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sábado, 2 de junho de 2012

Bola para o sarrame


AGORA QUE O PIOR PASSOU, VAMOS À RESSACA





Ninguém acreditava que Portugal fosse vencer a Turquia. Quem gosta de futebol, e mesmo quem não gosta, só rezava para aqueles 90 minutos passarem depressa. Pois bem, já passaram, vamos entregar-nos todos à ressaca do costume.
No fundo, o que o povo lusitano adora é sofrer. Perder em cada oportunidade que surge para haver motivo de cantar o fado, abraçados uns aos outros, banhados em lágrimas.
Quando Portugal ganha, o que é raríssimo - já ganhou? -, a populaça nem tem jeito para celebrar. Estamos habituados a festejar, por assim dizer, é a derrota. Tomar uns copos de tinto com marca aconselhada pelo esculápio de família - Alentejo ou Douro, tanto faz, porque o nosso de S. Vicente é uma nota - e nada mais pedimos aos céus.

Para o ano, têm de levar o fado ao Rock in Rio.

Na peça anterior, pedíamos vitória sobre os turcos, dado que entrar no Euro propriamente dito, frente aos rapazes de Angela Merkel, com o bonito currículo que levamos - zeros, zeros e derrota -, nada traz em termos de motivação, pelo contrário.
Mas sabíamos que pedíamos o quase impossível.

Então certas jogadas que vimos hoje são de gente crescida no futebol profissional? Aquele terceiro golo da Turquia mais a perdida hilariante de Hugo Almeida-Fábio Coentrão só acontecem nos entretidos encontros entre solteiros e casados.

De resto, se fosse para ganhar mesmo, Portugal não entraria em campo com menos um atleta. Dez ontra onze joga-se um quarto de hora, não o tempo todo. E aquilo com Hugo Almeida, que nem segura a bola um segundo, nem passa, nem tabela, nem remata, nem cabeceia, nem faz a ponta de um chavelho, desculpem a impaciência, aquilo é jogar com dez contra
onze. Para perder, pois.
Metam o Nelson Oliveira lá na frente ou, se ele não puder, o Pedro Passos Coelho, que sempre é melhor.


Nani marcou e recuperou a esperança. Sim, e já não foi tudo mau.


A primeira jornada do Euro, a decorrer deste sábado a oito dias, será doloroso tormento contra uns diabretes germânicos, esses de que estamos a falar, da Merkel. Será que as coisas se transformam e...? Não seria a primeira vez, não é verdade, Carlos Manuel? Não é, Sérgio Conceição?
Vamos acreditar, como diz o outro.

Não é por causa de uns turcos que vieram à Luz vingar-se dos Cruzados que deixaremos de comparecer nas festas da Sé, daqui a pouco, porque o gaiado seco tem estado uma delícia.

Nota - Parabéns ao sua excelência das Angústias pela vitória da sua Turquia sobre os 'cubanos' colonialistas .



2 comentários:

Anónimo disse...

o vinho de São Vicente é feito à custa de trevos amarelos

Luís Calisto disse...

Essa dos trevos amarelos fez-me ir ao Google manhã cedo...