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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Opinião


ENFRENTEMOS A REALIDADE


Gaudêncio Figueira


O 25 de Abril fez despontar no espaço insular Português dois movimentos – a FLA e a FLAMA – que incendiaram as cabeças. Por outro lado, o PREC foi um período que ninguém de bom senso gostará de ver reeditado. Por fim, a acrimónia entre partidos e militares cessou em 1982 tendo os poderes do Conselho da Revolução passado para o Tribunal Constitucional e Conselho de Estado. O último resquício militar, o PR, viu parte dos seus Poderes passarem para a AR. Finalmente eramos um Estado sem tutelas!

A retórica dos anos oitenta fez-se à volta da necessidade do Poder Regional conquistar o espaço que, por um lado, a Constituição lhe reservava e, por outro, a procura de financiamento urgia. Em Setembro de 1986, a propósito da revisão do Estatuto vetado por Mário Soares na sequência da guerra das bandeiras desencadeada nos Açores, gerou-se um conflito entre o Poder Central e o Regional. Tudo ficou sanado com ida de Soares ao Parlamento Açoriano. Em Novembro do mesmo ano, na Madeira, ocorria a visita dos Sul-Africanos Pieter e Pik Botha. Terá dito, Cavaco Silva, então 1º Min: “os embaixadores acreditados em Lisboa transmitiam para os respectivos governos todos os sinais de divergências entre centros de poder sobre política externa” e esta “Tratava-se de uma competência exclusiva do Governo da República”.
Os conflitos financeiros com os Açores tiveram grande dimensão quando Portugal abdicou de 30 milhões de dólares nas negociações com os EUA sobre a Base das Lajes. Mota Amaral, conhecendo alguns protagonistas deste novo caso, desde o tempo da guerra das bandeiras, mostrou desagrado. Porém, isso não o impediu de receber este elogio do Sr. Embaixador Rosa Lã: “… ao longo da minha carreira sempre recebi do Dr. Mota Amaral as melhores atenções…” Em Outubro de 1995 Mota Amaral demite-se de Pres. do GR – não consta que tenha deixado dívidas – para prosseguir a sua carreira política. A Madeira manteve no Poder, até 2015, o Dr. Alberto João, a retórica à volta da Constituição e adjectivações pouco simpáticas a quem questionava o endividamento, foram a regra.

A 29/04/2009, após uma intervenção na TV, em que o Dr. Alberto João se vitimizou, eu escrevi, no DN local, isto: “Mártir será o povo madeirense. Quão pesada será a pena, quando tivermos de pagar os mil milhões reconhecidos como dívida da RAM, acrescidos das dívidas da Via Litoral, “Sociedades de Endividamento”, Serviço de Saúde etc. Estes sacrifícios, sim, garantem martírio. Aos filhos e netos das classes mais desfavorecidas de hoje, que tantas vitórias eleitorais deram, tal como há 60 anos, faltarão sapatos e a roupa - já sem marca – trará remendos.”

A 1 de Fev. de 2012 assinou o Dr. Alberto João a capitulação perante o Poder Central ao contrair uma dívida de 1.500 milhões de euros. Na mesma data através da Resolução nº 43/2012 a resposta jurídico-política não se fez esperar. Reclamavam 6.300 milhões então nós reivindicamos 9.000 milhões ao Governo Central. Pois, sem dúvida que: "importa saber, em toda esta questão, qual o relacionamento que o Governo Regional terá com a Assembleia Legislativa na fase de implementação do Programa de Ajustamento"; importa conseguir "reforço da unidade nacional"; importa aumentar "laços de solidariedade entre todos os portugueses"; importa "exercer poder tributário próprio ".

Esta retórica, abandonada há 22 anos pelos dirigentes Açorianos, foi, por esta via, prorrogada na Madeira e os partidos fazem dogma da Resolução. Acharão, os filiados do PPD/PSD e seus governantes, que são levados a sério quando, questionados sobre os subsídios de mobilidade, transportes, hospital etc dizem que esperam soluções de Lisboa? Aqueles que são poder em Lisboa acham que ainda há pachorra para ouvir queixas sobre os desvarios financeiros regionais? Tirem o cavalinho da chuva, os eleitores querem são os problemas resolvidos e sem retórica oca.

Sentem-se, e conversem. Digam-nos a verdade sobre os 1.500 milhões que temos para pagar, imputem a responsabilidade da dívida a quem a contraiu. Construam uma nova realidade que nos permita olhar para o futuro apesar das dificuldades. Não fazer isso é deixar terreno semeado para o reaparecimento de um Trump Salvador. 

20 comentários:

Anónimo disse...

Só ressabiamento.
Oh homem deixe o Jardim...
Ainda nao lhe perdoou ter sido posto fora do governo dele?

Anónimo disse...

Essa cabeça oca não dá para mais nada do que vires com essa?
Ele foi poucos que os teve no sítio e se pôs a andar.
Vê lá se o teu "patrão" se mete com ele! Encomenda-te o sermão e tu aqui estás "cumprir ordens superiores".
Ele tem razão ninguém já tem pachorra para aturar isto. O Alberto quando foi inaugurar os Barreiros foi exactamente para estar junto do Povo e esquecer a assobiadela passada por querer voltar a "reinar".

Anónimo disse...

