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terça-feira, 5 de junho de 2012

Madeira ao Vivo


'VITÓRIA' DE REGRESSO AO SERVIÇO


Nova excepção no 'fecha-fecha' em que se tornou o falido comércio madeirense: a emblemática 'Pastelaria Vitória', na Rua D. Carlos I, reabriu as portas depois de longos anos de inactividade.
Foi a conclusão de um longo período de 5 anos de discussões judiciais.


'Pastelaria Vitória' de um lado, 'Popular' do outro, e ao centro o Glorioso Marítimo - sede antiga, claro.


O nosso Amigo Rogério começou a trabalhar há 47 anos, muito jovem ainda, no negócio então explorado pelo pai e um sócio. 
Por morte do pai, o rapaz substituiu-o até ao dia de ficar com a parte do sócio, que entretanto avançara na idade, assumindo sozinho a responsabilidade da firma.

O negócio correu sempre bem. A 'Vitória' ladeava a sede do CS Marítimo por um lado e o célebre 'Popular' pelo outro. A freguesia dava para todos.

Até que um dia o prédio mudou de dono. E vieram as discussões da ordem. O novo proprietário a pedir facilidades ao inquilino porque queria fazer um prédio de mais andares. Acerto alcançado. Contratos assinados. Mas havia equívocos reservados para causar um grave impasse na vida da castiça pastelaria.
O processo judicial arrastou-se. Ao fim de 5 anos, a juíza decidiu ser prática e abreviar o caso: passou um papel autorizando o proprietário do café a recomeçar o trabalho. O que está por resolver há-de resolver-se.
Rogério está feliz, de volta ao serviço onde começou a vida profissional, agora com a sua descendência no negócio.

De doçaria a bar

Nos seus primórdios, ali na 'Vitória' só se fabricavam doces e bolos. Os grandes fregueses eram os passageiros e tripulantes dos navios que ancoravam diante do Almirante Reis, já que a Pontinha não passava de 'meia dúzia de metros'.
Depois, o negócio passou a vender café de cevada e outras bebidas, mais as tradicionais sanduiches, transformando-se na 'Pastelaria Vitória'.

O estabelecimento esteve fechado uns anos, mas eis que reabre as portas. Os tempos mudaram e o café passou a ser de máquina. Mas Rogério promete aos saudosistas pelo menos o cacau, para dentro de dias.
Lá estaremos.

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