uma nova redacção do nº 2
do
art. 112º da CRP;
-
além das alterações propostas em matéria de referendo regional, impõe-se
também
democratizar o referendo nacional, aceitando que o mesmo possa
ser
realizado sobre alterações à própria CRP, dando-se nova redacção ao
art.
115º, nº 4, da CRP;
-
a eliminação do instituto da referenda ministerial prevista no art. 140º da
CRP,
qual “acto notarial” do Primeiro-Ministro sobre certos actos do
Presidente
da República, sem qualquer sentido num sistema de governo
semi-presidencial,
em que cada órgão tem os seus poderes de intervenção
previamente
definidos e equilibrados, instituto que tem criado várias
dúvidas
e cuja tradição não é democrático-republicana, porque ora foi
usado
na ditadura de 1933 para cercear os poderes do Chefe de Estado,
ora
foi usado no tempo da monarquia para isentar o Rei de qualquer
responsabilidade;
-
o alargamento do poder de iniciativa legislativa conferido às Assembleias
Legislativas
das Regiões Autónomas, no âmbito do procedimento
legislativo
parlamentar estadual, pelo desaparecimento de qualquer
dependência
da avaliação de um interesse regional, sendo certo que em
muitos
domínios tal definição se revela impossível de concretizar. Ao
mesmo
tempo, parece acertada a possibilidade de mais um órgão
34
parlamentar
com legitimidade popular directa, ter iniciativas legislativas
na
Assembleia da República, assim se sugerindo uma nova redacção para
o
art. 167º, nº 1, da CRP;
-
a clara parlamentarização do sistema de governo das autarquias locais,
especificando-se
no texto constitucional, através de nova redacção do art.
239º,
nº 3, da CRP, que o Presidente do órgão executivo é eleito pelo
órgão
parlamentar;
-
a eliminação das organizações de moradores, excrescência revolucionária
que
a CRP tem teimado em manter e sem qualquer adesão à realidade
social,
assim se revogando os artigos 263º, 264º e 265º da CRP.
-
adita-se ao texto constitucional, inovando, matérias que reforçam os
direitos
dos cidadãos ante a respectiva violação, e que constitucionalizam
o
“direito à diferença”.
13.
Quando da eleição dos Deputados à Assembleia da República, no círculo da
Madeira,
publicitaram-se e explicaram-se linhas gerais das soluções aqui
propostas,
que visam o aperfeiçoamento do funcionamento do Estado e o reforço
da
Autonomia Regional para consolidação da unidade e da coesão nacionais.
No
entendimento de que a Madeira está acima dos Partidos, os projectos de
revisão
constitucional Destes, não impedem a apresentação de outro por
Deputados
pela Região Autónoma, mediante a solicitação da Assembleia
Legislativa
do arquipélago.
35
Até
porque este Projecto não é contra os dos outros Partidos, mas complementaos
em
termos de alargar o âmbito das matérias para reflexão do soberano Povo
português.
O
elenco de alterações patenteia o duplo sentido de, por um lado, consolidar e
alargar
o auto-governo das Regiões e, por outro, assegurar a maior participação
das
Regiões na decisão das grandes questões e opções nacionais que, sempre, em
maior
ou menor grau, directa ou indirectamente, têm incidência sobre as Regiões
e
sobre a vida das suas populações.
A
oportunidade histórica da Revisão Constitucional não pode ser desperdiçada,
adiantando-se,
para além da presente proposta, a disponibilidade para, com todas
as
forças políticas, dialogarmos e discutirmos com vista à aproximação e
convergência
de soluções.
36
CAPÍTULO V
MEDIDAS A DESENVOLVER
I
- Apesar da situação a que Portugal foi arrastado pelos socialistas e que a
inadequação
do regime político-constitucional permitiu chegar a esta vergonha
de
estarmos sob administração estrangeira, há que agir com ESPERANÇA.
Apesar
de a nossa “democracia” ser uma plutocracia – o poder da finança – e
esta
dominar uma comunicação social que, quase toda, nos arrasta, ante o
regime
político, para um conservadorismo feito de fatalismo, resignação
dominada
e de catastrofismo alimentado, só há uma atitude a tomar: não
pactuar
com o regime e agir com ESPERANÇA.
Mas
Esperança entendida como “movimento dinâmico dirigido a um objecto
ausente,
difícil de alcançar mas ao mesmo tempo acessível”. Trata-se de um
acto
da vontade, livre e honesto, e não uma contemplação, passiva, derrotada,
da
situação que vivemos. Implica, pois, agir.
II
- Mas esta necessidade de todos termos de agir, para dar conteúdo à Esperança,
obriga
a duas frentes de acção:
A
– Na Opinião Pública nacional:
1.
Há que exigir uma outra posição de Portugal, não acocorada, ante a
União
Europeia. Os países em dificuldade têm de se unir e não se
deixar
nas mãos da discricionariedade dos países mais ricos.
É
necessário um novo modelo de União Europeia, ao mesmo tempo
federalizada,
e descentralizada aos níveis regionais e autárquicos
para
estimular a criatividade.
37
Por
outro lado, os Portugueses têm de exigir uma política financeira
diferente,
com emissão de mais moeda consignada a investimentos
que
criem mais emprego e cuja circulação reaqueça a Economia.
2.
Os Portugueses devem também exigir mais pressão do poder político
junto
de uma Banca que tem de viver o sentido social de estar
prioritariamente
ao serviço da economia portuguesa. Esta crise global
em
que mergulhámos, resulta igualmente da falta de autoridade do
poder
político sobre os meios financeiros, antes pelo contrário se
dando
o inverso, principalmente depois da queda do Muro de Berlim
e
com o acesso de novas gerações aos poderes partidários internos.
3.
O País está a sentir graves dificuldades em conseguir recuperar e até
se
vê piorar a conjuntura social e económica. Precisamente porque
não
há a coragem para mudar o regime político, para mudar as
normas
constitucionais e as leis que impedem, directa ou
indirectamente,
a melhoria de condições de vida da população.
É
preciso ASSUMIR e DENUNCIAR que o regime político em que
medramos,
falhou.
Assumir
e denunciar, sem receio dos situacionistas políticos, sem
receio
da plutocracia e da maçonaria, sem receio da comunicação
social
destas mercenária, e sem receio dos órgãos e meios repressivos
do
sistema político.
Apoiar
todos os movimentos que visem mudar a presente Situação
portuguesa,
desde que comprometidos sempre com um novo regime
democrático
para o País.
B
– Quanto à Madeira, impõem-se os seguintes pontos:
38
1.
Consolidar as Finanças regionais para, mais uma vez a tempo e com
visão,
se segurar e defender o futuro da nossa inalienável Autonomia
Política
evolutiva.
2.
Não transigir na luta por mais Autonomia, luta que apesar de
contrariada
pelos partidos colonialistas e seus testas-de-ferro pseudosociais-
democratas,
é ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDÍVEL para
obtermos
os meios necessários à ultrapassagem da presente
conjuntura.
Ou
querem resolver isto, com meios que estão provados como não
capazes?
Por
isso, será apresentado ao Parlamento da Madeira um projecto de
revisão
constitucional, cujo posterior desenvolvimento que encontrar
em
Lisboa, condicionará sempre o que a Madeira deve fazer no futuro.
3.
Cabe também às autoridades regionais, embora sem o poder político
das
autoridades nacionais, continuar a pressionar a Banca, apontando as
prioridades
para os pequenos empresários.
4.
Não podemos deixar de prosseguir com o investimento possível no
quadro
das presentes condições financeiras.
Mas
é necessário continuar a insistir junto do Governo da República
que,
primeiro, o actual tecto de investimento limita e reduz o Emprego;
segundo,
que é má gestão de Lisboa nos impedir meios para concluir as
obras
interrompidas, pois, como estão, não geram qualquer retorno
económico,
só acumulam despesa.
5.
O Governo Regional vai continuar e reforçar o apoio às pequenas
empresas
privadas mais débeis, visando a sustentabilidade do Emprego.
39
6.
Tem de ser prosseguido o enfrentar da Oposição, como sempre, na
bipolarização
estabelecida.