Calma Andre.
O teu lugar no futuro JM já está seguro ? Já tens tudo tratado com o L. M. Sousa ?

Anónimo disse...

Andrezito reduz-te a tua insignificância e à do patrão que fogem sem darem a cara. O Gaudêncio não se esconde e dá a cara. É como a freira da Catalunha.
Não sabes o que são "cojones"? Pede ao ajj que te pague umas férias em Caracas. Lê as ideias da freira.

Uma freira com “cojones“

O jornal La Vanguardia fala dela como uma “monja dominicana que tem tudo menos pêlos na língua” e é conhecida como a “freira cojonera“. “Se me chamam monja cojonera, é porque os toco”, disse numa outra entrevista a propósito disso.

Anónimo disse...


Ressabiamento temporal.

Abra a mente a deixe-se destas tiradas ressabiadas.

Viva a sua vida com liberdade mental.

Seja feliz e deixe de metralhar.

Justifique a sua existência com algo positivo.

Já plantou uma árvore ?

José Mateus.

Anónimo disse...

Ah Senhor,
jardim e Trump são iguais,. Não descobriu nada.
Agora os mais novos ficaram a saber que também o Senhor Figueira agora revolucionário, foi soldado de Jardim...

Anónimo disse...

Pois o problema aqui é o povo pagador porque os Cunhas os Maneis, os Ramos, os Jardins estão todos bem e vão continuar, uns ainda estão no governo a reinar outros na reforma a gozar. Ficamos por aqui.

Anónimo disse...

Se isto fosse um país decente esta gentinha que nos pôs "a pão e água" estava presa há muito tempo!

Fernando Vouga disse...

Uma das consequências do jardinismo é a proliferação do anonimato. Ele próprio diz que não tem um blogue chamado "renovadinhos". Se o diz é porque...
Ter opinião até pode ser útil à sociedade. Mas há que dar a cara.

Jorge Figueira disse...

Meu Caro Fernando Vouga, vai uma açorda monumental por estas bandas. Dei, intencionalmente, um pontapé no ninho das vespas. É vê-las a zumbir por todo o lado. Não escrevem, não têm ideias apenas me chamam ressabiado e outros mimos.
Ao santo "André evangelista", sem dar a cara, já se lhe conheciam os dotes. A novidade foi o aparecimento do Mateus, nome adequado para propagar a mensagem do "sr escondido".

Anónimo disse...

A nova realidade já está aí a vista de todos a realidade renovadinha isto é propaganda propaganda propaganda...quanto à dívida é pura demagogia para incautos dívida sempre existiu e existirá sempre... e só existiu paeff porque existiu uma troika no país. O resto são pedaços de história desalinhados de quem tem algum espinho cravado e não extirpado. Disse

Anónimo disse...

Pois. Dívida sempre existiu e existirá. Excesso de dívida e dívida escondida é o que, infelizmente, na nossa terra está em causa.
E, dessa herança, já ninguém nos livra.
Em terras civilizadas, dolo, gestão danosa, e má administração da coisa pública têm consequências.
Neste país, ainda mais africano que europeu, a consequência são uns processos judiciais obscuros que todos nós já sabemos como acabam.

Anónimo disse...

Eu gosto mesmo é de quem andou 30 anos a sombra do gamelao e agora cospe no prato que comeu e como não conhece outra cartilha que não aquela que falhou a nível nacional agora perdeu o norte. O Costa está a saber lidar com as dificuldades por que os nossos renovadinhos não?? Só não percebe quem não quer. Flop mesmo com toda a propaganda do goebbels. À míngua de respostas atiram se ao passado...

Anónimo disse...

E o que é que uma coisa tem a ver com a outra ?
A divida excessiva e a dívida oculta todos sabemos quem a fez.
Contra factos não há argumentos.
O resto são cantigas para boi dormir.

Anónimo disse...

Ao Anónimo do dia 9 às 10:36, Grande verdade dizes tu.
Este gajo sempre foi revolucionário, o, SVP Serviço de Vigilância do Partido, tinham-no debaixo de olho. Não podemos ficar admirados com ele agora

Anónimo disse...

O que eu queria ver além de tudo isto eram as contas milionárias ao longo dos anos e que o Cuba libre funcionasse como deve ser e aí é que íamos ver.

Anónimo disse...

Oh falso anónimo das 8.24...
Se preferires posso dizer "Armado em Revolucionário" que foi afastado pelo Jardim, o tal Meio Chefe, do qual andas a toda a hora ressabiadinho

Anónimo disse...

Pois as contas acumuladas nas câmaras de quem tinha ordenados tabelados que não davam para enriquecer curioso né??

Anónimo disse...

Não é "Armado em Revolucionário", ele era mesmo revolucionário. Eu quero o regresso do Dr. Jardim. Ele foi tão bom, ganhou eleições que foi um regalo. Fez "Obra"! Já viste a "cagança" de termos dois clubes nas competições Europeias? Aquilo é que foi "Obrar".
Vêm falar de dívidas...isso interessa a alguém?
Isso é coisa de invejosos que não conseguem "obrar".

Anónimo disse...

O que não falta por aqui são ressabiadinhos e gente a querer esconder o fracasso do presente com a glória do passado. Já analisaram a dívida externa dos EUA?? Hem? Levem o ressabiamento para casa e volta AJJ que o chilrear desta andorinha não faz a primavera