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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Pequenas-grandes coisas


A CÂMARA TEM FEITO TANTO
MAS AINDA HÁ UMAS 'NECESSIDADES'


Isto aqui é a esquina da Rua Padre Gonçalves da Câmara com a 5 de Outubro, onde antigamente a populaça podia fazer o seu chichi.


Ao contrário do que costumam dizer os politólogos, as obras que não estão à vista também podem dar votos. Depende da ocasião



Para situar, retomamos um artigo de opinião que lemos segunda-feira no diário centenário segundo o qual... Perdão, não é esse artigo. Segunda-feira era o presidente Cafôfo a dar a sua opinião abalizada sobre a excelente estratégia montada pela Câmara do próprio Cafôfo para levar em frente uma carga de projectos que farão do Funchal um sucesso turístico até 2017.
Queríamos evocar, sim, um artigo da véspera, domingo, onde se podiam ler elogios ao trabalho desenvolvido "pelo executivo liderado por Paulo Cafôfo". Antes do mais, vamos mais longe: não só concordamos com os elogios ao executivo liderado por Paulo Cafôfo como tornamos esses elogios extensivos ao próprio Cafôfo, já que o presidente tembém deve ter dado alguma ideia, bitaite ou palpite sobre esse "trabalho desenvolvido". Depois, queremos fazer notar a isenção de mais este artigo em louvor da Câmara, já que o seu autor, se bem que desempenhe as funções de chefe de gabinete do presidente do município, assina o escrito na qualidade de presidente do PS-Funchal. Como se sabe, aquilo na área socialista é chicharros para um lado, bogas para outro.
Atalhando caminho: aquele artigo serve sobretudo para o autor pôr em evidência nas páginas do DN as distinções atribuídas nos últimos tempos à Câmara e que o DN, segundo releva o articulista, pôs em evidência nas suas páginas do dia 12. Parece confuso, mas nem por isso.
Entre essas distinções, como recorda o articulista Iglésias, contam-se galardões, prémios, bandeiras verdes, uma praia para invisuais, além da tradicional limpeza, recolha de resíduos, reciclagem, cuidados de jardins - enfim, trabalhos de terreno que não se encontram em muitas cidades do mundo.
Vem tudo isto a propósito das queixas, imprecações e palavrões ouvidos amiúde na baixa do Funchal e que nos levam a deixar aqui um reparo: muito bem, senhores autarcas, parabéns por esses feitos todos na cidade, em que por acaso ainda não tínhamos reparado, a não ser na publicidade municipal plasmada nos muppies espalhados pela capital. Tudo isso deve ser muito valioso e merecedor de prémios. Mas... e como é que resolve o seu problema o munícipe que se vê à rasca para despachar súbitas necessidades quando em trânsito nas bem cuidadas ruas do Funchal? Os velhos berram por direitos adquiridos: se precisam de fazer chichi várias vezes ao dia, por causa da próstata e não apenas, então a Câmara deve pelo menos abrir os urinóis que sem explicações resolveu fechar.
Não são apenas os velhos, claro, porque na hora do aperto somos todos iguais. Há gente inclusivamente que fica envergonhada só de ver conterrâneos e turistas mendigarem nos cafés a chave do lugar secreto. Às vezes, é preciso fazer despesa sem necessidade.
Quando uma pessoa vagueia perto do 'metro', na Praça da Restauração, o caso está resolvido. Mas se estiver a contar com os WC da Avenida, perto do teleférico, ou com os da Rua Padre Gonçalves da Câmara, nas barbas de presidente, vereadores e assessores, o problema pode acabar a cheirar muito mal - que desculpe o mau jeito quem aguentou isto até aqui.
Vejamos as coisas com seriedade. É verdade que uma pessoa pode dar uma mijinha atrás de um carro estacionado. Sempre se fez, não armem aos santinhos. Mas isso tornou-se tarefa complicadíssima desde que Paulo Cafôfo correu com os carros da baixa para dar espaço às motos.
Não venham dizer também que se Zé Pedro Pereira se desenrascou às mil maravilhas, qualquer funchalense pode fazer o mesmo. Não senhores. A frota  da PSP não é assim tão vasta e não vai aparecer um creme nívea à mão sempre que o cidadão tiver uma necessidade.
Andar algaliado ou com um bacio debaixo do braço? Não brinque com a gente, sor presidente.
Despedimo-nos com um aviso: é possível que os senhores autarcas estejam a reservar as obras nos WC para inaugurar para o ano, em cima das eleições municipais. Vê-se que já houve obras, só que persistem os letreiros 'fora de serviço'. Ora, se deixam isso para o ano, a aflição do pessoal que passar ali logo a seguir à inauguração, depois de andar a rebentar tanto tempo, provocará sem dúvidas nenhumas uma cheia na Ribeira de Santa Luzia que levará a dupla foz junto da Casa da Luz pelo mar dentro.  

6 comentários:

Anónimo disse...

Para esta gente não é necessário wc...eles já estão habituados a se desenrascar ou não fosse esta uma equipa constituída por um vereador que se desenrasca a dormir num saco cama na câmara, outra que desenrasca os serviços de babysiting com a secretaria, um presidente que se vai desenrascando com a secretaria, dirigentes nomeados provisoriamente para desenrascar...acham que uma retrete lhes faz falta????

Anónimo disse...

Muita comichão a equipa do Professor Paulo Cafofo faz por estas bandas.

Anónimo disse...

muita comichão ??? só se for das pragas que o mau trabalho deixa , como refere o artigo há cada vez menos wc públicos , as matilhas de cães abandonados estão em toda a cidade ( enquanto morderem madeirenses ainda se esconde , quando começarem nos turistas até o DN vai deixar de esconder), os bandos de pombos estão em todo o lado e incontroláveis ,ninguém consegue estar num café , é só aguardar o inicio da primavera para ver as alergias a disparar.
tudo isto e muito mais é a falta de trabalho do Montanelas .

Anónimo disse...

A comichão devem ser xatos. Daí terem fechado o WC.

Anónimo disse...

Ora se não ia aparecer o assessor a defender a equipa do Professor Paulo Cafofo! Ainda bem que existe Quitoso!

Anónimo disse...

Pior que os chatos são os kikis....são os chatos que dão nos qui....dos chatos hahahaja....