O
problema da Madeira é a existência de uma Oposição sem
quaisquer
ideias alternativas, absolutamente descredibilizada e sem
qualquer
estratégia nesta conjuntura complexa, limitando-se a um
exibicionismo
feito de tontarias demagógicas, apoiadas pelo panfleto dos
ingleses
e pela RTP/RDP locais.
7.
O ano de 2013, desde o seu início, terá de ser particularmente
dedicado
à preparação das eleições autárquicas, pois com as
dificuldades
conjunturais actuais, a Madeira suicidar-se-ia se o Poder
Local
caísse nas mãos dos analfabetos políticos que enxameiam as
fileiras
dos pequenos partidos da Oposição.
8.
Finalmente e dadas as suas características de Partido hegemónico, cuja
dimensão
e estabilidade são fundamentais para aguentar a Madeira, terse-
á
de proceder a uma blindagem do Partido Social Democrata, em
termos
de impedir qualquer respingo das cenas públicas que, nos
últimos
tempos, cirurgicamente e numa ofensiva da “direita” tradicional,
pretendem
destruir o PSD/Madeira por dentro.
III
- Estas são as posturas que temos de adoptar para positivamente, activamente,
esperarmos
com confiança alcançar a desejada mudança no presente estado de
coisas.
Desejamo-la
e é provável ser alcançada.
A
Esperança é uma atitude diligentemente confiante do espírito de cada um.
40
CAPITULO VI
POLÍTICAS CONCRETAS ATÉ OUTUBRO 2015
Decorridos
dezassete meses desde o XIII Congresso Regional da madeira do
Partido
Social Democrata, não há qualquer razão para modificar o que a Moção
«Pelo
Futuro!», então aprovada por unanimidade, em especial desenvolveu sobre
cinco
grandes questões para o século XXI na Madeira:
-
EDUCAÇÃO
-
ECONOMIA
-
O ESTADO SOCIAL
-
A EVOLUÇÃO GERONTOLÓGICA
-
O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Pelo
que se dão reproduzidos os mesmos textos, nesta Moção.
De
qualquer maneira especificamos mais pormenorizadamente o que, nalguns
setores,
nos propomos concretizar, respeitando o Programa de Governo 2011/2015
aprovado
pela Assembleia Legislativa da Madeira:
1. Assuntos Europeus
Algumas
das áreas que, quer em termos de negociação, quer em termos de
impacto
no futuro da Madeira, deverão, no momento atual, ser objeto de particular
ênfase:
O
próximo quadro financeiro plurianual;
41
As
propostas legislativas relativas à política de Coesão;
A
reforma da Política Agrícola Comum e das Pescas;
A
estratégia Europa 2020 e sua implementação nas RUP;
A
Política Marítima integrada.
Concretamente,
procurar-se-á que se salvaguarde o direito a um tratamento
diferenciado,
designadamente no âmbito da política de coesão, dado tratar-se do
principal
instrumento de intervenção nestes territórios.
2. Finanças e Plano
Máximo
rigor na politica orçamental para cumprir o Plano de Ajustamento
Económico
e Financeiro, salvaguardando a Autonomia Politica do território e a
liquidez
monetária indispensável
Re-estruturação,
fusão, capitalização, saneamento, modernização ou alienação
dos
activos privatizáveis em condições satisfatórias.
Execução
da lei de meios e maximização dos apoios comunitários
Revisão
das parcerias público-privadas
Redução
e rentabilização de Serviços e procedimentos, para diminuição da
despesa
pública.
Exigir
ao Estado o pagamento do que deve à Madeira.
Cadastro
e inventariação dos bens da Região.
Cooperação
com as Autarquias Locais.
Definição
de um plano a médio prazo para o período 2014/2020, promovendo o
crescimento
inteligente, sustentável, inclusivo e possível.
42
Exigir
à república um Pacto Fiscal para a Madeira.
Recuperar
o Centro Internacional de Negócios (Zona Franca).
Rigor
absoluto na fiscalidade e na informação estatística.
Redução
exaustiva do recurso ao aluguer de instalações.
3. Administração Pública
a)
Continuidade da aposta em iniciativas de reconhecimento de boas práticas na
Administração
Pública, no âmbito da Excelência e certificação de Qualidade de
serviços;
b)
Reforço da legislação própria da Região, no âmbito do atual quadro
constitucional
e estatutário e acompanhamento das medidas normativas adotadas a
nível
nacional
c)Manutenção
do reforço de competências dos trabalhadores em funções
públicas,
através de formação profissional, dirigida a toda a Administração Pública
da
Região.
4. Administração da Justiça
Transferir
para a Administração Pública Regional a direcção e a gestão da
organização
dos meios humanos e materiais necessários ao desempenho da
máquina
judicial.
Os
princípios que devem nortear a regionalização da administração da justiça são
os
da evolução do sistema judicial e o da independência dos Juízes e dos agentes
do
Ministério Público sendo sempre o objectivo fundamental de melhorar o
desempenho
e a eficácia dos Serviços, em favor do cidadão.
43
5. Energia
a)
Objetivos:
-
Reduzir a dependência do exterior;
-
Reduzir a intensidade energética no Produto Interno Bruto;
-
Reduzir as emissões de dióxido de carbono.
b)
Medidas a implementar:
-
Construção de infraestruturas para a diversificação das fontes de energia,
incluindo
a introdução de combustíveis alternativos ao petróleo, designadamente
biocombustíveis
e gás natural.
-
Aumento da capacidade de armazenamento de energia no sistema elétrico para
maximizar
a penetração de energias renováveis.
-
Melhoria das redes de transporte e distribuição de energia elétrica para
promover
a fiabilidade e a eficiência, bem como o desenvolvimento de redes
inteligentes.
-
Aumento da produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis (hídrica,
eólica,
solar, biomassa e outras).
-
Implementação de um programa regional de eficiência energética na iluminação
pública
e de um plano diretor regional para a adoção de boas práticas neste
domínio.
-
Avaliação de oportunidades de aplicação de novas tecnologias eficientes e de
novas
fontes de energia renováveis (geotermia induzida, eólica offshore, ondas,
correntes
marítimas e outras).
44
6. Transportes
a)
Promoção de medidas que assegurem a otimização das estruturas e a
privatização
de áreas e serviços, salvaguardando-se o interesse público regional.
b
) Revisão anual do valor do subsídio atribuído aos passageiros que viajem entre
a
Madeira e o continente português.
c)
Desenvolvimento de ações que promovam a concorrência nestas rotas.
d)
Implementação de incentivos à comercialização dos produtos, que mantenham
acautelados
os interesses dos residentes do Porto Santo.
e)
Manutenção e criação de novas rotas.
f)
Promoção junto do consumidor final, dos operadores turísticos e das
companhias
aéreas.
g)
Modernização dos modelos de negocio e de financiamento que sustentam a
exploração
das infra-estruturas aeroportuárias da Madeira e Porto Santo.
h)
Procura, junto da UE, de mecanismos de financiamento que atenuem as
desvantagens
das Regiões Ultraperiféricas, no contexto europeu.
i)
Reforço da capacidade e função comercial dos Portos da Madeira.
j)
Reajustamento do modelo de exploração portuária.
l)
Aposta na eficiência e na redução do custo do transporte marítimo de
mercadorias.
m)
Incentivo ao transporte marítimo de passageiros entre a região e o exterior
n)
Maximização da qualidade do transporte marítimo entre a Madeira e o Porto
Santo.
