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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PTP em acção

                      


Agricultores esperam e desesperam por água de rega

O deputado do PTP, fez hoje uma iniciativa em prol dos agricultores madeirenses nos quais diz que estes esperam e desesperam por água de rega. Coelho, deu o exemplo, dos bananicultores de Santa Cruz que só têm água de giro uma vez por mês e denunciou a situação vivida pelos agricultores da Caldeira e do Estreito de Câmara de Lobos que estão há cerca de um mês sem água para as bananeiras, uma autêntica vergonha considera o deputado do PTP!
Além do mais, cada vez que o agricultor quer fazer algum projecto ou receber um subsídio para a prática da agricultura tem de enfrentar uma burocracia tremenda com mais de 50 documentos. Pelo andar da carruagem,o deputado do PTP, conclui: que a Secretaria da Agricultura e do Ambiente só serve para dar emprego aos meninos queques do PSD, porque os agricultores estão completamente abandonados.
Texto PTP

Dura lex... (actualizado)




DILMA DESTITUÍDA





Como se palpitava, os senadores brasileiros votaram a favor da destituição da Presidente Dilma Rousseff. Contas claras: 61 votos pela saída, 20 pela continuidade.
Não conseguimos adivinhar a divisão de culpas e de inocências no intrincado processo Lava Jato. Parece inconclusivo esse apuramento. Em todo o caso, está decidido. Resta esperar que este desejo de lavar as mãos à política brasileira não esmoreça a partir deste desenlace.
Uma segunda votação veio permitir que Dilma possa continuar a ocupar cargos públicos.

Opinião



Política e política



Nos países onde a maçonaria reconquistou poder, não haja de momento ilusões. Não se chega ao topo sem o aval da “formiga branca”, o candidato pertença-lhe ou não.

Depois, claro, há que saber “agradecer”.

Daí que as pessoas menos atentas se surpreendam com comportamentos aparentemente absurdos de quem tem a obrigação de dignificar e de defender as funções de Estado que lhe estão cometidas. Do género descer do seu lugar para se deslocar a beija-mão inadmissível - que parece estar na moda - atitude a branquear a História de exploração de um Povo e que ofende Companheiros leais que se bateram pela Liberdade e pela Autonomia contra os agora cabotinamente incensados.

As funções de Estado, tal como um exame académico, exigem uma preparação cuidada.

Não se pode deslocar levianamente. Antes, há que avaliar bem o que é para fazer e se blindar contra a produção de declarações incorrectas.

Tudo pode ser muito bonito, muito afectivo, muito mediático.

Só que, em Política e na Hora da Verdade, não é isto que conta.

A Hora da Verdade é quando, em vez das facilidades, chega o momento exigente e difícil de resolver e de ultrapassar os grandes problemas do Estado.

Lembram-se da fábula “o rei vai nú”?…

Funchal, 31 de Agosto de 2016

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim

DIÁRIO DOS MILHÕES


Os mercados regionais continuam nervosamente calmos demais. Hoje as pantalhas estão a zeros na tabela dos Milhões. Ou seja, igual aos últimos dias. Porque se as primeiras páginas alardearam Milhões nas últimas edições, isso não quer dizer pescoço, aquilo é só para o título garrafal. Em termos práticos, zero. Afinal, como hoje. E se estamos todos os dias com os Milhões a zeros, pelo menos podemos invocar a nossa regularidade financeira: sempre tesos.
Mais atrevido económico-financeiramente falando foi o soldado Milhões da I Guerra. Mesmo de bolsos vazios, limpou uma caterva de boches... usando as cartucheiras do inimigo. 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

UM COMENTÁRIO



Meu Caro Calisto, hoje vai prosa longa até porque isto começa a justificar a “importação” do seu Islandês para explorar o lado cómico disto tudo.

