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terça-feira, 5 de junho de 2012

Estilhaços de Madeira


...E O BISPO MUDO E QUEDO!


O bispo não podia ter encontrado comissão de serviço melhor, se não na terra do 'João das festas'. Região depravada?! 'Bora com esse bailinho, Maria!


Impressiona verificar a indiferença de D. António perante o ruir da Igreja na Madeira, de que é a primeira figura hierárquica. Em nome do bom relacionamento com o poder político, o bispo finge não se aperceber daquilo que toda a gente vê: um crescente movimento de protesto contra a governação da diocese orientada por ele mesmo, D. António.

O trambolhão espiritual do templo católico na era António Carrilho será por conta do Jornal da Madeira - não pelo órgão noticioso em si, mas por aquilo que fizeram dele, o governo das Angústias e a incrível diocese das Quatro Fontes.

O matutino, que até Jardim lhe deitar as garras nos anos 70 se manteve próspero às custas da Igreja e dos seus fiéis, está na origem de um cisma monumental no rebanho católico madeirense que não pára de se aprofundar.

Há uma edição do JM a chamar 'padrecos', entre outras ofensas mais graves, aos sacerdotes que se recusam a militar na política partidária, designadamente a política partidária corrupta que cavalga o analfabetismo popular madeirense há 30 anos. Há um padre - um dos visados - a recusar ouvir e calar. José Luís Rodrigues respondeu concludentemente ao escrito. E, aproveitando a ocasião, disse o que pensava do Jornal que o atacava, isto é, da Igreja que mantém a já insustentável situação de promiscuidade entre a política - governativa e partidária - e a família católica.

Arrancou depois o que pode constituir o início de uma onda contra a postura das Quatro Fontes em todo este processo. Os párocos do Porto Moniz e de Machico assumiram publicamente que não mais permitirão que o panfleto laranja em que se tornou o JM seja distribuído na jurisdição das suas igrejas.
O mesmo que fizera o pároco de São Roque, José Luís Rodrigues.

Isso quer dizer, sem rodeios, que os dignos e destemidos padres em causa criticam abertamente o comportamento da hierarquia católica na Madeira. Atitude a que não pode fugir nenhum elemento que use a razão no tratamento dos assuntos materiais, terrenos.

O bispo saiu a terreiro para tentar evitar o perigoso fogo em gestação? Apareceu com indícios de fazer a sua Igreja arrepiar caminho, demarcar-se da sujidade partidária laranja e voltar ao trabalho em prol da sociedade, que aliás nunca privilegiou entre nós?

Que saibamos, zero. Parece que nada de especial se passa na Região, envolvendo a Igreja.
O bispo só aparece para falar de fé e amor, de famílias alegres e felizes.
Tal como o seu sócio rei das Angústias, António Carrilho troça dos desgraçados que perdem emprego, entregam casa e carro ao banco, alongam as filas na sopa do Cardoso, engrossam o batalhão de emigrantes.

Felizmente que dentro do clero há quem esteja atento.

Uma pessoa para subir ao reino dos céus não precisa forçosamente de funcionar como bombo de festa nas unhas do rei das Angústias, mesmo que o sócio das Quatro Fontes continue a insinuar que por aí o caminho é mais curto e santificado.

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