45
o)
Intervenção, junto do Estado, para a atribuição do subsídio de mobilidade
social
aos passageiros.
p)
Dinamização das novas infra-estruturas criadas e pontenciadoras do turismo de
cruzeiros,
nomeadamente a nova Gare Marítima da Madeira.
q)
Captação de mais escalas de navios de cruzeiros para o Porto Santo.
r)
Aposta na promoção dos cruzeiros, da náutica de recreio, das actividades
marítimo
turísticas
s)
Aposta na política de transporte de mercadorias adequada às necessidades
t)
Gestão criteriosa e racional da rede de transportes públicos.
u)
Promoção do transporte público.
v)
Salvaguarda dos apoios públicos, consubstanciados em indemnizações
compensatórias.
x)
Promoção de Sistemas que otimizem o desenvolvimento e a integração dos
transportes
urbanos e interurbanos na região.
w)
Aposta nos transportes alternativos.
y)
promoção da segurança rodoviária.
z)
Continuidade e reforço da política do transporte infantil em segurança
7. Comércio
Medidas
a Implementar:
a)
Simplificar os procedimentos para a importação ao abrigo do Regime
Específico
de Abastecimento;
46
b)
Simplificar do ponto vista administrativo e ao nível da desmaterialização dos
procedimentos
que se apresentam necessários ao licenciamento das atividades
abrangidas
pela Diretiva Serviços, reduzindo deste modo, custos de contexto;
c)
Colaborar com as estruturas associativas empresariais na implementação de
ações
que promovam o estímulo da inovação e da aplicação dos fatores dinâmicos
da
competitividade;
d)
Promover ações e campanhas de comunicação, que gerem maior atratividade
pelo
comércio tradicional, potenciando a sua imagem junto ao consumidor;
e)
Estimular a qualificação do sector comercial com o objetivo de atingir níveis
de
excelência
na atividade comercial, implementando sistemas de controlo e
certificação
da qualidade;
f)
Apoiar o investimento privado, no domínio do sector comercial e dos serviços,
privilegiando
a inovação o empreendedorismo e a qualidade.
8. Indústria
Medidas
a Implementar:
a)
Simplificar os processos de licenciamento, reduzindo deste modo, os custos de
contexto;
b)
Fomentar o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), permitindo
às
empresas ter um acesso privilegiado ao Conhecimento e como tal na criação de
valor
económico;
c)
Manter e aprofundar os sistemas de incentivo ao investimento privado,
flexibilizando
a sua aplicação e abrindo novas áreas e domínios de apoio, em
função
das novas oportunidades subjacentes à dinâmica produtiva;
47
d)
Colaborar no reordenamento territorial, apoiando a deslocalização de unidades
industriais
inseridas em centros urbanos, com conflitos de uso, nomeadamente
congestionamento
de tráfego, inexistência de condições de segurança e saúde no
trabalho,
para locais adequados, como sejam os Parques Empresariais;
e)
Apoiar e acompanhar diretamente os empresários, informando dos requisitos
mínimos
de laboração, bem como das disposições legais e regulamentares
aplicáveis,
permitindo assim um acompanhamento directo, e proporcionando um
clima
de proximidade com os agentes económicos.
9. Qualidade
Medidas
a implementar:
a)
Manter a implementação das ações estruturantes da Estratégia Regional da
Qualidade,
bem como proceder à sua atualização em sintonia com os novos
desafios
que se colocam à Madeira, por forma a que a Região continue a liderar esta
temática
a nível do nosso país.
b)
Proceder à atualização periódica do Barómetro Regional da Qualidade com o
intuito
de medir o grau de excelência existente na Madeira, traçar objetivos
quantificados
de progresso, e monitorizar a eficácia dos planos de ação
implementados
e das intervenções concretizadas;
c)
Dar continuidade à campanha de sensibilização centrada na promoção de uma
cultura
da Qualidade através de diversas iniciativas, nomeadamente, sensibilização
nas
escolas, realização de concursos e elaboração de material promocional;
d)
Criar um Modelo de Gestão da Qualidade da Administração Pública, por forma
a
disseminar as experiências bem-sucedidas, de implementação de sistemas de
48
gestão
da qualidade e sua certificação em vários Organismos Públicos Regionais e
Locais,
bem como elaborar um “Manual de Boas Práticas” capaz de orientar a
implementação
dos processos de gestão;
e)
Consolidar as áreas de atuação em curso no Laboratório de Metrologia da
Madeira
e alargar a sua atividade a novas áreas de intervenção, tendo em vista
prestar
um melhor serviço ao cidadão.
10. Empreendedorismo
Neste
âmbito, a atuação deve centrar-se:
a)
Na educação para o empreendedorismo, com uma abordagem extremamente
prática
que vise a alteração de comportamento, bem como a introdução de
conceitos
chave da área empresarial, envolvendo um vasto número de alunos que
frequentam
diversos níveis de escolaridade dos estabelecimentos de ensino da
Região;
b)
Na disponibilização de programas de intercâmbio de experiências, práticas e
aprendizagem
entre novos empreendedores e empreendedores experientes
europeus,
contribuindo para o reforço do espírito empresarial, incremento da
competitividade
e da internacionalização da atividade das PME regionais e
europeias;
c)
No apoio dinâmico às empresas nascentes com necessidades particulares quer
ao
nível das áreas operacionais bem como do funcionamento e do financiamento.
11. Inovação
Canalizar
esforços para:
49
a)
Uma maior envolvência das empresas locais no tema da inovação através da
implementação
de um programa específico regional que vise a implementação de
sistemas
de gestão I&D+I (Investigação, Desenvolvimento e Inovação);
b)
A promoção de projetos inovadores articulados com as áreas estratégicas
definidas
no Plano de Desenvolvimento Económico e Social: as tecnologias de
informação
e comunicação, a energia, o ambiente, o turismo e outras de interesse
regional,
tendo em atenção a capacidade que as TIC oferecem de desenvolver
nichos
de mercado e aceder a mercados internacionais.
12. Incentivos e Promoção de Condições Favoráveis ao
Investimento e à Internacionalização
a)
Criação de sistemas de incentivos ao Investimento para apoio ao:
-
Empreendedorismo;
-
Inovação Empresarial;
-
Desenvolvimento Tecnológico;
-
Sociedade do Conhecimento;
-
Tecnologias de Informação e Comunicação;
-
Qualidade, Ambiente e Energia;
-
Internacionalização;
-
Captação Investimento Direto Estrangeiro;
-
Requalificação Urbana;
-
Aos Investimentos estruturantes.
50
b)
Criação de instrumentos de engenharia financeira que visem melhorar o
ambiente
financeiro dos negócios nomeadamente através:
-
Da consolidação da participação da Região no Sistema de Garantia Mútua
Português;
-
Lançamento/reforço de linhas de crédito bonificadas para as empresas;
-
Participação da Região no capital de um Fundo de Capital de Risco.
c)
Promoção do Sistema de Incentivos ao Funcionamento criado para
comparticipar
as despesas de exploração das micro, pequenas e médias empresas
regionais
com o objetivo de esbater os sobrecustos da atividade económica
derivados
da condição de região ultraperiférica.
d)
Promoção da instalação e fixação das empresas nos parques empresariais,
nomeadamente
através da intensificação dos instrumentos de apoio (carácter
financeiro,
fiscal e principalmente através da simplificação administrativa dos
processos
de licenciamento industrial com a consequente redução dos custos de
contexto).
13. Turismo
a)
Aposta na maior qualidade e diferenciação do destino, em todos os seus
produtos
e serviços
b)
Requalificação da oferta complementar
51
c)
Diversificação da oferta turística, através da criação de novos micro-produtos
e
da
maior rentabilização dos já existentes
d)
Aposta em novos mercados
e)
Maximização das infraestruturas e dos investimentos já realizados
f)
Maior envolvimento da comunidade na identificação, exploração e divulgação
de
novos produtos e experiências que enriqueçam o destino
g)
Reforço da identidade do destino
h)
Captação e fidelização de mais turistas
i)
Maximização do gasto médio por visitante
j)
Continuidade da aposta no turismo ativo, cultural, de saúde e bem-estar, de
negócios
(seguemento MI) e desportivo, assim como na náutica de recreio e no
cruzeirismo.