Valha-te Deus Alberto! Um texto destes, escrito por alguém que durante anos “despachou” outros para a consulta do Dr. Saturnino, causa perplexidade. Atendendo a que aquele médico está reformado, a gravidade da situação aconselha consulta fora Região junto de especialistas de renome mundial. Vai a Bruxelas, ou mesmo até à terra do Pai Natal, na Lapónia. Não havendo remédio na medicina o mito também serve.
Olha, tu escreveste isto:
“E vingam-se dos que lhes fazem oposição. Entretêm a “opinião pública” através do servicinho que presta a“ opinião publicada”, para tal até instrumentalizando a “justiça”.
Lê o texto abaixo e vê se adivinhas qual foi a central de propaganda onde surgiu:
Indignação pelas declarações da Chanceler Merkel
Como cidadão alemão, vivendo na Madeira há 43 anos (hoje, mais português do que alemão), não posso deixar de expressar a minha indignação e repugnância pelas declarações proferidas pela Chanceler Ângela Merkel acerca da majestosa obra que foi feita nesta ilha maravilhosa.
São declarações absurdas, abusivas e sem sentido, feitas levianamente, pois não conhece, nem nada sabe o que era esta ilha quando aqui vim pela primeira vez e naquilo em que ela se tornou, graças a um homem que teve a coragem de, contra tudo e contra todos, transformar a vida dos madeirenses os quais defende intransigentemente e que pela Madeira é capaz de dar a sua vida.
Merkel e Sarkozy pretendem dominar e fazer prevalecer a sua supremacia sobe os restantes países europeus, pelo que fico estupefacto como é possível que os restantes 25 países admitam ser comandados e manipulados com as suas ideias e as opções do referido duo, que tanto têm prejudicado o caminho europeu.
Hoje, já há muito descontentamento no meu país com as políticas merkelianas e esperam, e desejam, a sua derrota nas próximas eleições que terão lugar a curto prazo.
Para terminar, convido a Sr.ª Merkel a visitar a Madeira e ver in loco a obra grandiosa que aqui se fez. Klauss Friedrich”.
Ficaste vaidoso com o Klauss? Vai busca-lo, para que ele ajude a descalçar a bota.
O Klauss defendia-te das criticas de Merkel à tua irresponsável gestão financeira.
Enquanto não vais a Bruxelas, pelo sim pelo  não, avia a maior embalagem que houver de pastilhas para a falta de vergonha.

Gaudêncio Figueira


O FUNCHAL QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO VIU


Dando continuidade ao trabalho de alerta sobre o património natural e cultural da Madeira, estive, esta manhã,  na companhia do Eng. Danilo Matos e do Doutor João Baptista, a observar a bacia hidrográfica da Ribeira de Santa Luzia, duas semanas após o incêndio, que percorreu o vale principal e muitos dos seus afluentes, desde os 1500 metros de altitude até ao centro histórico do Funchal.
Cruzámos os nossos conhecimentos sobre o estado do território e terminámos esta jornada de estudo com enorme preocupação.
Setembro é já depois de amanhã e as chuvas do equinócio de outono podem aparecer por aí.
Registámos imagens dum território muito fragilizado, que propositadamente não foi mostrado ao Presidente da República.
Aqui ficam os links de 4 pequenos vídeos gravados esta manhã, com o objetivo de alertar a opinião pública para a gravidade da situação:

Ribeira de Santa Luzia - vista desde o Pico Alto (https://www.youtube.com/watch?v=woYsdwksaRM)

 

VALE DA RIBEIRA DE SANTA LUZIA NA ZONA DOS TORNOS (https://www.youtube.com/watch?v=i21SrlDDJeQ)

- FUNCHAL - frágil, exposto ao rigor da natureza e à incúria dos homens (https://www.youtube.com/watch?v=rzrtMzxJ-T4)


- CORUJEIRA - Freguesia do Monte (https://www.youtube.com/watch?v=1oe0JTpWF7I)  

 

 

Funchal, 30-08-2016


        Raimundo Quintal

Opinião





POUCA VERGONHA!







O regime político português não suporta adversários, tradição do malfadado dogmatismo nacional.
Eles são assim, desde a “direita” à “esquerda”.
E vingam-se dos que lhes fazem oposição.
Entretêm a “opinião pública” através do servicinho que presta a “opinião publicada”, para tal até instrumentalizando a “justiça” - que não se devia prestar a isso - vasculhando o que nós, adversários do regime, dissemos “antes de Cristo” no uso normal e civilizado da Liberdade política de acordo com a Jurisprudência das Democracias europeias.
Poeira nos olhos do Povo, para esconder o colapso que Portugal atravessa por enquanto disfarçadamente.
De que a Banca é exemplo grave, embora irresponsavelmente se assobie para o lado ante a inevitabilidade das consequências que aí vêm.
Ou queriam que, com este estado de coisas situacionistamente prolongado pela “classe política” que temos, alguém de bom senso colocasse um cêntimo neste País?!…
Agora a Caixa Geral de Depósitos!…
Até esta!…
Neste momento, a quem inteligentemente olhe para a Banca em Portugal, dá a impressão que os Portugueses andaram a fazer as suas legítimas poupanças para que bandos apadrinhados e consentidos pelos partidos da Situação dessem descaminho a tais dinheiros, arruinando e desacreditando internacionalmente o sistema financeiro português.
Mas, à boa maneira situacionista de cobertura do regime pôdre da Constituição dos srs. Jorge Mirando e Vital Moreira, defesa mais uma vez organizada desde a “direita” à “esquerda”, a culpa é de .. ninguém!
Ou melhor, é dos Portugueses.
Outra. Os chamados “Panamá Papers”!… Tanto barulho, tanta especulação, nada!… Afinal, só o silêncio da Situação.
Até dera para um programa televisivo, com uns funcionários de comunicação “social” arvorados em beatas tontas sobre “missão”, “ética” e outros lugares comuns de que se julgam ungidos.
Porém, nada mais apareceu, a “montanha pariu um rato” neste justicialismo policiesco, quando começou a constar que, tanto políticos como gente da referida profissão, lá pelos “panamás” também recebiam “o seu”, a troco de manter esta desgraçada Situação política portuguesa.
Abafado o assunto!…
Mais uma vez a responsabilidade é de ninguém.
Ou melhor, é dos Portugueses.
E as Instituições que fizeram Portugal, como Pilatos, lá vão dizendo que … “isso é com os políticos”!…

