Presidenciais no Funchal

DIREITA CAVIAR FAREJA BELÉM

GREGÓRIO CUNHA

Já não é bem direita. Porque, nesta fase da corrida à Presidência da República, não há direita em Portugal. O Professor Marcelo nem sabe de que é que isso se trata. Sim, já ouviu uns rumores sobre um tal Passos Coelho e um tal Paulo Portas, assim como sobre uns partidecos, qualquer coisa PSD ou PP, que se movimentariam num charco político retrógrado e direitista. Mas o Professor nem os conhece direito, nem aos homenzinhos Passos e Portas nem aos partidecos.

Para falar a verdade, há muito que Marcelo Rebelo de Sousa se esqueceu daqueles tempos do aventureirismo marcellista, bem como das lutas subversivas contra o regime democrático de 1974-80, então em flor. Desde há muitos anos, Profe Marcelo é de Festa do Avante para cima. Ofereçam-lhe uma t-shirt com o Che e verão se não lhe enfia cabeça e tronco. De vez em quando, até dá uns toques numa bola de futebol ou faz um boneco junto da estátua de Cristiano Ronaldo, como fez hoje no Funchal.

Bem: tanta lengalenga para explicarmos a foto captada esta manhã pelo nosso companheiro Gregório Cunha, na nossa capital. Dá a ideia de que ali anda vaga direitista em busca do rumo para Belém. Mas, se a onda é mesmo direitista, está bem disfarçada - ou então é uma direita caviar, recíproca da outra, de esquerda.