No caso de Porto Santo, a aposta passará pelo produtos ligados à
saúde
e ao bem-estar, à segurança e ao turismo de praia e de natureza geral.
l)
Concertação e integração dos Portos e Aeroportos na politica de promoção
m)
Continuidade da aposta no segmento sénior, ainda que acoplada a outros
públicos-alvo
que revelem apetência pela nossa oferta, nomeadamente mais
jovens
e activos.
n)
Representação da Madeira em Feiras e ações promocionais, assim como
realização
de campanhas dirigidas aos profissionais e ao consumidor final.
o)
Aposta nas novas tecnologias de comunicação e informação
p)
Enriquecimento do calendário anual de animação turística
q)
Maior articulação no que toca à programação e integração dos eventos
52
r)
Intervenção nos espaços que se assumam como sendo suscetíveis de
transformação/valorização
turística
s)
Atualização do inventário dos recursos turísticos
t)
Descentralização da oferta turística
u)
Reforço da personalização do serviço que é prestado ao turista, uma
personalização
que carece de formação contínua e permanente
v)
Criação de programas de formação que reforcem a cultura e consciência
turística
e garantam o desenvolvimento de uma politica global de excelência
x)
Dinamização do interesse pelas profissões turísticas
w)
Continuidade dos programas de educação para o Turismo nas escolas
z)
Dignificação das carreiras profissionais ligadas ao sector e requalificação dos
activos.
14. Agricultura e Desenvolvimento Rural
A
estratégia política no sector agro-alimentar e Desenvolvimento Rural visa
assegurar
o aumento do rendimento dos produtores e operadores, como condição
de
motivação para a atividade e viabilização das explorações agrícolas, a gestão
sustentável
dos recursos naturais, com a mitigação dos efeitos das alterações
climáticas
e a promoção de um desenvolvimento equilibrado dos territórios rurais,
promovendo
o aumento da qualidade de vida das suas populações, assegurando-se,
também
por esta via o crescimento económico da Região Autónoma da Madeira
(RAM).
Esta
estratégia visa, como propósito básico, o incremento dos níveis de
sustentabilidade
e multifuncionalidade agrícola e rural na Região, através da
melhoria
da competitividade de todos os tipos de agricultura, a par de uma
53
intransigente
proteção do ambiente e da paisagem.
Considerando
que a agricultura da RAM é um sector com dificuldades
estruturais
específicas e permanentes, deve ser apoiada especificamente por fundos
da
União Europeia e do Estado português, neste último caso ao contrário do que tem
acontecidos
nos últimos anos.
As
instâncias nacionais e da UE devem assegurar a continuidade e a melhoria
das
políticas específicas de apoio à nossa agricultura, insistindo no reforço das
mesmas,
quer para o apoio ao investimento, quer para apoio ao rendimento, de
forma
a continuar a melhorar os níveis de qualidade de vida dos agricultores
regionais,
aproximando-os dos padrões europeus, e contribuir de forma ativa para
atingir
os objetivos ambiciosos que fazem parte da Agenda Europa 2020.
15. Assuntos do Mar
O
Mar terá cada vez mais um papel decisivo na qualidade de vida, na
criação
de riqueza e emprego, na pesca, nas atratividades náuticas e na afirmação
geopolítica
da Região, correspondendo à dimensão da área marítima da Região (500
vezes
o seu território) e a sua localização no «lago atlântico», entre a União
Europeia
e o continente americano.
Será
fomentada a promoção e estímulo à pesca tradicional, incluindo a sua
acérrima
defesa no âmbito da União Europeia, fazendo-se valer as suas
características
de pesca compatível, artesanal e respeitadora dos stocks, assim como
incentivando
a aposta na aquicultura, área onde a Região goza de importantes
vantagens
competitivas.
A
utilização do Mar como área de lazer e de exercício de atividades
económicas
associadas, deve ser prioritária, quer através da construção de
infraestruturas
adequadas, quer pela simplificação de formas de licenciamento,
matéria
também a exigir do Estado, dadas as incompreensíveis limitações
constitucionais
e legais impostas nestas matérias.
54
16. Vinho
Para
o sector do Vinho, deve-se apostar num conjunto de iniciativas que
pretendem,
por um lado, aumentar a qualidade do produto e, por outro lado,
melhorar
os processos e o trabalho de todos os intervenientes na sua produção,
aumentando
vendas, local e internacionalmente, aumentando o produto gerado pelo
sector
e criando condições para o aumento do rendimento dos produtores de uvas e
de
vinho.
Em
termos globais, as políticas definidas para este sector, importante
económica,
turística, cultural e ambientalmente para toda a Região, caracterizar-seão
pelo
apoio à produção, transformação, envelhecimento e expedição para o
mercado
de produtos vitivinícolas da Região Autónoma da Madeira, assim como
pelo
apoio à comercialização de Vinhos de Mesa regionais.
17. Artesanato e Bordado
A
valorização das atividades ditas tradicionais – bordado, tapeçaria e
artesanato
– é fundamental para garantir a sobrevivência de um sector que enfrenta
dificuldades
originadas pela forte concorrência de produtos similares e pelas
condições
de trabalho desumanas auferidas noutras partes do globo.
A
orientação para este sector passa por um aprofundamento da reorganização
estrutural
já em curso, pela modernização dos locais de venda, pelo
desenvolvimento
dos circuitos de distribuição nacionais e internacionais, pela
concretização
de boas práticas de gestão e de comercialização dos produtos, pela
fiscalização
dos agentes envolvidos e pela formação dos recursos, parte
indissociável
de qualquer estratégia que procure o sucesso.
18. Qualidade do Ambiente
55
O
objetivo último das políticas ambientais é o de criar e estimular a criação
das
condições necessárias para que Ambiente e Pessoas cresçam e se desenvolvam
em
simbiose e harmonia perfeitas, tendo de permeio assegurada a articulação com a
economia,
criando a um só tempo, proteção e valorização ambiental e
desenvolvimento
económico e social, num ciclo positivo de Desenvolvimento
Sustentável.
19. Florestas
A
R.A.M. possui um património florestal riquíssimo, de elevado valor
económico,
ecológico e paisagístico, que ao mesmo tempo que representam para a
Região
notoriedade, acarretam igualmente uma responsabilidade acrescida na
gestão
e na qualidade das intervenções nessas áreas.
Em
conformidade, a gestão do património florestal visa a preservação da
biodiversidade,
a valorização económica do ecossistema florestal, o acesso à
utilização
social da floresta e a segurança das populações.
20. Parque Natural da Madeira / Conservação da Natureza e
Áreas Protegidas
A
área do Parque Natural da Madeira é outro elemento essencial da política
ambiental
e de conservação da natureza porque exerce especial influência e papel
importante
em projetos ambientais que pretendem, por um lado, ser o garante da
perenidade
de espécies , e habitats com elevado interesse de conservação e, por
outro,
assegurar o adequado usufruto das áreas protegidas numa lógica de lazer, de
qualidade
de vida das populações e de recurso económico.
56
21. Urbanismo
Na
área do urbanismo, atentos às nossas especificidades territoriais e à
extrema
densidade populacional, tudo será feito para assegurar a correta e específica
harmonização
das intenções urbanísticas com o território, ambos ao serviço do
cidadão
e dos objetivos do correto e sustentável crescimento económico.
22. Litoral
Nesta
área, o principal propósito passa por potenciar as diversas
oportunidades
criadas pelos instrumentos de ordenamento, de natureza sectorial,
especial
e territorial, de âmbito nacional, regional e local, das áreas costeiras e do
espaço
marítimo. Para o efeito é fundamental promover a implementação e a
coordenação
dos diferentes tipos de instrumentos de gestão territorial disponíveis,
assegurando
a sua articulação e complementaridade, e, desse modo, obter coerência
espacial
e funcionalidade.
É
inaceitável a pressão colonial sobre o Litoral, contrária à Constituição e ao
Estatuto
Político-Administrativo da RAM.
23. Acessibilidades Internas
A
política regional a prosseguir neste sector deve visar os seguintes objectivos:
a)
A redução dos tempos de circulação e dos custos de operação, enquanto
factor
essencial às condições de produção das empresas;
b)
O reforço dos níveis de acessibilidade intraregional às zonas mais isoladas,
de
forma a que estas beneficiem do desenvolvimento económico, nomeadamente o
decorrente
do sector turístico, e, consequentemente, propiciando a expansão e
reforço
das actividades económicas e mercados locais;
c)
Reduzir ao máximo os casos de isolamento de populações motivadas por
57
acidentes
naturais;
d)
A diminuição da sinistralidade rodoviária;
e)
A requalificação das estradas regionais que integram os principais circuitos
turísticos
regionais;
f)
A melhoria das operações de assistência aos utentes da rede viária regional.
