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terça-feira, 12 de junho de 2012

Estilhaços de Madeira


BOMBEIROS DA RIBEIRA BRAVA DEVEM 5 MILHÕES PORQUE O GOVERNO FALHA PROMESSA



O drama dos homens que vaiaram chefe Jardim



Quartel003
Os bombeiros clamam pelos salários, o construtor que fez a sede continua por receber... É Madeira Nova ao melhor estilo Jardim!


O filme tem enredo recorrente: chefe do governo precisa de inaugurar para depois ganhar eleições, por isso manda fazer e depois logo se vê - ou, como se diz na gíria, quem vier atrás que feche a porta.
Neste caso, a porta entreaberta deixa perceber um calote medonho sobre os ombros da Associação de Bombeiros da Ribeira Brava: 5 milhões de euros de dívida relativa à construção do prédio que lhe serve de sede.
A referida Associação já foi condenada e a brutal dívida paira sobre as cabeças dos responsáveis. O construtor precisa do dinheiro.

Calotes às costas

Como se meteu em tal aventura a corporação em causa? Como acontece noutras áreas: o governo regional mandou avançar garantindo que depois canalizaria os subsídios necessários à cobertura financeira da obra.

E onde está o dinheiro?
Pois! Nos tempos que correm, tomara o governo receber uma esmolinha, quanto mais...
É verdade que Lisboa finalmente mandou 158 milhões, mais coisa menos coisa. E para que chega isso? Com tantos e tão suculentos calotes às costas dos madeirenses...

No caso da Ribeira Brava, os bombeiros apanham por arrastamento a crise provocada pela falta de senso do governo regional. A Associação de Bombeiros vive sob pressão da sua dívida. Falta-lhe até o dinheiro para as despesas correntes. O aumento do gasóleo é suficiente para baralhar a contabilidade. E os homens que ali trabalham carecem do dinheiro para os filhos estudarem e comerem.

Um drama generalizado, aliás, a todos os patamares da vida madeirense que o PPD jardineirista nos criou.


O causador da desgraça chega e quer ser recebido com beijos!

Os homens não recebem salário há três meses. Querem obrigá-los a descontar mais 10% da miséria que recebem. Nisto, chega o causador da situação dramática à Ribeira Brava e, se calhar, gostaria de ser recebido com cravos e rosas!
A situação complica-se para o grande chefe e para o baronato da Rua dos Netos.
É que escasseiam já os sítios onde eles se possam passear sem ouvir assobios e apupos como ouviram esta segunda-feira na Ribeira Brava.

Claro que eles sabem o que fizeram desta terra. Se não, imaginem-se no papel dos bombeiros que não sabem como regressar a casa de bolsos vazios... depois de 3 meses de 'quaresma'.

Ironicamente, são os bombeiros a deitar, com razões de sobra, gasolina sobre o incêndio que começa a lavrar por toda a Madeira.

2 comentários:

jorge figueira disse...

Se me permite, penso que devem ser corrigidas as flores que refere. Cravos e rosas não fazem sentido. Os primeiros porque podem ser vermelhos e, como se sabe prejudicaram a ascensão e levaram à necessidade de travestir-se, as rosas porque, ao contrário do que andou apregoando, têm espinhos. Sugiro, se concordar, que sejam estrelícias e tulipas. As primeiras quando estiver a descansar na ilha as tulipas quando trabalhar por imensa Europa.

Luís Calisto disse...

Concordo a 100%, Doutor.
Sem querer, estava a desperdiçar cravos e rosas.