Funchal, 30 de Agosto de 2016

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim




FOLHADO DA MADEIRA

O Folhado (Clethra arborea), pequena árvore da família Clethraceae, é endémica da Madeira.
Entre julho e setembro as suas flores aromáticas são as que mais brilham na Laurissilva.


       Texto e fotografias: Raimundo Quintal

A NOSSA ALDEIA






Logo de manhã, senti uma volta no estômago de susto, ao dar com a foto de fundo na 1.ª do DN. Olha, os fuzileiros portugueses resgataram mais náufragos migrantes, oriundos da Mauritânia ou da Argélia, e parece que os trouxeram para as Desertas. Uf, nada disso. A imagem mostrava Marcelo a saltar nas rochas do Bugio, da Deserta Grande ou onde raio foi, para dar alguns dos seus célebres afectos também às cabras e aos coelhos que, coitados, andam a monte nos carreiros escabrosos lá dos penedos. Com o País pendente de mais esta digressão presidencial, que termina com a já tradicional afirmação de soberania verde-encarnada nas Selvagens, pudemos ainda perceber que Miguel Albuquerque, depois de um dia ter mandado Cafôfo borda fora de um pesqueiro no Caniçal só porque o Mayor funchalense estava de sapatos azuis, aparece como aparece nesta foto tirada nas Desertas. Ora repare o Leitor, para não me chamarem mentiroso.





(Foto JM)


Muito contestado foi o mesmo Mayor do Funchal por ter trazido técnicos do Porto com a missão de estudar à lupa as ruínas dos incêndios, deixando os especialistas madeirenses de braços cruzados. Ora adeus, o homem sabe o que está a fazer. Com esta jogada de intercâmbio mediático, foram fotografias do Mayor em jornais e entrevistas nas TVs, à chegada dos ditos técnicos. Mais um basqueiro de microfones e câmaras durante os delicados trabalhos. E na despedida do grupo, uma cerimónia de todo o tamanho para o edil dizer simplesmente 'obrigado' aos rapazes do Rui Moreira - obviamente com repórteres de ponta a ponta da sala, em harmonia com a importância do solene acontecimento. Dizer 'obrigado' às vezes é muito importante, principalmente quando há holofotes. 
Pergunto: se tivesse posto os técnicos de cá a fazer o seviço, quantas fotografias isso daria ao Paulo?


(Foto DN)


Por falar em perspicácia política. Podem dizer que Carlos Pereira se impinge diante das câmaras que cobrem as agendas diárias para mostrar que existe. Que se uma pessoa não ler o Diário uma semana julgará que o homem emigrou. Que o líder do PS-M não consegue acertar com uma iniciativa que marque a agenda política da aldeia, nem que seja por umas horas. Que perante uma situação em que há dois protagonistas perfilados no topo da actualidade insular, Albuquerque e Cafôfo, mestres no jogo do 'jornalismo', o chefe socialista devia ignorar este quotidiano bacoco de Marcelos e lutas de galos ilhéus, impondo-se com uma política para as autárquicas de fazer calar a assistência, com nomes e projectos capazes de interessar eleitores e povo em geral, sem receio de queimar seja quem for. Podem dizer ainda que o líder do PS-M caiu na ratoeira de imitar os mestres das revistas de cabeleireiro, onde ele perde por 100-0 quer com Albuquerque quer com Cafôfo. Podem até lembrar que o bom general escolhe o terreno da batalha, e que se Carlos Pereira atraísse a soldadesca ao terreno da competência económico-financeira, era ele a dar 100-0 aos tais actores de cabeleireiro. Podem dizer tudo isso. Mas esquecem-se de um pormenor: Carlos Pereira está a construir um álbum de fotografias que faz favor! Não sei se já tem selfie com Marcelo, mas poses bem enquadradas, embora forçadas, com secretárias e secretários de Estado, chegando a ministros e até ao Costa, ui, é uma colecção a potes, para passar à D. Posteridade. Mesmo que digam que o PS-M não pode continuar a pautar a sua actividade de oposição em função das fotografias do líder.
Que quero dizer com este arrazoado? Esperem pelas eleições, quando num debate de campanha o nosso Amigo Carlos puxar do álbum de fotografias e lançá-lo em rosto aos desarmados adversários. E o povo: ah ele até tem uma fotografia com a ministra Constança? É fatal: as sondagens mandam logo o PS-M para os píncaros.
'Apareço, logo existo'.
Mais nada.