24. Hidráulica Torrencial
Na
sequência da referida intempérie, o Governo Regional da Madeira
promoveu
o “Estudo de Avaliação do Risco de Aluviões na Ilha da Madeira”,
elaborada
por um grupo de estudo pluridisciplinar, constituído no quadro de uma
cooperação
técnico-científica entre o instituto Superior Técnico, a Universidade da
Madeira
e o Laboratório Regional de Engenharia Civil.
Estão,
pois, sustentados no referido Estudo, os princípios orientadores que a
região
vem seguindo, no sentido de evitar que fenómenos desta natureza se repitam,
com
consequências tão gravosas como as verificadas na alluviao de 20 de Fevereiro
de
2010.
A
implementação desses princípios pressupõe a concretização do seguinte
conjunto
de medidas:
a)
Introdução de um coberto vegetal adequado que promova a
estabilização
das vertentes em situação de precipitações intensas;
b)
Consolidação das margens dos cursos de água afluentes, com
vegetação
resilente a escoamentos intensos e suscetível de atenuar a acção
erosive
destes;
c)
Implementação de redes de drenagem das águas pluviais nos
caminhos
florestais, de forma a evitar a concentração do escoamento
superficial,
que agrava a erosão através do escoamento em sucalco e
contrinui
para a instalação dos taludes;
d)
Estabilização preventiva das vertentes e manutenção activa dos
terraços
existentes;
58
e)
Regularização dos segmentos dos cursos de água com maior
declive,
com recurso a estruturas transversais (diques ou degraus);
f)
Recuperação do coberto vegetal indígena nas áreas montanhosas
coincidentes
com as cabeceiras dos principais cursos de água;
g)
Caracterização da sustentabilidade à concorrência de movimentos
de
massa e monitorização dos mesmos; Implementação em segmentos
estratégicos
dos cursos de água principais, de estruturas transversais de
intercepção
e retenção temporária do material sólido grosseiro. Trata-se de
uma
medida prioritária para protecção das áreas críticas expostas ao perigo
de
cheia.
h)
Implementação e monitorização continuada dos sistemas de
exploração/operação
de remoção do material retido e de planos de
manutenção
das condições hidráulicas das estruturas de retenção construídas;
i)
Construção de muralhas de protecção das areas urbanas,
dimensionadas
de forma a conterem escoamentos excepcionais de referência;
j)
Optimização das condições de funcionamento hidráulico e de vazão
das
secções críticas, adoptando critérios adequados de dimensionamento
hidráulico
(condições de referência do evento de 20/02/2010;
l)
Reforço das condições de estabilidade e de segurança dos troços de
ribeira
canalizados;
m)
Melhoria das condições de drenagem pluvial dos espaços urbanos;
n)
Estabilização de taludes e melhoria dos sistemas de drenagem em
áreas
com instabilidades geotécnicas,
o)
Remoção de edificações em áreas de risco intoleráveis,
p)
Controlo de novas edificações em áreas de risco;
q)
Implementação de um sistema articulado de gestão do risco,
considerando
a monitorização meteorológica e hidrológica e o
aprofundamento
da investigação sobre o clima da Madeira (diversidade de
climas
locais), com vista à implementação de um sistema de aviso precoce,
em
articulação com os serviços existentes (Meteorologia e Protecção Civil).
r)
Promoção de campanhas de informação ao público sobre o risco das
59
aluviões
e comportamentos de protecção mais adequados, bem como a
realização
de acções cirúrgicas de sensibilização e formação junto dos
aglomerados
mais expostos ao risco.
25. Edifícios Públicos
A
Região Autónoma da Madeira dispõe actualmente de uma adequada base
infraestrutural
nos mais diversos sectores da acção governativa, fruto de um intenso
programa
de investimento público, realizado nas últimas três décadas, aproveitando
ao
máximo os fundos estruturais europeus. Foi esta estruturação do território o
principal
sustentáculo do Ordenamento e Desenvolvimento da Região, ao ter-se
assumido
através do investimento nas obras públicas como motor da criação de
emprego
e do crescimento da economia regional.
No
âmbito da política que a Região vem prosseguindo, no sentido de dotar a
Madeira
e Porto Santo, das infraestruturas indispensáveis ao desenvolvimento social
e
económico, importa por isso destacar, a promoção, coordenação, concepção,
execução
e manutenção dos edfícios e equipamentos públicos, designadamente nos
sectores
da educação, saúde e segurança social, desporto, apoio ao
desenvolvimento
social e cultural, programando adequadamente as intervenções
necessárias,
visando a melhoria continuada das condições de utilização dos mesmos
em
termos de conforto e segurança dos seus utentes.
26. Água
A
definição dos projetos para os próximos anos é articulada dentro de uma
reforma
legislativa e institucional que foi já iniciada e que leva em linha de conta
uma
lógica moderna de preservação e valorização dos recursos hídricos, a
racionalização
das utilizações, a sustentabilidade económica do sector e a
qualidade
ambiental previstas no Plano Regional da Água e no Plano Regional da
Política
do Ambiente, em convergência com a União Europeia.
60
Neste
propósito, serão permanentemente renovados os esforços de
preservação
e valorização deste recurso, também através de medidas inovadoras
como
a reciclagem de águas residuais para utilização na agricultura e noutros fins
não
humanos, a construção de lagoas em altitude e os projetos de reflorestação, a
par
ainda da manutenção de ações tradicionais como as medidas de combate a
perdas
e a melhoria da capacidade de captação, transporte e tratamento de água
potável.
27. Saneamento Básico
Continuar-se-á
o processo de implementação de soluções de gestão integrada
dos
equipamentos de recolha e tratamento de resíduos, favorecendo assim a sua
maximização,
articulada com o restante sector hídrico e com o sector dos Resíduos.
Estas
soluções integradas incluem a recolha e o transporte, otimizando o
serviço
prestado às populações, e a própria gestão estrutural do sector, fomentando
a
redução de custos e promovendo a criação das condições funcionais para a
continuação
dos programas de investimento.
28. Resíduos Sólidos
É
importante atenuar o impacto dos sobrecustos do sistema de tratamento,
valorização,
transferência e triagem de resíduos sólidos da Região Autónoma da
Madeira,
medida que impõe a concertação de ações com as entidades sob as quais
recai
a responsabilidade da gestão dos circuitos de recolha seletiva ou
indiferenciada
de resíduos sólidos na Região Autónoma da Madeira, tendo como
objetivo
de reduzir custos, aumentar a eficiência e manter um alto nível de serviço
aos
cidadãos.
61
29. O Estado Social
A
falência do Capitalismo Selvagem que domina o Mundo, exige, mais do
que
nunca, a defesa do estado Social que o Partido Social Democrata da Madeira
vem
concretizando.
Na
Região Autónoma da Madeira, toda a nossa ação política é dirigida para
se
conseguir dar dignidade às Pessoas. Para nós, sociais democratas, «O Homem é o
autor,
o centro e o fim de toda a atividade económico-social». (Encíclica «Gaudium
et
Spes»).
30. Emprego
O
Trabalho é o meio da realização da Pessoa Humana. O desemprego é uma
das
maiores chagas da sociedade. Para o Partido Social democrata da Madeira, a
alavancagem
da economia é uma prioridade para a criação de empregos. Para os
que
estão desempregados, continuar-se-à a disponibilizar medidas ativas de
emprego
e apoios sociais, tendo em particular atenção os mais desfavorecidos.
31. Habitação
Graças
à acção desenvolvida pelo Partido Social Democrata, a situação
habitacional
é hoje felizmente nada comparável com a herdada da Madeira Velha,
em
que muitas famílias viviam nas furnas, «propriedades» de uma «aristocracia»
retrógada.
