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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Política das Angústias / SÁBADO


ACTO DE CONTRIÇÃO TARDIO




Chefe das Angústias só depois do mal feito reconhece que enganou a população durante 30 anos ao impingir os seus incompetentes e desleais candidatos para o desgoverno e as câmaras
 
 
O ex-Jornal da Madeira reflecte bem as esparrelas em que o chefe das Angústias tem caído e feito cair o povo. Nas campanhas eleitorais, ele glorifica candidatos com tal motivação que o eleitorado não resiste e põe a cruzinha no respectivo lugar. Mais tarde, vem reconhecer que muitos daqueles candidatos não passam de reles traidores, analfabetos, incompetentes condenados ao desemprego político, intriguistas ou simples modelos para revistas de cabeleireiro.


Basta passar os olhos diariamente pelo 'jornal de campanha' de Jardim - antigo 'Jornal da Madeira' - para se perceber que o rei da tabanca aceita hoje haver-se enganado quando impingiu ao eleitorado laranja muitos candidatos a lugares públicos que depois lhe 'roeram a corda', tornando-se nos quadros mais incompetentes do mundo.
Mas o 'mea culpa' mais ou menos envergonhado vem sempre demasiado tarde, ou seja, depois de o povo ter caído nas enganadoras campanhas eleitorais interpretadas pelo eterno monarca, também conhecido por D. Perpétuo I e Único.
 
 
 
Jornal de campanha bem feito, mas ainda descoordenado
 
 
 
O 'jornal de campanha' cumpre bem o seu papel, embora com certa descoordenação de funcionamento. Parece que a definitiva viragem editorial da publicação ainda não foi comunicada à direcção editorial.
Por exemplo, na edição do último sábado, jornalistas da casa, opinadores e repórteres da Quinta das Angústias atacavam de ponta a ponta das páginas a situação regional - viva Jardim, morra Miguel Albuquerque. Ao passo que a direcção, desenquadrada quando devia sintetizar e dar coerência à edição regionalíssima, ocupava duas colunas de alto a baixo a desancar... na governação de Victor Gaspar, Álvaro Pereira e Relvas.
E neste 5 de Outubro, idem aspas: enquanto a edição aborda o louco dia-a-dia regional, o director perde-se outra vez nas apreciações a Relvas, Gaspar, Passos Coelho, TSUs, OE.
Ou o resto do jornal é pirata ou a posição directiva continua fora de esquadria.
 
 
 
Jardim tem razão quando arrasa os autarcas do PPD que nos governam há 30 anos - escolha dele, por acaso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há que séculos grande chefe deixa os funchalenses entregues a traidores e futuros desempregados políticos? O homem engana tudo e todos, haja Deus!
 
 
No seu corpo principal, o 'jornal de campanha' revela bem por estes dias os exemplares de governantes e autarcas que o grande chefe das Angústias tem impingido aos madeirenses nas listas do PPD.
Um presidente de câmara que permite à sua vereação fazer dumping no processo de reflorestação do Parque Ecológico.
O mesmo presidente das revistas de cabeleireiro que trai o padrinho distribuidor de tachos e que nada percebe de portos como se vê pela sua ideia de prolongar a Pontinha.
Foi este Miguel Albuquerque o presidente que o régulo tanto elogiou nas eleições autárquicas de 1997, 2001, 2005 e até em 2009, dizendo dele e das suas equipas maravilhas irrepetíveis.
Pois agora o chefe repara que o malandro quer o seu lugar na liderança do PPD e descobre-lhe defeitos que não viu em 20 anos!
E o 'jornal de campanha' não se tem poupado a esforços para pegar em pontos pouco sólidos de Costa Neves, vereador eleito pelo PPD que decidiu relevar os podres da governação tribal. Costa Neves apanhou já um aviso de processo no tribunal pelo que disse do aterro, notícia que mereceu uma última página inteira do ex-JM. E foi denunciado por este panfleto no caso de uma cavalariça cheia de moscas, estábulos, feno e parece que até cavalos, ali para os lados da Rua Bela de São Tiago, situação a que o referido vereador terá fechado os olhos.
E há também no ex-JM as notícias rabiscadas nas Angústias sobre Rubina (des)Leal e o destaque a declarações de terceiros desde que vilipendiem Pedro Calado - tudo gente do renegado Miguel Albuquerque, repare-se.
Veja-se, pois, a equipa do PPD a quem Jardim entregou uma capital da Região - não apenas num, mas em diversos mandatos! 
 