DIÁRIO DOS MILHÕES


O Mercado Regional dos Milhões começa o dia hesitante e com tendência para retracção devido aos spreads punitivos na praça nervosa. 
Depois do início, ontem, das injecções que o Gasparzinho programou para picar os colegas de governo, começando pelo Faria Nunes da Saúde, com 3 Milhões no tubo de ensaio para dar o exemplo, e avisando que nenhum secretário ou secretária fugirá com o rabo à seringa, hoje é a Câmara do Mayor a queixar-se de asfixia. O DN cita um vereador segundo o qual a edilidade propôs contratos-programa no valor de 4 Milhões, ouvindo do governo: vai gamar ou vai à cata de linhas de crédito, que também 'oferecem' Milhões.
O JM traz hoje, também na capa, o astronómico número de 48 milhões, adocicando o bico dos investidores falidos. Isso à primeira vista, porque ali mesmo se explica que se trata de 48 Milhões de árvores necessárias à reflorestação pós-incêndios. Ora, mesmo que sejam árvores das patacas, daqui até darem fruto não nos doam os bolsos. 
Esta continua a ser a terra onde mais se fala de Milhões sem que se veja a cor de uma nota de 50 euros.

"Podemos fazer muitas promessas, porque não cumpriremos nenhuma"




O HUMORISTA QUE GANHOU AS ELEIÇÕES 
PARA A CÂMARA DA CAPITAL ISLANDESA 



Os partidos e políticos tradicionais estão cada vez mais demodés


A propósito de uns artigalhos que produzimos pr'aqui de vez em quando, invocando a moda que por esse mundo vai de ignorar partidos e políticos tradicionais nas eleições em benefício de candidaturas as mais aberrantes, o 'Courrier' traz a história daquele humorista que surpreendeu a Europa ao vencer a Câmara da capital islandesa em 2010.
Jón Gnarr fazia sketches para a TV, muitos deles sobre política. De repente, com amigos geralmente músicos ex-punk, todos uns anarco-surrealistas levados da breca, decidiu fundar o 'Melhor Partido'. Com recurso às redes sociais, surgiu a provocação: "Para quê votar nos menos bons quando se pode votar no melhor?"
O crash norte-americano respingara terrivelmente a Islândia, cujas finanças desapareceram do mapa. No meio da crise, a ideia de Gnarr se candidatar à Câmara de Reiquejavique foi lançada em força na net.  
Os partidos tradicionais sorriram. E as primeiras sondagens para essas eleições davam ao 'Melhor Partido' 0,7% das intenções de voto.
A mensagem de retirar o poder aos políticos carreiristas não foi abandonada, pelo contrário. E os doidos colaboradores de Gnarr sempre estribados no humor. Diziam eles que, depois de terem trabalhado no duro, chegara a hora de serem bem pagos para não fazer nada.
Quanto a promessas, uma foi dar aos munícipes transportes gratuitos. Outras, distribuição de toalhas de banho gratuitas nas piscinas e a importação de judeus para haver quem percebesse de economia na Islândia. "Podemos fazer mais promessas do que os outros, porque não cumpriremos nenhuma", disse Gnarr, citado pelo Courrier.
Em pouco tempo, as sondagens davam 10% ao Melhor Partido. Mas continuou a subir notoriamente a popularidade do candidato, que fora auxiliar de psiquiatria, motorista de táxi e baixista de um grupo punk até descobrir que detestava música, preferindo falar, e daí tornar-se humorista.
A campanha eleitoral do Melhor Partido não meteu donativos, dinheiro nem cartazes. Gnarr comparecia aos debates televisivos e, na sua vez de discutir, contava anedotas. Numa entrevista televisiva, deu bronca, por desconhecer os dossiês. "Não tenho opinião", chegou a responder numa das perguntas. 
Segundo o autor da reportagem, Gnarr "saiu do estúdio desmotivado e humilhado, sentindo-se um pateta". Mas logo a seguir a sua popularidade disparava para 20%. 
O xeque-mate deu-se com a inspiração de um vídeo com as estrelas de rock do partido a cantar uma adaptação da música de Tina Turner "Simply the Best". 
A duas semanas das eleições, as sondagens davam 38% ao Melhor Partido. Que ganharia mesmo as eleições, em Maio de 2010. 
Comentário de Gnarr: "Esta campanha decorreu como dizia Gandhi - primeiro ignoram-nos, depois gozam connosco, a seguir combatem-nos e, no final, ganhamos."
É claro que depois de ganhar é preciso gerir a cidade, fazer orçamentos, arrancar com obras, negociar dívidas. Coisas fora do alcance de um humorista ou de ex-cantores punk. Mas Gnarr não deixou de continuar a fazer as loucuras da vida 'civil', dentro e fora do gabinete de presidente da câmara que lida com dois terços da população da Islândia.
Em 2017 e em 2019 há eleições na Madeira. Atenção que deve haver por aí muito potencial Gnarr. Muitos sósias do Tiririca.
Pois, ainda está na fase de os ignorar. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Iniciativa do PTP