Hoje, 9% da população madeirense vive em casas construídas pelo
Governo
Regional e mais de 25% dos cidadãos já foram beneficiados por algum dos
programas
regionais de ajuda habitacional. Vamos continuar a desenvolver esforços
no
apoio aos cidadãos em situação de carência, no acesso a uma casa segura e com
todas
as condições de habitabilidade.
62
32. Saúde
Os
indicadores de saúde de 2011 da Região Autónoma da Madeira,
comparados
com os de 1978, confirmam a evolução positiva verificada na prestação
de
cuidados de saúde à população madeirense, os quais nada têm a ver com o nível
terceiro-mundista
herdado do regime pré-autonómico.
Em
1978 a taxa de mortalidade infantil era de 36 por mil habitantes, em 2011
essa
taxa baixou para 3,4 por mil habitantes. A esperança de vida à nascença era de
69
anos, em 2011 subiu para 75 anos.
A
taxa de cobertura vacinal era 0%, em 2011, 99%.
Tínhamos
77 médicos, um para toda a Costa Norte da Madeira, hoje temos
675
médicos distribuídos em 52 especialidades. Tínhamos 219 enfermeiros, hoje
temos
1.961 que prestam serviço em todo o território da Região.
Tínhamos
4 quartéis de bombeiros, em 2011 temos 10, com serviço de
emergência
médica pré-hospitalar que cobre toda a Região.
O
Barómetro da Qualidade de 2011 da região Autónoma da Madeira, refere
que:
“A Saúde obtém os melhores resultados, apresentando os mais elevados índices
de
satisfação e lealdade. O índice de satisfação é de 77,6 e o de lealdade é de
83,7.
A
qualidade dos serviços públicos atinge um índice de 86,7, sendo em todos
os
parâmetros superiores ao do setor privado”.
O
Partido Social Democrata continuará a desenvolver o programa de
Governo
2011-2015, concretizando as medidas que irão continuar a garantir a
melhoria
da prestação de cuidados de saúde à população madeirense e
portossantense.
33. Segurança Social
A
ação do Partido Social Democrata da Madeira tem sido marcada por
grande
sensibilidade social, dinamizando uma política de forte coesão social. No
terreno,
temos vindo a construir uma rede de serviços de proteção social, próxima
63
das
famílias, fundamental para o apoio aos cidadãos com maiores dificuldades
sociais.
Trabalho que vamos continuar a desenvolver, reforçando a rede de apoio
social.
Potenciamos
a Autonomia da família, sempre alicerçada no valor do Trabalho e
do
Mérito de Cada Um. Mas operacionais ante as dificuldades dos socialmente mais
frágeis
que necessitem de apoios para viveram com Dignidade Humana.
34. Educação
O
constante e rápido avanço tecnológico e científico, o crescimento
exponencial
da informação e a crescente complexidade dos problemas e desafios
que
atualmente se colocam, exigem pessoas cada vez mais qualificadas, dotadas de
competências
essenciais que lhes permitam adaptar-se com flexibilidade a um
mundo
em rápida mutação e cada vez mais integrado.
Consolidar
e aprofundar a politica educativa, é contribuir para o
desenvolvimento
e qualidade do sistema educativo na Região, mediante a
valorização
da Escola e dos Profissionais de educação.
Em
matéria de administração educativa, a melhoria da qualidade do serviço
público
de Educação, num quadro de contenção de despesas e rigor orçamental,
continuará
a apostar na estabilidade do corpo docente, essencial para a
implementação
do projeto educativo.
No
âmbito da administração e gestão escolar, melhora-se o ordenamento
jurídico
e reequadra-se o atual regime dos estabelecimentos de educação e o 1º
ciclo
do ensino básico, reforçando-se a autonomia da escola ao nível da atribuição
de
níveis de competência e responsabilidade, numa lógica de descentralização da
administração
educativa, com a efetiva transferência de competências para os
estabelecimentos
de ensino.
A
alteração do Estatuto da Carreira Docente da Região continuará a apostar
na
valorização do papel do professor, com vista à melhoria da qualidade das
64
atividades
educativas das crianças e das aprendizagens dos alunos, privilegiando-se
um
quadro legal valorizador da função docente e do Sistema Educativo Regional.
Com
vista a melhorar os padrões de competência e qualificação escolares,
promover-se-à
a avaliação da Educação e do Ensino não-superior nas escolas da
Região,
tendo em conta a sua especificidade, ao mesmo tempo que se fornece a
informação
necessária para a formulação de politicas educativas nas diferentes
áreas.
Na
área da Educação Especial, a inclusão educativa, social e familiar de
crianças,
jovens e adultos com necessidades especiais, pressupõe uma politica
alicerçada
nos paradigmas da transversalidade, da complementaridade, bem como
da
potencialização de recursos e sinergias entre diferentes áreas setoriais,
nomeadamente,
educação, saúde, segurança social e emprego.
Desenvolver-se-à
um política integrada de educação especial, transição para a
vida
adulta e reabilitação da população com necessidades especiais, assente no
continuum
de serviços prestados, baseados em princípios e filosofias de igualdade
de
oportunidades, individualização e inclusão.
35. Qualificação Profissional
Aposta,
de forma determinada, na Qualificação Profissional dos Recursos
Humanos
da Região, fator essencial para o desenvolvimento económico e social.
Neste
domínio, actuar-se-à tendo em vista a diminuição dos níveis de abandono
precoce
de educação, pelo reforço das ofertas profissionalizantes dentro da
escolaridade
obrigatória, mantendo a necessária permeabilidade entre o sistema
educativo
e formativo.
36. Investigação, Tecnologia e Comunicações
Estimular
a criatividade e a inovação, promovendo a atividade ou a articulação
com
entidades que atuam nos setores da Ciência e do Conhecimento, visando o
65
reforço
das áreas científicas e técnicas de base, em desenvolvimento ou a
desenvolver
na Região, com uma preocupação de permanente ligação à realidade
das
Empresas e da Economia regional, e de responder aos desafios sociais da
actualidade.
37. Desporto
O
Decreto Legislativo Regional nº 4/2007/M, de 11 de Janeiro estabeleceu as
bases
do sistema desportivo da Região Autónoma da Madeira. A par dos
condicionalismos
financeiros, determina uma nova estratégia de intervenção pública
no
fenómeno desportivo, enquanto potenciador da Região e elemento essencial da
educação
integral e do bem estar da população, agora condicionada por
implicações
decorrentes da conjuntura económico-financeira.
Defendemos
a valorização da Competição Desportiva Regional, assumida como
um
espaço essencial da política desportiva, enquanto principal expressão das
competições
desportivas federadas, promovidas pelas associações e clubes
desportivos,
conferindo maior ênfase à formação desportiva dos jovens praticantes.
38. Juventude
A
Política para a Juventude cria condições favoráveis à formação e
desenvolvimento
integral dos jovens, facultando meios que lhes proporcionam a
aquisição
de conhecimentos e a consolidação de Valores.
O
espírito de inovação e criatividade das gerações mais jovens são fatores
importantes
na resposta às constantes mudanças dos dias de hoje. É com jovens
formados,
solidários e participativos, que se poderão consolidar Princípios e Valores
adequados
à sociedade que se pretende construir, uma sociedade de Homens e
Mulheres
livres, activos e responsáveis.
66
39. Trabalho
Os
desafios que se colocam no horizonte, implicam o reforço do que tem
sido
o paradigma da ação neste domínio: Dialogo Social responsável e eficaz, com a
participação
dos Parceiros Sociais; tripartismo na procura das soluções para os
problemas
com que a Economia, as Empresas e os Trabalhadores se confrontam;
valorização
do Trabalho como fator determinante para a superação das atuais
dificuldades;
criação de condições para a manutenção da harmonização das
relações
laborais; fomento da Paz Social, assente em valores e princípios de Justiça
Social.
Mantemos
o Princípio que o Trabalho é o meio essencial de realização da
Pessoa
Humana. Natureza, Capital e Técnica estão-Lhe subordinados.
