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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cada partido tem o 'Barrete' que merece


NUNO MELO, O 'RUI BARRETO' DE LÁ












Está consumado: Assunção Cristas é a valorosa candidata à sucessão de Paulo Portas no CDS-PP. Se não aparecer do nada um pretendente que a consiga derrotar nas internas, será uma mulher a dirigir doravante os destinos do partido. Nuno Melo fugiu à luta. Há males que vêm por bem.




O processo de mudança de presidência no PP ao nível nacional corre de forma distinta do que se verificou na Madeira com a saída de José Manuel Rodrigues. De semelhante, apenas a curiosidade de os centristas-direitistas nacionais também terem o seu Rui Barreto, na circunstância o eurodeputado Nuno Melo.
Nas mudanças se fundo actualmente em movimento no partido, com hipocentro no Caldas, não têm lugar, nem por sombras - bem ao contrário do que se passou no Funchal - aproveitamentos pessoais e de facção a coberto de uma hipotética necessidade de transição. Qual transição qual carapuça!
E veja-se que saiu de cena um líder carismático do tamanho de Paulo Portas!
Assunção Cristas simplesmente esperou pela hora certa para, sem rodeios, se apresentar como candidata à liderança, passem as aparentes titubeações quando lhe perguntavam, nos últimos dias, se avançaria contra Nuno Melo.
Já este, em quem muitos viam o mais provável sucessor do carismático Portas, deu ideias de avançar, abrandou, parou, avançou mais um pouco, recuou e tornou a parar. Para, finalmente, vir botar palavra com um dos discursos mais gagos que temos ouvido em circunstâncias do género. No País. Porque aqui, na Região, aconteceu algo parecido nas justificações de Lopes da Fonseca e de Rui Barreto durante o carnaval de loucos em que resultou o congresso regional da 'mudança' entre populares.
Nuno Melo, como Barreto e Fonseca, também meteu os pés pelas mãos ao tentar justificar nas últimas horas, perante os jornalistas, o porquê de não se candidatar.
O rapaz disse que estava no Parlamento Europeu e que, sendo a Assembleia da República o centro do debate político nacional, onde os líderes da oposição debatem directamente com o primeiro-ministro, como iria ele então estar em Estrasburgo e ao mesmo tempo ali na Calçada de São Bento!
Não houve ninguém que lhe soprasse: Fácil! Você arruma as malinhas, deixa o vencimento pornográfico da Europa e vem dar o cabedal para a Província! Assim já não teria remorsos pelas críticas que fez quando Ribeiro e Castro foi líder partidário continuando a papar aquelas notas de 500 euros aos montes, na Europa.
Isso é o que o Leitor pensa. Porque Nuno tinha engatilhada uma teoria para o caso de lhe pregarem com essa de vir embora à papo-seco. É que - disse ele - se por acaso viesse para líder, teria de ocupar o seu lugar no hemiciclo dos pobres, em São Bento. O que levaria ao 'despedimento' dos deputados populares de Braga, à sua frente na lista. Chatice! Como é que ele poderia enveredar por uma patifaria dessas?!
Diríamos: homem, em nome dos superiores interesses do partido, você devia...
Mas ele também meteu os pés por aí: "Não posso nem devo exercer o mandato de terceiros nem mesmo que seja ao serviço do partido."
Brilhante! A liderança de um partido do 'arco da governação' (ou que diabo é) em causa, num momento crucial, e o prometedor político entregue a estas 'mariquices partidárias'!
Mas, porque há sempre a hipótese de alguém lhe desmontar o esquema, que resulta apenas dos seus receios de pegar no partido pelos cornos, arriscando-se a voltar aos tempos do 'táxi', Nuno Melo deixou ainda outro 'argumento' no ar: com esta renúncia, ele está a evitar a balcanização do PP, assumindo-se pelo contrário como um factor de unidade e coesão que dê mais força ao partido para enfrentar os desafios futuros."
Mas onde é que já ouvimos isto?
Enfim, Assunção Cristas agradece. E o País também. Os partidos, como instituições essenciais à Democracia, precisam de ter à frente líderes a sério, prontos para o que der e vier, e não promessas afinal feitas para serem mandadas toda a vida. 
A ex-ministra da Agricultura mostrou como é. Dos fracos não rezará a História. Quem diria que Assunção nasceu no dia da Maioria Silenciosa, 28 de Setembro de 1974 (em Luanda)?!

2 comentários:

Anónimo disse...

o Barrete começa a ser conhecido pelo peidinho do CDS, dá o fó mas o rabinho não é dele!

Anónimo disse...


Na Madeira foi tudo muito sujo, com o Barrete a assinar/negociar com Fonseca o seu lugar de líder Parlamentar. Barrete daqui a 2 anos diz que ficará uma pessoa séria e honesta (longe da maçonaria)!!!