Construção de tanques de armazenamento de águas pluviais em zonas de risco de incêndios


Na ilha da Madeira, nas últimas décadas, assistiu-se a um grande crescimento urbano concentrado, sobretudo, na cidade do Funchal. A população empregada no sector primário foi diminuindo em favor de outros sectores de atividade. O trabalho passou a concentrar-se no Funchal o que fez com que houvesse deslocações de um avultado número de pessoas para a capital do distrito.

PCP exige pressa à recuperação


O Funchal e os Funchalenses não podem esperar mais!

1- A experiência que temos das respostas dadas ao longo dos anos, face às sucessivas intempéries, calamidades e desastres que atingiram o Concelho do Funchal, revelam que passado o período imediato as respostas vão-se atrasando, os desalojados sucedem-se por períodos inaceitáveis, os problemas estruturais continuam e acumulam-se.

2- É preciso impedir a todo o custo que, desta feita, após os incêndios que flagelaram o Funchal, com os danos e prejuízos já identificados, se repitam, de novo e mais uma vez, comportamentos deste tipo.

Opinião




 TEREMOS RESPONSÁVEIS?



Numa sociedade politicamente organizada, segundo os padrões ocidentais, impõe-se o respeito pela LEI. Ninguém deverá eximir-se ao seu cumprimento. Cidadão que não a cumpra justificar-se-á, em Tribunal, ou perante um superior hierárquico. 

Duas notícias prenderam-me a atenção por desafiarem este pilar do Estado de Direito. Uma, ocorrida no Continente, refere-se ao caso de um militar da GNR que, numa perseguição a eventuais criminosos, disparou contra eles matando uma criança. O caso arrasta-se com decisões contraditórias nas várias instâncias Judiciais. Há poucos dias, em S. Vicente, um elemento PSP, cumprindo a lei, foi ferido por populares. A vida profissional do militar da GNR está muito próxima da destruição. Espero que no caso de S. Vicente, até pela dimensão do sucedido, as coisas se resolvam com a punição rápida dos agressores do agente. Não quero, nem posso, julgar os Tribunais pelas suas decisões. Porém, preocupa-me a destruição destes profissionais. Perante o laxismo instalado os GNR’s dirão para com os seus botões, disparar para ter chatices? Deixo seguir os facínoras. Os agentes da PSP, passarão ao largo de futuras rixas, caso os agressores do colega não sofram pena. 

Cabe-nos julgar os legisladores, eles, com o Poder legitimado pelo nosso voto, respondem perante nós. Quando lhes damos o voto é para garantirmos a segurança das pessoas e bens das famílias. Os agentes da autoridade, querem-se briosos, respeitadores da Lei e das suas hierarquias, elas, também, legalmente enquadradas. Saindo-se do rigoroso cumprimento da LEI, Tribunais e Forças de Segurança, transformam-se em instituições ao serviço de interesses estranhos ao Bem Comum. 

Em momentos de catástrofe, estas debilidades agudizam-se. Foi o caso dos recentes fogos. Às Forças de Segurança, juntaram-se os BOMBEIROS. Como se de uma guerra se tratasse, sob a responsabilidade política dos eleitos, combateu-se o fogo. As debilidades inerentes ao nosso fraco respeito pela lei, sentiram-se. A descoordenação foi grande. O velho hábito da defesa do Poder através da comunicação social, funcionou a todo gás, para esconder o desrespeito pela Lei e pela cadeia comando. Os fogos foram rapidamente atribuídos aos incendiários. A coisa foi de tal maneira que, a casa onde vivia um incendiário foi vandalizada. Houve assaltos a casas abandonadas, e de novo surgiu o incitamento à justiça popular nas redes sociais. 