40. Cultura
a)
Prossecução das intervenções imprescindíveis de conservação e restauro
nos
imóveis com a classificação de Monumentos, de modo a reforçar a sua
atratividade
turística.
b)
Salvaguarda do património cultural de caráter religioso, móvel e imóvel
incentivo
ao conhecimento e maior fruição de bens culturais pela população
residente
e visitante.
c)
Incentivo ao conhecimento e maior fruição de bens culturais pela
população
residente e visitante.
d)
Reforço da promoção cultural, através da publicação de materiais
promocionais
e do recurso aos novos suportes de comunicação e informação.
e)
Continuidade do trabalho iniciado no âmbito da arquitetura tradicional,
nomeadamente
no que respeita à sua inventariação e manutenção.
f)
Incentivo a projetos que valorizem e salvaguardem os acervos artísticos e
culturais
existentes.
g)
Continuidade da política de salvaguarda e divulgação das coleções dos
67
Museus.
h)
Criação de planos integrados de visitas temáticas por núcleos históricos,
que
forneçam um conhecimento articulado da memoria histórico-cultural da Região.
i)
Aposta em iniciativas que, integradas na promoção turística, promovam a
oferta
artística, museológica e cultural existente.
j)
Continuidade da política de divulgação do livro e de incentivo à leitura
l)
Consolidação de parcerias que possibilitem projetos entre as bibliotecas
escolares
e municipais, assim como iniciativas que aumentem o número de
utilizadores
da Biblioteca Pública Regional.
m)
Salvaguarda, valorização, conhecimento e divulgação de tudo o que de
relevante
possa existir em termos de património arquivístico inerente à sociedade,
história
e cultura do Povo Madeirense.
n)
Continuidade da publicação da Revista Islenha, bem como de obras que
contribuam
para o conhecimento da História e Cultura madeirenses.
o)
Divulgação de autores e temáticas regionais.
p)
Continuidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no que toca à
itinerância
e à descentralização cultural, em articulação com os agentes culturais,
artistas
e criadores.
q)
Apoio a projetos que promovam a utilização dos espaços culturais
existentes,
com iniciativas dirigidas a novos públicos.
r)
Aposta em projetos que valorizem a promoção e a divulgação de
expressões
originais da cultura madeirense, fora da Região.
s)
Maior articulação da oferta cultural com as propostas dos criadores, dos
artistas,
dos empreendedores e das artes criativas.
t)
Utilização das novas linguagens e suportes comunicacionais para reforço
da
atratividade da Madeira, a nível cultural.
u)
Apoio e dinamização de iniciativas que promovam e reforcem a
visibilidade
da oferta cultural, dentro e fora da Região, como caso do projeto
«Festivais
Culturais da Madeira».
68
41. Comunidades Madeirenses e Imigração
a)
Acompanhamento, aproximação e maior valorização das comunidades
madeirenses
existentes no mundo
b)
Alargamento das áreas de cooperação das Comunidades com a Região.
c)
Reforço dos contactos permanentes entre as autoridades regionais e as suas
respectivas
congéneres, nos países onde residem as nossas Comunidades
d)
Aposta e incentivo à maior participação das Comunidades Madeirenses no
desenvolvimento
da Região
e)
Criação de uma rede operativa, alicerçada na informação e na cooperação
empresarial,
económica e comercial, para o entrosamento dos empresários
das
Comunidades com os seus homólogos
f)
Acções que visem a preservação da cultura madeirense e encontros temáticos
que
divulguem e promovam o potencial turístico da Região, junto das
Comunidades
g)
Manter, sempre que possível, a presença das entidades governativas regionais
nos
eventos com maior preponderância da Identidade Regional
h)
Representação da Região nas delegações governamentais que negoceiem
tratados,
acordos internacionais e outras formas de cooperação, sempre que
estejam
envolvidos países de acolhimento e matérias que respeitem às
Comunidades
Madeirenses
i)
Reforço do apoio e do acompanhamento às comunidades imigrantes na
Região,
através das iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas, e
observância
da legalidade que envolva a plena integração destes cidadãos.
69
CAPÍTULO VII
EM DEFESA DO PSD/MADEIRA
1.
No PSD/Madeira, todos sempre me ouviram dizer, ao longo dos anos, que só
éramos
derrotáveis através da divisão interna.
O
que agora está sucedendo, é uma tentativa disso mesmo. Ao fim de trinta e
vários
anos, os nossos inimigos compreenderam-no – mais vale tarde do que
nunca...
– e conjugaram uma série de «interesses» políticos, económicos e pessoais,
desencadeados
a partir do anúncio do Presidente da Comissão Política Regional se
recandidatar
em 2011, comunicado na nossa Festa de Natal de 2010.
Anunciou
então as razões porque se recandidatava, visto não fugir às
dificuldades
que já se agigantavam.
Imediatamente,
quando Alberto João Jardim se encontrava hospitalizado em
Janeiro
de 2011, logo foram desencadeadas movimentações a partir da Câmara
Municipal
do Funchal – que todos os sociais-democratas tínhamos ajudado e
trabalhado
para eleger a maioria – no sentido de aparecer uma lista contra a
anunciada,
no Congresso realizado em Abril desse mesmo ano. Desígnio que não
teve
eco suficiente, mas não evitou que se andasse pelos corredores do Congressso a
ranger
os dentes.
2.
Tivemos depois o «episódio do aterro», em pleno ano de eleições regionais e
com
o «entusiasmo» de uma maioria camarária que todos os sociais-democratas
tínhamos
proposto, ajudado e trabalhado para a eleger.
A
alternativa apresentada e que contrariava o interesse dos empresários
comerciantes
do Funchal, estes já sujeitos à concorrência inflacionada e ilegítima
dos
ambulantes, era a de gastar dezenas de vezes mais o custo da obra – nesta
altura,
veja-se!... – para…aumentar a Pontinha centenas de metros!...Tapar a cidade
e
ter um mono sem barcos a maioria esmagadora dos dias do ano!
E,
o curioso, é que nada havia sido proposto pela Câmara para a Lei de
Meios,
a qual esta propicia os quantitativos para a obra em causa. Como também,
em
alternativa ao que o Governo Regional dispunha na referida Lei de Meios para o
70
Lido,
nos apresentaram algo de megalómano, incomportável!
3.
Nas eleições regionais, foi visível a colaboração destes «redentores» ao CDS,
com
este preparando uma coligação, presença em iniciativas desse partido e
sugestões
de voto neles, mais ou menos à descarada. Quem seguiu a noite das
eleições
na RTP/Madeira, no fim pôde registar o constrangimento mal disfarçado
com
a maioria obtida pelo PSD.
O
mesmo PSD que propusera, ajudara e trabalhara para a actual maioria
camarária
do Funchal.
E
é ver, agora, o CDS a participar na organização e nos jantares de
«candidatura»,
nos quais poucos são chamados a pagar.
Uma
pândega de chicana política, esta de fazer «jantares» com o CDS e uma
maioria
de pessoas que nem filiadas são no Partido, ou nem residem na localidade.
4.
A par, essa gente apresentou a MENTIRA que podia renegociar o Plano de
Ajustamento
Económico e Financeiro da Madeira, o que o Governo da República
recusa
na presente conjuntura e nos informou que tal afirmação não tem qualquer
fundamento
ou suporte.
O
que resulta de toda a aldrabice posta a circular, é que a atitude dessa
gente,
precisamente na presente situação muito difícil em que se evitou a bancarrota
e
se defendeu a Autonomia, a atitude dessa gente que o PSD/Madeira propôs,
ajudou
e trabalhou para colocá-los na Câmara e Juntas de Freguesia, é
verdadeiramente
uma atitude de deslealdade, de faca nas costas.
Têm
todo o direito de discordar e de se candidatar, mas não com este
espectáculo
na praça pública para destruir o PSD, mãos dadas com os nossos
inimigos
de sempre. Devem fazê-lo, sim, nos órgãos internos do Partido, e no
tempo
próprio.
Porém,
nunca se os ouviu discordar nos órgãos internos do Partido, NUNCA!
Para
agora montarem esta cena pública que pode ter consequências irremediáveis
para
o PSD.
Nem
sequer foram capazes de se dirigir pessoalmente e, numa conversa
franca
e leal, olhos nos olhos, dizerem o que os opõe à orientação – firme, é
verdade
– que o líder sempre deu ao Partido.