 
Chefe já se enganara com Sá Fernandes, João Dantas e Virgílio
 
 
 
João Dantas foi um ás do jardineirismo até que cheirou a derrota: aí foi desviado da presidência do Funchal para a mordomia da assembleia municipal, ligada à ficha da EEM.



Virgílio foi grande, depois incompetente, voltou ao cimo, caiu para militante de base por causa dos garotos da ALM, e hoje é padrinho da candidatura do chefe nas eleições internas.

 
Atenção que antes de Albuquerque o chefe da tabanca já se enganara. Depois de gastar garganta por esses sítios a propagandear o nome e as qualidades de Sá Fernandes, reparou depois que ele apanhava 'banhos' nos debates de TV com António Trindade, pelo que fez desandar o homem.
Quanto mal fez ele à cidade, entretanto?!
Idem com João Dantas, que o patrão impingiu aos munícipes funchalenses pintando-o como vedeta do poder local, para depois dos perigos e ameaças da coligação oposicionista "Pelo Nosso Funchal" (1989), dizer à população que era preciso candidatar outro (1993).
Lá veio à pressa de Estrasburgo Virgílio Pereira! Jardim em cima dos muros a cantar com o Vasco dos Galáxia, nos comícios - que ali estava o salvador da cidade, que o passado passara e que chegara a vez do "Funchal de alto a baixo".
O povo deixou-se embalar.
Mais uma vez.
Meio ano depois, quando Virgílio estrebuchou por causa do caos nos cofres da edilidade (de cada gaveta que abria saltava um 'cachorro' de 30 ou 40 mil contos para pagar), o chefe concluiu que, afinal, o ex-eurodeputado se revelara uma nulidade para governar sem dinheiro.
Mas foi o candidato que o chefe pôs o eleitorado a votar e a sofrer uns tempos.
 
 
As populações rurais também vítimas dos caciques de Jardim
 
 
 
 
Antero foi presidente da Calheta no tempo de Ornelas Camacho, em que Jardim era líder do PPD. Mais tarde, chefe pô-lo a mexer, não se recordando hoje desses tempos, já que se gaba da eterna lealdade calhetense.


Nem Jaime Ramos salvou seu amigo Egídio Pita, um baluarte do jardinismo em quem o chefe viu tardiamente um pistoleiro incompetente. A oposição já dizia isso, mas sabe-se que uma verdade só ganha estatuto depois do chefe a dizer.

 
 
Isso também aconteceu pelas zonas rurais. Antero Vasconcelos era o supra-sumo do municipalismo na Calheta e a população acreditou. Pouco tempo depois, afinal era um incompetente.
Egídio Pita primava por gerir a Ponta do Sol sem dívidas, mas depois era tudo bluff, sempre na voz de chefe Jardim - Egídio não passava de um pistoleiro a despedir o mais rapidamente possível.
E Jorge Gomes de Machico. Outros chefes locais da Ribeira Brava, do Porto Santo, de Santa Cruz. De melhores do mundo, passaram a perigosos infiltrados da oposição e péssimos gestores municipais.
Mais recentemente, Humberto Vasconcelos, uma descoberta do grande chefe para elevar São Vicente ao patamar de Oslo e Copenhague, e com isso enganando os eleitores, perdeu-se pelos corredores da intriga de catre até à perdição política. Chefe correu com ele. E lá está dr. Romeira no posto, à espera da sua vez de passar a incompetente.
 
Numa palavra, achamos não estar certo, mesmo tratando-se do indiscutível chefe da tabanca, andar-se a enganar tantos anos o povo espetando-lhe toda a casta de incompetentes nas câmaras e no governo - desde vereadores envolvidos em cavalariças com moscas a presidentes que aparecem em revistas de cabeleireiro ou alinham em intrigas pastoris para estragar o romanceiro de cada um.
O patrão clama bem alto as tristes façanhas desses tratantes e marotos da política, mas entretanto pôs os contribuintes nas unhas deles tantos anos.
Isto, claro está, sem querermos dizer que quem se enganou tanto e prejudicou as populações durante 3 décadas, ao candidatá-los, é que devia ser demitido.
Muito menos devemos espicaçar o povo no sentido de, para o ano, votar contra os candidatos que o chefe indicar para as municipais - ou seja, os futuros incompetentes e traidores.
...Se ele ainda lá estiver para fazer mais escolhas estapafúrdias, ressalve-se. 
 

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