Um caso gritante de abuso de poder foi silenciado. O comandante dos bombeiros de Câmara de Lobos não resistiu ao hábito de dar foguetes numa Festa, ainda que proibido. O atavismo que devia servir de base à informação, numa comunicação social isenta, ao serviço das pessoas, cedendo o lugar à propaganda, escondeu o abuso. Em Machico, pede-se o cumprimento da Lei quando se sabe que o atavismo dos fachos está na alma daquele POVO. Quererão aumentar as labaredas aqueles que produziram esta (des)informação, só aparentemente isenta? O atavismo foi esquecido quando chamuscou internamente, mas não houve pejo em tirá-lo do armário quando deu jeito. 

Ficaríamos gratos à comunicação social – redes sociais incluídas – se divulgassem duas ideias essenciais para salvaguarda do Estado de Direito. Primeira, o fogo atingiu todos, independentemente do partido do coração. Segunda, Forças de Segurança e/ou Militarizadas desmotivadas fazem perigar pessoas e bens. Assim imporíamos aos eleitos a resolução dos nossos verdadeiros problemas que estão muito para além das disputas eleitorais. 

Gaudêncio Figueira

Diário dos Milhões


O Mercado Regional dos Milhões amanheceu esta segunda-feira em baixa e não se esperam subidas abruptas ao longo do dia.
Ao contrário das tendências dos mercados normais, verifica-se que o anunciado negócio de milhões com alavancagem constou de uma injecção aplicada pelo secretário das Finanças no da Saúde - e não ao contrário. O que revela a perda de alguma confiança nos índices de venda das seringas utilizadas no Sesaram.
A injecção levava dentro a quantia de 3,1 milhões, segundo dados do DN em 1.ª página, e mesmo assim essa ínfima transferência osmótica fica a dever-se única e exclusivamente à "disciplina orçamental" do governo. Olha lá!...
No ramo da restauração, os mestres especialistas do governo mostraram resultados do seu cozinhado ao nascer do dia, no Mercado dos Milhões, situação plasmada na 1.ª página do JM - onde, provavelmente devido à palavrinha de uma agência de rating tolerante, haverá lugar a uma operação creditícia que permita leiloar o 'Golden Gate'. Esta e outras duas hastas públicas, assegura o Jornal, deverão atingir os 2 Milhões. 
Atendendo às oscilações do Mercado Regional de Milhões, onde os ditos Milhões aparecem nos títulos em letra de forma e nunca na conta que interessa, as operações do Golden e quejandos terão de decorrer durante o actual calor anormalmente elevado. É evidente aos olhos do BCE que só com esta canícula aparecerá algum investidor louco da moleirinha disposto a negociar com os louquinhos do desgoverno. 

Afinal eles estão a trabalhar no PS-M...




CURSO DE PREPARAÇÃO
PARA 'NOVAS LIDERANÇAS'




Carlos Pereira proporciona mais um palpitante e rigoroso exclusivo ao DN, cacha que aliás serve para ocupar e despachar a única página que hoje em dia as edições do nosso decano, para acabar com o chinfrim maldizente anti-governo e anti-Cafôfo das oposições, dedicam à secção 'Política'.





O que há de repetitivo nesta nova história é a referência a secretários e secretárias de Estado e a quadros do PS alfacinha, figuras de trato bidiário e tridiário em Lisboa com o líder socialista madeirense. A ponto de já ouvirmos falar pelos cafés de 'Carlos Pereira, o secretário de Estado'. 
Ao acontecimento prenunciado pelo chefe ilhéu, que é a realização de uma escola de Verão, vêm de facto marcar presença - caia para o lado, Leitor - o Cabrita e a Fernanda Rollo. Não sabe quem são? Fácil descobrir, lendo a notícia ou recorrendo ao site da Geringonça: um é ministro-adjunto e outra, que mais poderia ser, secretária de Estado.
Mas o mentor da escola de Verão não brinca em serviço e não permitirá gazeta estival a uma representação "ao mais alto nível" da direcção nacional do PS - diz a 'notícia-bomba'. Para comprometer esses de "mais alto nível", Carlos Pereira escaparracha ali os nomes de Ana Catarina Mendes, de quem aliás nunca ouvi falar, e de Elza (com z) Pais, que nunca vi mais gorda.  
Não ler atentamente o noticiário faz-nos cair nestes ridículos de ignorância.
Abreviando: o assunto do exclusivo, a tal escola de Verão do PS-M, seria a maior das banalidades da silly season cá na Região, não fora o tema central das aulas, que será 'novas lideranças'.  
Julgávamos que os estrategos do PS-M andavam a dormir na forma. Que primeiro iam confirmar a vitória de Cafôfo nas autárquicas de 2017 e o desastre do PS nas ditas, para então aprofundar o tema que abordarão já daqui a dias. Afinal, trabalha-se arduamente na Praça Amarela, com olhos no futuro. A temática deste curso de Verão é mais do que premonitória, é fatalidade.
Para os interessados - colaboramos na propaganda -, o 'curso' sobre 'novas lideranças' decorrerá de 8 a 10 de Setembro. No Hotel Buganvília, um dos muitos lançados no mercado turístico por famílias socialistas com reconhecido know how em matérias de resorts, overbookings e revpars e ainda em tratar de lideranças para o PS-Madeira - embora ainda não tenham conseguido instalar no partido a liderança sonhada.   
Resta fazer uma breve referência... Perdão, já falámos dos secretários de Estado.