71
5.
Mais a mais que as movimentações que visam rebentar o PSD/Madeira por
dentro,
são iniciativa de candidatos a desempregados políticos por via da actual
legislação
autárquica, acompanhados por indivíduos que já desempenharam
funções
públicas e que estão ressabiados por delas terem saído.
Serão
estas as tais «caras novas», já usadas e gastas, a quem os «salvadores»
andam
a prometer novos «tachos»? Serão as pressões para o pacato cidadão ter de ir
a
um jantar, só porque é funcionário, um modelo de ética política?
Serão
certos termos de funcionamento autárquico, porventura exemplares?
Ou
são autistas perante a Opinião Pública?
Que
fique bem claro que não fiz fortuna na Política, nem nunca o grande
capital
me fez qualquer frete financeiro, como é bom reparar nos que entraram para
a
vida pública com uma mão à frente e outra atrás, mas hoje são possidentes
substanciais
e grandes activistas nesta movimentação. Ou, então, nem souberam
gerir
o que é seu, mas pretendem gerir a Madeira.
6.
Depois há uma entrevista à televisão, onde se declara, nem mais, nem menos,
provocar
a dissolução da Assembleia Legislativa da Madeira e, logo, termos
antecipadas
para o início de 2013 as eleições regionais de Outubro de 2015, apesar
de
o PSD dispôr de maioria absoluta!
O
PSD que o propusera, o ajudara e trabalhara para a sua eleição, mas que
quer
agora suicidar.
É
evidente o compromisso com o CDS. Fazer o PSD perder a maioria
absoluta
– então com tal «líder»!... – para depois se coligar com o CDS. E, por outro
lado
e visto que anunciou substituir os actuais Deputados, poder arranjar lugares
para
os «tachos» que anda a prometer inflacionadamente.
7.
Aliás, se dúvidas houvessem sobre os «interesses» que estão por detrás disto
tudo
– a História sabe quem trouxe a maçonaria para a Madeira e quem a foi
preenchendo
– é esclarecedor ver o apoio desesperado que a comunicação social
do
Grupo Blandy, os nossos maiores inimigos de sempre, bem como a «direita», a
«Madeira
Velha» em geral, dão a estas actividades para destruir o PSD por dentro. E
até
os socialistas, entusiasticamente, já vêm com essa das «eleições antecipadas».
8.
Tudo isto que se está a passar, é ética e partidariamente muito grave. Trata-se
de
72
um
jogo de meros interesses pessoais, dada a situação em que os intervenientes se
encontram,
trata-se de uma evidente falta de projecto político lógico e sustentável
que
assassinaria imediatamente o PSD/Madeira, trata-se de uma gravíssima falta de
Causas
identificadas com os autonomistas sociais-democratas, trata-se de uma
deslealdade
exibida na praça pública para com os Companheiros que propuseram,
ajudaram
e trabalharam para existir esta maioria autárquica no Funchal.
9.
Essa gente que nos trai na praça pública, joga com a possibilidade de contar
com
várias pessoas que se inscreveram no PSD por interesse, mas que não são do
PSD,
nunca se as viu em actos do Partido e se calhar nunca votaram PSD. Há disto,
o
que constitui um falha grave na partidocracia portuguesa e dos Partidos que não
indagam
suficientemente sobre quem são estas pessoas, antes de as aceitar.
Vemos
mais a apoiar o PSD, o Povo são, que vota em nós e não precisa de se
inscrever
no Partido!
10.
Cabe perguntar à Consciência dos Filiados no Partido Social Democrata. Vamonos
suicidar
politicamente, só para seguir as leviandades e oportunismos das pessoas
em
causa? Vamos entregar o PSD/Madeira a um testa-de-ferro dos nossos inimigos
políticos?
Vamos
propiciar ao Blandy, o monopólio da comunicação social e, assim,
fazer
a Madeira retroceder quarenta anos?
Vamo-nos
derrotar a nós próprios, depois da mudança que, juntos, fizemos
na
Madeira e Porto Santo?
Vamo-nos
derrotar a nós próprios, depois de quarenta e cinco vitórias e
termos
sempre arrasado a Oposição?
Depois
de conseguirmos estar a enfrentar a presente situação e a resolver o
problema
financeiro, vamos entregar o Povo Madeirense e o PSD, a oportunistas que
só
pensam nos seus «interesses» pessoais?
Aliás,
as declarações que vemos publicadas, caracterizam-se pela falta de
substância
do costume, um atabalhoado de lugares comuns soprados por terceiras
pessoas
e caoticamente repetidos, permanentemente à espera do trabalhinho de
outros.
São
camufladas com expressões que constituem o chamado «politicamente
73
correcto»
sem conteúdo, úteis a quem nada tem de importante para inovar ou dizer.
Exemplo,
o refúgio no apelo burguês à «boa educação», para que não se digam as
Verdades.
Como se estivéssemos numa discussão maneirista, e não sobre os destinos
da
Região Autónoma e do PSD/Madeira.
11.
Face a tudo isto, solicitámos a rápida convocação de um Congresso Regional,
para
que eleições internas ponham tudo claro.
Se
eleitos, exerceremos o mandato até ao Congresso seguinte.
Fazêmo-lo
também por uma razão ideológica.
Não
somos monárquicos e entendemos que o PSD/Madeira se deve manter
fiel
aos ideais republicanos.
Lutámos
sempre contra as esquerdas de vários teores socialistas, mas também
enfrentámos
e enfrentaremos a direita conservadora que, aliada a oportunistas,
lançou
esta golpada sobre o PSD/Madeira.
Temos
de continuar a ser um partido social-democrata fundamentado na
doutrina
social-cristã.
Quando
derrotados, esperamos que os que provocaram tudo isto ao Partido
que
os propôs, ajudou e trabalhou para os eleger, se demitam dos cargos para que
foram
eleitos em nome do PSD.
É
que, em 2013, o PSD/Madeira tem de trabalhar tranquilamente para:
a)
Enfrentar as dificuldades da conjuntura, procurando mudá-la.
b)
Preparar e ganhar as eleições autárquicas.
c)
Depois destas, preparar o Congresso Regional de finais de 2014,
princípio
de 2015.
Assim,
também tem de ficar muito claro que se os derrotados agora,
continuarem
depois a tentar rebentar o PSD por dentro, devem ser afastados nos
termos
estatutários.
Pois
só têm importância enquanto estiverem no Partido e a desempenhar
cargos
públicos.
Em
nome de um falso conceito de «tolerância» e da subversão da disciplina
democrática,
não se pode deixar destruir o PSD/Madeira.
74
12.
Em nome do que juntos temos vivido, conseguido e triunfado ao longo destes
trinta
e vários anos, pedimos que nos ajudem a derrotar esta tentativa de uns
oportunistas
destruir o PSD/Madeira.
Mantemos
o Princípio de que, primeiro, estão os Direitos e os interesses
legítimos
do Povo Madeirense, só depois as linhas que o PSD nacional for
adoptando.
Esclarecemos
que ante a recusa de uma maior Autonomia no seio da Pátria
portuguesa,
que desejamos fortemente, optamos pela separação.
Prioritário,
é o PSD/Madeira ter bons Filiados e não muitos Filiados. O que
não
impede uma nova campanha selectiva, a convidar tantos Cidadãos e Cidadãs de
Mérito
de que o arquipélago felizmente dispõe para, independentemente de
condição
académica, social e económica, se nos juntarem a trabalhar em prol de
todos
e de cada um dos Madeirense e Portossantenses.
A
Liberdade individual é um primado que respeitamos, sendo a chamada
«disciplina
partidária» apenas um instrumento de adequada operacionalidade.
O
PSD/Madeira é um Partido de Bases e não um clube elitista de alguns
centros
urbanos.
A
missão da JSD, dos TSD e dos Autarcas Sociais-Democratas, está
inequivocamente
esclarecida nos Estatutos e pelos treze Congressos Regionais
anteriores,
pelo que, nesses termos, continuará a ser respeitada a referida
Autonomia.
Viva
o PSD!
Viva a
Madeira Livre
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