Interesse Público



PARA BOM ENTENDEDOR...


O nosso colaborador Ricardo Vares acha que convém dar atenção ao seguinte extracto do recente programa da RTP-M:




Governo Regional vs. Câmara Municipal do Funchal
A ação planeada e o Impulso
Programa Interesse Público – RTP Madeira – 25 de agosto 2016 | minuto 11 ao minuto 15.

Gil Rosa/RTP
Relativamente às habitações. Qual foi o papel da autarquia? Foi só fazer uma inventariação ou houve aqui uma relação estreita com o Governo? Porque ficou a ideia que a responsabilidade de arranjar casa para as pessoas ficou exclusivamente nas mãos do Governo. Também teve aqui algum trabalho?

Presidente CMF
Não. A câmara aqui não teve qualquer trabalho nessa matéria…

Gil Rosa/RTP
Mas a câmara também tem uma empresa de habitação…

Presidente CMF
Com certeza. Com certeza. Mas… enfim. Vamos lá ver. Estamos a falar das mesmas pessoas. Tem que haver uma articulação entre o Governo Regional e autarquia para não haver uma sobreposição de competências ou de ações concretas, porque temos que canalizar aquilo que o Governo deverá fazer e aquilo que a câmara deverá fazer.

Gil Rosa/RTP
No terreno ficou um pouco a ideia que a câmara estava para um lado e o Governo estava para o outro?

Presidente CMF
Logo na reunião que tivemos com o Sr. Primeiro-Ministro ficou decidido que o realojamento seria realizado pelo Governo Regional. E foi assim que foi. Aliás, inclusive, no Dia da Cidade elogiei a ação do Governo no realojamento das pessoas que foram afetadas.

Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais
Mas, antes disso, existe um Plano Regional de Emergência, o qual estabelece, precisamente, os critérios e onde está definido, por exemplo, e é importante que as pessoas percebam, o porquê de serem encaminhadas para o RG3. A partir do momento, em que tivemos a noção exata, de que teríamos pessoas a sair de suas casas devido à dimensão dos incêndios e devido ao fumo, foi criado um espaço de acolhimento no Clube Desportivo de S. Roque, onde me encontrava desde as 18 horas.

Gil Rosa/RTP
Espécie de Centro de Comando ali da operação…

Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais
Não. O Centro de Comando estava no chamado Encontro, em S. Roque, onde estava a nossa carrinha de Comando, onde se encontravam elementos do Serviço Regional de Proteção Civil, o comandante dos bombeiros de Santa Cruz – que se manteve sempre presente – e, depois, criamos o Centro de Acolhimento. O Plano regional de Emergência está definido. E é por isso que, logo, naquele momento, estavam os bombeiros, a Cruz Vermelha e a PSP. Estava lá tudo preparado. Foi criado o Centro de Acolhimento no Clube Desportivo de S. Roque, assim como, quando os fogos começaram a transitar para a zona de Sto. António eu ativei a Casa de Saúde São João de Deus e quando os fogos começaram na zona do Monte foi ativado o Colégio Missionário que também acolheu pessoas.
E o RG3 está definido no nosso Plano Regional de Emergência, que foi aprovado ainda este ano, e que já não era atualizado desde os anos 90, quais são os passos. As pessoas vão para o RG3. Tanto que nós, Segurança Social, depois pagamos uma diária ao RG3 daquilo que lá se passou.
E está definido quem atua na parte da emergência e quem atua na parte da recuperação, que é onde entra, precisamente, o Instituto da Habitação ou com a questão dos realojamentos que é uma fase pós-acolhimento, tratamento, encaminhamento.

Ricardo Vares

domingo, 28 de agosto de 2016

A entrevista ia passando em claro






A JUSTIÇA NÃO É CEGA
QUANDO EM CAUSA
ESTÃO OS PODEROSOS 


Usamos este título não porque seja coisa nova, mas porque há mais uma entidade influente a denunciar quão escabroso vai o 'Estado de Direito'. O pilha-galinhas que rouba 10 euros vai dentro. O corrupto de milhões paga aos advogados do sistema para tratarem da prescrição. Bastonária dixit 







Li a entrevista com algum atraso, já que foi publicada no penúltimo número do Expresso. Sem ser uma bomba desconhecida, as ideias constantes preocupam por isto: são os quadros que assumem cargos vitais do País a denunciar quão injusta é a nossa Justiça. Justiça exercida a duas velocidades consoante o 'freguês' apanhado nas couves tem muito ou pouco dinheiro. 
A Justiça é cega? Ora, a Justiça só não enxerga quando não lhe interessa. 
Só que os quadros apontam a situação arbitrária e nada acontece, ninguém faz nada! 
A Bastonária da Ordem dos Advogados Elina Fraga, sucessora de Màrinho e Pinto, perante a pergunta do Expresso "os meios actuais são suficientes para investigar os poderosos?", responde só isto:
"Não são, claramente, suficientes. Não há vontade política de perseguir os poderosos, de que haja investigações que resultem no final na aplicação de uma pena de prisão. E, se reparar, todas as contra-ordenações que são aplicadas a pessoas poderosas acabam sempre por prescrever. As coimas milionárias que são aplicadas dão títulos de jornal, mas depois essas coimas não são cobradas pelo Estado porque existem advogados especializados em fazer correr prazos que estão previstos na lei, utilizando-se expedientes dilatórios para conseguir a prescrição."

Ahn?! Que País! Que justiça! É a própria Bastonária quem reconhece e enfatiza esta pouca-vergonha. Que se pronuncie o cidadão que já teve o azar de o Estado lhe pôr a pata em cima. Um simples atraso no pagamento do selo do carro. Veja lá se tem dinheiro para que um advogado faça prescrever a linda multa! 
Quer-se dizer que expedientes como o recurso para 'tribunais arbitrais' são dilatórios? - perguntará o Leitor, acrescentando que o jornalista devia ter posto a questão à Bastonária. Mas foi exactamente com isso que o jornalista confrontou Elina Fraga, que respondeu novamente sem papas na língua:
"Claro. São os tribunais judiciais que têm garantias de isenção e imparcialidade absolutamente reforçadas. Por que é que os contratos públicos, quando há um litígio, são resolvidos por 'tribunais arbitrais', quase sempre com o Estado a ter condenações graves?"
Estamos a ver os esquemas montados, que somos sempre nós a suportar, quando há 'poderosos' no baralho. Porque este não é um caso em que a Bastonária esteja gratuitamente a puxar a brasa à sardinha. São declarações graves. 
Que apetecia perguntar logo a seguir? O jornalista soube-o fazer bem, pondo a questão à Bastonária: "Está a levantar suspeitas sobre quem?"
Resposta: "O que lhe posso dizer é que a anterior ministra da Justiça é uma das fundadoras da associação portuguesa de arbitragem. A dra. Paula Teixeira da Cruz, enquanto advogada, contribuiu para a afirmação da arbitragem em Portugal. E enquanto ministra da Justiça colocou um enfoque muito grande na arbitragem, tornando-a obrigatória em relação a determinadas matérias. Em simultâneo, desqualificou os tribunais que são órgãos de soberania. Isso são factos. Não é a minha interpretação."
Dizemos o mesmo: isto não somos nós pr'aqui a mostrar maus fígados. São declarações da Bastonária da Ordem dos Advogados. Paula Teixeira da Cruz fez tudo isso. E quem pode pôr termos a essas patifarias? O Semeador?
Claro. O sistema! 'Eles' é que legislam...

Falta referir o caso dos advogados-deputados. Como é possível uma acumulação tão propícia a tentações à custa da combinação das duas actividades?
"Alguém pode atender um cliente de manhã e fazer uma lei à tarde capaz de abstractamente beneficiar esse cliente. O reforço da transparência exige que haja uma incompatibilidade do exercício da advocacia com a função de deputado." Mais palavras da Bastonária, sobre muitos colegas advogados.
Mais estas: "Há um número muito significativo de deputados que têm as suas consciências hipotecadas e que se demitiram da defesa da cidadania."
Então na Madeira!...
Pois, mas isto é a Bastonária a dizer. 
E teimam eles em que a Justiça é cega!